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Sistemas ceramicos e cimentação docx

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Sistemas cerâmicos e agentes de cimentação das peças protéticas 
Restaurações indiretas: são restaurações que são construídas sobre modelos e devem encaixar em algum
preparo cavitário dentro da boca, mas que são confeccionadas fora da boca.
O processo de confecção fora da boca exige que a reprodução do que existe em boca (preparo do dente)
seja o mais perfeita possível. Por isso, ao fazer a reprodução de um preparo, deve ser selecionado um
material de moldagem que tenha características ideias (capacidade de reprodução de detalhes, de não
distorcer, de não alterar sua dimensão tridimensional, pois caso contrário, o modelo gerado não vai
coincidir com as medidas da boca e a peça protética não irá encaixar
Este processo é extremamente complexo, sujeito a erros que precisam ser muito bem controlados para que
os trabalhos ocorram da melhor forma possível.
Imagem 1: dente com preparo de coroa total, ou seja, todas as paredes dele foram "preparadas".
Antigamente os modelos só podiam ser de gesso, atualmente, devido a tecnologia, já há a possibilidade de
construir restaurações a partir de modelos digitais/virtuais.
Recapitulando: a restauração indireta é feita a partir de um preparo que foi moldado, construído o modelo
de gesso e nele, a restauração é confeccionada.
A restauração precisa assentar em boca e ser fixada. Esse processo de fixação é chamado de cimentação.
Uma vez escolhido o cimento, ele será utilizado na peça que é levada em boca, assentada sobre o preparo,
excessos de cimento que extravasarem devem ser removidos, e após o cimento tomar presa, a peça fica
aderida/retida em boca, ou seja, cimentada.
As coroas protéticas podem ser confeccionadas em dois tipos de materiais cerâmicos: metalocerâmicas ou
cerâmicas livres de metal.
Metalocerâmicos: possuem infraestrutura metálica e
recebem cobertura cerâmica (parte estética), são
extremamente resistentes conferidos pela estrutura
metálica (feitos com liga metálica, geralmente resistentes e
rígidas).
Cerâmicas livres de metal: caso precisem de estrutura de
reforço, este também será confeccionado com material cerâmico de alta resistência (por ex: zircônia).
Interagindo com a luz, é possível perceber que as metalocerâmicas são mais opacas, as cerâmicas livres de
metal interagem com a luz de forma semelhante ao dente natural, por isso são consideradas mais estéticas.
Nas metalocerâmicas (primeira imagem), em por exemplo um paciente com sorriso alto (mostra muito a
gengiva), percebe-se que o metal chama muita atenção em áreas cervicais em que a cerâmica fica fininha.
Em termos de resistência mecânica, ambas são muito satisfatórias.
Indicações: geralmente estão relacionadas a necessidade de reforço do remanescente de estrutura dental,
para que sobreviva às sobrecargas da cavidade oral. Geralmente isso é necessário por conta de defeitos do
próprio dente, cáries, tratamentos endodônticos que deixaram o dente mais fragilizado etc.
Atualmente há muitas indicações de restaurações indiretas do tipo facetas, que são pequenas lâminas de
cerâmica coladas nas estruturas dentais para melhorar formato, volume e outros defeitos estéticos. São
feitas de cerâmica pura. 
Indicações gerais das restaurações indiretas cerâmicas:
● Facetas: são restaurações parciais. 
● Coroas: restaurações totais que cobrem todas as paredes do remanescente. 
● Inlays: que estão dentro de um preparo cavitário com características expulsivas (o preparo para
amálgama é um exemplo de preparo retentivo). 
● Onlays: também feiras sobre preparos expulsivos, onde normalmente precisa-se proteger uma ou
mais cúspides fragilizadas. 
