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✔ A doença exantemática é definida como doença infecciosa sistêmica em que manifestações cutâneas acompanham o quadro clínico, gerando dificuldade diagnóstica. ✔ Exantema é uma erupção cutânea ao longo da superfície do corpo composta de máculas ou pápulas que podem apresentar aspecto irregular e edemaciado, estando ou não em associação com prurido, descamação, lesões bolhosas e crostas; acometendo uma região especifica ou espalhando-se por todo o corpo. ✔ Enantema – lesões mucosas. ✔ Quando é manifestado em mucosas ele é chamado de Exantema. ✔ Exantema maculopapular – manifestação cutânea mais comum nas doenças infecciosas sistêmicas. RUBEOLIFORME: Semelhante ao morbiliforme, porém de coloraão rósea, com pápulas um pouco menores. Pele lesada intercalada com pele sã. Ex: rubéola. URTICARIFORME: Erupção papuloeritematosa de contornos irregulares. Mal delimitada. Tipico de reações medicamentosas, alergias, mononucleose e malária. MORBILIFORME: Pequenas maculopápulas eritematosas (3 a 10mm), avermelhadas. Áreas lesadas intercaladas com aéreas sadias. Ex: sarampo. ESCARLATINIFORME: Eritema difuso, puntiforme, vermelho vivo, sem solução de continuidade. Uniforme, micropapular, aspecto de lixa. Ex: escarlatina. EXANTEMA PAPULOVESICULAR: ✔ Presença de pápulas e lesões elementares de conteúdo liquido (vesicular). ✔ É comum a transformação de máculo- pápulas em vesículas, vesico-pústulas, pústulas e crostas. Podendo ser localizado (herpes simples e zoster) ou generalizada (varicela, varíola, impetigo, estrófulo) ✔ Analisar idade, o tipo de exantema e sintomas associados. ✔ CARACTERIZAÇÃO DOS SINTOMAS: Perguntar sobre a duração e a gravidade da febre, e a relação temporal entre a febre e o desenvolvimento do rash. A história também deve incluir a região onde o exantema começou, a direção da disseminação, a velocidade com que se espalhou e a presença ou ausência de prurido. ✔ HISTÓRIA DE VACINAÇÃO: O paciente vacinado para RUBÉOLA, SARAMPO e CAXUMBA (MMR) torna os diagnósticos de rubéola e sarampo menos prováveis, porém não os excluem. ✔ HISTÓRIA DE CONTATO: Se há exposição recente a paciente enfermos e contato com doenças sexualmente transmissíveis. Perguntar sobre contato próximo com mulheres gravidas, pois a Rubéola e o Parvovirus B19 (causador do eritema infeccioso) podem causar lesão ao feto. ✔ HISTÓRIA DE VIAJENS: Verificar as doenças endêmicas nos locais onde o paciente esteve. ✔ ESTADO IMUNOLÓGICO: É importante porque muitas doenças que resultam em febre e rash apresentam-se de maneira diferente em pacientes imunocomprometidos. ✔ EPIDEMIOLOGIA PARA H I V: Como comportamento sexual de risco ou uso de drogas injetáveis. ✔ EPIDEMIOLOGIA LOCAL: Verificar quais são as doenças infecciosas frequentes na comunidade local e estar informado sobre a ocorrência de epidemias. ✔ USO DE MEDICAÇÕES: Sempre questionar a respeito dos fármacos usados nos últimos 30 dias devido a necessidade do diagnostio diferencial dos exantemas de outras etiologias com as farmacodermias. ✔ EXAME FÍSICO: O médico deve avaliar a distribuição, configuração e arranjo das lesões. ✔ É importante a avaliação dos sinais vitais e o estado geral. Devem ser pesquisados sinais de toxemia, adenopatia, lesões orais e conjuntivais, hepatoesplenomegalia, alterações na ausculta pulmonar e cardíaca, evidencia de escoriações, alterações das partes moles, dos sistemas osteoarticular e neurológicas. TIPO DE LESÃO Máculas Pápulas Eritema Vesiculas Pustulas Petequias Equimoses Urticária Bolhas COR Rosado Roxo Violeta Purpura DISTRIBUIÇÃO Localizado Generalizado Assimétrico Centrípeto Centrifugo Cefalocaudal Palmas