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Mecanismo de ação

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@STDSELVAGEM FARMACOLOGIA E TERAPÊUTICA 
 
1 
A farmacodinâmica estuda os 
mecanismos pelos quais um 
medicamento atua nas funções 
bioquímicas ou fisiológicas de um 
organismo vivo. 
Este ramo da Farmacologia também 
realiza o estudo quantitativo, isto é, a 
relação dose-resposta dos efeitos 
biológicos e terapêuticos dos 
medicamentos; este conjunto de 
informações, aliadas aos dados 
oriundos da farmacocinética, 
proporciona o conhecimento 
completo do caminho percorrido 
pelos medicamentos e seus efeitos 
no organismo animal. 
Os estudos farmacodinâmicos têm 
primordial importância para o 
entendimento dos efeitos 
farmacológicos e adversos causados 
pelos medicamentos e fornecem 
informações sobre a forma mais 
adequada de tratamento das 
intoxicações causadas por estes 
agentes. 
 
O conceito de que um medicamento 
não cria uma função no organismo, 
apenas modifica uma preexistente, é 
importante, e coube à humanidade 
encontrar as substâncias que 
apresentavam a capacidade de alterar 
as funções orgânicas e, a partir deste 
fato, utilizar as mesmas na cura dos 
desequilíbrios causados pelas diversas 
patologias. 
Cabe ressaltar também que muitas 
vezes na história da Farmacologia a 
descoberta de um novo medicamento 
funcionou como ferramenta para o 
melhor entendimento sobre funções 
importantes que ocorrem nos 
organismos vivos. 
Para ilustrar esse fato cabe lembrar 
que, se não existissem na natureza 
substâncias químicas que 
mimetizassem o efeito de algumas 
substâncias endógenas, seria 
impossível entender o funcionamento 
de alguns sistemas de 
neurotransmissão; ilustra tal fato a 
existência da morfina obtida a partir 
da Papaver sonniferum e a 
descoberta de substâncias endógenas 
(endorfinas) que atuam de maneira 
semelhante a esta no organismo 
animal. 
 
Considerando o mecanismo de ação, 
os medicamentos podem ser divididos 
em dois grandes grupos distintos: os 
estruturalmente inespecíficos e os 
estruturalmente específicos. 
Os medicamentos estruturalmente 
inespecíficos são aqueles cujo efeito 
@STDSELVAGEM FARMACOLOGIA E TERAPÊUTICA 
 
2 
farmacológico não decorre 
diretamente da estrutura química da 
molécula agindo em um determinado 
receptor, mas sim provocando 
alterações nas propriedades físico-
químicas, acarretando mudanças em 
mecanismos importantes das funções 
celulares e levando à desorganização 
de uma série de processos 
metabólicos. 
Os anestésicos gerais inalatórios e os 
desinfetantes são exemplos 
característicos deste grupo de 
medicamentos. 
Existem várias teorias sobre o 
mecanismo de ação dos anestésicos 
gerais inalatórios, sendo consenso 
propor correlação positiva entre a 
lipossolubilidade destas substâncias e a 
sua potência anestésica. 
Uma entre as várias teorias que 
tentam explicar o mecanismo de ação 
anestésica propõe que o efeito 
anestésico é decorrência de acúmulo 
destas substâncias lipofílicas nas 
membranas neuronais, o que 
acarretaria interferência nas funções 
normais dos neurônios. 
Os medicamentos estruturalmente 
específicos são aqueles cuja ação 
biológica decorre essencialmente de 
sua estrutura química. 
Eles se ligam a receptores, isto é, 
macromoléculas existentes no 
organismo, formando com eles um 
complexo, o que leva a uma 
determinada alteração na função 
celular. 
Os vários medicamentos 
estruturalmente específicos 
apresentam certas características 
estruturais em comum, sendo estas 
fundamentais; pequenas variações 
nestas estruturas químicas podem 
resultar em alterações substanciais na 
atividade farmacológica. 
Outra característica relevante é que a 
ação farmacológica destes agentes 
ocorre com concentrações menores 
do que as necessárias pelos 
estruturalmente inespecíficos. 
Langley, estudando os efeitos da 
atropina e da pilocarpina na secreção 
salivar, concluiu que deveria existir 
alguma substância receptora com a 
qual estas duas substâncias fossem 
capazes de interagir formando um 
complexo. 
O termo receptor foi criado para 
indicar o componente do organismo 
com o qual o agente químico 
presumivelmente interagia. 
Esse mesmo pesquisador concluiu 
que esse componente orgânico era 
um constituinte celular. 
Ehrlich ressaltou a existência da 
especificidade do medicamento pelo 
receptor, visto que pequenas 
modificações nas estruturas químicas 
dos antiparasitários com os quais 
@STDSELVAGEM FARMACOLOGIA E TERAPÊUTICA 
 
