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Anatomia do Aparelho Locomotor em Veterinária

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@STDSELVAGEM ANATOMIA VETERINÁRIA 
 
1 
O aparelho locomotor é um sistema 
orgânico complexo cuja função 
prioritária é o trabalho mecânico. 
O esqueleto e os músculos são os 
principais elementos que compõem 
esse sistema, responsáveis pela 
formação e conservação da forma 
individual do corpo e são necessários 
para a movimentação de segmentos 
do corpo ou de todo o organismo. 
O esqueleto compõe-se de 
elementos isolados, os ossos, as 
cartilagens, os ligamentos e as 
articulações, que em sua totalidade 
formam a estrutura do corpo, o 
sistema esquelético. 
Esse sistema representa a parte 
passiva do aparelho locomotor, 
enquanto a musculatura representa a 
parte ativa. Unidas, elas formam uma 
unidade funcional. 
Osteologia é o estudo da combinação 
de ossos que forma o esqueleto de 
diversas espécies animais. 
Os ossos são compostos de: tecido 
ósseo, revestido interna e 
externamente por endósteo e 
periósteo, respectivamente; medula 
óssea; vasos sanguíneos e nervos. 
 
Esses componentes caracterizam 
ossos como órgãos. 
Devido ao seu conteúdo mineral 
elevado (60-70%), os ossos não 
sofrem alteração post-mortem. 
 
O processo de remoção de 
componentes orgânicos por meio do 
uso de soda cáustica diluída se chama 
maceração de ossos, que 
normalmente é aplicado em ossos 
destinados ao uso em aulas. 
É a partir de tecido conectivo frouxo 
que se desenvolvem os dois 
elementos do tecido de sustentação: 
a cartilagem e o osso. 
Tanto as cartilagens como os ossos 
se originam de células precursoras 
mesenquimais, os condroblastos e os 
osteoblastos, que maturam em 
condrócitos e osteócitos. Essas células 
@STDSELVAGEM ANATOMIA VETERINÁRIA 
 
2 
sintetizam a matriz das fibras de 
colágeno e óssea. 
 
A cartilagem se caracteriza pela 
estrutura de sua matriz amorfa, a 
substância intercelular, formada 
principalmente por glicosaminoglicanas. 
As fibras colágenas, o elemento 
estrutural da cartilagem, se encontram 
nessa matriz. 
Esse tipo singular de construção 
confere força e flexibilidade à 
cartilagem. 
Como não existem vasos sanguíneos 
e nervos na cartilagem, sua nutrição 
ocorre por meio de difusão através 
da matriz a partir dos vasos 
sanguíneos localizados no tecido 
conectivo que a envolve, na sinóvia 
ou ossos subcondrais. 
Há três tipos de cartilagem, 
classificados de acordo com a 
qualidade das fibras integradas: tecido 
cartilaginoso hialínico, elástico e fibroso. 
 
Em adultos, a cartilagem hialina se 
encontra nas extremidades articulares 
de ossos longos, nas extremidades 
das costelas e em secções das 
paredes da laringe, da traqueia e dos 
brônquios. 
A cartilagem elástica forma a 
sustentação interna para a epiglote e 
a orelha. 
A fibrocartilagem forma os discos 
intervertebrais, os meniscos e o disco 
articular da articulação mandibular. 
Com o avanço da idade, as cartilagens 
sofrem ossificação, com sais de cálcio, 
@STDSELVAGEM ANATOMIA VETERINÁRIA 
 
