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Fichamento - Transmissão das Obrigações

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Professor: Msc. Carlos Costa Disciplina: Direito das Obrigações 
Nome: 
Arthur Tobias Tietz 
Isadora Souza de Freitas Turma: N 01 
Davi Silva Souza 
Millena Rodrigues Oliveira 
Anna Luisa Nascimento 
Larissa Maria 
Larissa Kamille 
Larissa Mendonça 
Larissa Andrade 
Laura Alcântara 
Data: 12/03/2021 
 
FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Curso de direito civil: 
obrigações. 15. ed. Salvador, BA: JUSPODIVM, 2021. v.2. 
 
Conteúdo fichado: Da Transmissão das Obrigações. 
“A relação jurídica, como toda entidade, possui um momento de nascimento, uma 
etapa na qual sofre modificações em uma fase derradeira em que se extingue. [...] A 
transmissão da obrigação é fenômeno que, apesar de acidentar no processamento da 
relação, é muitíssimo frequente na prática.” (Página 398) 
“Cuida-se de uma situação jurídica concernente aos sujeitos ou ao objeto, que se 
verifica de forma superveniente na relação jurídica, modificando a situação 
preexistente” (Página 398) 
"Com efeito, o vocábulo transmissão valoriza a nota da permanência da obrigação, a 
despeito da alteração registradas em seus sujeitos. No trajeto próprio da transmissão, 
ao transitar do antigo para o novo titular, a obrigação pode modificar a sua fisionomia, 
embora em traços não essenciais, pois o direito adquirido pelo novo titular é 
exatamente o mesmo de quem lhe atendeu”. (Página 398) 
 
As formas de transmissão de obrigação não sofrem modificações em seu objeto ainda 
que ocorra substituição sucessiva de seus atores, portanto, configura conservação do 
negócio jurídico, mesmo que estabeleça-se, cada vez mais, como uma relação de 
cooperação. 
"Nos sistemas jurídicos mais remotos, não se cogitava de transmissão das obrigações. 
No formalista direito romano o vínculo obrigacional era pessoal, intransferível e 
pautado por solenidades que praticamente transformavam qualquer mutação subjetiva 
em uma nova relação obrigacional, completamente independente da que lhe 
antecedera[...]" (Página 400) 
"A transmissão das obrigações é, destarte, uma obra edificada na idade moderna, como 
reflexo do florescimento de uma economia de trocas. Com as seguidas revoluções 
comercial, industrial e tecnológica, alcançamos um estágio pós-moderno de 
despersonalização e desmaterialização do crédito[...]O crédito é um elemento inserido 
no patrimônio do credor, suscetível de transmissão, tal como qualquer outro bem 
jurídico"(Página 400) 
Sem deixar de lado, também, que a transmissão procura a constituição das formas de 
poder sendo dependente dos direitos de crédito, de modo que apresenta a relação 
pessoal entre dois sujeitos e a satisfação do credor, sendo o crédito considerado um 
patrimônio posteriormente ao seu fim, concomitantemente à expectativa de realização 
da prestação 
"Observa-se que, antes do momento de exigibilidade da prestação-normalmente ao 
tempo do vencimento-, o crédito já representa um elemento atual do patrimônio do 
credor. Ele já detém o direito subjetivo ao crédito desde o tempo da constituição válida 
do negócio jurídico, apenas não poderá exercitar a sua pretensão contra o devedor, pois 
carece de exigibilidade[...]"(Página 401) 
"Cindivelmente ligado ao seu titular, o direito de crédito é, pois, renunciável, onerável, 
transmissível por hereditariedade e, para aquilo que ora nos interessa, alienável 
(gratuita ou onerosamente) [...]"(Página 401) 
Com a internacionalização do comércio, o crédito passou a desempenhar função 
econômica e social que transcende o plano das relações entre credor e devedor, 
podendo interessar, também, à órbita jurídica de terceiros 
“Atualmente, a operação de crédito é factível mesmo sem o emprego do papel-moeda 
envolvido na operação” (Página 402) 
“Não podemos duvidar, contudo, de que o débito, elemento passivo do patrimônio do 
devedor, também é suscetível de circulação e transmissão.” (Página 402) 
 
“A função do ordenamento jurídico não consiste em limitar a circulação do crédito, 
mas de apenas evitar abusos, direcionando-o à criação de empregos, pagamento de 
tributos, realização de investimentos e produção de bens e serviços de qualidade, com 
respeito ao consumidor e à livre concorrência.” (Página 403) 
A cessão de crédito é dita com negócio jurídico bilateral, pelo qual o terceiro recebe 
do credor sua colocação de bens na relação obrigacional, sem criar uma nova situação 
jurídica. Cristiano Chaves utilizou a linha de pensamento de Antunes Varella 
conceituando que a cessão de crédito constitui-se, no contrato, pelo qual o credor 
transmite a prestação ao terceiro, sendo irrelevante o consentimento do devedor, a 
totalidade ou uma parte do seu crédito. 
