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Ansiolíticos TRATAMENTO ODONTOLÓGICO X ANSIEDADE A situação de tratamento odontológico é capaz de induzir ou causar ansiedade para todos os envolvidos. Medo e ansiedade são comuns a pacientes que requerem o tratamento. Escala de CORAH: um instrumento para avaliar as manifestações da ansiedade odontológica. Teorias contemporâneas: Hiperatividade dos Sistemas Adrenérgicos Desregulação do Sistema Serotonérgico CONTROLE DA ANSIEDADE – PACIENTE ODONTOLÓGICO AÇÕES NÃO FARMACOLÓGICAS Comunicação verbal Condicionamento psicológico Métodos de distração AÇÕES FARMACOLÓGICAS (Sedação mínima completa) Indicações: Ansiedade aguda Intervenções invasivas Condições médicas agravadas pelo estresse: Doenças vasculares, asma brônquica, epilepsia Atendimento ambulatorial Pacientes com necessidades especiais Drogas utilizadas na prática odontológica: Benzodiazepínicos/Oxido Nitroso BENZODIAZEPÍNICOS Ansiolíticos, anticonvulsivantes, hipnóticos e relaxantes musculares. Os ansiolíticos são psicofármacos que diminuem a ansiedade e tensão sem causarem depressão acentuada em doses terapêuticas. Quase todos os depressores do SNC podem ser utilizados como ansiolíticos, porém o grupo de drogas mais utilizado para este fim é o dos BENZODIAZEPÍNICOS (BDZ). Causam amnésia anterógrada. Agonista do GABA. Alteram o limiar da dor. Álcool e os ansiolíticos são depressores do SNC, ou seja, não usar os dois juntos. O que aumenta a GABA: álcool; ansiolíticos (calmantes benzodiazepínicos); fenobarbital (usado para epilepsia); barbital (usado como anestésico); barbitúricos (não é mais usado). Em caso de uso prolongado pode causar dependência. O excesso de BZD pode causar parada cardiorrespiratória. MECANISMO DE AÇÃO Agem através da potencializarão da inibição neural mediada por GABA, ou seja, facilitam a ação do GABA, um neurotransmissor endógeno. Quando o receptor de GABA é ativado os canais de cloreto se abrem, permitindo a entrada destes íons, que causa hiperpolarização da membrana e inibição neuronal. Os BDZ aumentam a frequência de abertura dos canais de cloreto em resposta ao GABA, assim a inibição natural causada pelo GABA é intensificada. Ansiolíticos Têm boa absorção pelo trato digestório, são muito lipofílicos e penetram de forma relativamente fácil no SNC. Além disso, têm alta ligação com as proteínas plasmáticas. o que ajuda a manter uma meia-vida longa. Podem causar: Redução do fluxo salivar. Redução do reflexo do vômito Relaxamento da musculatura esquelética. BENZODIAZEPÍNICOS X BARBITÚRICOS Benzodiazepinas: aumentam o número de aberturas do canal de Cl. Barbitúricos: aumentam o tempo de abertura dos canais de Cl- - não dependem do GABA para abrir o canal de Cl- do receptor GABAA. SEDAÇÃO CONSCIENTE: FÁRMACOS UTILIZADOS NA ODONTOLOGIA Midazolam tem o início de ação rápida e pouco tempo de meia vida. Funciona tanto para adultos quanto para crianças. Em CRIANÇAS só se pode usar midazolam ou diazepam. Dose da criança é metade da menor dose. O DIAZEPAM é indicado quando se deseja uma sedação pós-operatória mais prolongada. O MIDAZOLAM é a droga de escolha para a sedação de pacientes adultos e pediátricos, na maioria dos procedimentos odontológicos, principalmente em casos de urgência, por possuir rápido início de ação e induzir amnésia anterógrada. Na sedação consciente de pacientes idosos, apesar do maior tempo de latência (início de ação), deve-se dar preferência ao Alprazolan, por proporcionar uma menor incidência de efeitos paradoxais. EFEITOS ADVERSOS Sedação e queda de produtividade: Redução dos reflexos: motoristas; atividade física perigosa; uso de maquinário pesado, etc. Amnésia: relacionada a dose Síndrome de abstinência com a interrupção abrupta do fármaco (ansiedade e insônia de rebote) Pacientes idosos são mais sensíveis aos efeitos sedativos e confusão mental Risco aumentado de quedas e fraturas de quadril (idosos) BETABLOQUEADORES Medicamentos indicados principalmente, para tratamento de hipertensão e arritmias cardíacas, como o atenolol e propanolol. Funcionam bloqueando a ação da adrenalina e