3 
o que costuma ocorrer com 
frequência na cartilagem costal ou nos 
meniscos de gatos. 
A formação de cartilagem 
(condrogênese) tem como base o 
tecido conectivo mesenquimal 
(embrionário), cujos resíduos ainda 
envolvem a cartilagem em estágios 
posteriores de desenvolvimento. 
Tais resíduos correspondem ao 
pericôndrio, cujas células, fibroblastos, 
se diferenciam em condroblastos, os 
quais produzem a matriz cartilaginosa 
que contém água (70%), colágeno ou 
fibras elásticas, e glicosaminoglicanas. 
Músculos largos ou tendões grossos 
geram influências mecânicas em seus 
pontos de inserção sobre os ossos, 
originando processos, depressões, 
tuberosidades/protuberância, 
irregularidades, cristas ou espinhas. 
Apesar da imensa variedade de ossos, 
eles podem ser agrupados de acordo 
com suas características estruturais 
comuns: longos; curtos; planos; 
pneumáticos; irregulares. 
Os ossos longos se caracterizam por 
um corpo ou diáfise, formado a partir 
de uma grossa camada externa de 
osso compacto, e uma cavidade 
medular interna. 
Os ossos longos apresentam duas 
extremidades, a epífise proximal e a 
epífise distal, ambas cobertas por uma 
fina camada de substância cortical. 
As duas extremidades contêm osso 
esponjoso que, como o nome indica, 
se parece com uma esponja 
ossificada com poros delicados. 
Os ossos longos formam a base dos 
membros, como o úmero, a tíbia e os 
ossos metacarpais. 
Os ossos curtos podem apresentar 
diferentes formas: cilíndricos, cuboides 
ou arredondados. 
Em seu interior apresentam um 
entrelaçamento extenso de tecido 
ósseo esponjoso, no qual está 
presente o tecido hemorreticular. 
Os ossos da coluna vertebral e das 
articulações do tarso são exemplos de 
ossos curtos. 
@STDSELVAGEM ANATOMIA VETERINÁRIA 
 
4 
Os ossos planos e largos compõem-
se de duas camadas ósseas 
compactas ao redor de tecido ósseo 
esponjoso ou de cavidades aeradas. 
A escápula, o osso ilíaco e as costelas 
inserem-se nesse grupo. 
Alguns ossos do crânio são ossos 
planos que envolvem cavidades de ar. 
Eles se formam pela reabsorção de 
substância óssea e são revestidos por 
uma mucosa. Como exemplos 
podem-se citar as maxilas ou o 
etmoide. 
 
Entre os exemplos de ossos 
irregulares encontram-se os ossos do 
crânio em formato de cunha: os 
ossos esfenoide, pré-esfenoide e 
basisfenoide. 
Os ossos sesamoides se encontram 
próximos às articulações e situam-se 
sob o tendão ou em sua base. 
 
Uma apófise é a protuberância óssea 
que se desenvolveu a partir de um 
centro independente de ossificação. 
Tais estruturas propiciam locais de 
fixação para músculos e ligamentos. 
 
@STDSELVAGEM ANATOMIA VETERINÁRIA 
 
5 
Os ossos viscerais não estão 
relacionados com o sistema 
locomotor. Eles são encontrados no 
pênis de gatos e cães, ou no coração 
bovino. 
 
A face do osso compõe-se de lamelas 
compactas, as quais formam a base 
óssea denominada substância 
compacta. 
 
Essa camada sólida envolve a 
substância esponjosa, uma trama 
delicada de trabéculas e lamelas 
ósseas. 
 
As trabéculas e lamelas se organizam 
em um padrão de linhas de pressão 
que se formam em reação a fatores 
mecânicos externos, ou seja, as 
forças máximas de tensão e 
compressão sobre o osso. 
Em vez de apresentar substância 
esponjosa como nas epífises, a diáfise 
cerca a cavidade medular, onde a 
substância compacta é reforçada com 
camadas mais espessas de osso 
lamelar. 
A cavidade medular contém medula 
óssea vermelha, onde as células 
sanguíneas são produzidas 
(hematopoiese), o que classifica o 
osso como um órgão hematopoético. 
 
@STDSELVAGEM ANATOMIA VETERINÁRIA 
 
6 
Os ossos são recobertos interna e 
externamente por uma membrana de 
tecido conectivo chamada de 
endósteo e periósteo, 
respectivamente. 
O endósteo reveste a cavidade 
medular e cobre a substância 
esponjosa, dessa forma criando uma 
barreira entre o osso ou a substância 
esponjosa e a medula óssea. 
 