Propriedades
Vantagens
o Excelência estética: reproduz bem fielmente as características do esmalte e da dentina
o Alta resistência mecânica
o Boa relação com tecidos periodontais: como são extremamente lisas, caso sejam feitas com
polimento e obedecendo a anatomia, dificilmente terão acúmulo de biofilme sobre elas
Limitações:
o Friáveis: não tem capacidade de absorver tensões, caso sejam superiores à resistência do
material, ele irá se fraturar (vidro é um exemplo de material friável, não tem capacidade de
se deformar). Contudo, as forças oclusais geralmente são inferiores à resistência da cerâmica
cimentada em boca, dificilmente irá fraturar por forças normais da mastigação. 
o Desempenho dependente do processamento laboratorial e da manipulação profissional
Composição: basicamente é composta por uma matriz vítrea (sílica - responsável pela beleza, aspectos
transparente da cerâmica) que envolve uma fase cristalina, ou seja, pequenos cristais que serão os
responsáveis pela resistência do material. Existem diversos tipos de cristais: silicato de lítio, leucita, zircônia
e alumina. A quantidade de cristais (por ex, nas de alto conteúdo de zircônia) pode chegar a 99% da
composição. 
Resistência: nem sempre se dá pelo aumento do reforço cristalino, também há outros aspectos do material
e da técnica que aumentam a resistência da cerâmica.
● Glazeamento: ao final da confecção no laboratório de próteses, a cerâmica recebe uma camada de
Glaze (camada de vidro) que serve para evitar que haja defeitos estruturais na sua superfície que
possam propagar fraturas e trincas que levem a perda de resistência. Etapa muito importante.
Também dá brilho e lisura à cerâmica. Caso seja necessário fazer ajustes para retirar alguma parte
volumosa ou fora do contorno (sempre ajustar antes de cimentar), é necessário reenviar ao
laboratório para aplicar outra camada de Glaze.
● Reforço cristalino: O dentista precisa ponderar sobre a necessidade do caso, para definir qual tipo
escolher.
o Cerâmicas vítreas: são mais estéticas e mais adesivas ao dente, mas perdem um pouco em
resistência
o Cerâmicas cristalinas ou policristalinas: menos estéticas e adesivas, mais resistentes.
Obs: o componente que confere a adesividade é a fase vítrea, pois ela pode ser condicionada (usar ácido na
parte interna da cerâmica para criar porosidade que permite adesão ao dente, semelhante ao processo de
condicionamento ácido do esmalte). Cerâmica sem fase vítrea não pode ser condicionada e perde a
capacidade de ter adesividade.
● Transformação de fase: exclusiva da zircônia. A estrutura molecular da zircônia, ao receber uma
força de tensão, sofre o efeito de transformação de fase que faz com que sua estrutura molecular se
modifique para barrar as trincas e propagação de fraturas, tornando o material altamente
resistente. Possuem custo mais elevado. 
Relação entre as fases Vítrea/Cristalina
1. Feldspáticas: É a principal cerâmica, a mais conhecida de todas e também chamada de porcelana.
Essa é uma cerâmica linda, vítrea, transparente, semelhante ao esmalte, mas, em compensação é a
menos resistente (menor valor de MPa – Mega Pascal).
*Nem toda cerâmica é porcelana, mas toda porcelana é cerâmica. Ou seja, porcelana e cerâmica são a
mesma coisa
2. Vidro Ceramizado: Cerâmicas vítreas com resistência intermediária, sendo maior que a feldspática,
mas não tão altas quanto às cerâmicas menos vítreas (que são as seguintes).
3. Infiltradas de Vidro:
4. Alto conteúdo de alumina ou Zircônia: Apresenta maior valor de Mpa, sendo um valor maior que
qualquer força que se insira na cavidade bucal, ou seja, são cerâmicas que não vao fraturar.
Servem pra fazer restaurações múltiplas, se assemelhando muito, em termos de resistência, com as
ligas metálicas.
⚠ Cerâmicas mais estéticas (ou seja, mais vítreas), são cerâmicas que podem ser condicionáveis, por isso
possuem adesividade. São condicionáveis porque pode-se utilizar um ácido na sua parte interna (que vai
ser cimentada), esse acido vai criar uma porosidade na fase vítrea e haverá uma área para infiltração do
sistema de cimentação.
⚠As cerâmicas altamente resistentes, como não possuem fase vítrea, não permitem a utilização de ácido,
pois não há vidro, ou seja, não há sílica para ser retirada (elas são ácido-resistentes).
Esse processo de cimentação precisa ser diferente, utilizando um método não-adesivo.