noradrenalina (neurotransmissores que aceleram a frequência do coração em situações de estresse) nos receptores beta. Também aumentam a contração do coração fazendo a pressão arterial subir. Sem o medicamento, em situações de estresse quando há descarga de neurotransmissores, esses receptores vão mediar às respostas físicas do organismo. Ao impedir a ação dos receptores beta, os betabloqueadores inibem manifestações de sintomas físicos, ou seja, poupam o coração, baixando a frequência dos batimentos, reduzindo a força de contração e a pressão arterial, alem de outros sintomas, como sudorese e tremores. Como esses sintomas também são características de crises de ansiedade o medicamento tem sido usado no controle dessas crises. ANTI - HISTAMINICO Um anti-histamínico (antialérgico) é um medicamento que busca inibir a ação da histamina. A histamina é um mediador químico secretado pelo corpo, especialmente no caso de reações alérgicas. Aliviam os sintomas das alergias, sem tratar sua causa. Ansiolíticos Existem dois tipos de receptores de histamina que são alvo dos medicamentos: os receptores H1 (primeira geração) e H2 (segunda geração). Os anti-histamínicos H1 têm como alvo os receptores H1, situados no corpo inteiro, relacionados diremanete ao sistema imune (principalmente mastócitos e basófilos) buscando lutar contra fenômenos alérgicos. Já anti- histamínicos H2 agem sobre os receptores H2, especialmente os que estão situados na mucosa gástrica, no estômago (diminuem a acidez gástrica). H1 (primeira geração) foram os primeiros a surgirem e são sedantes, ou seja, dão mais sono. Para eles são necessárias mais doses durante o dia e, por isso, causam mais efeitos colaterais. Cloferinamina, descloferinamina, prometazina, hidroxizina. H2 (segunda geração) têm menor penetração no sistema nervoso central, o que significa que há menor efeito sedativo. Não induzem o sono: loratadina, levocitinzine. Induzem o sono: difenidramina, dexcloferinamina. Fitoterápicos que induzem o sono (crianças): valeriana e passiflora. ÔXIDO NITROSO/OXIGÊNIO Gás incolor, não irritante, com odor e gosto leve e agradável. Gás com propriedades físico-químicas particulares que permitem um uso seguro e confortável no consultório do cirurgião-dentista. É praticamente insolúvel (coeficiente de partição óleo/água 0,47) não se misturando com nenhum componente sanguíneo. Se difunde para as células com muita facilidade. Quanto mais baixo é o coeficiente de partição de um gás, mais rápido é a sua difusão. Indução (cp sangue/gás) de todos é muito rápido, mas a recuperação (cp óleo/gás) não. Tecido gorduroso é pouco vascularizado, ou seja, tem uma perfuração lenta e um coeficiente de partição alto. Mais tempo induzido. Ideal: os dois coeficientes de partição baixos. Sua ação é muito rápida e, consequentemente, sua eliminação também se faz em grande velocidade. Não substitui a anestesia local - aumenta o limiar da dor. Individualidade da titulação (concentração mínima de 30% O2) – Menor do que 30%: hipoxia. Produz sedação consciente definida como: depressão mínima do nível de consciência durante a qual o paciente mantém a habilidade de respirar, permanece com seus reflexos preservados e responde apropriadamente a comandos físicos e verbais. ANTÍDOTO – FLUMAZENIL Indicado para promover a reversão completa ou parcial dos efeitos sedativos centrais dos benzodiazepínicos (ansiolíticos). Compete pelo mesmo receptor. Antagonismo competitivo. Bloqueia receptores no sistema nervoso central, antagonizando os efeitosdas benzodiazepinas. Caso não haja resposta: Adrenalina. RESUMO Ansiolíticos: Diminuem a ansiedade e tensão sem causarem depressão acentuada em doses terapêuticas (Ex: BZD) Anti-histamínico: Utilizado principalmente em casos de reação alérgica. Aliviam os sintomas das alergias, sem tratar sua causa. Anti – hismamínico H1 são sedantes. Betabloqueadores: Medicamentos indicados para tratamento de hipertensão e arritmias cardíacas. Inibem manifestações de sintomas físicos que também são característicos das crises de ansiedade.
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