“Enquanto o termo alienação envolve a transmissão de coisas corpóreas, o vocabulário 
cessão implica transferência onerosa ou gratuita de bens imateriais, inatingíveis” 
(Página 404) 
A cessão de crédito é o negócio jurídico bilateral pelo qual o credor transfere a terceiro 
a sua posição patrimonial na relação obrigacional, sem que com isto se crie uma nova 
situação jurídica, como segue a doutrina de Cristiano Chaves, na qual a cessão se 
traduz na possibilidade de transmissão de bens corpóreos, materiais e imateriais. 
Seu perceptivo objeto é a transmissão dos direitos provindos desse negócio para o 
cessionário. 
Temos como requisitos da cessão de crédito: um negócio jurídico que estabeleça a 
transmissão da totalidade ou de parte do crédito; a inexistência de impedimentos legais 
ou contratuais a esta transmissão; e a não ligação do crédito à pessoa do credor como 
decorrência da própria natureza da prestação. Sendo assim, para sua efetivação, não 
basta apenas um negócio jurídico, mas sim, uma análise sistemática que de forma legal, 
realize o combinado. 
"Em regra, a cessão de crédito deriva de um ato de autonomia negocial. Contudo, em 
caráter pouco frequente, poderá a cessão se concretizar independentemente do 
instrumento de um negócio jurídico. Isto se dá quando resulta de uma imposição legal, 
[...]"(Página 406) 
"Em regra, será negócio jurídico oneroso, mas é possível que seja convencionado de 
forma gratuita. Esta distinção é relevante, pois, tratando-se de cessão gratuita, será 
afetado pelas regras gerais de validade do contrato de doações (arts. 538-564 CC). 
Porém, sendo a causa da transmissão um ato oneroso, necessária se faz a observação 
da sistemática do contrato de compra e venda"(Página 406) 
A natureza da obrigação poderá administrar um atalho à cessão de crédito. As 
associações intuitu personae não possuem imagem patrimonial de circulação, pois 
estão mais reunidos a aspectos morais do que ao tráfico jurídico. 
Com isso, temos que o ânimo extrapatrimonial dos direitos de personalidade evitando 
a sua cessão (art. 11, CC). Desse modo, fica certo que as qualidades essenciais de cada 
indivíduo da sociedade não podem ser enviados por imediata ofensa ao princípio da 
dignidade da pessoa humana. Entretanto, o sistema normativo jurídico admite a cessão 
prática de direitos da personalidade, observando a patrimonialidade do interesse. Além 
do impedimento da transmissão de direitos pela sua particular natureza inalienável, o 
art. 286 do estatuto civil se refere ao impedimento da cessão em determinados 
comércios jurídicos dotados de indisponíveis interesses. Assim, é incessível pela sua 
própria natureza intuitu personae, o direito a alimentos. 
“O destaque do art. 286 localiza-se em sua parte final, determinado a inoponibilidade 
da cláusula proibitiva da cessão ao cessionário de boa-fé, se não constar do instrumento 
da obrigação. Na esfera da transmissão das obrigações, a regra é a livre disponibilidade 
dos créditos, como expressão do princípio da autonomia privada. Daí, deliberando as 
partes pela recusa à futura possibilidade da cessão, impõe-se expressa manifestação no 
próprio instrumento constitutivo da obrigaçãoem personalíssima e preservando a boa-
fé de terceiros.” (Página 408) 
"A vedação contratual decorre de convenção proibitiva em que expressamente os 
contratantes recusam qualquer possibilidade de cessão de crédito [...], do contrário, 
presume-se que tenha havido autorização para ceder" (Página 409) 
“Mesmo que a cláusula impeditiva de cessão conste formalmente do instrumento 
obrigacional de origem, não prevalecerá a proibição convencional à circulação do 
crédito, se o ato de autonomia contrastar com outros interesses merecedores de tutela 
do ordenamento jurídico.” (Página 409) 
“Por último, há ainda uma vedação temporal à possibilidade de cessão de crédito. 