3 
trabalhava na época implicavam perda 
do seu efeito farmacológico. 
Clark e Gaddum formularam a teoria 
da ocupação, que correlacionou a 
intensidade do efeito farmacológico 
diretamente ao número de 
receptores ocupados pelo 
medicamento, sendo esse postulado a 
base de todos os estudos sobre a 
relação dose/efeito de um 
medicamento. 
Três características encontradas em 
alguns grupos de medicamentos 
reforçaram a hipótese da existência 
dos receptores: 
 Alta potência 
algumas substâncias atuam, 
apresentando efeito farmacológico, 
em concentrações muito baixas; 
 Especificidade 
química 
isômeros ópticos apresentando 
diferentes ações farmacológicas; 
 Especificidade 
biológica 
exemplificando, a epinefrina exerce 
um efeito acentuado sobre o músculo 
cardíaco, porém apresenta fraca ação 
sobre o músculo estriado. 
Basicamente, o alvo de ligação de um 
medicamento no organismo animal 
são macromoléculas proteicas com a 
função de: enzimas, moléculas 
transportadoras, canais iônicos, 
receptores de neurotransmissores e 
ácidos nucleicos. 
A ligação dos medicamentos aos 
receptores envolve todos os tipos de 
interação química conhecidos: as 
iônicas polares (íon-dipolo ou dipolo-
dipolo), as de ponte de hidrogênio, as 
hidrofóbicas, as de van der Waals e as 
covalentes. 
Dependendo do tipo de ligação entre 
o receptor e o medicamento, a 
duração do efeito poderá ser fugaz 
ou prolongada. 
As ligações do tipo covalente são 
muito difíceis de se desfazerem, 
portanto, uma vez estabelecida a 
ligação medicamento-receptor, 
esta será irreversível. 
Com frequência, um mesmo receptor 
pode ligar-se ao medicamento 
utilizando mais de um tipo de 
interação química. 
Enzimas 
Vários medicamentos exercem seu 
efeito farmacológico por meio da 
interação com enzimas, atuando 
principalmente como inibidores destas. 
Como exemplos, podem-se citar a 
neostigmina inibindo reversivelmente a 
enzima acetilcolinesterase, o ácido 
acetilsalicílico inibindo a ciclo-oxigenase, 
a trimetoprima inibindo a di-
hidrofolato-redutase. 
@STDSELVAGEM FARMACOLOGIA E TERAPÊUTICA 
 
4 
Um medicamento também pode 
sofrer alterações em sua estrutura 
química provocadas pela interação 
com determinadas enzimas, 
transformando-se em produto 
anormal, que acarreta a 
desorganização de determinada via 
metabólica. 
Como exemplo, tem-se o agente 
anti-hipertensivo, metil-DOPA, que 
apresenta estrutura semelhante ao 
substrato precursor da norepinefrina a 
DOPA (ácido di-hidroxifenilacético); a 
metil-DOPA, ao sofrer descarboxilação 
pela DOPA-descarboxilase, 
transformando-se em 
metilnorepinefrina, substitui a 
norepinefrina nos depósitos sinápticos, 
reduzindo o tônus nervoso simpático. 
Moléculas 
transportadoras 
Alguns medicamentos exercem sua 
ação farmacológica interferindo com 
as proteínas transportadoras, 
responsáveis pelo carreamento de 
várias substâncias para o interior das 
células, como por exemplo, glicose, 
aminoácidos, íons e 
neurotransmissores. 
Estas proteínas transportadoras 
contêm locais de reconhecimento que 
as torna específicas para identificar e 
transportar moléculas para o interior 
do citoplasma celular. 
Esses locais de captação são alvo da 
ação de alguns medicamentos, cuja 
função é bloquearo sistema de 
transporte. 
Nesse grupo de medicamentos 
incluem-se a cocaína (impedindo a 
captação das catecolaminas), a 
reserpina (impedindo a captação da 
norepinefrina pela vesícula sináptica) e 
os glicosídeos cardíacos (inibindo a 
bomba de Na+/K+ ATPase do 
músculo cardíaco). 
Receptores celulares 
Dentre os receptores farmacológicos, 
há um grupo de proteínas celulares, 
cuja função no organismo é atuar 
como receptores de substâncias 
endógenas como os hormônios, 
neurotransmissores e autacoides. 
A função desses receptores 
fisiológicos está ligada à transmissão 
de uma mensagem, quer de forma 
direta (via canal iônico existente nas 
membranas plasmáticas), ou indireta 
(via um segundo mensageiro, que 
acarretará mudanças bioquímicas em 
células-alvo). 
Esses mecanismos de transmissão, 
muitas vezes complexos, funcionam 
como integradores de informações 
extracelulares. 
Os receptores estão associados a 
diferentes velocidades para a 
ocorrência de efeitos celulares. 
Estes podem ser rápidos, em 
milissegundos, como os da 
neurotransmissão colinérgica, ou 
lentos, como os produzidos pelos 
@STDSELVAGEM FARMACOLOGIA E TERAPÊUTICA 
 
