Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Volumosos Volumosos são alimentos que contém acima de 18% de fibra, e a baixo de 60% de NDT. Podemos classificar os volumosos como proteicos e energéticos. Proteicos: aqueles alimentos que contém acima de 18% de fibra, e acima de 20% de proteína; Exemplo: todas as leguminosas, mandioca, maniçoba. Energéticos: alimentos acima de 70% de NDT. Exemplo: cana-de-açúcar. Concentrados Necessita ter abaixo de 18% de fibra, e geralmente são ricos em energia. Proteico: ter menos que 18% de fibra e acima de 20% de proteína. Exemplo: farelo de algodão, farinha de carne, farelo de girassol. Energético: ter abaixo de 18% de fibra, abaixo de 20% de proteína e acima de 70% de NDT (nutrientes digestivos totais). Exemplo: fubá de milho, raspa de mandioca, (alimentos ricos em amido). Proteicos e energéticos: ter abaixo de 18% de fibra, acima de 20% de proteína e acima de 70% de NDT. Exemplo: farelo de soja (cerca de 43% de proteína e 75 a 78% de NDT). Alimentos fibrosos são antagônicos à alimentos energéticos. Pois as fibras ocupam mais espaço na composição do alimento, o que impede o acúmulo de amido e açúcares, que são o que enriquece energeticamente os alimentos. Aumentar a produtividade e diminuir os custos, utilizando subprodutos. Coprodutos Alimentos que podem ser usados na alimentação animal, substituindo em parte ou no todo, os alimentos tradicionais (milho e soja). Agrícolas: não passam por nenhum processo industrial, vindo direto da agricultura. Exemplo: parte aérea da mandioca, rama de batata, palhadas em geral. Industriais: provém diretamente da indústria. Exemplo: farinha de sangue, soro do leite, farinha de pena. Agroindustriais: são da lavoura e ainda passam por algum processo industrial. Exemplo: polpa cítrica peletizada (o bagaço da fruta é hidrolisado, seco, triturado e peletizado), melaço em pó, resido de cervejaria. Classificação dos alimentos O farelo de soja possui menos energia, por não ter o óleo, como na soja grão, mas não é uma queda drástica, pois ainda é rico em amido, e amido também é energia (2,25x menos energia que o óleo). Seu valor nutricional base é em torno de 43% de proteína com alto valor biológico, que indica o quanto de nutriente é aproveitado pelo organismo do animal, e possui cerca de 3% de extrato etéreo. A parte aérea da mandioca, conhecida popularmente como maniva, é rica em proteína, porém contém também o ácido cianídrico, que dependendo da quantidade, pode transforma-se em cianeto dentro do rúmen, algo letal para os animais. É possível eliminar esse ácido, pois o mesmo é volátil, então ao deixar essa maniva algumas horas sob o sol já é suficiente para eliminar o ácido, e logo em seguida ofertar aos animais. Ou seja, se for ofertado várias vezes em pequenas quantidades durante o dia, não há necessidade de deixa-la sob o sol. As raspas da mandioca também é um alimento alternativo para ofertar aos animais, sem o princípio tóxico da mandioca em si, pois a raspa fica em repouso, passa por uma secagem e somente após isso é triturada e feita a raspa. É utilizado como substituto parcial do milho, como fonte de energia por causa do amido (cerca de 70% de NDT), somente 3% de proteína e 8% de fibra. A maniçoba é uma grande fonte de proteína (cerca de 25%), de 35 a 40% de fibras e em torno de 60% de NDT (energia, que provém da alta digestibilidade das folhas) para os animais, mesmo tendo que tomar cuidado também com o ácido cianídrico. Tradicionais Soja grão: crua (existe uma proteína tóxica, chamada sojina, perigosa para não ruminantes) ou tostada, fonte rica em proteína (cerca de 40%) e energia (90% de NDT). Milho: não possui nenhuma limitação tóxica, sendo fonte principal de energia (cerca de 80% de NDT), rico em amido, porém pobre em proteína (cerca de 7%) e também pobre em fibra (cerca de 2,5%). É envolto por uma película indigestível e altamente resistente, o que pode indicar o desperdício de energia, já que o animal indica que não digeriu bem o grão, quando analisamos suas fezes. Para eliminar essa película, o indicado é quebrar ou triturar o grão. Trigo: não possui nenhum princípio tóxico, com bom teor de proteína (varia de 12 a 15%), cerca de 68% de NDT e 11% de fibra. Ureia: fonte indireta de proteína. Indireta porque é um produto químico, devido seu teor de nitrogênio (cerca de 45%). A ureia é um composto quaternário (hidrogênio, oxigênio, carbono e nitrogênio), sendo o nitrogênio quem se transforma em proteína. Encher não significa nutrir! A cada 100g de ureia, temos 45g de nitrogênio, multiplicando por 6,25, gerando 281g de proteína no organismo do animal. A ureia é letal para não ruminantes! No caso dos ruminantes, ainda deve-se atentar para a quantidade máxima de 40g para cada 100kg de peso vivo do animal. Acima disso, leva o animal á óbito. Exemplo: Um bovino de 400kg deve consumir no máximo, 160g de ureia por dia. Um animal como esse requer cerca de 1.200 a 1.500g de proteína, então: 100g de ureia --------- 281g de proteína 160g de ureia --------- x = 449,6g de proteína Ou seja, cerca de 1/3 da necessidade de proteína do animal, foi suprida pela ureia. Os outros 2/3 provem de outros alimentos. Por não ser palatável, normalmente é ofertada misturada com o sal mineral, fubá, melaço... dessa forma o animal ingere mais facilmente.
Compartilhar