Exemplo:
A superfície controle,caso seja condicionada, não apresenta mudança em sua superfície promovida pelo
ácido. Essa cerâmica não pode ser aderida ao dente, necessitando a utilização de outro processo.
No caso da cerâmica de vidro ceramizado, o condicionamento ácido retirou o vidro superficialmente,
criando áreas de porosidade (muito parecido com o esmalte dental quando se faz condicionamento com
ácido).
*O ácido fosfórico é diferente, mas a ação em si é muito parecida.
Tipos de Sistemas Cerâmicos
A cerâmica lembra uma estratégia de confecção semelhante aos materiais artesanais com processo de
fabricação semelhante (vidro e barro, por exemplo). Existem muitas formas de classificar essas cerâmicas,
dentre elas:
Técnicas de fabricação
A cerâmica lembra uma estratégia de confecção semelhante aos materiais artesanais com processo de
fabricação semelhante (vidro e barro, por exemplo).
1. Sinterização (Feldspáticas):
2. Fusão e injeção/prensagem (vidros ceramizados):
Podem ser processadas também com um sistema CAD-CAM, entretanto, também são fabricadas
pela técnica de fusão e injeção. Técnica que relembra a de cera perdida.
3. Slip-Cast (Infiltradas de vidro):
*A brasileira, a técnica de infiltradas de vidro recebe exatamente o mesmo nome: infiltradas de
vidro.
4. CAD-CAM (Alto conteúdo de ZR Ou AL):
*Aas técnicas de alto conteúdo de zircônia e alumina são cerâmicas que só podem ser fabricadas a
partir de um sistema de fresagem (sistema CAD-CAM).
Sistema CAD-CAM significa “Desenho Assistido pelo Computador” e “Mecânica Assistida
pelo Computador”. Ou seja, é um processo de confecção totalmente tecnológico.
*As duas primeiras são vítreas, enquanto as duas últimas não.
CERÂMICA FELDSPÁTICA
SINTERIZAÇÃO:
É um processo de queima, em que, inicialmente, há a condensação do pó cerâmico, que vai ser misturado
em um líquido (normalmente a base de glicerina na água)
O protético, dessa forma, terá as massas de cerâmica, podendo escolher essas massas de acordo com a cor
da região que ele vai usar (ou seja, terá massa de esmalte ou de dentina), aplicando essas massas (que são
a mistura do pó cerâmico com o líquido – a glicerina) em um processo chamado de condensação.
A condensação é o processo de escultura dessa massa de pó cerâmico sobre uma superfície de modelo
refratário. Esse modelo refratário vai ser levado ao forno, onde a massa vai vitrificar, ou seja, sinterizar.
Esse momento é chamado de cocção (forno) e o resultado desse momento, que é o derretimento da
cerâmica, é chamado de sinterização.
REVISÃO: Processo de sinterização da cerâmica feldspática.
● Condensação: Mistura da massa - pó cerâmico com o liquído e a colocação nas áreas que o
protético escolher.
● Cocção: Transporte ao forno.
● Sinterização: Resultado final da confecção da cerâmica em si.
● Graze: Camada final.
CERÂMICA FELDSPÁTICA: Apresenta-se em diversas tonalidades, com diversas características óticas, pois
representam esmalte e dentina em seus diferentes tons.
1. Fase cristalina (10-20%): Apresenta-se em alto valor, composta por sílica, quartzo.
2. Fase vítrea: Apresenta um pouco do derretimento da sílica, mas é criada a base de sódio ou de
potássio.
3. Modificadores de vidro: Estruturas iônicas que vão atuar na cor, transparência, grau de translucidez
da cerâmica e são Na, K e CA.
4. Opacificadores: A cerâmica feldspática vai ser trabalhada como metalocerâmicas e, para que não
permitir que a cor do metal apareça, precisam ter essa característica opaca em algumas situações.
5. Óxidos ou pigmentos.
*Protético precisa recceer do dentista todas as características do caso, com fotografias, para que se possa
representar as características que as cerâmicas precisam ter.
CARACTERÍSTICAS:
1. Baixa resistência a flexão – 70 Mpa: Não indicada para receber sobrecarga
2. Excelente estética
3. Indicadas para facetas, inlay, onlay: São situações unitárias, sendo ótimas propostas pra o tipo de
cerâmica.