5 
diferentes hormônios, levando horas; 
existem aqueles intermediários, como 
os das catecolaminas, que levam 
segundos. 
Os receptores para 
neurotransmissores de efeito rápido 
(milissegundos) estão acoplados 
diretamente a um canal iônico. 
Para estes grupos de receptores, os 
canais iônicos se alteram quando da 
ligação do neurotransmissor ao 
receptor, o que provoca aumento de 
permeabilidade da membrana celular a 
íons específicos, levando, portanto, a 
uma mudança do potencial elétrico 
das membranas celulares e da 
composição iônica intracelular. 
Os receptores com velocidade de 
efeito intermediária funcionam de 
forma mais complexa. 
Assim, quando captados os sinais 
extracelulares, estes são transmitidos 
intracelularmente através de segundos 
mensageiros ou moléculas de 
informação que vão desencadear 
respostas celulares a este estímulo; 
estes receptores são também 
chamados de metabotrópicos. 
Há também sistemas de transmissão 
multirregulados que envolvem vários 
segundos mensageiros relacionados 
com inúmeras alterações celulares 
que levam horas e até dias para 
ocorrerem. 
 
Receptores ligados à proteína 
G 
A família dos receptores acoplados à 
proteína G representa a maioria dos 
receptores conhecidos na atualidade. 
As proteínas G são os mensageiros 
entre os receptores e as enzimas 
responsáveis pelas mudanças no 
interior das células. 
A proteína G é constituída de três 
subunidades, denominadas α, ß e  
(complexo αß.), sendo que a porção 
ß e  não se dissociam. 
Todas as três subunidades estão 
ancoradas na membrana 
citoplasmática, porém, podem 
deslocar-se livremente no plano da 
membrana. 
 
Atualmente se conhecem vários tipos 
de proteína G: 
 Gs: estimulante (stimulation) dos 
receptores da adenilato-ciclase. 
@STDSELVAGEM FARMACOLOGIA E TERAPÊUTICA 
 
6 
 Gi: inibidora (inhibition) dos 
receptores da adenilato-ciclase. 
 Go: relacionada aos canais iônicos. 
 Gq: ativadora da fosfolipase C. 
 
A proteína G atua nos sistemas: 
 Adenilato-ciclase/ 
3’,5’-monofosfato 
de adenosina cíclico (cAMP). 
 Guanilato-ciclase/ 
3’,5’-monofosfato 
de guanosina cíclico (cGMP). 
 Fosfolipase C/fosfato de 
inositol/diacilglicerol. 
 Fosfolipase A2/ácido 
araquidônico/eicosanoides. 
 Na regulação de canais iônicos. 
Sistema adenilato-ciclase 
(cAMP) 
Uma proteína denominada Gs é 
ativada após a ligação do 
neurotransmissor ao seu respectivo 
receptor e esta estimulará a enzima 
adenilato-ciclase a produzir, a partir do 
trifosfato de adenosina (ATP), cAMP, 
que é considerado como um dos 
segundos mensageiros. 
@STDSELVAGEM FARMACOLOGIA E TERAPÊUTICA 
 