O periósteo cobre a face externa do 
osso, mas não é encontrado nas 
faces articulares e onde se fixam 
tendões e ligamentos. 
Ao se aproximar das articulações, o 
periósteo se separa da face do osso 
e se combina com a cápsula articular. 
Na extremidade oposta da articulação, 
o periósteo deixa a cápsula e liga-se 
novamente à face do osso adjacente. 
Nas intersecções entre osso e 
cartilagem, como na costela, por 
exemplo, o periósteo se estende 
sobre a cartilagem como pericôndrio. 
 
O periósteo é necessário não apenas 
para a irrigação sanguínea, o 
crescimento, a regeneração e a 
restauração de fraturas, mas tambémpara a transferência de força 
muscular ao osso. O periósteo 
compõe-se de duas partes: Uma 
camada celular interna osteogênica e 
uma camada protetora externa 
fibrosa. 
O estrato osteogênico se localiza 
diretamente sobre o osso e produz 
tecido ósseo (ou seja, é osteogênico). 
Essa camada conta com uma grande 
quantidade de fibras nervosas 
sensoriais e também com uma rede 
de vasos sanguíneos e linfáticos que 
irriga o osso. 
Nessa mesma camada, estão as 
células progenitoras, os pré-
osteoblastos, que podem se 
diferenciar em osteoblastos, os quais 
produzem ossos. 
@STDSELVAGEM ANATOMIA VETERINÁRIA 
 
7 
A camada osteogênica nunca perde 
sua capacidade de formar tecido 
ósseo, que é vital para a remodelação 
e a reconstrução óssea em caso de 
fratura. 
A camada externa é formada por 
tecido conectivo denso mesclado com 
fibras elásticas, o estrato fibroso, que 
apresenta grande resistência a forças 
de pressão. 
Dessa camada irradiam-se as fibras 
colágenas (fibras penetrantes), que a 
ligam às lamelas externas da matriz 
óssea (fibras de Sharpey) e conectam 
firmemente o periósteo à face óssea. 
 
A camada fibrosa também é 
responsável pela conexão do osso a 
músculos, tendões e ligamentos. 
No local de conexão, as fibras do 
tendão ou ligamento se ramificam na 
camada fibrosa e, prosseguindo na 
forma de fibras de Sharpey, unem-se 
fortemente ao osso. 
O endósteo compõe-se de uma única 
camada de células osteoprogenitoras 
inativas (de revestimento ósseo) 
achatadas. 
Elas podem se diferenciar em células 
de formação óssea (osteoblastos) ou 
células de reabsorção óssea 
(osteoclastos). 
O endósteo delimita a rede capilar da 
medula óssea e, como o periósteo, é 
capaz de produzir tecido ósseo 
(potencial osteogênico). 
As células osteoprogenitoras no 
periósteo e endósteo são 
responsáveis pelos processos de 
regeneração do tecido ósseo. 
Duas condições são necessárias para 
a regeneração: 1) a existência de 
células mesenquimais e 2) a 
proliferação de células precursoras de 
osteoblastos. 
Quando praticamente não há 
movimento entre as bordas da fratura 
e elas estão separadas por pequenas 
fendas, ocorre a cicatrização óssea 
primária, em que há a formação de 
osso lamelar diretamente sobre a 
fenda, reunindo as duas extremidades 
do osso. 
Quando os limites estão muito 
distantes, ocorre a cicatrização óssea 
secundária. 
@STDSELVAGEM ANATOMIA VETERINÁRIA 
 
8 
O tecido conectivo fibroso inicialmente 
une a fratura formando um calo 
maleável. 
O calo se ossifica por meio de 
mineralização, até que, após um longo 
processo de reorganização, forma-se 
um osso compacto. 
Os ossos são tecidos extremamente 
vascularizados. 
Uma rede concentrada de vasos 
sanguíneos irriga não apenas o tecido 
ósseo, mas também a medula óssea, 
o periósteo e o endósteo. 
As artérias nutrícias ramificam-se das 
artérias maiores dos membros e 
penetram os ossos longos pelas 
aberturas na diáfise. 
 