Cuida-se da limitação à livre credibilidade dos créditos litigiosos. Após a intimação do 
credor sobre a penhora de seu crédito, fica o mesmo impossibilitado de praticar atos 
de disposição do referido crédito, inviabilizando-se a cessão, devorante vinculado ao 
processo de execução contra ele instaurada, qualificando-se o crédito como 
intransmissível (art. 298 do CC).” (Página 409) 
"A emenda constitucional nº 62\2009 concede nova redação ao art.100 da Constituição 
Federal e, em § 13, aduz que "O credor poderá ceder, total ou parcialmente, seus 
créditos em precatórios a terceiros, independentemente de concordância do 
devedor[...]A cessão de precatórios, contudo, somente produzirá efeitos após 
comunicação, por meio de petição protocolizada, ao tribunal de origem e à entidade 
devedora”. (Página 410) 
"Na [...] teoria da transmissão, mesmo que sua gênese seja posterior ao ato 
transmissivo, o credito será constituído ainda na pessoa do transmitente, apenas em 
seguida sendo transferido ao adquirente" (Página 410) 
Exceto clausula limitativa inserta na convenção, o art. 287 do Código Civil estabelece 
que: "salvo disposição em contrário, na cessão de um credito abrangem-se todos os 
seus acessórios" (Página 410) 
“Eventual existência de elemento acidental do negócio jurídico igualmente afetara a 
situação do cessionário” (Página 410) 
“Enquanto a notificação do devedor sobre a sessão de crédito já supre as necessidade 
desse notificar o devedor principal sobre as garantias por ele concedidas, O mesmo 
não corre no tocante as garantias caucionadas por avalistas, fiadores ou terceiros 
responsáveis que colocam os seus bens à disposição do devedor.” (Página 411) 
"O negócio jurídico é formado no plano de validade de forma alheia ao devedor, sendo 
suficiente à válida celebração da cessão de crédito o consentimento regular de cedente 
e cessionário”. (Página 411) 
De modo que ocorra o pagamento sem notificação ao cedido, o devedor de boa-fé 
poderá resgatar a sua eficácia liberatória, de acordo com artigo 292 do Código Civil. 
Sendo assim, tudo o que resta ao cessionário É o direito de regresso em face do cedente, 
em vista de evitar o seu enriquecimento sem causa, assim como diz o art. 876 do 
Código Civil. 
O cessionário, ainda, tem a possibilidade de exercer atos conservatórios sobre o direito 
cedido, livre da precisão de informação do devedor, seguindo o art. 293 do Código 
Civil. 
“Portanto, o cessionário poderá agir para evitar que seu crédito seja prejudicado pela 
atuação legível de terceiros e do próprio devedor, independentemente da produção de 
efeitos do negócio para o devedor (Art. 130 do CC).” (Página 412) 
"A ineficácia da cessão de crédito em face de terceiros também se verifica quando o 
negócio jurídico de cessão não passa de uma fraude contra credores do cedente, 
cabendo, assim, a sua anulação pela via da ação pauliana ou revocatória, desde que 
demonstrado o prejuízo do credor, com frustação de sua garantia, ante ao esvaziamento 
patrimonial promovido pelo cedente (art.158 do CC)" (Página 413) 
“Aquele que portar o documento original representativo do crédito deverá prevalecer 
sobre outros credores. Em relação a ele, a cessão se completou. Certamente, os demais 
cessionários, de boa-fé poderão ajuizar ação de indenização contra o cedente que 
praticou ato ilícito por transferir faticamente uma situação jurídica que não se operou 
no plano jurídico.” (Página 413) 
Havendo mais de uma cessão, há a possibilidade de dúvida provinda do cedido, à 
respeito de quem ele deverá pagar. Sendo assim, é necessário colocar em prática, a 
pretensão de consignação em pagamento, prevista pelo artigo 335 do Código Civil. 
Contudo, se o crédito não for relacionado com alguma obrigação titulada, é sugerido 
efetuar o pagamento a quem primeiro notificou o cedido 
"Deverá o cedido, tão logo notificado, comunicar as exceções pessoais oponíveis ao 
cedente, sob pena de parda da faculdade, caso demore em agir. As exceções pessoais 
devem ser afirmadas na primeira oportunidade, como impositivo de lealdade. Com 
efeito, não poderá ser o cessionário surpreendido, tempos depois, com algum óbice que 
não aqueles que resultem do próprio título objetivamente considerado." (Página 414) 
A tempestiva e exitosa alegação de exceções pessoais pelo cedido contra o cedente [...] 
não impede que o cessionário se volte contra ele para reaver aquilo que lhe pagou 
(Página 415) 
“Já as exceções que incidam conta própria pessoa do cessionário poderão ser invocadas 
a partir da notificação traço pois antes dela a sessão e era indiferente traço e a qualquer 
tempo antes do adimplemento.” (Página 415) 
“Enfatize que a norma diz respeito as exceções pessoais. Com relação as exceções 
objetivos que concernem à própria prestação […], poderão ser opostas ao cessionário, 
mesmo Que em momento posterior época da transmissão, mesmo porque a posição do 
cessionário deriva da própria posição do cedente.” (Página 415) 
“O efeito básico da cessão de crédito é a transmissão do cedente ao cessionário da 
titularidade da relação jurídica” (Página 415) 
Não há qualquer razão substancial para a vedação da cessão parcial, assim, caso ocorra 
e o código seja omisso, deve haver repartição proporcional do pagamento pelo cedido. 