4. Exemplos para utilização desse modelo:
Cerâmica de cobertura em coroas: Laminado cerâmico
Metalocerâmicas: Infraestrutura metálica coberta por cerâmica feldspatica.
Metalocerâmicas: O seu processo de fabricação acontece através de uma confecção de estrutura
metálica através de um processo de cera perdida
Para que a cobertura cerâmica aconteça em cima dessa área, o metal vai receber um tratamento
de superfície (abrasionado) e depois vai ser opacificado.
*O opacificador é importante para esconder essa cor metálica e possibilitar a beleza da cerâmica
A metaloceramica tem a
habilidade de aderir quimicamente a infraestrutura metálica a partir dos óxidos da cerâmica. Ou
seja, quando o metal sai do forno e resfria, a cobertura cerâmica, que também vai ter que ser
levada ao forno, cria ligações oxidas/iônicas, permitindo que os dois materiais fiquem unidos
quimicamente
Assim, metal e cerâmica não se desprendem, a não ser que haja alguma
deformação.
VIDRO CERAMIZADO:
Fusão e injeção/prensagem
Cristais uniformemente distribuidos na fase vítrea, reforçam o material e diminuem a propagação de
trincas sem comprometimento estético
CARACTERÍSTICAS:
65% de cristais de Dissilicato de lítio Resistência flexural mérdia (350-400 Mpa) - Quantidade alta de cristais
Excelente estética (cores e graus de translucidez) – Quantidade vítrea alta.
*Possui excelente resistência mecânica e excelente estética, sendo, normalmente, a primeira escolha
clínica.
PROCESSO:
O processo de cera perdida se inicia a partir de um enceramento. A estrutura que necessita ser criada, vai
ser reproduzida em cera, fazendo com que a área que representa o dente, seja de cera.
A estrutura representada em cerâmica, será criada, primeiramente, em cera, em um anel de fundição.
Na foto, o anel de fundição está sendo representado,
prendendo e revestindo a cera. O revestimento tem características muito semelhantes ao gesso, com a
diferença de ser um material refratário.
● Material refratário é aquele que pode ser levado ao forno e não fratura.
Por isso o material de fundição é revestido por um revestimento.
O revestimento, após endurecer, é levado ao foro, mas apresenta uma superfície por onde a cera vai
derreter e vai ser eliminada. No interior do anel de fundição, vai ficar um espaço vazio, que estava sendo
ocupado antes por toda a quantidade de cera (cera dos canais de alimentação e da restauração).
Após isso, será colocado um lingote de cerâmica no orifício do mesmo anel. Em seguida, esse lingote será
levado ao forno, que possui calor e pressão interna. Na pressão, o lingote de cerâmica, derrete e a pressão
o injeta para dentro do anel.
DESOCLUSÃO E ACABAMENTO:
Desinclusão e acabamento:
Quando o processo termina, o anel de fundição é retirado do forno (com a garra) e, ao respirar, o protético
corta ele de cima pra baixo. O protético, dessa forma, retira os canais de limitação, vai retirar essa parte
cerâmica, jogando-a fora, e em cima dessa área, haverá uma caracterização.
CARACTERIZAÇÃO:
A caracterização é feita através de uma pintura ou
maquiagem. Ou seja, através de que vai se um laser vai ser
aplicado um vidro cerâmico que tem cor, pintando a
superfície com várias tintas. Mais azuladas para áreas incisais,
mais pigmentadas para áreas cervicais etc., variando de
acordo com o dente.
ESTRATIFICAÇÃO: Momento em que se coloca uma cerâmica feldspática sobre a infraestrutura de cerâmica
resistente, fornecendo uma estética melhor. Logo, cria-se uma infraestrutura, coberta por uma cerâmica de
cobertura que é a feldspática, deixando-a mais estética.
Ex. clínico de uso da cerâmica de vidro ceramizado. A paciente
se incomodava com as restaurações que tinha nos dentes
anteriores, o fechamento com resina manchado, ela queria
trocar esses pontos.
