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Embriologia do Sistema Reprodutor 1)Gônadas -As características masculinas e femininas se desenvolvem a partir da 7ª semana por influência dos hormônios, entre 5ª-7ª temos a fase indiferenciada do desenv. sexual (gônadas e genitália externa com a mesma aparência). -As gônadas iniciam se desenv. na 5ª semana pelas cristas gonadais no abdômen e posteriormente ocorre a descida (testículo – saco escrotal; ovário - pelve). Derivam de 3 fontes: • Mesotélio/epitélio mesodérmico (reveste a parede abdominal posterior) e mesênquima subjacente (estrutura de sustentação da gônada) se proliferam e formam a crista gonadal, dela saem os cordões gonadais (cordões epiteliais digitiformes) que penetram no mesênquima subjacente nessa fase, as gônadas consistem em córtex e medula. • Cél. germinativas primordiais originam-se da parede da vesícula umbilical e migram até as cristas gonadais, incorporadas pelos cordões gonadais na 6ª semana se diferenciam em oócitos ou espermatozoides. -Gônada feminina XX: desenv. do córtex e regressão da medula; Gônada masculina XY: inverso pela ação do FDT. -Determinação do sexo: o braço curto do cromossomo Y tem gene SRY que proporciona o desenv. de características masculinas, um dos produtos é o FDT (fator determinante de testículo) que induz a diferenciação da gônada. *DETERMINADO GENETICAMENTE. 2)Testículos -Pela indução do FDT, os cordoes gonadais condensam e penetram na região medular, onde formam a rede testicular à medida que a medula se desenvolve. -Cordões gonadais cordões seminíferos rede testicular revestida pela túnica albugínea (lançam cordoes que separam o testículo em pirâmides, que contêm túbulos seminíferos com as espermatogônias – durante infância não possuem luz, impedindo ejaculação até puberdade). -Cordões seminíferos desenvolvemse em túbulos seminíferos, retos e rede testicular, presos por um mesórquio. O mesênquima entre os túbulos seminíferos origina as células intersticiais (Leydig) – secreção de hormônios androgênicos por volta da 8ª semana, como a testosterona, estimulada pela gonadotrofina coriônica humana. -Além disso, as cél de Sertoli (que constituem maior parte do epitélio seminífero no testículo fetal) produzem o hormônio antimullerianoo que continua até a puberdade e suprime o desenvolvimento dos ductos paramesonéfricos, que formam o útero e as tubas uterinas. -Túbulos mesonéfricos ductulos eferentes; e ducto mesonéfrico ducto do epidídimo. Epitélio dos túbulos eferentes é ciliado p auxiliar passagem dos espermatozoides da rede testicular p/ ducto do epidídimo, onde termina a espermiogênese. -Descida do testículo por gubernáculo e testosterona. 3)Ovários -Sem a presença de FGT, uma parte dos cordões gonadais penetram na medula e formam a rede ovariana rudimentar, que degenera e desaparece (junto com a medula). Outra parte se estende para dentro do mesênquima subjacente, à medida que eles crescem, incorporam cél germinativa primordiais que formam as ovogônias. -Na 16ª semana, os cordões começam a se romper, formando grupos isolados de células – folículos primordiais (ovócito + cél foliculares derivadas do epitélio de superfície que forma os cordões). -Ducto paramesonéfrico forma tuba uterina (união dos ductos) e útero. Entre os folículos tem TC chamado estroma do ovário, importante para formar outras estruturas do folículo maduro (ovócito + zona pelúcida + corona radiada + cumulo oóforo + cél foliculares/ da granulosa + TECA interna-produtora de hormônios e externa-estrutural + estroma). -Ovário se prende a parede abdominal por um tempo, pelo mesovário. Não se formam ovogônias após o nascimento, elas se tornam ovócitos primários antes do nascimento. 4)Ductos e Glândulas Genitais -DUCTOS MESONÉFRICOS (Ductos de Wolff) – origina ducto do epidídimo e os túbulos mesonéfricos se transformam nos túbulos eferentes. Já os DUCTOS PARAMESONÉFRICOS (Ductos de Müller) – se desenvolvem por ausência do SIM, diferenciação não depende de ovários e hormônios, origina tuba uterina e útero pela fusão dos ductos. -Ductos genitais masculinos: • Testículo fetal produz testosterona – causa estimulação dos ductos mesonéfricos e uma substância inibidora de Müller (SIM) – causa regressão dos ductos paramesonéfricos. • Ducto deferente: distalmente ao epidídimo, o ducto mesonéfrico adquire um espesso revestimento de tecido muscular liso (necessário p/ forte contração) e se diferencia. • Ducto ejaculatório: entre a vesícula seminal e a uretra, os ductos mesonéfricos diferenciam- se. -Glândulas masculinas: • Seminal: por evaginação lateral da extremidade caudal de cada ducto mesonéfricos. (tortuosa) • Próstata: por múltiplas evaginações do endoderma do seio urogenital e penetra no mesênquima circulante o epitélio glandular diferencia-se das cél endodérmicas (gl. tubuloalveolares que desemboca na parte prostática da uretra) e o mesênquima diferencia-se em um estroma e no m. liso da