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______________________________________ Bromatologia Bqi 345 Departamento de Bioquímica de Biologia molecular Amanda de Souza ___________________________________________________ Água em alimentos 1. Importância nutricional - Solvente universal - Manutenção da pressão osmótica - Principal componente dos organismos vivos (65% do corpo humano) - Manutenção da pressão osmótica e volume celular - Reagente em várias reações 2. Importância como componente dos alimentos: - Influencia na conservação e estocagem (tipos de embalagem necessárias) e na qualidade nutricional e comercial 3. Importância econômica - Transporte: o alimento com uma concentração de água elevada requer condições de transporte específicas, que são mais caras. - Embalagem, processamento: Requer embalagens impermeáveis e o processamento deve ser realizado de modo a manter o teor de água desejado. 4. Teor de água x Atividade de água Teor de água: Quantidade total de água presente nos alimentos, geralmente expresso em porcentagem. Atividade de água: Relação entre a pressão de vapor de água em equilíbrio no alimento e a pressão de vapor de água pura na mesma temperatura (água disponível para reações) • Teor de água: % H2O= Ma (massa de água) / Mt (massa total) x 100 • Atividade de água (Aw) Aw= P/P0 P: pressão de vapor no alimento Po: Pressão de vapor na água pura 5. Isotermas de adsorção e dessorção: Relaciona a atividade de água do alimento com o teor de água à uma temperatura definida. 6. Alterações nos alimentos em função da atividade de água: Oxidação de lipídios: À medida que a atividade de água diminui, a velocidade de oxidação dos lipídeos aumenta, pois a diminuição da água facilita o contato do oxigênio com os lipídeos. → Devemos saber qual atividade de água é ideal para garantir a conservação do alimento. Crescimento microbiano: À medida que a atividade de água aumenta, a velocidade do crescimento microbiano aumenta. Métodos para determinação de água em alimentos: 1. Secagem em estufas: Mais utilizado, secagem em 105°C. limitações desse método: As substâncias voláteis também evaporam junto com a água, o tempo é muito longo e alguns alimentos se decompõem nessa temperatura 2. Secagem à vácuo: Temperaturas menores que na estufa, diminuem o tempo e a deterioração. Não evita a perda de voláteis 3. Secagem por radiação infravermelha: É possível se determinar uma curva de secagem (método rápido). Só faz uma amostra por vez 4. Secagem em fornos de micro-ondas: Aquecimento por radiação eletromagnética (método rápido, com as mesmas limitações da estufa) 5. Secagem em dessecadores: Utiliza sílica para absorver a água. (processo muito lento, utilizado para determinação de isotermas de sorção e adsorção (atividade de água) 6. Retirada de água por destilação: Único método que mede somente a água. A água que sai do alimento evapora e cai em um recipiente onde vai se medir o volume. (só faz uma amostra de cada vez, é demorado e não é muito preciso) • Métodos físicos: 1. Absorção de radiação infravermelha: A medida da absorção de radiação na região do infravermelho pode ser correlacionada ao teor de água da amostra, com grande sensibilidade (equipamento caro e exige treinamento técnico. O método necessita de calibração para cada tipo de amostra) 2. Ressonância nuclear magnética: Pouco usada por necessitar de equipamento caro e sofisticado, mas oferece medidas rápidas, precisas e não destroem a amostra. Pode ser utilizada simultaneamente para determinar umidade e gordura. 3. Densidade: Método simples, rápido, barato, mas pouco preciso. É utilizado para amostras líquidas. 