Então foi feito o planejamento do caso, com o tamanho do
dente mais adequado para ela. Então, foi feito o teste com
Mock-up para saber se a paciente gostou do novo modelo,
tamanho, formato. É feito em um material chamado resina
bisacrílica, não é a resina acrílica tradicionalmas é um material
que está sendo muito usado atualmente para fazer
restaurações provisórias ou ensaios restauradores (como esse
mock-up).
Após aprovação do modelo é feito o preparo, que nessa
paciente foi retirar as restaurações e expor o esmalte. Para
fazer esse preparo utiliza-se guias que direcionam para a
mesma espessura em todas as áreas, e essas guias são feitas
com a silicona de adição ou de condensação.
Antes de moldar, para que o material de moldagem consiga
moldar fielmente todas as regiões próximas à gengiva, é
colocado um fio de afastamento (esse fio preto), para que
consiga fazer um bom afastamento do tecido gengival e que o
material de moldagem consiga copiar bem.
E com um bom molde se consegue confeccionar um bom
modelo de trabalho.
Nesse modelo de trabalho as restaurações vão ser fabricadas,
e após isso parte para um processo de cimentação.
As 4 facetas de lateral a lateral superior foram feitas com vidro ceramizado, entretanto essa era uma
paciente que fazia muito apertamento dental, então foi feito um dispositivo interoclusal, também chamado
de placa miorrelaxante.
Então após a cimentação foi indicado a confecção dessa placa
para que não ocorresse prejuízos na estrutura dental.
Resultado após algum tempo da cimentação feita. A cerâmica
tem uma característica de polimento que se mantém com
muitos anos, ao contrário da resina composta que pode
perder um pouco do brilho, fraturar, entre outras coisas.
SLIP- CAST (Infiltração de vidro)
*Não tem mais no Brasil sendo fabricada, mas pode aparecer em questões de concurso.
- Possui uma infra-estrutura de alumina que é porosa e com isso ela é posteriormente infiltrada por
vidro criando um material extremamente resistente.
- Apresenta uma alta resistência a flexão (400-750 MPA), porém uma baixíssima adesividade.
Forma de confecção
Inicialmente é feito processo muito parecido com a da feldspática
para criar essa infraestrutura de alumina porosa, que seria
representante de uma coroa total, que seria posteriormente
coberta por uma outra cerâmica.
Essa infraestrutura de alumina vai receber uma
cobertura por um pó vidro que vai entrar na porosidade e
criar um material bem mais resistente.
Nessa imagem da aplicação e infiltração do vidro é
possível notar que o pó está sendo aplicado sobre a
infraestrutura da alumina, e depois da cocção (que é o pó
ser levado ao forno sofrer a cocção ). Depois se faz os ajustes na infra estrutura para que se possa aplicar a
cerâmica sobre ele.
Resistência x Opacidade
Esses materiais são altamente resistentes mas em compensação são muito opacos, não tem muita estética.
Existem 3 tipos de vidro que podem ser colocados sobre a infra estrutura de alumina: vidros de zircônia,
alumina e spinell. O vidro de zircônia é o mais resistente de todos, mas o menos estético por apresentar
menor translucidez. Já o spinell é mais translúcido (mais indicado para regiões anteriores) mas não é tão
resistente como o de zircônia. Então, era feita a seleção
do pó para aplicar sobre as cerâmicas desse modo.
Então, sobre a infra-estrutura com vidro infiltrado (coping)era feita a aplicação da cerâmica vítrea de
cobertura, e por cima a glaze.
Exemplo clínico:
Paciente que tinha vários dentes anteriores com restaurações ruins, mal adaptadas. Então foram feitos
preparos, todos de coroa total e depois moldagem. Confecção de modelo de gesso, em que se fez nesse
modelo os copings fabricados. Esses copings são testados em boca para saber se está idea, e então são
transferidos para um outro modelo de gesso, onde é feita a aplicação da cerâmica. E na última foto são as
cerâmicas em boca já cimentadas.
SISTEMA CAD-CAM
- CAD: Computer Assisted Design
- CAM: Computer Assisted Machining
- Desenho criado pelo computador que depois vai ser enviado para uma fresadora, que vai ser
responsável por fazer a usinagem de um bloco de cerâmica no mesmo formato que o desenho que
foi criado.
