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– ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto Introdução: “Aparelhos destinados a substituir um ou mais dentes ausentes e que podem ser removidos da boca pelo paciente ou profissional.” Todescan,2006. • Prótese: reposição dos tecidos ausentes; • Parcial: um ou mais dentes e estruturas adjacentes; • Removível: permite ser removida pelo paciente. Objetivos: • Restaurar a eficiência mastigatória; • Restaurar a fonética; • Restaurar a estética; • Proporcionar conforto ao paciente; • Integrar-se ao sistema estomatognático; • Preservar os tecidos remanescentes. KLIEMANN,1999; KAISER, 2002. Indicações: • Extremidades livres uni ou bilaterais -> rebordos que possuam a ausência de dentes posteriores. • Espaços protéticos pequenos ou extensos. • Espaços múltiplos: • Dentes com suporte periodontal reduzido. • Perda óssea excessiva (devolvendo suporte ósseo). • Necessidade de substituição imediata de dentes (PPR provisória – colocada logo após a extração de elementos dentários). • Osseointegração de implantes (período de cicatrização dos implantes – PPR provisória). • Pacientes com fissura palatina (prótese bucomaxilo facial – Prótese obturadora: tem o objetivo de fechar uma comunicação). • Próteses temporárias e orientadas em reabilitações orais (protéses provisórias que podem servir de guia na reabilitação oral). • Questão econômica (principal fator responsável pela PPR ainda existir). Custo único, independente da quantidade de dentes que foram perdidos Vantagens e desvantagens: Vantagens: • Mínimo preparo dos dentes; • Higinienização (mais fácil); • Rapidez na execução; • Baixo custo. Mezzomo et al., 2007. Desvantagem: • Estética – presença de grampos metálicos no sorriso. Mezzomo et al., 2007. Kliemann e Oliveira, 1999 Todescan, 2006 Kliemann e Oliveira, 1999 Todescan, 2006 Kliemann e Oliveira, 1999 Todescan, 2006 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto Elementos constituintes da PPR: • Apoio: são os componentes da prótese parcial removível que têm como função principal a transmissão adequada das cargas mastigatórias aos dentes-suportes, além de impedirem o deslocamento da prótese no sentido oclusogengival. • Grampos ou retentores: são os principais elementos responsáveis pela retenção da prótese parcial removível, evitando que ela se desloque durante a função. • Conector menor: é a parte da prótese parcial removível que une os grampos à sela ou ao conector maior. • Conector maior: unem os elementos localizados de um lado a outro da arcada. • Sela: parte da prótese que serve de base para a montagem dos dentes artificiais, e tem como função a transmissão da força mastigatória ao rebordo residual. • Dentes artificiais: elementos artificiais da prótese utilizados para repor estética e funcionalmente os dentes perdidos. . Transmissão da carga mastigatória: A PPR é indicada para arcadas parcialmente desdentadas. Nas porções edêntulas, o osso alveolar é reabsorvido e revestido por fibromucosa. As cargas serão transmitidas ao osso alveolar. E elas podem ser transmitidas pelos dentes e/ou pela mucosa. Quando o paciente mastiga o alimento, essa transmissão da carga vai ser a responsável por levar os esforços mastigatórios para o osso. Sempre o receptor final dessas forças será o osso. Classificação biomecânica: Essa classificação considera a via de transmissão das cargas mastigatórias ao tecido ósseo. É a forma com que os esforços mecânicos serão transmitidos pela PPR às estruturas biológicas. • Dentossuportada: a transmissão das cargas ocorre por via dental (próteses fixas e próteses parciais removíveis unilaterais, com dentes adjacentes ao espaço edêntulo). Cargas mastigatórias incidem sobre dentes artificiais e são transmitidas ao tecido ósseo pelos dentes suportes. Nesse caso, é necessário a presença de um dente anterior e outro posterior à área desdentada, são responsáveis por dar suporte a prótese. A sela, nesse caso não se movimenta quando o paciente morde. • Dentomucossuportada: as cargas mastigatórias que incidem sobre dentes artificais serão transmitidas ao tecido ósseo pelos: dentes suportes e fibromucosa. Nesse caso, não há dentes posteriores para o apoio, apenas fibromucosa. Presença somente de dente anteriormente a área endêntula. Exige uma biomecânica mais complexa. Essa prótese, possui uma pequena movimentação – uma alavanca (desce um pouco e volta quando o paciente faz força), pois a fibromucosa é resiliente, tem a capacidade de se deformar e voltar ao seu estado original. Os elementos mecânicos responsáveis pela retenção, suporte e estabilidade da prótese parcial removível em relação aos dentes pilares são os retentores. Na PPR, é necessário fazer um estudo do modelo de gesso antes mesmo de confeccionar a prótese, para avaliar como ela vai se encaixar e desencaixar na boca do paciente. – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto • Mucossuportadas: são próteses onde a transmissão das cargas é realizada via mucosa, como, por exemplo, as próteses totais e as temporárias. As cargas mastigatórias incidem sobre os dentes artificiais e são transmitidas ao tecido ósseo pela fibromucosa. Nesse caso, toda a prótese fica encostando na mucosa. Essa prótese, não deve ser utilizada por muito tempo. Pelo fato de ficar totalmente apoiada na mucosa e pela falta dos