4. Índice de refração: Método simples e rápido, baseado na medida do ângulo de refração da amostra. Pouco preciso. Utilizado para medir o teor de sólidos em frutas (BRIX) 5. Condutividade elétrica: É baseado no princípio de que a corrente elétrica que passa é influenciada pelo teor de água do alimento. O método é muito rápido, mas pouco preciso. Mais utilizado para grãos - Constante dielétrica: Amido, proteínas e componentes similares têm uma constante dielétrica de cerca de 10, enquanto a da água é de 80. Pequenas mudanças no teor de água produzem grandes mudanças na constante dielétrica - Rápido e muito utilizado em farinhas e grãos. É pouco preciso. - Amostra + solvente em chapa quente - Medida da atividade de água diretamente. Lipídios nos alimentos: - Os lipídios são compostos orgânicos formados por carbono, hidrogênio e oxigênio, também podendo possuir fósforo, nitrogênio e enxofre. - O termo lipídio é utilizado para gorduras e substâncias gordurosas - Geralmente, são insolúveis em água e solúveis em solventes orgânicos, como éter etílico, éter de petróleo, acetona, clorofórmio, benzeno e álcoois. → esses solventes apolares atacam a fração lipídica neutra que incluem os ácidos graxos livres, mono, di e tri gliceróis e alguns mais polares, como os fosfolipídios, glicolipídios e esfingolipídios. - Esteróis, ceras, pigmentos lipossolúveis e vitaminas, que contribuem com energia na dieta, podem ser extraídos apenas parcialmente. Funções dos lipídeos: • Reserva energética, proteção mecânica, isolante térmico, impermeabilizante, componentes de membranas, vitaminas, hormônios (esteroides), etc. • Funções tecnológicas (tecnologia de alimentos): Emulsificantes, veiculares de aditivos, sabor, cor, estabilizante de emulsão, textura, etc. - São moléculas que podem funcionar como combustível alternativo à glicose no organismo, sendo que são o resultado da combinação de ácidos graxos com álcoois (são ésteres). Eles não são polímeros. Os lipídios podem ser classificados em saponificáveis e insaponificáveis, simples e complexos. 1. Simples: - Os lipídios simples são aqueles em que, ao serem degradados, obtemos apenas carbono, oxigênio e hidrogênio. → Os triacilgliceróis (três moléculas de ácido graxo ligada a uma molécula de glicerol). Podem ser sólidos ou líquidos em temperatura ambiente. Quando são sólidos são chamados de gorduras. Ácidos graxos insaturados mais encontrados: - Palmítico, oleico, linoleico, linolênico e araquidônico. Notação ômega: ômega + posição da primeira insaturação • Exemplo de ácido graxo saturado: Tripalmitina: Três AG de carbonos e nenhuma insaturação, facilitando a organização para formar um sólido. Ácidos graxos trans na alimentação: Existem naturalmente em pouca quantidade, sendo produzido no estômago de ruminantes e também por bactérias e algas. porém, em alimentos industrializados ela está presente em gorduras vegetais hidrogenadas, que passam por esse processo para que ocorra sua solidificação. → As gorduras hidrogenadas estão presentes em margarina, batatas fritas tipo chips, biscoitos industrializados, etc. Ácidos graxos trans (TFAs) afetam em algumas funções fisiológicas: Função catabólica: B-oxidação em cadeia Função anabólica: Aumento de cadeia e dessaturação (síntese de ácidos graxos). → Essas alterações ocorrem nas enzimas, que não têm capacidade de hidrolisar esses AG. Com a dificuldade de metabolizar, o organismo humano acaba por depositar esses ácidos graxos nas paredes dos vasos sanguíneos. 2. Ceras: - Ésteres de ácidos carboxílicos e álcoois de cadeia longa (não é glicerol) - São muito apolares Usos: Polímeros, cosméticos, velas, etc. 3. Lipídeos complexos: - Existem em pequena quantidade Fosfolipídios e glicolipídios: Lectina: Presente na gema de ovos e óleo de soja. Funciona como emulsificante na maionese, em molhos e outros alimentos industrializados. Esfingolipídios: Componentes das membranas celulares, derivados da esfingosina. Esteroides: Lipídios com esqueleto esteroidal, como o colesterol, a vitamina D e os hormônios esteroidais. - Estão presentes em pequenas quantidadesnos alimentos, mas de grande relevância na saúde. Carotenoides: São substâncias químicas do tipo pigmento que encontramos na natureza, desde bactérias, algas e fungos, até plantas e animais. São os carotenoides que dão na natureza os tons de amarelo ao vermelho. Substitutivos de óleos e gorduras: O segredo dos alimentos "fat free" → São produtos que conferem aos alimentos sabor, textura, aparência, viscosidade, etc. Porém com baixo valor calórico. Classificação dos substitutivos: • Baseados em proteínas - Misturas microparticuladas: Proteínas de clara de ovo, leite, soja, milho, etc. Com carboidratos, pectinas e ácidos. Usos: Sobremesas, iogurte, queijos, sorvetes, maionese, margarina, molhos, massas, etc. Exemplo: Simpesse100: 23% proteína de soro de leite 17% de carboidratos 2% de gordura 1 porção de margarina: 36kcal 1 porção de margarina c/ simplesse: 8kcal • Substitutivos a base de carboidratos: - Reduzem de 1 a 2kcal/g no produto final - Carboidratos mais utilizados: Gomas. dextrinas, amidos, modificados, polidextrose, celulose microcristalina. 