próstata. • Bulbouretrais: pelas evaginações endodérmicas da parte esponjosa da uretra (seio urogenital), com fibras musculares lisas e estroma diferenciando do mesênquima adjacente. -Ductos e glândulas femininas: • Estroma endometrial e miométrio são derivados do mesênquima esplâncnico. Mucosa e epitélio deriva da parede dos ductos paramesonéfricos. • Porção distal do epitélio vaginal se origina do endoderma do seio urogenital, e a parede fibromuscular pelo mesênquima circulante Já as paredes da vagina são formadas por uma saliência no seio na terminação dos ductos paramesonéfricos unidos (contato do primórdio uterovaginal com o seio urogenital), chamado tubérculo do seio – forma bulbos sinovaginais que tem a região central degenerada, exceto hímen. • Luz da vagina é separada da cavidade do seio urogenital pela membrana hímen, até o final da vida fetal. • Brotos crescem da uretra formando as glândulas uretrais e parauretrais. • Evaginações do seio urogenital formam as glândulas vestibulares maiores (de Bartholin), nos grandes lábios. Obs.: Resquício dos ductos mesonéfricos são os epoóforos próximo aos ovários. -Anomalias do trato genital feminino: duplicações uterinas e anomalias vaginais devido: • Fusão incompleta dos ductos paramesonéfricos; • Desenvolvimento incompleto de um ou dos dois ductos paramesonéfricos; • Não desenvolvimento de um ou dos dois ductos paramesonéfricos; • Canalização incompleta da placa vaginal. 5)Genitália Externa -Passa por fase indiferenciada (4ª à 7ª), só se diferenciando bem na 12ª semana, mesmo sendo cedo para exames de imagens. Seguindo os passos: • Formação de um tubérculo genital que possui 2 destinos – pode crescer e formar o falo primordial que origina pênis ou regredir e formar o clitóris. • Desenv. das saliências labioescrotais (formam bolsa escrotal em homens, e grandes lábios em mulheres) e pregas urogenitais. • Divisão da membrana cloacal em uma anal e uma urogenital, que formam o ânus e o orifício urogenital. -Imagem mostra o final da fase indiferenciada: GENITÁLIA MASCULINA -Com a expressão do gene SRY, ocorre a formação de testículo, iniciando a produção de testosterona (di- hidrotestosterona) pelas cél de Leydig, que induz a diferenciação em genitália masculina. Enquanto isso, as cél de Sertoli produzem a substancia inibidora de Muller para impedir desenv. de estruturas femininas – regridem ductos de Muller. -O falo se alonga para formar o pênis, as pregas urogenitais fundem-se para formar a uretra esponjosa e saliências labioescrotais se fundem para formar a bolsa escrotal (linha de fusão rafe do escroto). Endoderma origina revestimento interno a uretra, mas a abertura da uretra se dá pelo ectoderma. Obs.: Hipospádias são malformações que ocorrem devido abertura anormal da uretra em diferentes locais, resultado da produção inadequada de androgênios pelos testículos fetais glande(na superfície ventral da glande); peniana (superfície ventral do corpo do pênis); pênis-escrotal (junção pênis com o escroto) e perineal (metades não fusionadas no escroto). Epispádias ocorrem quando a uretra se abre na superfície dorsal do pênis, frequentemente associada à extrofia da bexiga. GENITÁLIA FEMININA -A genitália feminina se desenvolve por ausência de sinalização, o crescimento do falo cessa e torna-se o clitóris e as pregas urogenitais se unem na região posterior formando o frênulo dos pequenos lábios, e as partes não fundidas formam os pequenos lábios. Ademais, as saliências labioescrotais permanecem separadas formando os grandes lábios. Obs.: distúrbios intersexuais ocorrem quando há constituição cromossômica, gônadas atípicas ou distúrbios do desenv. sexual pseudo- hermafroditismo feminino (devido hiperplasia adrenal que gera aumento do clitóris e grandes lábios fundidos pois aumenta quant. de hormônios masculinos). 6)Canais Inguinais -Forma-se o gubernáculo em cada lado do abdome, que serve na orientação da descida dos testículos, influenciada pela testosterona. Pois, com o aumento da pelve fetal, os testículos descem retroperitoneal para os anéis inguinais profundos, ocorrendo em torno da 26ª semana e leva de 2 a 3 dias. Obs.: as malformações são croptorquídea (testículo desce parcialmente) ou testículo ectópico (migra para trajeto diferente). -A descida dos ovários é mais discreta, o gubernáculo orienta e se prende ao útero, posteriormente forma o lig. ovariano e o lig. redondo do útero. -Desenvolvimento das gl. mamárias (glândulas sudoríparas modificadas e altamente especializadas) se dá por brotos mamários que se desenvolvem das cristas mamárias (espessamento do ectoderma- forma faixas da região axilar até parte interna da coxa) durante a 6ª semana fetal, as faixas se degeneram, restando apenas os remanescentes da crista mamária. Obs.: mamas – polimastia e mamilos – politelia supranumerários ocorrem quando a faixa de espessamento ectodérmico não degenera normalmente.
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