“A transmissão ao cessionário da titularidade da relação jurídica implica, a teor do art. 
348 do Código Civil, no fato de o cessionário se sub-rogar nos direitos do cedente.” 
(Página 415) 
"Ao fato do cessionário da cessão de crédito se sub-rogar nos direitos do cedente não 
se pode deferir a mesma extensão de uma "cessão de contrato". Com efeito, no modelo 
da cessão da posição contratual, o cessionário se investe não apenas na titularidade 
credítica do cedente, passando a protagonizar a completa situação patrimonial desse, 
no que tange ao créditos, débitos, ônus, direitos protestativos e sujeições[...]"(Página 
416) 
“A cessão in veritas nominis apenas confere ao cessionário garantia legal contra o 
cedente pela veracidade da dívida cedida, além de seus acessórios e garantias.” (Página 
417) 
“E opera-se a cessão pro soluto, Que exonera o cedente da responsabilidade pelo 
adimplemento do crédito, ao conceder plena quitação do débito ao cessionário, não 
respondendo posteriormente pela boa ou má liquidação da prestação (art. 295 do CC). 
O cedente se responsabilizará pela ausência da sua qualidade de credor, seja pela 
invalidade do título em razão de sua nulidade, ou de sua anulabilidade por ato 
imputável ao cedente e desconhecido do cessionário. (Página 418) 
Se a cessão gratuita não for proveniente de má-fé do cedente, o cessionário não terá 
prejuízo com a não percepção do conteúdo da prestação, desta forma, o dispositivo 
aplica-se, em regra, à cessão onerosa. 
“A cessão in bonitas nomini torna o cedente responsável pelo solvabilidade do cedido, 
até o limite do valor que recebera pela transação. Está é a cessão pro solvendo. A 
responsabilização do cedente demanda cláusula expressa, eis que, no silêncio do 
contrato, o risco da insolvência do cedido recai exclusivamente no cessionário.” 
(Página 418) 
“Primeiro o cessionário demandará o devedor. Demonstrada a insolvência do cedido, 
poderá o cessionário agir contra o cedente.” (Página419) 
“Sendo a cessão pro solvendo silente quanto a extensão cronológica da 
responsabilidade do cedente, essa garantia se limita temporalmente até o momento em 
que se efetivar o negócio jurídico da cessão e não até o momento marcado como termo 
de adimplemento.” (Página 419) 
“A eventual responsabilidade do cedente perante o cessionário, em face da insolvência 
do cedido, é de natureza restituitória, limitada ao valor que recebeu do cessionário - e 
não ao valor nominativo do crédito -, acrescido de juros, despesas do cessionário com 
a formalização da cessão e com as tentativas de cobrar do devedor, além da atualização 
monetária (art. 297 do CC)” (Página 419) 
“No contrato de factoring, nossos tribunais não admitem que o cedente se 
responsabilize pela solvência do devedor. “(Página 419) 
“Eventualmente, [...] o autor da demanda transfere a titularidade do crédito com a lide 
em andamento.” (Página 420 e 421) 
Em princípio, o cedente preserva a sua posição no processo, mesmo transmitindo o 
crédito ao cessionário, conforme a regra da estabilidade subjetiva do processo prevista 
no art. 108 do CPC/15. 
“Nada obstante, se a cessão de crédito se verifica após a sentença e antes ou na 
constância da fase de cumprimento da sentença- ou antes e durante o processo de 
execução- o ingresso do cessionário na lide será disciplinado pelo art. 778 do CPC/15.” 
(Página 421) 
“Na novação, devedor e credor disciplinam nova obrigação com o desiderato de 
substituir a obrigação anterior [...] por outra pendente, consentindo o credor com a 
extinção da obrigação primitiva, pois sua pretensão se dirigirá à nova obrigação. 
Apesar da proximidade com a novação subjetiva ativa (art. 360, III, CC), pelo fato de 
em ambos os modelos jurídicos ocorrer a substituição do credor originário, dela se 
diferencia a cessão, por importar em manutenção da relação obrigacionista primitiva. 
Diversamente, na novação, há a extinção do débito com o surgimento de outro direito 
com independência e traços novos. Por isso, a novação é modo de extinção de 
obrigações com modificação substancial da prestação, que requer a indispensável 
intervenção do devedor, enquanto a cessão é somente uma forma de transmissão de 
obrigações que prescinde do seu consentimento.” (Página 422) 
É importante frisar que a obrigação possui três fases, sendo elas denominadas de 
gênese, transmissão e extinção, a fase chamada de "novação" está inclusa na terceira 
fase. 