2.1- Amidos modificados e dextrinas: - Amido parcialmente degradado ou modificados quimicamente - Fontes: trigo, milho, mandioca, batata, aveia, arroz, etc. Fornecem 4 Kcal/g. São digeridos normalmente • Hidrocoloides não amiláceos: Polidextrose: Polímero ramificado de glicose - Espessante e umectante, usado na panificação, na produção de chicletes, confeitos, recheios, molhos, sobremesas, gelatinas, pudins e balas. - A polidextrose é parcialmente absorvida (5-10%) e pode ter efeito laxativo Gomas: Hidrocoloides de cadeia longa e alto p.m. dispersam-se em água formando géis. Aumentam a viscosidade e estabilizam emulsões Ex: Carragenana, xantana, alginatos, goma guar, pectina, etc. • Triglicerídeos de Cadeia Média (TCM): - Utilizado para pessoas com disfunções na absorção de lipídios. Fonte: Óleo de copra Propriedades: Baixa tendência a se acumular no tecido adiposo, utilizado a temperaturas relativamente altas, tendo um valor calórico inferior ao de um TAG normal. - São insípidos, inodoros, incolores e resistentes à oxidação (Não possui ligação insaturada). Lipídios estruturados: TCM Interesterificado com ácido graxo de cadeia longa Ex. caprenin TAG formando dos ác. Graxos caprílico, cáprico e behênico. • Misturas funcionais • Substitutivos sintéticos: Similares à gordura, resistentes à hidrólise enzimática (funciona como fibras) e zero calorias. 6.1 - Substituição do glicerol por álcool faz com que as enzimas não consigam digerir o novo AG formado. 6.2- Ésteres de poliglicerol 6.3 - Reversão da ligação éster: O glicerol substituído por ácidos poli carboxílicos, aminoácidos ou outra estrutura ácida poli funcional. 3. Reações de lipídios: Hidrogenação: Injeta-se hidrogênio juntamente com um catalizador para desfazer as ligações duplas para formar uma gordura Saponificação: Em maio básico, ocorre a quebra da ligação entre os ácidos graxos e o glicerol, formando sais de sólido e glicerol livre. - Os sabões tem a propriedade de formar micelas, porque fica a parte polar pra fora (sódio), que interage com a água e a parte apolar pra dentro. Dessa forma, conseguimos solubilizar óleo em água. Hidrólise enzimática: Quebra dos ácidos graxos formando ácidos graxos livres, causando alterações sensoriais Rancificação: Envolvem os ácidos graxos insaturados e o oxigênio molecular. Quando esses AG são expostos ao oxigênio, desencadeiam reações, na presença de catalizadores, formando hidroperóxido, causando reações em cadeia que formarão radicais livres, que interagem com os lipídeos, quebrando-os formando aldeídos, álcoois, etc. Esse processo causa o ranço oxidativo, que leva a alterações drásticas nas características sensoriais do alimento. 4. Análise de lipídios: a) quantificação de lipídios totais: - Extração com solvente apolar Métodos: Soxhlet, método Gerbher, Método de Blygh e Dyer e método de Folch. b) Quantificação de ácidos graxos: Diferencia gordura saturada, insaturada e trans Soxhlet: No aparelho de soxhlet, colocamos o alimento em um cartucho, geralmente de celulose e o éter. o aparelho tem uma chapa aquecedora, que vai aquecendo o éter fazendo com que ele evapore e passe por um condensador. Ao passar pelo condensador, o éter precipita onde está o alimento, extraindo os lipídeos. Esse processo é feito repetidamente por 6 a 12 horas. Como os lipídios não são voláteis, eles vão se acumulando no balão. No final, fazemos a secagem do balão e o que restar são os lipídios totais. Método de Gerbher: Utilizado para leite e derivados - Fazemos um tratamento da amostra com ácido sulfúrico para quebrar as proteínas e separa-las dos lipídios, porque o leite tem uma emulsão muito estável de ptns com lipídios. - Em seguida, aquecemos