7 
Os efeitos reguladores do cAMP na 
função celular são muito variados, 
incluem enzimas que participam no 
metabolismo energético, divisão 
celular, diferenciação celular etc. 
Porém, o mecanismo comum que 
acarreta esses efeitos celulares está 
associado à ativação de várias 
proteinoquinases dependentes do 
cAMP. 
Estas quinases são responsáveis pela 
fosforilação de resíduos de serina e 
treonina nas diferentes proteínas que 
apresentam importante papel no 
metabolismo celular, o que leva, 
consequentemente, à regulação 
dessas funções. 
Os dois tipos de proteína G 
relacionados com o sistema da 
adenilato-ciclase são Gs e Gi que 
produzem, respectivamente, 
@STDSELVAGEM FARMACOLOGIA E TERAPÊUTICA 
 
8 
estimulação com aumento nos níveis 
de cAMP e inibição da enzima 
adenilato-ciclase com redução dos 
níveis de cAMP. 
Sistema guanilato-
ciclase/cGMP 
Similar ao que ocorre como o cAMP, 
o cGMP tem papel importante como 
segundo mensageiro em eventos 
celulares diversos (ativação de 
proteinoquinases, fosfodiesterases de 
nucleotídeos cíclicos, canais iônicos) 
ligados principalmente aos efeitos do 
óxido nítrico na contração de 
músculos lisos ou ainda na migração e 
adesão de macrófagos.
 
Sistema fosfolipase e fosfato 
de inositol 
Este sistema de transmissão é 
multirregulador e envolve vários 
segundos mensageiros relacionados 
com inúmeras alterações celulares 
determinadas pela ativação de 
diferentes receptores. 
Após a ligação do agonista ao seu 
receptor, um fosfolipídio de 
membrana, o fosfatidilinositol 4,5-
bifosfato (PIP2), é hidrolisado pela 
fosfolipase C de membrana ativada 
pela proteína Gq em dois compostos: 
o inositol 1,4,5-trifosfato (IP3) e o 
diacilglicerol (DAG). 
@STDSELVAGEM FARMACOLOGIA E TERAPÊUTICA 
 
9 
O IP3 apresenta grande 
hidrossolubilidade e alcança o 
citoplasma, agindo em receptores de 
membrana localizados no retículo 
endoplasmático, promovendo a 
liberação para o citoplasma de íons 
Ca++ pertencentes às reservas 
intracelulares. 
Estes íons é que, posteriormente, 
produzem os efeitos celulares. 
O aumento na concentração de Ca++ 
intracelular livre em resposta à ampla 
variedade de agonistas é, talvez, a via 
mais importante de produção de 
efeitos celulares. 
As ações do íon Ca++ dependem da 
capacidade deste íon em regular a 
função de várias enzimas, proteínas 
contráteis e canais iônicos. 
O DAG, por ser lipossolúvel, 
permanece no interior da membrana 
onde foi originado, ativando, neste 
local, a proteinoquinase C, por meio 
do aumento da afinidade desta aos 
íons Ca++. 
A proteinoquinase C ativada, por sua 
vez, causa a fosforilação de diferentes 
proteínas intracelulares, levando aos 
efeitos fisiológicos ou farmacológicos. 
Os efeitos fisiológicos atribuídos à 
ativação da proteinoquinase C são 
muito variados como, por exemplo, a 
liberação de hormônios de várias 
glândulas endócrinas, aumento ou 
redução da liberação de 
neurotransmissor e da excitabilidade 
neuronal (canais de cálcio e potássio), 
contração ou relaxamento de 
músculos lisos. 
A fosforilação proteica parece ser um 
mecanismo básico, por meio do qual 
vários mediadores fisiológicos e 
medicamentos produzem seus efeitos. 
A ação do DAG também pode 
ocorrer de forma indireta; este 
funcionando como precursor do ácido 
araquidônico que, por sua vez origina 
@STDSELVAGEM FARMACOLOGIA E TERAPÊUTICA 
 
10 
as prostagladinas, prostaciclinas, 
leucotrienos e eicosanoides. 
Sistema fosfolipase A2/ácido 
araquidônico/eicosanoides 
A ativação da fosfolipase A2, mediada 
pela ligação do agonista com o 
receptor e a proteína G, leva à 
produção de eicosanoides, a partir do 
ácido araquidônico, e parece ser 
basicamente semelhante à ativação da 
fosfolipase C. 
A função do ácido araquidônico e deseu metabólito nos eventos 
intracelulares é bastante complexa, 
incluindo alteração da abertura de 
canais iônicos ligados ao potássio, 
estabelecendo comunicação entre as 
células e também funcionando como 
hormônios locais. 
@STDSELVAGEM FARMACOLOGIA E TERAPÊUTICA 
 
