Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Doenças Hepáticas Introdução Fígado: Maior órgão do corpo humano, localizado na parte direita do abdôme, sob o diafragma. ♥ Quais as Funções do fígado? Metabolismo e excreção, metabolismo proteico, energético e de CHO; Metabolismo lipídico; Armazenamento de substâncias; Função Endócrina e Imunológica, Formação e secreção da bile. ♥ Quais Doenças podem acometer? Hepatites, Doença gordurosa não alcoolica, NASH, cirrose hepática, carcinoma etc, ♥ O que ver na avaliação nutricional? Antropometria, ICA, bioimpedância, dados bioquímicos, dados clínicos, dietéticos, avaliar sinais clínicos (icterícia, edema, ascite, obesidade) esses sinais são importantes para se atentar. EXAME FÍSICO - Perda muscular e da força muscular (tríceps, quadríceps, quadríceps, etc); - Retenção hídrica: Edema no MMII; - Ascite, Anemia e lesões cutâneas; - Alterações orofaringe, deficiências neurológicas; - Redução da ingestão oral. Exames Bioquímicos - Albumina: utilizada apenas como indicador de gravidade. - Deficiência de Micronutrientes - TP e Rni, Fosfatase alcalina. Albumina (avaliar função hepática); - AST, ALT, GGT, BT, BD, Bilirrubina e ferritina (avaliar lesão hepática) - Alfafetoproteína (Avaliar carcinoma). Antropometria - Ver o peso seco (edema e ascite) Insuficiência Hepática Aguda - Etiologia: vírus e medicamentos são responsáveis por 80% dos casos. - Rápido desenvolvimento -> a maioria dos pacientes não apresentarão evidencias de desnutrição; - Comprometimento nutricional pode se desenvolver durante o período de gravidade, resolução e recuperação da doença aguda. - É caracterizada pela presença evolutiva de icterícia, encefalopatia e coagulopatia. ♥ Características: - Paciente com menor reserva de glicogênio hepático - São mais susceptíveis a quadro de hipoglicemia. - Acentuada perda de vitaminas hidrossolúveis; - Aumento de 20% da tmb -> hipermetabolismo; - Balanço nitrogenado negativo secundário. (ele fica degradando em questão de massa muscular, por conta do catabolismo). ♥ Objetivo da terapia nutricional: - Garantir energia necessária (glicose, lipídios, vitaminas, oligoelementos) - Garantir taxas ideais de síntese de proteínas, fornecendo uma ingestão adequada de proteínas ou aminoácidos, respectiva. - Evitar complicações metabólicas da terapia nutricional, assegurar a normoglicemia e a prevenção da hiperamonemia. ♥ Quando indicada a terapia? - Hiperaguda: recuperação medicamentosa ou transplante, o suporte nutricional tem um papel secundário, por isso não é tão indicado a terapia nutricional. (A evolução da doença nesse caso é rápida) - Quando a insuficiência hepática tiver aguda ou subaguda. É indicado a terapia nutricional nesses casos. (a evolução é mais lenta) ENCEFALOPATIA HEPÁTICA: - Síndrome neuropsiquiátrica. - Dividido por graus, do grau 1 ao grau 4 de gravidade. - Vai da depressão e confusões mentais até um coma, ou seja, ela pode evoluir muito. ♥ Terapia indicada/contraindicada: - É necessário ver o estado nutricional do paciente. - Desnutrido -> enteral ou parenteral - Sem desnutrição – Terapia enteral - Doença hiperaguda grave com encefalopatia hepática e amônia elevada – suporte nutricional pode ser adiado por até 24 a 48h ou até que a hiperamonemia seja controlada. - Encefalopatia leve: Pode ser alimentado via oral, verificar reflexo de tosse e deglutição - Encefalopatia Moderada: suplemento nutricional oral, usada quando os objetivos da alimentação oral não forem alcançados. Hepatites - Inflamação do fígado resultante de infecção viral, substâncias tóxicas, cirrose. - Classificações: A.B.C.D.E. ♥ Hepatite B: - Problema de saúde pública, e transmitida via sexual. - Tratamento nutricional: Plano terapêutico que objetive a manutenção de peso adequado e redução da obesidade abdominal. - Reduzir a gordura visceral para o paciente não evoluir para quadros piores (diabetes, esteatose etc). ♥ Hepatite C: - Aguda e crônica e transmissão sexual, agulhas, transfusão sanguínea. - Evolução lenta: 20 anos - Pode evoluir para cirrose hepática e hepatocarcinoma. - É importante o controle das comorbidades para beneficiar a evolução clínica do paciente. - Intervenção nutricional: promover boa nutrição, manutenção de peso e prevenir e tratar desnutrição e deficiência de desnutrição. - Deve ser realizado ajustes na oferta de macronutrientes e micronutrientes, conforme a condição clínica específica. DOENÇA Hepática Alcoólica - Síndrome caracterizada pela rápida deterioração da função hepática com aparecimento de icterícia e/ou ascite em pacientes com uso abusivo de álcool. - Nesse caso o paciente também pode desenvolver esteatose hepática por conta desse uso abusivo de álcool. - O paciente pode ser assintomático e exibir apenas alterações laboratoriais. (Aumento vcm, ggt, ast). - Manifestações graves da doença hepática: icterícia, ascite, encefalopatia, disfunção renal, coagulopatia, febre, sinais de desnutrição. - Complicações: mortalidade, pode desencadear insuficiência hepática crônica, sangramento digestivo, síndrome hepatorrenal, sepse. ♥ Consequências metabólicas: ♥ Outras consequências do consumo excessivo de álcool: - Deficiência de nutrientes (vit c, b1. B2, b3, b6, b12, folato, A e D. - Perda de peso e desnutrição (desnutrição agrava o quadro clínico e aumenta a susceptibilidade