e plantas Dobras PADRÃO MORFOLOGICO Morbiliforme Rubiliforme Escarlatiforme Reticular Urticaria Vesiculoso Purpurico Polimorfo ANTECEDENTES Idade Vacinações prévias Enfermidades exantematicas passadas Ambiente epidêmico escolar ou familiar Contatos com enfermos portadores Exposição ambiental e com animais Viajens a zonas de risco Tratamento farmacológico SINTOMAS E SIGNOS ACOMPANHANTES Período prodomico: clínica e duração Febre Sintomas respiratórios/digestivos/gripais Prurido Aferição ocular e de mucosas Faringoamigdalites Adenopatias Hepatoesplenomegalias Artralgias/artrites Edemas Enfermidades sistêmicas Sinais meníngeos Sinais de shock Sinais patognomonicos Menina de 10 anos com dor de garganta e febre baixa há 4 dias é levada ao hospital infantil, devido aparecimento há 48 horas de erupção discreta, eritematosa maculopapular e não coalescente em face e no mesmo dia se espalhou pelos membros inferiores. O exantema diminui de intensidade, mas a menina passou a se queixar de dores em joelho e cotovelo. Ao exame físico apresenta exantema maculo papular róseo, aumento de linfonodos retroauriculares cervicais posteriores e occipitais discretamente dolorosos. Qual diagnostico provável? Diagnostico provável de RUBÉOLA. Quais dados falam a favor desse diagnostico? Primeiro dia com exantema na face e depois nos membros. Linfonodos e suas localizações, o fato da febre baixa, erupção maculo papular. Dores articulares. ✔ A Rubeola é uma doença causada por um vírus da família Togavirus, do gênero Rubivirus ✔ Tem um período de incubação de 14-21 dias (2-3 semanas) ✔ É transmitida por gotículas de saliva ou secreções com partículas virais. Pode se dar por contato direto com secreções ou objetos contaminados e ainda por transmissão transplacentária. Essa transmissão começa 5 dias antes do início do exantema e vai até 7 dias após o exantema. ✔ Rubéola em mulheres em idade fértil: rubéola congênita ✔ PERÍODO PRODRÔMICO/PRÓDROMO Febre baixa, dor de garganta, conjutivite, cefaleia, mal estar, anorexia e linfadenopatia uboccipital e retroauricular. Crianças geralmente não cursam com o prodromo da rubeola, geralmente elas já iniciam com o aparecimento dos exantemas. ✔ EXANTEMA: Maculopapular, róseo, inicio em face e dissemina-se para o tronco e extremidades. Com duração de 3 dias. Some geralmente sem descamação. ✔ SINAL DE FORSCHHEIMER: Lesoes pequenas, roseas ou etequias no palato mole e não são patognomonicas da rubeola ✔ Trata-se de uma complicação da infecção pelo virus da rubéola durante a gestação, geralmente é uma condição clínica grave. ✔ Quanto mais precoce a idade gestacional, mais elevadas são as taxas de malformações congênitas. ✔ A infecção é adquirida por via intra-uterina (transmissão vertical) CONSEQUÊNCIAS DA INFECÇÃO – SRC Infecção placentária sem infecção fetal Morte e reabsorção do embrião Abortamento espontâneo, natimorto Anomalias congênitas Recém-nascido que vai desenvolver a doença depois MANIFESTAÇÕES CLINICAS DA SRC ✔ A SRC constitui importante complicação da infecção pelo vírus da Rubéola durante a gestação, especialmente no primeiro trimestre, a rubéola pode causar aborto, morte fetal, parto prematuro e mal formações congênitas. ✔ Clinico epidemiológico Sorologia: IMG (aparece 1 ou 2 dias depois do início do exantema e continua detectável por até um mês) e IGG. Hemograma: leucopenia, neutropenia, trombocitopenia, plaquetopenia. ✔ A rubéola é de notificação compulsória. ✔ Tratamento basicamente de suporte com antitérmicos e analgésicos. ✔ Em crianças uma das principais complicações da rubéola é a trombocitopenia grave então utiliza-se nesses casos corticoides ou até imunoglobulinas. ✔ Artrite, trombocitopenia, complicações neurológicas e SRC. ✔ Pode-se evitar a rubéola através da vacinapré-exposição. Triplice viral – vírus vivo atenuado – dada aos 12 meses e 15 meses Pós exposição: pode-se utilizar a mesma vacina – tríplice viral – até 72 horas da exposição. As gestantes expostas não podem receber a vacina. ✔ Desde 2019 não foram confirmados mais casos de rubéola no BrSIL. Em 2015, a Organização Pan-Americana de Saúde OPAS declarou a erradicação da doença e da SRC nas Américas. Criança de 6 anos apresenta há 4 dias erupção maculo papular no rosto em aspecto de fáceis esbofeteada. Há 2 dias as lesões disseminaram-se para tronco e extremidades, com aspecto rendado e sem outros sintomas. Qual diagnostico? Parvovirus – pelo aspecto rendilhado, exantema em face – face esbofeteada característica de eritema infeccioso causado por parvovirus ✔ Também conhecida como quinta doença, o eritema infeccioso é uma infecção comum e tem distribuição mundial. (5ª doença infantil) ✔ O eritema infeccioso é decorrente da infecção primária pelo Parvovirus B19. ✔ O vírus é transmitido por via respiratória, por meio de gotículas de saliva e secreções da nasofaringe e por via placentária e sanguínea. ✔ O vírus é eliminado entre 7 e 11 dias após a infecção inicial. Quando ocorre o aparecimento do exantema o paciente não elimina mais o vírus, não necessitando ficar em isolamento. ✔ A crise aplásica transitória é mais comum em pacientes com doenças crônicas como anemia hemolítica crônica, imunodeprimidos e recém nascidos. ✔ Na crise aplasica há uma queda abrupta da hemoglobina e dos reticulocitos. ✔ PERIODO DE INCUBAÇÃO: De 4 a 28 dias ✔ PRODROMO: febre baixa, sintomas de via aérea superior bem leve, cefaleia e depois começa a fase exantemática a qual apresenta 3 estágios. 1ª FASE/ FASE ESBOFETADA: Paciente apresenta um eritema malar bilateral semelhante a asa de borboleta, podendo acompanhar uma palidez peribucal. Face esbofeteada. 2ª FASE: Exantema rendilhado ou reticulado que desaparece sem descamação e aparecem 1-4 dias após a primeira fase e ocorrem principalmente tronco e extremidades proximais poupando a região palmo-plantar. Tem duração de 10 dias. 3ª FASE: O exantema recidivante. Ocorre a recidiva quando o paciente se expõe ao sol, calor e exercício intenso e tem de 1 a 3 semanas de duração. ✔ Atropatia e crise aplastica transitória. Clinico epidemiológico Sorologia IMG e IGG ✔ Não há tratamento especifico, sendo apenas de suporte com uso de antitérmicos e orientações, o quadro é autolimitado e leva a imunidade duradoura. ✔ Crianças com eritema infeccioso podem ir a escola sem restrições. Não há isolamento no eritema infeccioso. Más em paciente com crise aplasica transitória ele precisa de usolamento de gotículas e contato por até 1 semanas. Criança de 10 anos apresentando exantema e febre baixa. Inicialmente as manchas estavam localizadas nas bochechas se estendendo após dias para MMII e tronco, passando a apresentar aspecto rendilhado. O exantema durou cerca de uma semana e desapareceu, após 10 dias após exposição solar houve reaparecimento do exantema. Qual hipótese diagnostica? Diagnostico de eritema infeccioso. Ele teve ume recidiva do eritrema. Criança de 15 meses apresentou febre elevada por 3 dias, tendo ocorrido convulsão febril no primeiro dia da doença. Permaneceu em bom estado geral. No quarto dia apresentou exantema generalizado, não voltando a apresentar febre. Qual diagnostico? Exantema súbito Qual agente? ✔ É uma doença comum em pré escolares principalmente entre 6 e 15 meses. Antes dos 6 meses acredita-se que os anticorpos maternos proteja a criança. ✔ O exantema súbito é causado pelo Herpesvirus humano 6 ou 7 ( sexta doença infantil) ✔ TRANSMISSÃO: A transmissão acontece por gotículas durante o período da febre. ✔ PERIODO DE INCUBAÇÃO: De 5-15 dias ✔ PRODROMO: Dividida em duas fases: 1. FASE PRODRÔMICA: Assintomático ou IVAS leve. Ocorre febre alta sem sinais localizatorios que desaparece subitamente após 72 horas, irritabilidade, hiperemia faríngea, hiperemia conjuntival. 