11 
Regulação de canais iônicos 
Receptores acoplados à proteína Go 
também parecem controlar a função 
de canais iônicos por mecanismos 
diretos, sem o envolvimento de 
segundos mensageiros como o cAMP 
e o cGMP ou o IP3. 
Parece que a proteína Go interage 
diretamente com o canal iônico, 
alterando a permeabilidade do mesmo 
aos diferentes íons. 
Receptores ligados à 
tirosinoquinase 
Esses receptores estão ligados à 
ação de vários fatores de 
crescimento e de hormônios como a 
insulina. 
Seu mecanismo de ação é complexo 
e pouco conhecido. Até o momento 
parece que operam via quinases que 
se autofosforilam; após a ligação 
agonista-receptor, estas fosforilações 
promovem a ativação de enzimas, 
acarretando mudanças celulares. 
Receptores que regulam a 
transcrição de DNA 
Hormônios esteroides e tireoidianos se 
utilizam destes receptores para a 
produção de respostas celulares, 
como a transcrição de genes 
selecionados que produzem proteínas 
específicas. 
Estes receptores, diferentes dos 
anteriores, encontram-se no interior 
da célula como um constituinte solúvel 
do citosol ou do núcleo, apresentando 
capacidade de ligar-se com grande 
afinidade à cromatina nuclear. 
Este tipo de receptor constitui-se de 
proteínas que, ao se ligarem ao 
hormônio, sofrem alteração 
@STDSELVAGEM FARMACOLOGIA E TERAPÊUTICA 
 
12 
constitucional que expõe um sítio de 
ligação com alta afinidade a 
determinadas regiões do DNA nuclear, 
conhecidas como regiões hormônio-
responsivas. 
Logo após esta ligação verifica-se 
aumento na atividade da RNA 
polimerase e na produção de RNA 
mensageiro, com a resposta fisiológica 
final acarretando síntese de proteínas 
que leva aos efeitos celulares, em 
resposta à ligação do hormônio ao 
seu receptor específico; este 
processo ocorre em um período que 
varia de horas a dias. 
Para o melhor entendimento sobre a 
interação medicamento-receptor é 
necessário quantificar a concentração 
de um determinado medicamento e o 
efeito biológico que ele causa. 
Para a grande maioria das substâncias 
com efeito farmacológico, a 
intensidade de efeito produzido pelo 
medicamento em geral depende da 
quantidade administrada; pode-se, 
portanto, expressar esta relação em 
termos de curva dose-resposta. 
Esta correlação entre a concentração 
de medicamento e seu efeito 
biológico pode ser adaptada ao estudo 
de receptores, uma vez que, segundo 
as teorias de Clark e Gaddun, a 
resposta farmacológica é diretamente 
proporcional ao número de 
receptores com os quais este agente 
efetivamente interage e que o efeito 
máximo é alcançado quando todos os 
receptores estão ocupados. 
O termo agonista, em Farmacologia, 
indica que uma determinada 
substância, ao ligar-se ao receptor, 
@STDSELVAGEM FARMACOLOGIA E TERAPÊUTICA 
 
13 
ativa-o, acarretando efeito 
farmacológico; em oposição, o termo 
antagonismo refere-se a uma 
substância que, ao combinar-se com 
o receptor, não o ativa. 
A primeira etapa, quando da ligação a 
receptores específicos e da formação 
de um complexo medicamento 
receptor, que é reversível, é 
governada pela Lei de Ação das 
Massas, segundo a qual, “a uma dada 
temperatura, a velocidade da reação 
química é diretamente proporcional às 
massas ativas dos reagentes.” 
Neste caso, a velocidade da ligação 
medicamento-receptor é diretamente 
proporcional ao número de 
receptores e à concentração do 
medicamento. 
Construindo-se uma curva colocando-
se na abscissa a concentração de 
medicamento e na ordenada o 
percentual de efeito, temos a 
concentração de medicamento que 
produz 50% do efeito máximo (EC50). 
 