Usinagem:
Pode ser feito por meio de blocos:
● Pós-sinterização: cerâmicas vítreas. É feita quando o bloco cerâmico é que vai ser levado em uma
máquina e dele se retira uma restauração. Então esse bloco já passou por um forno, todo o
processo de cocção já foi feito e esse bloco já foi desgastado e já está pronto para ser cimentado.
● Pré-sinterização: cerâmicas cristalinas. Nesse caso a sinterização não foi feita por completo, mas o
bloco após ser fresado a estrutura que foi fresada a partir dele vai ser levado em um forno onde a
sinterização vai ocorrer. Esses blocos pré-sinterizados são muito usados com cerâmicas cristalinas,
pois são tão duras e resistentes que se a máquina fosse fazer a fresagem de uma cerâmica de
zircônia por ex a máquina teria uma vida útil muito baixa. Porém, usado o bloco pré sinterizado o
corte fica mais fácil, mas ao mesmo tempo existe uma sinterização que deve ser levado ao forno
após a confecção.
No bloco de cerâmica já vem todas as informações, como que cor ela é, qual a opacidade vai ter. Então a
cerâmica feita nessa estrutura vai ser sempre monolítica, ou seja, ela é feita com 1 material só. Logo, ela
não vai ter a possibilidade de ter várias cores e tudo mais, pois é constituída de 1 único bloco cerâmico.
Alto conteúdo de alumina/zircônia.
São as mais utilizadas hoje em dia, elas podem ter 99% de óxido de zircônia, ou seja, elas são altamente
resistentes, entretanto são bastante opacas. Isso não significa que ela vai criar uma restauração pouco
estética, isso ocorre pois o núcleo/coping pode ser feito em uma fina espessura, então o laboratório de
prótese vai ter espaço para fazer uma cobertura cerâmica que
fique bonita.
Ex. do processo de confecção. Para que o computador possa
fazer o desenho ele precisa de informações sobre a boca.
Então essas informações podem vir a partir do escaneamento
de um modelo de gesso, ou podem vir do escaneamento de
um modelo intra oral.
São muitas as opções de scanners e muitas as vantagens, como não ter que moldar o paciente ou de ter
que armazenar modelo no consultório.
Depois que as imagens do preparo foram adquiridas, um computador vai desenhar uma infraestrutura, e
esse desenho vai ser passado para uma fresadora que vai promover essa usinagem/ corte do bloco de
cerâmica. Se foi utilizado cerâmica pré-sinterizada ao final do corte vai ter que ser levada ao forna para que
ocorra sua completa sinterização
Ex. clínico
“O êxito das restaurações adesivas indiretas depende da capacidade do clínico em conhecer as
características de cada sistema cerâmico, dos agentes que compõe o sistema de fixação e das variáveis
clínicas de cada caso”.
AGENTES PARA CIMENTAÇÃO
Adesivos e Não adesivos.
Existem cerâmicas que não são condicionáveis, então não se trabalharia com material adesivo nela, já que
não tem adesão. A mesma coisa de uma metalocerâmica, tem uma infraestrutura metálica, logo, não
necessita de um material adesivo para fazer uma cimentação metálica.
- Não adesivos:
- Cimento de Fosfato de zinco: É o principal cimento não adesivo usado na prótese. *É o
mesmo cimento de proteção pulpar, só que com características de cimentação, trazem
quantidades diferentes de pó e líquido, dosadores diferentes quando vão ser usados na
opção de cimentação (onde precisa de um material mais fluido, uma película mais fina) ou
quando vai ser usado na forma de uma base ou restauração (precisa de um pouco mais de
viscosidade).