2. FASE EXANTEMÁTICA: Depois de 12 ou 24 horas do desaparecimento da febre aparece o exantema maculopapular róseo que se inicia no tronco e pescoço com duração de 1 a 3 dias e depois se resolve sem descamação. Diagnostico é clinico Pode fazer sorologia IMG e IGG ✔ Pode haver complicações febris como convulsão febril. ✔ Uso de antitérmicos durante a fase de febre alta. Essa doença possui bom prognostico. ✔ Não é necessário isolamento pois ele transmite somente na fase da febre e nessa fase ela ainda não foi diagnosticada. Criança de seis anos apresentou quadro de febre há uma semana, acompanhada por dor de garganta e vermelhidao na face, tórax e membros. Palidez peritoral, lingua hiperemiada com papailas proeminentes e areas de hiperpigmentação nas regioes antecubitais. Qual diagnostico? Escarlatina Qual a gente? Quais sinais que sustentam o diagnóstico? ✔ É a única entre as doenças exantemáticas que é causada por uma bactéria. ✔ É causada por um streptococo do grupo A, beta hemolítico (Streptococos pyogenes). Mas eu só vou ter escarlatina quando esse estreptococos pyogenes estiver infectado por um bacteriófago que é capaz de produzir exotoxina espirogenicas ou toxinas eritrogenicas que são as responsáveis pelo aparecimento da clínica. ✔ TRANSMISSÃO: Mais comum entre o inverno e primavera e ocorre por gotículas. ✔ Paciente cursa com faringite: febre alta, dor de garganta, dor abdominal, mal estar, cefaleia. ✔ Após 24-48 horas do início dos sintomas o paciente evolui com o exantema micropapular (lixa) que se inicia em pescoço e se espalha pro tronco e pros membros sempre poupando palma das mãos e planta dos pés. ✔ O exantema é acentuado em dobras, ‘’linhas de pastia’’. Tem duração de 3-4 dias e some deixando uma descamação fusfuracea em tronco, e descamação laminar nos dedos. Além disso, há a face esbofeteada e língua em framboesa com edema das papilas linguais. Diagnostico é clinico Identifica o agente etiológico por cultura de orofaringe e Strep test que é mais rápido. ASLO: Sorologia Anti-DNAse B ✔ Uso de antitérmicos. Mas sempre tem que orientar o uso de antibiótico não só no curso da doença mas também para erradicar o estreptococos para evitar contaminações e prevenir complicações.. ✔ Pode-se utilizar Penicilina benzatina IM – dose única ou Amoxacilina VO por 10 dias. ✔ Escarlatina trata com penicilina procaína ✔ Supurativas como linfadenite cervical e abcesso peritonsilar ✔ Não-supurativas como febre reumática que é prevenivel com o uso do ATM nos primeiros 9 dias da doença. Ou glomérulo nefrite pós estreptocócica. Lactente de 9 meses levado a consulta na UBS com febre elevada há 6 dias, secreção sero mucosa nasal, hiperemia e secreção conjuntival intensa. Procurou UBS no início do quadro sendo diagnosticado quadro gripal. Mãe retorna para reavaliação pois a febre mão cessou, os sintomas pioraram com o surgimento de manchas avermelhadas no rosto, que progrediram para o tronco há um dia. Ao exame físico: BEG, ativo, afebril, fc 120bpm, fr 40irpm, ausculta pulmonar e cardíaca sem alterações. Boa perfusão periférica. Otoscopia normal. Oroscopia com mucosa hiperemiada e pequenas manchas brancas com halo eritrematoso próximo aos pés molares. Pele com exantema maculopapular em tronco e face. Qual diagnostico? Sarampo ✔ Em 2013 tivemos