Emáx: resposta máxima que pode ser 
produzido pelo medicamento. 
A potência de um medicamento está 
representada ao longo do eixo da 
concentração ou dose, isto é, quanto 
menor a concentração ou dose do 
medicamento necessária para 
desencadear determinado efeito (seja 
este mensurado in vivo ou in vitro), 
mais potente é este medicamento. 
A potência in vivo, isto é, a dose 
administrada a um animal íntegro, 
sofre influência dos parâmetros 
farmacocinéticos como absorção, 
@STDSELVAGEM FARMACOLOGIA E TERAPÊUTICA 
 
14 
distribuição, biotransformação e 
excreção do medicamento, e 
parâmetros farmacodinâmicos, como 
a capacidade inerente de um 
medicamento de combinar-se com 
seus respectivos receptores. 
In vitro, as influências se restringem à 
capacidade do medicamento de se 
combinar com seus respectivos 
receptores. 
Faz pouca diferença se a dose eficaz 
é da ordem de µg ou mg; desde que 
esta seja administrada na 
concentração correta. 
A potência não está necessariamente 
relacionada com nenhuma outra 
característica do medicamento, 
portanto, é falsa a afirmação de que 
um medicamento mais potente é 
clinicamente superior quando 
comparado a outro menos potente. 
Medicamentos muito pouco potentes 
apresentam como desvantagem a 
necessidade de doses muito elevadas, 
o que muitas vezes torna incômoda 
sua administração. 
Por outro lado, medicamentos 
extremamente potentes devem ser 
manipulados com mais cuidado, 
podendo acarretar intoxicações. 
Os termos efeito máximo e eficácia 
máxima ou simplesmente eficácia se 
equivalem, sendo estes determinados 
por propriedades inerentes à ligação 
medicamento-receptor 
e ilustrados como um platô na curva 
dose-resposta. 
Na prática, os fatores que limitam a 
eficácia de um medicamento são 
normalmente o aparecimento de 
efeitos colaterais, isto é, um 
determinado agente terapêutico pode 
ser bastante eficaz para o tratamento 
de uma enfermidade, porém, a dose 
necessária para se alcançar o efeito 
máximo (que é o desejado) é a 
mesma dose que acarreta efeitos 
tóxicos indesejáveis. 
A inclinação da curva dose/efeito 
reflete o mecanismo de ação de um 
agente terapêutico, bem como sua 
ligação com o receptor. 
Pode-se, portanto, afirmar que 
medicamentos com mesmo 
mecanismo de ação não apresentam 
entre si diferenças significativas na 
inclinação de suas respectivas curvas 
e que a existência de diferenças 
entre a inclinação das curvas de dois 
ou mais medicamentos indica que eles 
têm mecanismos de ação diversos. 
Grande inclinação da curva 
dose/resposta indica também que 
pequenas variações na dose levam a 
grandes variações na intensidade do 
efeito. 
Em qualquer população, há indivíduos 
que apresentam variabilidade na 
intensidade da resposta a determinado 
@STDSELVAGEM FARMACOLOGIA E TERAPÊUTICA 
 
15 
medicamento, uma vez que nem 
todos os indivíduos respondem com a 
mesma magnitude de resposta. 
Esta variação é representada como o 
limite de confiança da curva. 
As curvas descritas até aqui são do 
tipo gradual, isto é, aumentando-se a 
dose, aumenta-se o efeito; estas 
apresentam algumas limitações na sua 
aplicação em tomadas de decisões 
clínicas. 
Para efeitos quantais como, por 
exemplo, convulsão ou morte, nas 
quais prepondera a dupla “tudo ou 
nada”, a melhor forma de 
representação são as curvas de 
frequência acumulada versus o log da 
dose. 
A escolha de qual efeito quantal será 
preferível pode ser avaliada na 
importância clínica deste efeito ou 
pela segurança dos pacientes 
experimentais que participarão do 
experimento. 
Esta curva é utilizada para determinar 
a dose efetiva mediana ou dose 
efetiva 50% (DE50), isto é, a dose 
necessária para que 50% dos 
indivíduos apresentem determinadoefeito quantal. 
Se esse efeito for tóxico particular 
em 50% dos animais, a dose passa a 
ser a dose tóxica mediana ou dose 
tóxica 50% (DT50); se o efeito tóxico 
for morte do animal, a mesma será 
identificada como dose letal mediana 
ou dose letal 50% (DL50). 
Essas curvas permitem também que 
se relacione a dose para o 
aparecimento de um efeito desejado 
com a dose necessária para produzir 
um efeito indesejado; esta correlação 
@STDSELVAGEM FARMACOLOGIA E TERAPÊUTICA 
 