- União por embricamento mecânico (não vai ficar aderido, vai encontrar rugosidades
ajudando o embricamento)
- Pouca solubilidade em água (0,06%)
- Adequada espessura de película (20 micrômetros)
- Baixo curto
- Manipulação: Deve ser levado de
pequenas partes até partes maiores
para o líquido. Pela bula diz que o
pó deve ser dividido em 4 partes, 1
(¼) das parte deve ser dividida ao
meio (⅛ e ⅛ ), e 1 dessas partes (⅛
) vai ser dividida ao meio (1/16 e
1/16). Tempo de trabalho: 3 a 6 minutos (23° C). Tempo de presa : 5 a 9 minutos
(37°C), esse tempo de presa de 9 minutos é uma desvantagem.Manipulação deve
usar toda a placa de vidro, e deve-se conseguir uma película bem fina, fazer o teste
de ponto de fio para saber se a película está fina, o material deve vir acompanhado a
espátula. A manipulação deve ser feita sempre das menores partes para a maior, usar
toda a placa de vidro, depois pega o cimento coloca dentro da peça metálica, colocar
em boca, remover o excesso com uma sonda ou fio dental quando está começando a
endurecer.
- Indicação/ Técnica: Cimentação de metalocerâmicos. Isolar o campo operatório,
colocar o cimento manipulado dentro de uma peça e boca.
Materiais adesivos
Há dois grupos de materiais adesivos: os resinosos e os ionoméricos.
Cimentos Ionoméricos: é o mesmo civ que vimos antes, a diferença é que é um ionômero com consistência
mais fluido porque a cimentação exige que o material seja mais fluido.
- Vantagens: são iguais do civ: união à estrutura dental e liberação de flúor, adequada espessura de
película, boas propriedades mecânicas (entretanto, são melhores no caso de híbridos, os convencionais não
têm propriedades muito legais).
- Desvantagens: solubilidade em água durante as primeiras 24 horas (embebição).
- Indicação/Técnica:
Como eles não são materiais muito resistentes, só são indicados para cimentação de metalocerâmicas
(mesma indicação do fosfato de zinco) ou para cerâmicas com alta concentração de fase cristalina (aqueles
materiais que não são adesivos/não são condicionados, então são materiais que a gente pode cimentar ou
com civ ou com fosfato de zinco).
A manipulação é igual ao do civ: uma parte de pó e outra de líquido, divide-se o pó em duas partes e leva
até o líquido rapidamente. O civ é bem fluido e levado no interior de toda cavidade. Então ele é assentado
no preparo, os excessos escoam para superfície e são retirados, a peça uma vez endurecida fica cimentada.
Em termos de comparação, não pode ser comparado com o cimento resinoso, ele se compara com o
cimento de fosfato de zinco apesar de ter adesividade ele não é material altamente resistente e tem o
problema da embebição.
Cimentos resinosos: apesar de parecer uma grande vantagem, qualquer trabalho que envolve adesividade
envolve uma complexidade muito grande (isolamento, condicionamento ácido, fotopolimerização, etc).
- Vantagens: estética (tem várias cores), adequada espessura de película, praticamente insolúveis em água
(desde que estejam bem polimerizados), resistência de união (capacidade de unir e resistir à força
deslocamento das restaurações)
- Classificação de acordo com o sistema de ativação:
Quimio: ativação através de uma reação química entre a união de duas pastas.
- O cimento sempre vem em 2 pastas (base (peróxido de benzoíla) e catalisadora (amina terciária);
- Poucas opções de cor;
- Uso em áreas sem acesso à luz (restaurações metálicas, retentores intraradiculares);
- Curto tempo de trabalho (assim que começa a misturar as pastas começa a tomar presa).
Foto: polimerizam através dos fotoiniciadores do fotopolimerizador.
- Controle do tempo de trabalho;
- Uso em restaurações estéticas finas e altamente translúcidas como as facetas (porque a luz do
equipamento de fotopolimerização vai ter que atravessar a peça para chegar no cimento, se a peça for
muito espessa ou opaca a luz não vai chegar até o cimento, e um material mal fotopolimerizado é um
material com fraca resistência;
- Estabilidade de cor (porque a quantidade de aminas no cimento é menor e as aminas que são
responsáveis pelo manchamento das resinas compostas.
Dual: tem a parte química e a foto.
- uso em cerâmicas espessas ou opacas (porque mesmo que a luz que chega no cimento chegue mais fraca
existe a reação química para terminar a reação)
- luz é sempre necessária para completar a reação!