Elas alcançam a cavidade medular 
após atravessarem a camada 
compacta, onde se dividem em vários 
ramos ascendentes e descendentes 
que irrigam as epífises e metáfises 
proximais e distais. 
Nas epífises, os vasos formam artérias 
com extremidades em forma de laço 
que ultrapassam a epífise do osso 
subcondral para irrigar a zona 
calcificada da cartilagem da articulação. 
A partir da cavidade medular, os vasos 
sanguíneos irrigam a substância 
@STDSELVAGEM ANATOMIA VETERINÁRIA 
 
9 
compacta do osso através dos canais 
de Volkmann. 
O osso esponjoso não apresenta 
vasos sanguíneos, e sua 
vascularização ocorre pela difusão a 
partir da medula óssea. 
O retorno venoso ocorre através do 
sistema axial da medula óssea. 
O tecido ósseo não contém vasos 
linfáticos. 
Um emaranhado de vasos linfáticos 
está presente apenas no periósteo. 
O tecido ósseo em si não é sensível 
à dor. 
Fibras nervosas vegetativas isoladas 
seguem o caminho dos vasos 
sanguíneos dentro dos canais de 
Havers. 
Durante o desenvolvimento fetal, 
forma-se um esqueleto precursor de 
cartilagem que fornece sustentação e 
estabelece um formato (esqueleto 
primordial) para o feto durante sua 
etapa de crescimento. 
Em um determinado estágio de 
desenvolvimento, a cartilagem do 
esqueleto primordial sofre uma lenta 
remodelagem. 
Pouco a pouco, a cartilagem é 
reabsorvida e finalmente substituída 
por ossos. 
Esse processo se chama ossificação 
condral ou indireta. 
@STDSELVAGEM ANATOMIA VETERINÁRIA 
 
10 
A substituição de cartilagem por 
tecido ósseo se inicia durante o 
período fetal intermediário em locais 
chamados de centros de ossificação 
primários. 
Radiografias de animais adolescentes 
costumam apresentar cartilagem 
residual que ainda não foi ossificada, o 
que pode levar a diagnósticos falsos 
caso esse fato não seja levado em 
conta. 
Os ossos também podem se formar 
diretamente a partir do tecido 
mesenquimal sem precursor 
cartilaginoso; esse processo é 
chamado de ossificação 
intramembranosa ou direta. 
Existem, portanto, duas formas de 
ossificação: 
→ Ossificação intramembranosa ou 
direta; 
→ Ossificação condral ou indireta. 
A ossificação condral ainda pode ser 
subdividida em: ossificação pericondral; 
e ossificação endocondral. 
O desenvolvimento do osso 
intramembranoso ocorre quando 
células mesenquimais diferenciam-se 
diretamente em células responsáveis 
pela produção óssea. 
Células mesenquimais não 
diferenciadas dão origem a células 
precursoras de osteoblastos, as quais 
se desenvolvem em osteoblastos, 
células formadoras de ossos. 
Durante a ossificação, os osteoblastos 
produzem uma matriz orgânica livre 
de minerais, chamada osteoide, a qual 
envolve as células completamente. 
O osteoide não calcificado se 
transforma em osseína calcificada. 
Com o avanço da mineralização, os 
osteoblastos se isolam em uma área 
crescente de tecido ósseo calcificado 
e se diferenciam em osteócitos. 
Forças funcionais diferentes 
começam a afetar o osso, levando à 
reabsorção e à remodelação do novo 
tecido ósseo mesmo durante o 
processo de mineralização. 
As células que fazem a degradação 
óssea se chamam osteoclastos 
 
A ossificação condral envolve a 
cartilagem hialina, a qual funciona 
@STDSELVAGEM ANATOMIA VETERINÁRIA 
 