grampos metálicos, ela tranfere todas as forças para a fibromuccosa, traumatizando o tecido ósseo. O que ocasiona um grau de reabsorção óssea muito grande. Já na prótese total, as forças são melhor distribuídas e não há reabsorção óssea como na temporária. • O tecido duro possui um grau de resiliência nos ligamentos periodontais de 0,1 mm. Quer dizer que, o ligamento periodontal consegue entrar no alvéolo e sair (movimentando o dente), realizando um amortecimento. • Na fibromucosa, o amortecimento é muito resiliente, muito grande: varia de 0,2 a 2 mm (20 x maior). Então, durante o movimento, a prótese entra bastante na mucosa. Classificação topográfica: Essa classificação considera a distribuição dos dentes remanescentes e dos espaços desdentados. Deve ser considerada para quando se deseja fazer uma PPR. – • Classe I: desdentado posterior bilateral. Ausência de dentes pilares posteriores em ambos os lados da arcada. Nesse caso, não se considera o número de dentes e sim os espaços desdentados. Exemplo: se houver a perda de apenas dois molares dos dois lados, ainda será classe I, pois esta classificação independe do número de dentes. • Classe II: desdentado posterior unilateral. Ausência de dente pilar posterior em um dos lados da arcada. Classe I 1 lado da arcada Classe II 2 lados da arcada Associação para memorizar as definições. As classes I e II possuem uma relação inversa. Dentossuportada Dentomucossuportada As forças são direcionadas para o longo eixo dos pilares Forças iniciais são direcionadas ao longo eixo dos pilares. Força é transmitida através dos tecidos periodontais. Diferenças no suporte entre dentes e tecido mole gera força fora do longo eixo. Essa classificação só deve ser levada em consideração para áreas que vão ser reabilitadas. Quando há falta dos terceiros molares, por exemplo, eles só devem ser incluídos na classificação, se houver a intensão de serem reabilitados. – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto • Classe III: espaço protético intercalar. Apresenta dente ou dentes pilares posteriores. • Classe IV: espaço protético anterior. Mas, é necessário que esse espaço cruze a linha média(ou seja, obrigatoriamente precisa haver a falta dos dois incisivos centrais). Se houver uma área edêntula na região anterior sem ultrapassar a linha média, não será clase IV. Regras de Applegate (1954): Essas regras foram criadas para demistifcar as arcadas que possuem várias regiões edêntulas com classificações diferentes. 1. Classificação deve ser realizada após o preparo de boca (dentes que precisam ser extraídos). Paciente classe II Após extração: classe I 2. Terceiro molar ausente sem previsão de substituição (sem necessidade de reabilitação) não será considerado. 3. Terceiro molar é considerado na classificação quando presente e quando for prevista a utilização dele como um pilar. 4. Segundo molar ausente sem previsão de substituição (sem necessidade de reabilitação – quando o antagonista está ausente), não será considerado. Sem o antagonista, ele não tem com quem “morder”, então não é necessário incluí-lo na reabilitação. Na arcada superior há a presença de um segundo molar de um dos lados e no outro lado não há segundo molar. Porém, na arcada inferior não há o dente antagonista que corresponde ao segundo molar que está faltando em cima, então não é necessário incluir na prótese o segundo molar superior do lado que está faltando. Se houver a ausência do segundo molar superior e inferior. O paciente Vai fazer uma PPR para a arcada superior, e não vai fazer na inferior (pois ele possui todos os dentes, menos o segundo molar. Nesse caso, não é necessário acrescentar o segundo molar na prótese da arcada superior, se ele não vai morder com ninguém. – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto Nesse caso, não é necessário fazer uma PPR para a arcada inferior só por conta da ausência do segundo molar. Pois, ele não possui um antagonista, então não adianta, ele ficará sem função. Nessa situação, será necessário colocar o segundo molar na prótese da arcada superior, pois há presença de um segundo molar na arcada inferior. 5. Áreas edêntulas posteriores determinam a classificação; 6. Áreas edêntulas adicionais são denominadas modificações (formato arábico); 7. A extensão da área edêntula não interfere e sim a quantidade de áreas edêntulas. 8. A classe IV não permite modificações. Se houver uma modificação, trata-se de uma classe III + modificação. A área edêntula mais posterior determina a classificação. Considerações finais: Portanto, fica claro a importância de realizar a classificação. Ela reune situações clínicas semelhantes e tem como objetivos: • Comunicação profissional -> profissinal e profissinoal-> paciente; • Finalidade didática; • Facilita o planejamento. Referências: Volpato et al,2012 Aula teórica de Reabilitação Oral (fundamentos da prótese). Faculdade Maurício de Nassau, Odontologia, 2021. As classes sempre devem ser dadas em algarismo romano e as modificações adicionais devem ser dadas em algarismo arábico. As modificações correspondem à quantidade de áreas edêntulas que aparecem a mais (sem incluir a área utilizada para determinar a classe). • Geralmente, as classes III e IV são dentossuportadas; • E as classes I e II sempre são dentomucossuportadas
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