Classificação de acordo com adesão ao dente:
- Convencional: hibridização: para fazer adesão do cimento ao dente precisa partir de todo princípio de
adesão - fazer condicionamento ácido, lavar, passar no dente, fotopolimerizar e só depois o cimento vai
poder aderir ao dente; a união convencional pode acontecer tanto pelo sistema convencional que precisa
de condicionamento prévio ou por um sistema autocondicionante.
- Autoadesivo: não precisa da etapa de passar adesivo no dente, porque ele mesmo promove adesão ao
dente; consegue ter a retenção micromecânica e interação química entre grupos acídicos e a hidroxiapatita,
é um processo químico muito parecido com os autocondicionantes; menor união ao esmalte; poucas
opções de cor.
Tratamento das superfícies para cimentação: O sistema de cimentação também precisa se ligar a peça,
essa ligação do cimento resinoso com a peça protética depende do tratamento da superfície.
Para as condicionáveis, o tratamento vai ser por ácido fluorídrico (um ácido bem mais forte do que o ácido
fosfórico), seguido de silanização. Nas cerâmicas que são ácido resistentes, como eu sei que não adianta
usar ácido fluorídrico porque não tem fase vítrea (se não tem fase vítrea não tem onde o ácido agir), nesse
caso para criar um tratamento da peça protética que favoreça a adesividade só tem a opção de abrasão.
Abrasão: é um processo mecânico causada por óxido que gera áreas de pequenas abrasividades onde o
cimento vai ter retenção.
- mecânica (óxido de alumínio)
- mecânica/química: óxido de alumínio modificado por sílica (o ox de aluminio é coberto por sílica e quando
encosta na superfície deixa um pouco de sílica e o interior fica silicatizado).
Ácido fluorídrico
- remove seletivamente cristais do vidro cerâmico e cria microporosidades
- concentração de 4 a 10%
- tempo de uso varia conforme material
O aumento do tempo de condicionamento aumenta a rugosidade mas pode diminuir as propriedades
mecânicas das cerâmicas vítreas. Como existe 2 tipos, precisa saber o tempo do ácido para cada uma delas,
para feldspáticas (ácido 10%/90seg) e vítreas reforçadas ácido 4.9%/20seg)
Silanização: última etapa
- Molélucas bi-funcionais: união a grupos hidroxila e a superfícies vítreas
- Agente silano + ácido fraco + solventes (o agente silano geralmente está ligado a um ácido fraco e a alguns
solventes). Então a aplicação dele é a cobertura da peça protética, depois deixa ele descansar por 1 min e
depois parte para cimentação.
Quando o silano é aplicado na peça protética faz com que a peça, que é a superfície vítrea, consiga se ligar
quimicamente aos grupos hidroxila que estão presentes no cimento resinoso, então faz uma união química
entre as duas superfícies.
Caso clínico
Técnica operatória a paciente questiona a estética dos dentes anteriores, principalmente o incisivo lateral
por causa do pino metálico devido uma fratura que ocorreu. O pino foi retirado por conta da corrosão que
ele tinha criado na estrutura do dente, manchando permanentemente e foi colocado outro pino de fibra de
vidro e optou-se pelo cimento autoadesivo. O cimento é inserido, remove os excessos e é feita a
fotoativação por 120seg. Por último é feita a construção do núcleo de preenchimento. Depois de cimentar
esse pino o dente foi preparado (preparo de coroa total) e os outros dentes receberam preparo para
facetas. A etapa de moldagem foi feita com silicona de adição. Foi construído modelos de trabalho e
cerâmicas vítreas, e a partir disso parte para o processo de cimentação (escolheu um cimento resinoso dual
com adesão convencional).
Por que na cimentação de faceta prefere utilizar cimento de adesão convencional? porque eu sei que o
cimento autoadesivo tem baixa resistência de união em área de esmalte.
*Como a peça era uma peça vítrea foi feito um condicionamento ácido com ácido fluorídrico de 5% a
20seg. Quando lava, enxerga a cerâmica por dentro toda branquinha, isso é sinal que ela foi realmente
condicionada.
Uso de agente de união silano por 60seg.
Aplicação de cimento na peça
Assentamento da peça
Remoção dos excessos
Fotoativação - 40seg
Passo a passo:

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