11 
como marcador de espaço e fornece 
a base para o crescimento longitudinal 
do osso. 
O esqueleto primordial é constituído 
de cartilagem hialina, até que a 
ossificação condral tenha início por 
meio da reabsorção gradual da 
cartilagem, substituindo-a por ossos 
permanentes (osso substituto). 
A ossificação pericondral é 
semelhante à ossificação 
intramembranosa, no sentido de que 
o osteoide é formado e lentamente 
mineralizado. 
As células osteoprogenitoras, células 
com o potencial de criar novo tecido 
ósseo, situam-se na camada 
condrogênica do pericôndrio e se 
diferenciam em osteoblastos 
(ossificação primária). 
Essa transformação de tecido mole 
em tecido ósseo se inicia no centro 
da diáfise e resulta na formação de 
um revestimento ósseo, o anel 
periósteo. 
A ossificação do pericôndrio se 
estende em direção às extremidades 
do osso, as epífises, transformando o 
pericôndrio em periósteo. 
A ossificação pericondral leva ao 
desenvolvimento do periósteo dos 
ossos longos. 
A formação do periósteo 
mecanicamente inibe o metabolismo 
da cartilagem hialina, basicamente 
forçando a calcificação da matriz de 
cartilagem. 
Ao mesmo tempo, os vasos 
sanguíneos infiltram-se através do anel 
periósteo e invadem a cartilagem 
calcificada. 
As células que removem a cartilagem 
existente, oscondroclastos, se 
inserem na matriz calcificada por meio 
da proliferação de vasos sanguíneos, 
e o que ocorre a seguir é a 
reabsorção da cartilagem restante. 
Os condroclastos deixam espaços 
vazios que logo se preenchem de 
tecido conectivo e vasos capilares, 
que transportam não apenas 
nutrientes, mas também substâncias 
necessárias à construção de novo 
tecido ósseo. 
Os osteoblastos também alcançam a 
cavidade medular por meio desses 
vasos sanguíneos e começam a 
formar tecido ósseo de dentro para 
fora (ossificação endocondral). 
 
A medula óssea situada nas cavidades 
medulares de ambas as epífises e 
entre as trabéculas da substância 
esponjosa se torna permanentemente 
um órgão hematopoético. 
Em indivíduos adultos, a medula óssea 
vermelha da diáfise é substituída 
gradualmente por gordura, que é 
novamente transformada em medula 
gelatinosa em animais senis ou pode 
@STDSELVAGEM ANATOMIA VETERINÁRIA 
 
12 
se formar prematuramente em 
animais doentes. 
Entre a diáfise e cada epífise de um 
osso longo, permanece uma área de 
cartilagem calcificada, as metáfises 
proximal e distal. 
 
As duas metáfises fazem limite em 
cada extremidade do osso com uma 
área de ossificação endocondral 
distinta, chamada de placas epifisárias 
de crescimento. 
As placas epifisárias têm grande 
importância porque são responsáveis 
pelo crescimento longitudinal dos 
ossos. 
Há dois tipos de tecido ósseo: osso 
reticular e osso lamelar. 
O osso lamelar (maduro) se 
caracteriza pela distribuição de 
camadas paralelas ou concêntricas de 
fibras de colágeno, denominadas 
lamelas. 
A unidade estrutural do osso lamelar é 
o ósteon (sistema haversiano). 
Cada ósteon constitui uma série de 
anéis concêntricos compostos de 
@STDSELVAGEM ANATOMIA VETERINÁRIA 
 
13 
camadas de matriz óssea ao redor de 
um canal central (canal de Havers), 
através do qual correm um vaso 
sanguíneo (vaso sanguíneo de 
Havers), vasos linfáticos e nervos. 
As células ósseas (osteócitos) situam-
se entre as lamelas concêntricas 
(lamelas de Havers), que envolvem o 
canal de Havers. 
Os vasos sanguíneos centrais nos 
ósteons se comunicam com o 
periósteo, o endósteo e a cavidade 
medular pelos vasos de Volkmann 
transversais. 
As fibras de colágeno (fibras de 
Sharpey) sustentam o periósteo nas 
lamelas circunferenciais externas. 
Essas fibras colágenas se originam em 
tendões que ligam o músculo ao osso 
e são essenciais para a transmissão 
de força gerada no músculo para o 
osso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
@STDSELVAGEM ANATOMIA VETERINÁRIA 
 
14 
KÖNIG, H. E., et al. (2016). Anatomia dos animais domésticos: texto e atlas colorido. 6ª 
edição. Porto Alegre: Artmed. Introdução e Anatomia Geral.

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