"Na sub-rogação o credor é substituído na titularidade do direito por um terceiro que 
cumpre um lugar do devedor ou que concede a este os meios necessários ao 
cumprimento[...]" (Página 423) 
"No mais, se a sub-rogação for parcial, o credor originário mantém preferência ao sub-
rogado na confiança da dívida restante (art.351 do CC). Já na cessão de crédito parcial, 
em face do silêncio do código, não há preferência de recebimento por um ou outro 
credor, sendo certo que o devedor cedido fracionará o pagamento."(Página 424) 
"Os efeitos da sub-rogação são imediatos[...]"(Página 424) 
"A assunção de dívida é um negócio jurídico de transmissão singular de um 
débito[...]Na definição de Antunes Varela, "é a operação pela qual um terceiro 
(assuntor) se obriga perante o credor a efetuar a prestação devida por 
outrem"[...]"(Página 424) 
“A assunção de dívida é um negócio jurídico de transmissão singular de um débito, 
não tão frequente quanto a cessão de crédito pelo lado ativo da obrigação, mas nem 
por isso de menor relevância no comércio jurídico.” (Página 424) 
Esse tipo de negócio jurídico transfere a dívida para um novo devedor, mas mantém 
sem modificações a relação obrigacional. 
 “O credor não quer abdicar de receber daquele com quem contratou, tanto pelas suas 
qualidades como pela sua capacidade patrimonial. Por isso, qualquer ideia de 
substituição no polo passivo era apenas admitida como novação subjetiva, com a 
consequente extinção da obrigação que incidia sobre o devedor originário, 
constituindo-se um segundo vínculo obrigacional.” (Página 425) 
Hoje em dia a assunção de dívida encontra respaldo na redução dos riscos de credores. 
“Daí, em hipóteses extremas, de iminente situação de insolvência, pode o débito ser 
assumido por um novo devedor, evitando-se a declaração de quebra de pessoas 
jurídicas ou da insolvência de pessoas naturais, pois o reforço no crédito do devedor 
propicia uma situação de estabilidade das relações jurídicas e depósito de confiança no 
tráfego jurídico.” (Página 425) 
 
“Portanto, o maior objetivo do CC/2002 ao regulamentar a matéria é proteger o 
interesse do credor, garantindo a solvabilidade do crédito que não poderá ser 
depreciado em razão da substituição no polo passivo da obrigação.” (Página 445) 
“Por isso, é imprescindível o consentimento do credor para que se concretize a 
transmissão do débito.” (Página 426) 
“No tocante aos efeitos quanto ao antigo devedor, coexistem duas espécies de assunção 
de dívida: a assunção liberatória e a assunção cumulativa. A assunção liberatória – 
também denominada privativa ou exclusiva – é versada no art. 299 do Código Civil, 
recebendo tal nomenclatura pelo fato de a transmissão da obrigação propiciar a 
liberação do devedor originário, sem a perda de identidade do vínculo, que se mantém 
inalterado. Só nessa situação temos uma verdadeira transmissão particular do débito, 
pois com o ingresso do assuntor o devedor ficará exonerado.” (Página 426) 
Enquanto isso, na assunção cumulativa o novo devedor assume o débito conjuntamente 
com o antigo devedor, ambos poderão ser cobrados pelo credor. 
“...Apenas existirá solidariedade entre os devedores na assunção cumulativa quando 
houver cláusula expressa nesse sentido.” (Página 427) 
“De fato, o assuntor é um novo devedor que se responsabiliza por dívida própria, não 
alheia. Incabível, portanto, o regresso após ofertar o pagamento.” (Página 427) 
 “Excepcionalmente, nas hipóteses de aquisição de estabelecimento comercial com 
transferência de passivo, o novo Código Civil particularizou a assunção do débito 
cumulativa com solidariedade entre alienante e adquirente perante os credores (art. 
1146). Em decorrência do texto legal, o alienante se mantém vinculado a todas as 
dívidas antigas, permanecendo por um lapso de tempo certo e determinado, 
solidariamente obrigado, como forma de proteção suplementar dos credores.” (Página 
427) 
 “O devedor não será consultado sobre a expromissão. Afinal, de duas, uma: ou será 
ele beneficiado pela sua exclusão na assunção liberatória; ou, na pior das hipóteses, 
prosseguirá vinculado à obrigação, porém acompanhado de um novo devedor l, caso a 
opção seja pela assunção cumulativa.” (Página 428) 
Portanto, o devedor independente do seu consentimento poderá ser efetuar a novação 
por substituição. 
“Aqui percebemos uma distinção entre a assunção de dívida e cessão de crédito. Na 
cessão de crédito, a substituição do antigo pelo novo credor aperfeiçoa-se, 
independentemente da intervenção do devedor[...]A explicação para essa distinção 
reside na necessidade de tutela ao crédito, que poderia inviabilizar-se facilmente se o 
devedor, a qualquer hora, pudesse ser substituído sem que o credor tivesse qualquer 
garantia[...]” (Página 429) 
Contudo, para que ocorra a validação do negócio jurídico é necessário que ocorra um 
acordo entre credor antigo e o novo. 