16 
é chamada de índice terapêutico (IT) 
ou margem de segurança. 
Alguns indivíduos apresentam reações 
exacerbadas, reduzidas ou mesmo 
diferentes a determinados 
medicamentos. 
Assim, tem-se: 
Hiper-reativo 
Indivíduos que apresentam respostas 
a doses baixas de determinado 
medicamento que não causam efeitos 
na grande maioria da população. 
Hiporreativo 
Em oposição ao hiper-reativo, este 
termo identifica os indivíduos que 
necessitam de doses maiores do que 
as normalmente utilizadas pela 
população para desencadear 
determinado efeito farmacológico. 
Tolerância 
A hiporreatividade pode ser 
denominada também de tolerância, 
indicando que a baixa sensibilidade em 
questão resulta de uma exposição 
prévia ao medicamento, o qual causa 
alterações farmacocinéticas e/ou 
farmacodinâmicas, promovendo, com 
o decorrer do tempo, uma resposta 
farmacológica menor. 
A tolerância causada por alterações 
farmacodinâmicas pode ser 
exemplificada pela diminuição na 
resposta farmacológica à morfina 
ocorrida pelo uso prolongado deste 
hipnoanalgésico, que tem como 
consequência redução da resposta 
em função da ligação dos agonistas 
endógenos e/ou exógenos aos 
receptores da endorfina. 
Taquifilaxia ou 
dessensibilização 
São expressões sinônimas utilizadas 
para descrever a hiporreatividade que 
se desenvolve em alguns minutos e 
não em vários dias ou semanas, 
como necessário para a ocorrência da 
tolerância. 
Este fenômeno envolve diferentes 
mecanismos, como alteração de 
receptores acoplados diretamente aos 
canais tônicos. 
Idiossincrasias ou 
efeito incomum 
Representam o aparecimento de um 
efeito não esperado após uso de um 
medicamento e que ocorre em 
pequena porcentagem dos indivíduos. 
Supersensibilidade 
Termo utilizado para referir-se a 
aumento do efeito de um 
medicamento, sendo este causado 
pela elevação da sensibilidade de 
receptores sinápticos e que 
normalmente ocorre após bloqueio 
prolongado de receptores sinápticos 
ou ainda por denervação. 
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Hipersensibilidade 
Este termo deve restringir-se 
somente aos fenômenos causados 
pelas reações alérgicas que têm 
como explicação a ligação antígeno-
anticorpo, com consequente liberação 
de histamina. 
Não deve se confundir 
supersensibilidade com 
hipersensibilidade. 
O estudo sobre a regulação de 
receptores farmacológicos, após uso 
prolongado de determinados 
medicamentos, tem importância no 
entendimento de fenômenos que 
envolvem a tolerância e o 
desenvolvimento de supersensibilidade 
de receptores farmacológicos, e que 
podem acarretar insucesso no 
tratamento de doenças crônicas que 
necessitam de medicação continuada. 
Os mecanismos que acarretam 
tolerância envolvem, na maioria das 
vezes: (a) alteração no número ou 
função dos receptores 
farmacológicos; (b) perda de 
receptores; (c) depleção dos 
mediadores; e (d) adaptação fisiológica. 
A exposição prolongada a substâncias 
químicas agonistas pode acarretar 
diminuição gradativa no número de 
receptores expressos na superfície 
celular. 
Este processo é denominado também 
de regulação para baixo (down 
regulation), dessensibilização ou 
infrarregulação. 
Esta dessensibilização pode ocorrer 
em receptores diretamente acoplados 
a canais iônicos ou receptores 
acoplados a segundos mensageiros. 
Uma segunda forma de 
dessensibilização ocorre por 
desacoplamento entre o receptor e 
as proteínas G. 
A diminuição no número de 
receptores também é relevante no 
desenvolvimento da tolerância a 
determinados medicamentos; esta 
diminuição ocorre por internalização 
dos receptores, isto é, a endocitose, 
que é ativada após o desacoplamento 
da proteína G com o receptor. 
A dessensibilização pode ser também 
causada por depleção de mediadores 
químicos, importantes para o 
funcionamento neuronal. 
Muitas vezes faz-se necessária a 
utilização concomitante de mais de 
um medicamento, podendo ocorrer 
modificação do efeito de ambos ou 
de um deles quando associados. 
As interações dos medicamentos 
podem levar a aumento ou 
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diminuição dos efeitos dos mesmos: 
sinergismo ou antagonismo. 
Denomina-se sinergismo o efeito de 
dois medicamentos ocorrendo na 
mesma direção. 
Este pode ser: 
 Sinergismo por adição ou apenas 
adição 
O efeito combinado de dois ou mais 
medicamentos é igual à soma dos 
efeitos isolados de cada um deles. 
 Sinergismo por potenciação ou 
apenas potenciação 
O efeito combinado de dois ou mais 
medicamentos é maior do que a 
soma dos efeitos isolados. 
Neste tipo de sinergismo é comum 
que as duas substâncias não atuem 
pelo mesmo mecanismo de ação. 
Neste caso, uma das substâncias 
potencializa a outra por interferir na 
sua biotransformação, distribuição ou 
excreção. 
Muitas vezes o agente 
potencializador, por si só, não 
apresenta efeito marcante. 
A interação de dois medicamentos 
pode levar também a diminuição ou 
anulação completa dos efeitos de um 
deles. 
O antagonismo pode ser: 
farmacológico e não farmacológico. 
 