um surto importante no Nordeste, em 2017 o sarampo retornou na região Norte associado aos venezuelanos. Em 2019, no Porto de Santos, não conseguiram conter o surto o qual acometeu principalmente crianças menores de 1 ano e adultos jovens.Foram lançadas diversas campanhas de vacinação com 2 estratégias principais que era de vacinar os adultos jovens até 29 anos e instituir a dose zero do sarampo em crianças de 6 a 12 meses. ✔ O sarampo é um paramyxovirus do gênero morbilivirus. ✔ Tem ocorrência mundial, sem predileção por sexo, raça ou classe social. ✔ TRANSMISSÃO: Por aerossóis, a transmissão se inicia 3 dias antes do exantema e vai até 4-6 dias depois do exantema. O vírus pode ficar suspenso no ar por até 1 hora. ✔ PERIODO DE INCUBAÇÃO: De 8 a 15 dias, com média de 10 dias. ✔ RESERVATÓRIO: O homem é o único hospedeiro natural conhecido. ✔ TRANSMISSÃO: Via aérea por meio da inalação de gotículas de secreções nasofaringeas do doente. ✔ SUSCETIBILIDADE: 95% dos suscetíveis contraem a doença. ✔ IMUNIDADE: Ativa ( infecção natural ou pela vacinação). Passiva (anticorpos maternos) ✔ Periodo prodromico dura em média 6 dias. Paciente cursa com coriza, tosse, conjutivite, febre acima de 38,5º, mal estar, anorexia, tosse produtiva, fotofobia, diarreia, manchas de Koplik – patognomonica do sarampo. ✔ EXANTEMA: O periodo exantmático dura em média 7 a 8 dias. Exantema maculopapular, eritematoso, morbiliforme com progressao cefalocaudal, inicio retroauricular. ✔ O periodo de convalescença dura em média 6 a 10 dias, as manchas escurecem e surgem descamações finas, furfuraceas, que poupa mao e pés. ✔ Pneumonia e otite media aguda, diarreia, vômitos, apendicite, convulsões, encefalite. Clínico epidemiológico Sorologia IGM e IGG ✔ Hidratação adequada, uso de antipiréticos (acetamifeno e dipirona), suporte ventilatório nos casos graves. Antibioticoterapia não é recomendada. ✔ Administrar vitamina A a pacientes de 6 meses a 2 anos, hospitalizados com sarampo e suas complicações; pacientes maiores de 6 meses com imunossupressão ou evidencia de deficiência de vitamina A, alterações de absorção intestinal e desnutrição moderada a grave. ✔ Isolamento respiratório durante os primeiros 4 dias após início do exantema e durante toda a doença em imunodeprimidos. Aerossois. ✔ Notificação compulsória ✔ Medidas de controle no plano coletivo, uma alta cobertura vacinal, acima da 95% ✔ Vacinação de rotina em crianças com 12 meses (tríplice viral e reforço aos 15 meses(tetra viral) ✔ Vacinação de bloqueio – dentro de 72h após exposição – exceto em gestantes suscetíveis, imunodeprimidos e menores de seis meses ✔ Imunoglobulina em até seis dias quando a vacina está contra-indicada – gestantes suscetíveis, imunodeprimidos e menores de seis meses. ✔ Vacinação em campanhas Lactente com 6 meses de idade, chega ao pronto socorro com história de irritabilidade e febre de 38ºC há dois dias. A mãe refere que hoje notou lesões avermelhadas e vesiculares em toda a região da cabeça e orofaringe. Ao investigar a história familiar, a mãe conta que a avó, que mora com a família, estava com lesões em região de face esquerda iguais as que são mostradas na figura abaixo: Diagnostico? Varicela ✔ Pode ficar latente o vírus e ai por alguma intercorrência esse vírus pode ser reativado com quadro de herpes zoster que transmite e dá varicela ✔ Popularmente conhecida como catapora e costuma ter um curso benigno e autolimitado na infância. ✔ Causada pelo vírus varicela zoster VVZ ✔ Vacina Tetra Viral aos 15 meses, e segunda dose aos 4 anos de vida com a vacina da Varicela. ✔ TRANSMISSÃO: Ocorre por aerossóis de saliva e contato com a secreção da vesícula. O período