“Ora, na assunção expromissória, o dispositivo perde todo sentido, pois o próprio 
credor convencionou diretamente com o novo devedor acerca da substituição do 
devedor originário,sendo,portanto,despicienda a sua interpelação para fins de anuência 
sobre o negócio jurídico[..]”(Página 430) 
Desse modo, ocorrendo a aplicação da regra inversa, é possível aplica-la ao comprador 
o ônus que visa buscar as informações necessárias sobre o negócio jurídico. 
“Contudo, na modalidade da assunção delegatória — que nasce de um entendimento 
entre os devedores antigo e atual—,faz-se necessária a convocação do credor para fins 
de expressa manifestação de anuência à assunção de dívida[...]Todas as modalidades 
de assunção de dívida ora descrita são voluntárias ou convencionais[..]” (Página 431) 
Por isso, o legislador atribui para que o valor dos valores judiciais se configuro com o 
silêncio das partes, o que ocorre a recusa do negócio jurídico. 
“O primeiro requisito da assunção de dívida liberatória é o consentimento do credor. 
Sem sua expressa adesão, não poderá o devedor originário transferir a obrigação ao 
terceiro e, portanto, exonerar-se do pagamento” (Página 432); 
O credor é quem deve consentir, e o devedor original não deverá passar a sua obrigação 
para outrem se exonerando do pagamento da dívida. 
“O ato de ratificação do credor não pode ser percebido apenas como fator de eficácia 
do negócio jurídico, mas o elemento necessário para sua validade” (Página 432); 
A confirmação do credor é uma forma de validar o negócio jurídico e mostrar sua 
eficácia. 
“A assunção do débito na modalidade da delegação é um negócio jurídico trilateral, 
envolvendo o devedor originário, o assuntor e o credor” (Página 432); 
O assuntor é aquele que vai assumir a dívida e assim sendo o negócio jurídico passa a 
ser formado pelo devedor original, o devedor atual que assumiu a dívida e o credor que 
teoricamente em nada deverá ser prejudicado. 
“Na expromissão, prescinde-se do consentimento do devedor primitivo, afinal a 
relação jurídica é diretamente entabulada entre o credor e o assuntor. Portanto, se não 
houver intervenção do credor, seja no momento da contratação ou posteriormente, o 
negócio jurídico será considerado inexistente perante a ele” (Página 432); 
O devedor que irá assumir o lugar do devedor original se apresenta ao credor, e não 
havendo intervenção do credor o negócio jurídico se tornará inexistente perante ao 
credor. 
“O consentimento do credor recebe tamanho significado a ponto de seu silêncio no 
prazo assinalado pelas partes (devedor e credor) ser recebido com significado de recusa 
e não de anuência.” (Página 433); 
Se o credor não fizer nenhuma manifestação e continuar em silêncio, vai ser 
considerado como recusa por parte dele. 
“O devedor é subordinado ao cumprimento da prestação e, para recuperar a sua 
liberdade, deverá adimplir a obrigação ou então depender de qualquer outro ato de 
vontade do credor que induza sua exoneração.” (Página 433); 
O devedor para ter a sua liberdade dependerá da vontade do credor. 
“O silêncio do credor induzirá a validade do negócio jurídico e a produção dos seus 
efeitos liberatórios” (Página 433); 
O credor que validará os feitos do negócio jurídico 
“A recusa imotivada do credor consistira mesmo em exercício abusivo de sua posição 
jurídica (art. 187, CC).” (Página 433); 
O credor manterá a sua vontade de recusar mesmo não existindo motivos para a recusa. 
“Quanto as hipotecas vinculadas ao Sistema Financeiro da Habilitação (SFH), há lei 
especial - Lei nº 8.004/90 -, a qual não veda a alienação, mas apenas estabelece como 
requisito, a interveniência do credor hipotecário e a assunção, pelo novo adquirente, 
do saldo devedor existente na data da venda” (Página 434). 
“Certo é que a assunção da dívida dependerá da validade do negócio jurídico principal. 
Sendo esta inválida, não sobreviverá o negócio de transmissão do débito em razão da 
impossibilidade de seu objeto.” (Página 435); 
Outra pessoa poderá assumir a dívida a depender da validade do negócio jurídico 
formado. 
“Cremos como lícita cláusula contratual exoneratória do devedor primitivo, mesmo se 
o novo devedor for insolvente ao tempo do contrato.” (Página 435) 
Será permitida a cláusula contratual exoneratória do devedor principal. 