e centrifugamos, os lipídios vão separar do restante dos componentes e ficarão visivelmente destacados. - A medição é feita diretamente no aparelho onde foi centrifugado (butirômetro) Método de Blygh Dyer: - Feita a frio, utilizando uma mistura de solventes - Agitação para extrair os lipídios e adição de água, separando as fases, ficando clorofórmio e gordura. - Retiramos a porção que contém água e metanol, evaporamos o clorofórmio e o que restar é a gordura da amostra Método de Folch: Extração a frio com clorofórmio e metanol - Muito utilizado para carnes e derivados e preserva os lipídios para outras análises - Ocorre a separação de fases, retiramos a fase aquosa e evaporamos o clorofórmio para se obter os lipídios Análise de ácidos graxos: - Fazemos primeiro a extração a frio de todos os lipídios da amostra - Em seguida, fazemos uma hidrólise alcalina, separando os ácidos graxos ligados - Fazemos então uma esterificação com HCL e Metanol, criando um éster de ácido graxo. - Fazemos a cromatografia gasosa, utilizando um cromatógrafo a gás. 5. Consumo de lipídios O excesso de lipídios que o ser humano ingere, causa obesidade, colesterol elevado, complicações cardiovasculares e doenças degenerativas. A recomendação do consumo de lipídios é de 15 a 30% do total da ingestão calórica. - Já a falta de lipídios, pode causar dermatite, uma sensação de frio atenuada, a diminuição na produção de alguns hormônios, o comprometimento no revestimento da célula nervosa e a diminuição na produção de vitaminas lipossolúveis. Fibras nos alimentos: 1. Introdução: Hipócrates recomendava dietas com elevado conteúdo de fibras devido ao efeito laxativo benéfico desse macronutriente, em 500 a.C. - No final do século XIX e início do século XX ocorre a industrialização dos alimentos, a qual se caracteriza, em muitas vezes pelo descarte da parte fibrosa dos alimentos. - Atualmente, sabemos que as fibras interferem beneficamente no funcionamento do sistema digestivo. Efeitos: - Fermentação no intestino grosso, aumentando a motilidade intestinal, modulando o PH do cólon e produzindo substâncias com funções fisiológicas - Diminui a concentração de componentes tóxicos no lúmen do cólon - Reduz o colesterol, a glicose, o peso e o nível de proteína C reativa. - Diminui os riscos de doença coronariana, hipertensão, obesidade, diabetes, câncer de cólon entre outras 2. Definições: Krause: Compostos de origem vegetal não disponíveis como fonte de nutrientes Adolfo Lutz, 2005: Carboidratos e lignina que não são digeridos pelo intestino delgado humano AACC, cereal foods World: A fibra dietética são as partes comestíveis das plantas ou carboidratos análogos que são resistentes à digestão e absorção no intestino delgado humano com fermentação completa ou parcial no intestino grosso. Codex alimentarius: Polímeros de carboidratos derivados de dez ou mais unidades monoméricas que não são hidrolisados pelasenzimas endógenas no intestino delgado ANVISA: Qualquer material comestível que não seja hidrolisado pelas enzimas endógenas do trato digestivo humano 3. Composição química e propriedade das fibras: - Polissacarídeos: Celulose, hemicelulose, b-glicanos, pectinas, gomas e mucilagens - Lignina - Outros compostos Origem das fibras: - Parede celular dos vegetais: Polissacarídeos não-amiláceos (celulose, hemicelulose) e lignina - Material intracelular: Algumas hemiceluloses e pectinas - Secreções vegetais: Gomas e mucilagens - Algas: ágar, alginato, carreganato - Origem animal: Quitina, quitosana, colágeno e condroitina 3.1. Fibras insolúveis: Celulose: Polissacarídeo, de alto peso molecular, com cadeia linear formada por moléculas de glicose (300 a 15000) unidas por ligações b (1-4) - É o principal constituinte estrutural da parede celular dos vegetais. Hemicelulose: Heteropolímero de Glicose, manose, xilose, galactose e ácido glicurônico - Peso molecular varia entre 25000 e 35000 - Associada à celulose e à lignina nos tecidos vegetais Quitina - Quitosanas: Amidopolissacarídio ligações b 1,4 - Quitosana é um produto desacetilado da quitina 3.2. Fibras Solúveis: Pectina: Polímero ácido galacturonico, encontrada nos frutos. - Estrutura