a infecções pois isso afeta o sistema imunológico do paciente). ♥ Terapia nutricional: - Baseia-se no estágio da doença - Complicações: falência hepática, hipertensão portal (ascite, sangramento de varizes esofágicas), e outros órgãos também podem ser afetados. ♥ Terapia nutricional indicada: - Quando não conseguimos atender as necessidades nutricionais do paciente através da ingestão espontânea de alimentos. - Suplementação nutricional VO oferecida quando ocorre esse problema na atenção das necessidades calóricas por meio da alimentação dele normal. - TNE quando não consegue atender as necessidades calóricas por meio da alimentação normal. - TNP em caso de desnutrição grave que não pode ser nutrido via oral ou enteral. - Suplementação VO ou TNE -> formulas padrão com alta densidade energética - Suplementar vitaminas e minerais precocemente - Suplementação de tiamina para prevenir encefalopatia de wernicke e psicose de korsakoff. Doença Hepática Gordurosa Não alcoólica - Acumulo de gordura em forma de triglicérides no citoplasma dos hepatócitos; - É uma doença bem assintomática, o paciente ganha muito peso e pode evoluir para casos mais graves. - Fator de risco: resistência insulínica (ponto chave), obesidade, dislipidemia. - Acomete homens com idade > 50 anos e mulheres com aumento da idade após a menopausa. - Fisiopatologia: Acumulo de gordura nos hepatócitos ou região abdominal, pode ser fator genético, resistência insulínica, aumento da permeabilidade intestinal. ♥ Objetivo da terapia nutricional: - Perda de peso de 7 – 10% para melhorar a esteatose. - Perda de peso >10% para melhorar fibrose; - Pacientes com NASH e com sobrepeso/obesidade, a intervenção no estilo de vida levando à perda de peso em conjunto com o aumento da atividade física, deve ser usado como primeira linha de tratamento, - Paciente com peso normal: a evolução da doença pode ser progressiva. É importante aumentar a atividade física para melhorar a resistência à insulina e esteatose. ♥ Recomendações Nutricionais: - Dieta hipocalórica; - Dieta mediterrânea muito utilizada e aconselhada para melhorar a esteatose e sensibilidade a insulina. - Absterem-se de grandes quantidades de bebida alcoólica. - Antioxidantes (vit c, resveratrol, antocianinas) não devem ser recomendados para tratamento. - Consumo de café: possui efeito hepatoprotetor, diminui significativamenteo risco de fibrose hepática - Suplementação de ômega 3: não pode ser recomendado para o tratamento de DHGNA/NASH, só trata a questão de colesterol alto. - Probioticos: Redução da inflamação, melhora da microbiota intestinal, menor translocação bacteriana. Ainda não mostram dados científicos fortes para apoiar a recomendação no tratamento de DHGNA. - Fitoterápicos: Que causam efeitos hepatotóxicos. - Chá não é recomendado para paciente com DHGNA. - Perda de peso é a melhor escolha. - Reeducação alimentar: mudanças qualitativas e quantitativas, respeitando a fome, saciedade e vontade de comer. Cirrose Hepática - Corresponde ao estágio final comum de diversas doenças hepáticas crônicas. - Representa importante causa de morbidade e mortalidade do mundo. - Etiologia: hepatites, etilismo crônico, doenças metabólicas, autoimunes, medicamentos em excesso, etc. - Quadro clínico: encefalopatia e coma, hipertensão portal (varizes esofagianas), ascite e edemas (redenção de Na e agua, excesso de amônia, anemia, resistência à insulina, hipoalbunemia, etc. ♥ Qual terapia nutricional: Tratamento da doença e das complicações da doença. A terapia definitiva para cirrose é o transplante. - TN oral ou parenteral deve ser recomendada para benefício clínico sem aumento de eventos adversos - Paciente críticos ou com desnutrição precisa de um aporte calórico maior - Aumento de energia não é recomendado para paciente com sobrepeso/obesidade. - Pacientes críticos com encefalopatia hepática, a ingestão de proteínas não deve ser restrita, pois aumenta o catabolismo proteico. - A suplementação de micronutrientes deve ser administrada para tratar deficiências confirmadas ou clinicamente suspeitas; - Fracionar a dieta de 3 a 5 refeição com lanche noturno para melhorar o status de proteína corporal total (pacientes mal nutridos ou sarcopênicos) - Pacientes intolerantes a ptn animal, indicado ptn vegetal ou bcaa (para melhorar a sobrevida ou qualidade de vida do paciente). - Cuidado com a redução drástica do sódio pois pode piorar o estado nutricional do paciente. - TNE – pra quem não consegue realizar via oral ou não atingiu as necessidades. - TNP – em casos onde a tne e/ou via oral são ineficazes. ♥ Complicações: - Encefalopatia hepática. - Varia desde manifestações mínimas até o estado de coma. ♥ Objetivo da terapia nutricional: - Evitar a perda ponderal - Reduzir a hipermeabilidade intestinal - Reduzir a produção de amônia. TRANSPLANTE HEPÁTICO - Necessário para aqueles no estágio final da doença ou aumento do risco da mortalidade. ♥ Objetivo da TN: - Promover uma adequada cicatrização, prevenir e tratar infecções e alterações nutricionais, para melhorar o prognostico do paciente. - Avaliar o estado nutricional do paciente, em caso de desnutrição precisa intervir antes da cirurgia. (Fazendo oferta adequada de proteínas). - TNP: caso haja ausência de alimentação para reduzir as taxas de complicações. Anotações extas
Compartilhar