 “O principal efeito da assunção liberatória da dívida (seja expromissória ou 
delegatória) é a transmissão subjetiva do debito.” (Página 435). 
 Seguindo os acessórios, como juros, cláusula penal, arras. 
“A expressão ‘garantias especiais” refere-se aquelas que dependeram da vontade do 
garantidor, devedor ou terceiro para se constituírem.” (Página 436) 
“Caberá a ele deliberar pela concessão de nova fiança, reafirmando a confiança no 
novo devedor.” (Página 436). 
O fiador que deverá decidir se continua ou não vinculado ao novo devedor. 
“Caso a substituição seja invalidada (por nulidade ou anulabilidade, o débito retorna a 
situação primária, assumindo o antigo devedora relação obrigacional.” (Página 436). 
Sempre protegendo o terceiro de boa- fé. 
“Novo devedor não poderá opor ao credor as exceções pessoais que competiam ao 
devedor primitivo contra credor.” (Página 437). 
 A exceção pessoal pode ser um vício de consentimento, compensação. 
“O assuntor que não recebeu do antigo devedor a contraprestação a que faz jus por ter-
lhe substituído na obrigação não poderá invocar a exceptio non adimpleti em face do 
credor.” (Página 437) 
“A novação desaparecem todos os acessórios da obrigação” “na assunção de débito os 
consectários permanecem.” (Página 438). 
 Com isso, na novação se cria uma nova relação jurídica, se extingue a obrigação. 
“O fiador é responsável pelo debito alheio, enquanto o assuntor é o devedor principal.” 
(Página 438). 
Ou seja, o fiador não é assume posição de devedor. 
“Na estipulação os credores são o estipulante e o beneficiário. 
Já na assunção da dívida há apenas um credor.” (Página 439) 
“Assunção cumulativa de dívida e a promessa de liberação. Em ambas uma pessoa se 
compromete a cumprir a prestação devida por outrem.” (Página 439). 
Assunção cumulativa o credor opta de quem deve cobrar. 
“Direito pátrio é facilmente percebida figura da promessa de liberação nos contratos 
de locação” (Página 439) 
“Podemos conceituar a cessão da posição contratual como “o ajuste de vontades, por 
intermédio do qual um dos integrantes de certo contrato é substituído inteiramente por 
outro, na posição contratual que até então ocupava. Isto significa que outra pessoa, 
distinta da que contratou originalmente, passa a ocupar a condição de contratante e a 
se sujeitar a todos os ônus daí decorrentes, Obtendo, em contrapartida, os direitos 
derivados do contrato"(Página 440) 
 A cessão de contrato é a transferência da posição em um contrato com todos os direitos 
e deveres, a um terceiro. 
“[...] É possível distinguir a cessão de crédito E a Assunção da dívida da cessão de 
contrato. Na cessão de crédito, verifica-se uma substituição no pólo ativo da relação 
obrigacional, remanescendo inalterada a posição do devedor, que doravante terá de 
oferecer o pagamento ao novo credor. Na Assunção da dívida, o que se transfere ao 
terceiro é a posição passiva da relação obrigacional, que não sofre qualquer alteração 
em seu conteúdo. Já a cessão do contrato é mais complexa e rica, pois implica a 
transferência da unidade orgânica da situação ocupada pelo cedente. Afinal, os créditos 
e dívidas não constituem situações jurídicas absolutamente independentes, mas antes 
se enquadram em uma situação jurídica mais vasta, correspondente ao conjunto de 
direitos e deveres, faculdades, poderes, ônus e sujeições que resultam para uma Parte 
da celebração de determinado contrato. Essa situação jurídica mais vasta é designada 
por posição contratual, sendo a sua transmissão denominada de cessão a posição 
contratual. “(Página 440 e 441) 
“O negócio jurídico de cessão do contrato se verifica quando o contrato-base É 
transferido, com anuência do cedido a, traspassado- se para o cessionário todos os 
direitos e obrigações dele resultantes. Esta transferência de posição contratual, 
envolvendo a totalidade de direitos e deveres da relação jurídica procedente, é 
prestigiada à luz da operabilidade, Evitando uma multiplicação de contratos que seriam 
necessários para a concretização de uma operação econômica, aqui realizada mediante 
a substituição das partes.” (Página 442) 
Ao substituir o cedente, o cessionário assume a titularidadede uma variedade 
complexa de direitos e deveres que incumbiam àquele, como débitos, créditos, 
acessórios, deveres de abstenção etc. O que ocorre na realidade é, tão somente, uma 
substituição das partes, mantendo imutável o conteúdo e a razão de ser do contrato 
inicial. 