básica, cadeias lineares de ácido poli - 1,4-a-D-galacturônico. - Elevado peso molecular - Absorvem água e formam gel amplamente utilizada na indústria de alimentos. - As pectinas podem conter açúcares neutros (principalmente D-galactose, L-arabinose e L-ramanose) ligados aos resíduos do ácido galacturonico. Grupos hidroxílicos podem ser acetilados. Gomas: - Polissacarídeos complexos não são componentes da parede celular, são habitualmente destinados à reparação de áreas lesadas nos vegetais. - Composição heterogênea: Longas cadeias de ácido urônico, arabinose, galactose, glicose, manose ou xilose. b-glicanos: Polímeros lineares da parede celular formados por unidades de glicose unidas entre si por ligações e em proporções definidas. Quanto maior o número de ligações mais linear o polímero e menor a solubilidade. Gomas e mucilagens: Semelhantes à pectina, exceto porque suas unidades são formadas por ligações de galactose e polissacarídeos Fontes: Secreções vegetais e sementes Oligofrutose: Composta de 2 a 60un de frutose ligação e um resíduo de glicose no final da cadeia Oligofrutose sintética: Composta 2 a 8un de frutose ligação com ou sem resíduo de glicose no final da cadeia. USDA: Não incluem inulina, Oligofrutose e FOS como fonte de FA (frutanas solúveis em etanol). - Embora resistente às enzimas do trato gastrointestinal, as fibras alimentares podem ser parciais ou totalmente degradadas pela flora microbiana. - Pectinas, mucilagens, certas gomas e a maior parte da hemicelulose: Podem ser quase completamente degradadas - Celulose: Parcialmente digerida (6-50%) - Lignina: Resiste à degradação bacteriana, sendo quase que totalmente recuperada nas fezes. 4. Análise de fibras alimentares: - Fibra bruta - Fibra detergente ácido - Fibra alimentar total: Solúvel e insolúvel Métodos: 4.1. Fibra Bruta (método Weende): É o resíduo orgânico dos alimentos após a eliminação da água e dos lipídios e hidrólise à quente com ácidos e álcoois diluídos. - Inclui basicamente celulose e lignina (fibras insolúveis). 4.2. Método fibra detergente ácido (FDA): Em uma amostra seca e moída, aplica-se detergente ácido por 60 minutos. Após o período, filtrar e lavar em água quente e depois em acetona, para retirar os componentes solúveis. Após esse processo, secamos a amostra e pesamos em seguida. Dessa forma, extraímos a FDA (celulose, lignina, minerais, taninos e parte da pectina) 4.3. Fibra por detergente neutro (FDN): Aplicável para grãos e cereais Em uma amostra seca e moída, aplicamos detergente neutro por 60 minutos. Após o período, filtrar e lavar em água quente e acetona, retirando a porção solúvel. Após esse processo, secar e pesar. o resultado vai indicar a FDN (celulose, hemicelulose e lignina) 4.4. Determinação da FA (método enzimático gravimétrico): - Se o alimento tiver um teor alto de lipídios, deve-se desengordurar a amostra primeiro. - Tendo a amostra menos de 10% de lipídios, começamos a medição. - Fazemos um tratamento com alfa amilase termoestável por 15 minutos. Nessa etapa hidrolisamos todo o amido da amostra. - Em seguida, fazemos um tratamento com protease, para hidrolisar as proteínas. - Em seguida, tratamos com amiloglicosidase para terminar de digerir o amido, liberando glicose e manose → A partir daqui, começamos a tratar para se obter as fibras - Tratamos com etanol 95%, depois filtramos e pesamos o resíduo. - Nesse resíduo, determinamos o tanto de minerais (cinzas) e proteínas e dessa forma temos a fibra alimentar total - Fazemos uma filtração, o que fica retido no filtro é a fibra insolúvel - O que passa pelo filtro vai ser tratado com etanol 95% a 60°, precipitando a fibra solúvel → Em todos os casos, determinamos fibras e proteínas, o que sobra é fibra Erros possíveis nesse método: - Preparo da amostra: Se a amostra não for bem moída, pode ser que as enzimas não ajam por completo. - Amido resistente - Proteína residual (associada as fibras) - Correção dos minerais - Filtração Métodos químicos: - Separação dos componentes da fibra - Hidrólise dos polímeros - Determinação espectrofotométrica - Cromatografia (HPLC)
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