 
 Antagonismo farmacológico 
O antagonismo farmacológico pode 
ser de dois tipos: competitivo e não 
competitivo. 
Ocorre antagonismo farmacológico 
competitivo quando há competição 
do agonista e do antagonista pelo 
mesmo receptor, e o antagonista 
impede ou dificulta a formação do 
complexo agonista-receptor. 
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O antagonismo farmacológico não 
competitivo ocorre quando há ligação 
com sítio alostérico presente no 
receptor ou bloqueio em algum ponto 
da cadeia de eventos desencadeada 
pela ligação do agonista ao receptor. 
Competitivo 
O antagonismo farmacológico 
competitivo pode ser classificado em: 
pleno (ou total) reversível, parcial 
reversível ou irreversível. 
Competitivo pleno reversível 
Neste tipo, o antagonista compete 
com o agonista pelos mesmos locais 
receptores, formando com o mesmo 
um complexo inativo. 
Desta forma, é respeitada a lei da 
ação das massas, isto é, aumentando-
se a quantidade do agonista, na 
presença de um antagonista, o 
primeiro desloca o segundo do 
receptor. 
Competitivo parcial reversível 
Este tipo de antagonismo representa 
uma situação particular de 
antagonismo farmacológico 
competitivo, com a diferença que os 
dois medicamentos utilizados são 
agonistas, porém com diferentes 
capacidades de desencadear efeitos 
farmacológicos, isto é, com diferentes 
atividades intrínsecas. 
Portanto, o agonista menos eficaz 
nesta situação experimental atua 
como antagonista parcial do agonista 
principal. 
Competitivo irreversível 
Este antagonismo ocorre quando o 
antagonista se dissocia muito 
lentamente ou não se dissocia, dos 
receptores. 
Portanto, mesmo aumentando a 
concentração do agonista na 
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presença do antagonista, não é 
possível alcançar o efeito máximo. 
Não competitivo 
No antagonismo farmacológico não 
competitivo, o antagonista bloqueia 
algum ponto importante da cadeia de 
eventos que levaria à resposta 
desencadeada pelo agonista. 
Esta alteração ocorre por influênciada 
atuação do antagonista não 
competitivo em um local alostérico 
diferente do local de ligação do 
agonista; portanto, não é possível 
desfazer o bloqueio quando se 
aumenta a concentração do agonista. 
 Antagonismo não farmacológico 
No antagonismo não farmacológico 
não há o envolvimento direto do 
antagonista com um receptor; pode 
ser classificado em: farmacocinético 
(ou disposicional), fisiológico (ou 
funcional) e químico (ou antidodismo). 
Farmacocinético ou 
disposicional 
Neste tipo de antagonismo, uma 
substância química (medicamento) 
reduz efetivamente a concentração 
plasmática de outra administrada a um 
animal. 
Esta redução pode ocorrer por vários 
motivos, exemplificados a seguir: a 
velocidade de biotransformação do 
medicamento pode estar aumentada; 
a velocidade de absorção ou a 
quantidade do medicamento ativo no 
trato gastrintestinal pode estar 
reduzida; a velocidade de excreção 
renal pode estar aumentada. 
Fisiológico ou funcional 
Este tipo de antagonismo ocorre 
quando os dois agonistas interagem 
em sistemas de receptores 
independentes, porém produzindo 
efeitos opostos que se anulam. 
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Químico ou antidotismo 
Neste tipo de antagonismo, as duas 
substâncias não reagem com os 
receptores do organismo, mas sim 
reagem quimicamente, em solução, 
entre si se antagonizando. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SPINOSA, H. S., et al. (2017). Farmacologia aplicada à Medicina Veterinária. 6ª edição. 
Rio de Janeiro: Guanabara. Koogan Capítulo 3 – Mecanismo de ação e relação 
dose-resposta.

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