de transmissão aparece de 1 a dois dias antes do exantema e vai até 3-7 dias após o exantema, até todas as lesões tornarem-se crostas. ✔ A infecção primária leva a Varicela, mas depois disso o vírus fica latente nos gânglios sensoriais e ele pode reativar dando origem a uma infecção recorrente que ganha o nome de Herpres zoster. ✔ PERIODO DE INCUBAÇÃO: De 10 a 21 dias. Depois desse período a pessoa evolui com prodromo de febre, mal estar, dor abdominal, anorexia, cefaleia. Isso aparece geralmente 24 horas antes do início do exantema. ✔ EXANTEMA: Papulovesicular polimórfico, com início na cabeça e despois desce pra tronco e membros com distribuição centrípeta. Essas vesículas evoluem para crostas que depois domem e deixam uma macha no local. Com duração de 7 dias. As lesões são bastante pruriginosas. ✔ A varicela pode evoluir com casos graves também, principalmente em lactantes, adolescentes/adultos, imunodeprimidos ou pacientes em uso de corticoide sistêmico. Nesses casos pode ter um maior número de lesões, envolvimento visceral e coagulopatias. ✔ Todo caso de varicela grave é de notificação compulsória. ✔ Infecções bacterianas cutâneas nas lesões, pneumonia e alterações neurológicas como meningoencefalite. Clinico Leucopenia < 72h Linfocitose Elevação de transaminases ETIOLOGICO: OCR nas lesões cutâneas e cultura tecidual ✔ Antitermicos, anti-histaminicos de primeira geração. ✔ Em riscos de complicações (adolescentes, doenças cronicas e uso de corticoide) deve-se utilizar ACICLOVIR ORAL mesmo antes da doença não se complicar. ✔ ACICLOVIR ENDOVENOSO quando a doença esta grave, infeccao disseminada, imunodeprimidos e gravidas. ✔ Isolamento respiratorio e de contato até que todas as lesoes estejam em crostas. ✔ PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO ✔ Vacinação indicada para imunocompetentes e com mais de nove meses de vida. Aplicar até 3-5 dias do contato. ✔ Em imunodeprimidos, gravidas, recém nascidos e menores de 9 meses de idade usa IGHAVZ em até 96 horas após o contato. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DOS EXANTEMAS MACULOPAPULARES ✔ LACTENTES podem ser acometidos por sarampo e por rubéola. SARAMPO RUBÉOLA EXANTEMA SUBITO DOENÇA DE KAWASAKI Exantema dura 7 dias Exantema que dura 3 dias. Em geral quando o exantema está no tronco ele já some do rosto Febre alta por uns 3 a 5 dias e quando a febre cessa abruptamente se inicia o exantema maculopapular no tronco. Febre prolongada por 5 dias ou mais. Se acompanha de sintomas de via aérea superior como coriza, conjuntivite e tosse. IVAS Linfonodos occipitais Exantema no tronco Exantema maculopapular + hiperemia ocular, conjuntivite + alterações orais + alterações de extremidades + linfonodo cervical ✔ Em ambas as doenças vai ter alterações orais dignas de nota.. ✔ PRÉ-ESCOLARES podem ser acometidos por Sarampo, Rubeola e Doença de Kawasaki. ✔ Manchas de Koplik são patognomonicas de Sarampo. As manchas de forchheimer já podem ser visíveis em outros tipos de doenças. ✔ Em ESCOLARES E ADOLESCENTES eles podem ser acometidos pelo eritema infeccioso e escarlatina. Ambos vão apresentar a face esbofeteada com um eritema malar que não acomete nariz, fronte e região pele oral. ERITEMA INFECCIOSO ESCARLATINA Exantema rendilhado ou seja, um clareamento central dessas lesões Exantema e lixa, micropapular Esse exantema some sem descamação Se resolve com descamação furfurácea no tronco e laminar nos dedos Esse exantema é recidivante, ele pode voltar quando a criança é exposta ao sol, estress ou atividade física exaustiva Linhas de Pastia que é a acentuação do exantema nas dobras do corpo.
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