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Cuidados paliativos C O N T R O L E D A D O R A dor é uma sensação emocional ou sensorial desagradável, sendo subjetiva e pessoal, ou seja, não depende apenas da quantidade de tecido lesado, como também de outros fatores desagradáveis que possam estar incomodando o paciente (dor total - Cicely Saunders). A avaliação adequada da dor depende de uma ANAMNESE DETALHADA e de um EXAME FÍSICO ADEQUADO, sendo importante destacar e perguntar os sete atributos da dor (localização, irradiação, caráter, intensidade, duração, desencadeante, fatores de agravo e de alívio). DOR AGUDA: Início súbito, geralmente de forte intensidade, relacionada com lesões identificáveis, com alterações de sianis vitais (alterações neurovegetativas) e expressão facial. DOR CRÔNICA: duração maior que três meses, podendo repercutir para a vida diária do paciente, é mal delimitada no tempo e no espaço com evolução e intensidade variável. DOR INTERMITENTE: é um quadro pontual que surge em intervalos regulares. DOR EPISÓDICA - breakthrough: exacerbação de quadro estável e controlado, relacionado com situação específica. NOCICEPTIVA: ativação de nociceptores. Somática: localizada, latejante, em pressão. Piora com movimentos e melhora com repouso. Pós-operatória, metastáses, osteoartrose. Visceral: difusa, em cólicas ou em aperto. Pode se relacionar com outros sintomas (náuseas, sudorese, palidez). Dor de compressão, infiltração ou distensão de vísceras. NEUROPÁTICA: lesão de sistema nervoso periférico ou central, podendo seguir o caminho de algum nervo. Frequentemente não é aliviada com opioides, sendo necessário o uso de analgésicos. Central: deaferentação (membro fantasma) ou disfunção autonômica. Periférica: polineuropatias ou mononeuropatias. Pela boca - analgésicos e opioides VO, sempre que preferível, pois é mais fácil e menos invasivo. Pelo relógio - manter doses fixas dos medicamentos, de acordo com seus tempos de ação, principalmente nos casos de dores crônicas. Pela escada - dores leves (analgésicos e AINES), dores moderadas (opioide fraco + analgésico/AINE) e dores fortes (opioides fortes + analgésicos). Pelo indivíduo: a escolha deve ser de acordo com a sensação de cada paciente. Uso de adjuvantes - melhora da analgesia, diminuição de efeitos colaterais ou de sintomas psiquiátricos. Atenção aos detalhes - dar instruções precisas e entendíveis de forma oral e escrita ao paciente e seu cuidador. ANALGÉSICO NÃO OPIOIDE: possuem um efeito teto, a partir do qual o aumento da dose não resultará em melhora dos sintomas. Se adicionados a opioides provocam um efeito dose-excedente que possibilita a administração de doses menores dos opioides. Podem ser os analgésicos simples (dipirona, que é mais usada e paracetamol ou os AINES, cuidar os efeitos adversos relacionados). OPIOIDES: agem em receptores centrais e não tem teto de ação, a dose pode ser aumentada conforme a tolerância do paciente. FRACOS: Tramadol: VO e parenteral. Possui 1/10 da potência da morfina, gera menos constipação. VO 200-400 mg de 4/4h ou 6/6h. Codeína: Somente VO, 1/10 da potência da morfina, gerando os mesmos efeitos adversos. VO 30-120 mg de 4/4h. FORTES: Morfina: boa absorção VO, pode ser EV também. Sua administração deve ser feita em intervalos de 4 horas para exercer efeito adequado. 5-10 mg de 4/4h, aumentando conforme necessário. A dependência é um caso raro, devendo ser instruído aos pacientes que não parem abruptamente o tratamento. A depressão respiratória não classificação temporal 1. 2. 3. 4. classificação fisiopatológica: 1. a. b. 2. a. b. Princípios do controle da dor - OMS: 1. 2. 3. 4. 5. 6. Medicações: 1. 2. a. i. ii. b. i. Não se associa opioides fracos e fortes. Deve ser dada atenção aos efeitos colaterais como náuseas e constipação, muitas vezes, sendo útil prescrever laxativos junto com o opioide. ocorre em pacientes que fazem o uso crônico. ii. Fentanil: possui meia-vida curta e está disponível como adesivo para pacientes com dor crônica, devendo ser trocados a cada 72 horas. iii. Metadona: boa absorção VO, com meia-vida variável, o que torna difícil seu uso. iv. Oxicodona: similar à morfina, podendo causar menos efeitos colaterais como sedação, náuseas, delírios, porém, mais constipação. VO 10-20 mg de 4/4h. v. Buprenorfina: de 25 a 40 vezes mais potente que a morfina, na forma de adesivos, que podem ser trocados a cada sete dias, por isso, só deve ser usada em pacientes com dores muito bem controladas. 3. ANALGÉSICOS ADJUVANTES: podem ser antidepressivos, anticonvulsivantes, anestésicos locais, antiespasmódicos e corticoides. OBSERVAÇÕES:
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