Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DIETOTERAPIA NAS DOENÇAS PULMONARES Profª Victoria Ganzaroli e Marília Arantes 2017 RESPIRAÇÃO Ventilação Pulmonar movimento de ar para dentro e para fora dos pulmões Captação de O2 e eliminação de CO2 SISTEMA RESPIRATÓRIO Porção condutora nasofaringe, laringe, traquéia, brônquios e bronquíolos Porção respiratória bronquíolos respiratórios, ductos alveolares e alvéolos DOENÇAS RESPIRATÓRIAS Fístulas do sistema respiratório Broncopatias: asma, bronquiectasia e bronquite Transtornos respiratórios: tosse, rouquidão, apnéia, dispnéia, insuficiência respiratória Doenças nasais: rinite, pólipos nasais, neoplasias Hipersensibilidade respiratória: rinite alérgica, asma, aspergilose (fungo) DOENÇAS RESPIRATÓRIAS Infecções pulmonares: tuberculose, bronquite, pneumopatias fúngicas ou parasitárias, pneumonia, resfriado, rinite, sinusite, faringite Doenças pleurais: hemotórax (presença de sangue na cavidade pleural), derrame pleural (acúmulo de líquido na pleura), pneumotórax (presença de ar na cavidade torácica) Anormalidades Neoplasias DOENÇAS RESPIRATÓRIAS Pneumopatias: atelectasia (colapso pulmonar), doenças pulmonares intersticiais, neoplasias pulmonares, tuberculose pulmonar, hipertensão pulmonar, pneumopatias obstrutivas, pneumonia, pneumopatias fúngicas e parasitárias DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA - DPOC Doença respiratória prevenível e tratável, que se caracteriza pela obstrução do fluxo aéreo, de forma progressiva e está associada a alterações nas vias aéreas e alvéolos causadas por exposições significativas à partículas e gases nocivos/tóxicos Quinta causa mais frequente de óbito 2020: 3ª (1ª cardiovascular, 2ª cerebral) FATORES DE RISCO Genes: deficiência hereditária de alfa 1 antitripsina (enfisema panlobular prematuro) Tabagismo (85% dos casos) Exposição a poeiras/produtos químicos ocupacionais (vapores, irritantes, fumaça) Infecções respiratórias graves na infância SINTOMAS E QUEIXAS Tosse crônica Produção de expectoração Dispnéia progressiva/ persistente Infecções respiratórias recorrentes Fadiga muscular com limitação gradual aos exercícios Dificuldade de ingestão de alimentos PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES Tromboembolismo pulmonar Depressão, Ansiedade DEP Síndrome da apneia do sono Obesos síndrome da hipoventilação, asma DPOC Enfisema pulmonar Bronquite crônica obstrutiva Inflamação das vias aéreas estreitamento + muco Destruição das paredes alveolares GRUPOS DE RISCO Sexo masculino Idade acima de 40 anos Fumante a mais de 10 anos Atividade profissional de risco Etilista Baixa posição socioeconômica EFEITOS DA DPOC SOBRE O ESTADO NUTRICIONAL GET: trabalho respiratório, infecção crônica, uso de broncodilatadores e tratamento fisioterápico Ingestão: dispnéia, anorexia, desconforto gastrointestinal (medicamentos), vômitos PREVALÊNCIA DE DEP NA DPOC 22 a 24% dos pacientes ambulatoriais 34 a 50% dos pacientes hospitalizados Mortalidade: 33% dos pacientes após início da desnutrição e 51% após cinco anos IMPACTO DA DEP Alteração da estrutura e função pulmonar Tecido pulmonar suscetível à lesão reparação tecidual Hipoproteinemia = edema pulmonar IMPACTOS DA DEP Hb transporte de O2 massa muscular resistência e eficiência dos músculos respiratórios Fe, Mg, K função respiratória imunidade infecções Níveis séricos TNF anorexia, DEP Interleucina e PCR infecções, ↑ GET, catabolismo proteico AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL ASG Exame físico Avaliação do consumo alimentar Antropometria: peso, altura, IMC, dobras cutâneas, CB, DEXA, Bioimpedância Ponto de corte diferente: IMC < 21 kg/m2 desnutrido OBJETIVOS DA TN Manter massa, força e função respiratória Manter reserva de massa corporal magra e tecido adiposo Controlar interações drogas/nutrientes Melhorar qualidade de vida TRATAMENTO DIETOTERÁPICO GEB = Harris e Benedict ou 30 – 45 Kcal/Kg/dia GEB x 1,3-1,7 (depende do grau de DPOC e DEP) Dietas ricas em CHO aumentam a produção de CO2 e o trabalho respiratório Hipo à normoglicídica (40-55% VET): depende do grau de dispneia e DEP Dietas ricas em LIP retardo do esvaziamento gástrico desconforto respiratório TRATAMENTO DIETOTERÁPICO Normolipídica: 20-35% VET (evitar frituras, alimentos gordurosos) Hiperproteica: 1,2 - 1,7g/Kg peso/dia (depende do grau de DPOC e DEP) (melhora do sistema imune, força pulmonar e muscular) Vitaminas (A, C, E, D) e Minerais (Mg, Ca, P): conforme resultado de exames Hipossódica na Hipertensão Pulmonar ORIENTAÇÕES DIETOTERÁPICAS Fornecer alimentos favoritos Refeições frequentes e de menor volume Comer lentamente, mastigando bem os alimentos Alterar a consistência da dieta, se necessário Comer em ambiente tranquilo Evitar líquidos às refeições Aumentar líquidos nos intervalos das refeições Evitar alimentos que provoquem tosse Fornecer alimentos em temperaturas amenas Avaliar suplementação nutricional oral, enteral ou parenteral ORIENTAÇÕES DIETOTERÁPICAS
Compartilhar