“[...] O contrato tanto pode ser cedido ao tempo de sua celebração, como durante a sua 
execução, até ser exaurido - no estado em que se encontra -, Abrangendo aí as relações 
jurídicas que ainda serão cumpridas. De qualquer forma, a sessão do contrato evita a 
necessidade de realização de uma sucessão dos contratos, pois o cessionário 
praticamente “herda” a situação jurídica do cedente. Esse estimular a circulação do 
contrato conecta diretamente a cessão da posição contratual ao princípio da função 
social do contrato (art.421, CC).” (Página 442) 
“Modalidade usual de cessão da posição contratual pode ser referida no 
Substabelecimento (art. 667 do CC). Se a substituição do mandatário for consentida 
pelo mandante o mandatário eximir-se-á de responsabilidade pela conduta desastrosa 
do substabelecido, pois este assume a completa posição contratual, incluindo -se o 
complexo de direitos e deveres perante o mandante. A substituição na execução do 
mandato, não obstante a recusa do mandante, acarretará a preservação da 
responsabilidade do mandatário pelos desvios praticados pelo substabelecido. “(Página 
443) 
“Em recentes decisões, confrontando a sessão de contratos com a própria função social 
do contrato habitacional, o mesmo tribunal entendeu pela legitimidade de agir do 
cessionário - conforme o período de contratação -, dentre outros argumentos, 
enfatizando que a Lei número 10.150/2000 permitir a regularização da transferência 
do imóvel, além de a aceitação dos pagamentos por parte da caixa econômica federal 
revelar verdadeira aceitação tática quanto à cessão” (Página 444) 
“Dois são os requisitos fundamentais do negócio jurídico de cessão de contratos: A um 
restringe-se a cessão da posição contratual aos contratos bilaterais, ou seja, aqueles que 
acarretam direitos e obrigações recíprocas. Certo que, nos contratos unilaterais, em que 
os contratantes assumem direitos ou obrigações...” (Página 444) 
“... as obrigações intuitu personae são imunes à transmissão.” 
Ou seja, a prestação será cumprida apenas por pessoa certa e determinada. 
“... é indispensável o consentimento do cedido para que o cedente se libere, sendo 
substituído em sua posição no contrato pelo cessionário. (Página 445) 
“Na cessão, o objeto cedido é a posição do cedente no pacto de origem, enquanto este 
contrato terá como conteúdo o modelo econômico jurídico eleito pelas partes.” (Página 
445). 
“Sendo o contrato-base eventualmente sancionado pela invalidade, via de 
consequência será decretada a nulidade de cessão do contrato, com espeque na 
impossibilidade jurídica.” (Página 446). 
A exemplo do cessionário não ter legitimação para participar do contrato-base. 
"Não haverá cessão da posição contratual propriamente dita quando determinada 
norma impuser a transmissão de obrigações dispensando o consentimento dos 
partícipes.” (Página 447). O princípio do consensualíssimo deve prevalecer. 
“Pela cessão, toda a posição contratual do cedente é transferida ao cessionário.” 
(Página 447). Mas direitos e deveres de caráter infungível são excluídos. 
“O cedente garante ao cessionário a existência e validade da posição contratual 
transferida,” (Página 447). A validade de configura no momento da cessão. 
“Com a cessão da posição contratual, o cedente desvincula-se perante cocontratrante 
(cedido). (Página 448). Porém, pode ocorrer do cedente manter-se vinculado ao cedido 
pelo cumprimento das obrigações contratuais. 
 
“O cessionário não se vincula ao cedido apenas pelos créditos ou por débitos, e sim 
pelo complexo unitário de direitos e obrigações que envolviam o cedido e o cedente 
antes da cessão.” (Página 448) 
“A cessão do contrato guarda semelhanças com um modelo jurídico que ingressou no 
Código Civil de 2002: o contrato com pessoa a declarar (art. 467 do CC). No momento 
da conclusão do contrato, reserva-se a um dos contratantes a faculdade de indicar a 
pessoa que irá adquirir os direitos e assumir as obrigações decorrentes.” (Página 448) 
“No contrato com a pessoa a declarar, a pessoa indicada assume o lugar da parte que a 
nomeou, tal como se ela própria houvesse subscrito a avença.” (Página 448) 
“Dessume-se do exposto a desnecessidade de obtenção da anuência do outro 
contratante originário, eis que a sua aquiescência já se deu ao tempo da realização do 
negócio jurídico.” (Página 448) 
“Na cessão de contrato, o cedente retira-se da relação, pois substituído pelo 
cessionário. No subcontrato, aquele que efetuou o segundo contrato mantem-se na 
relação jurídica originária, somente concebe uma segunda condição.” (Página 449) 
“Inequívoco animo de novar por parte dos contratantes, inexistirá novação =, mas 
cessão da posição contratual.’’ (Página 449) 
“A seguradora não se desliga do vínculo obrigacional, mas apenas passa a compartilhar 
o risco com a resseguradora em um percentual fixo de acordo.” (Página 449)

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