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Periodontia - Antibióticos Sistêmicos X Locais Sem os cuidados necessários, a gengivite pode evoluir para a periodontite, uma forma mais grave da doença que compromete todos os tecidos ao redor do dente (periodonto) que promovem sua sustentação, provoca reabsorção óssea, retração da gengiva e, consequentemente, mobilidadade e perda dos dentes. Periodontia - Antibióticos • • • Doença Periodontal � 1 Sistêmicos X Locais • Doença Periodontal - Infecçao bacteriana crônica que afeta os - Infecção bacteriana crônica que afeta os periodontos de proteção e/ou de sustentação. - Gengivite e Periodontite são infecções sérias que, se não tratadas, podem causar a perda dentária. • TERAPIA PERIODONTAL - Impede a progressão do biofilme bacteriano para os tecidos periodontais de suporte, evitando perda de inserção periodontal e destruição desses. PROCEDIMENTOS TERAPÊUTICOS � Convencionais; � Complementar antibiótico. � Convencionais: - Instrução de higiene oral e a eliminação de fatores de retenção de placa; - Intervenção mecânica como; raspagem e alisamento radicular, para remoção do biofilme bacteriano e do cálculo dentário. Associado ou não a cirurgia periodontal. - Cirurgia periodontal TERAPIA COMPLEMENTAR ANTIBIÓTICA RECOMENDAÇÕES: • Pacientes com periodontite agressiva; • Infecções periodontais agudas ou severas (abscesso periodontal, gengivite/periodontite necrosante aguda); Atenção • • • Nesses casos, a inflamação da gengiva progride e determinadas substâncias presentes na saliva fixam-se na placa bacteriana intensificando o processo inflamatório e criando condições favoráveis para a formação da bolsa periodontal, que afasta a gengiva dos dentes, favorece a contaminação por bactérias e o desenvolvimento de tártaro (cálculo gengival). A endorcadite bacteriana é uma complicação grave da periodontite. Estudos mostram que as bactérias instaladas nas bolsas periodontais podem disseminar-se na corrente sanguínea, alojar-se nas válvulas cardíacas e comprometer a circulação do sangue e o funcionamento do coração Periodontia - Antibióticos • • • Doença Periodontal � 2 • Profilaxia antibiótica em pacientes sistemicamente comprometidos. FATORES A SEREM CONSIDERADOS NA TERAPIA ANTIBIÓTICA PERIODONTAL: •Droga: Dose correta do agente antimicrobiano na bolsa periodontal não devendo exceder as concentrações necessárias para eliminar os patógenos. Também deve ser considerados os tipo, e mecanismo de ação do agente; • Hospedeiro: Condição local e sistêmica de sistêmica. • Microrganismos: No mínimo 500 espécies bacterianas podem ser identificadas dentro da bolsa periodontal; Porém um número relativamente pequeno dessas espécies têm sido associadas com a periodontite progressiva; Microrganismos específicos causam doença periodontal destrutiva; A maioria dessas bactérias putativas são indígenas a cavidade oral humana; Entretanto pode estar presentes nas bolsas periodontais possíveis organismos super infectantes (bacilos entéricos gram negativos, pseudomonas, estafilococos, leveduras). • Estágio doença periodontal: Inicial, moderado e avançado. A TERAPIA COMPLEMENTAR ANTIBIÓTICA PODE SEGUIR DUAS CONDUTAS: � Terapia antibiótica Sistêmica; VANTAGENS • Os antimicrobianos sistêmicos podem penetrar nos tecidos periodontais pela corrente sanguínea e atingir patógenos que tenham invadido estes tecidos; • Possuem amplo campo de ação, atingindo micro-organismos que tenham colonizado língua, tonsilas, saliva e outros sítios bucais, evitando assim uma possível reinfecção; • Erradicam espécies como P. gingivalis e A. Actinomycetemcomitans, que são periodontopatógenos que muitas vezes não são eliminados na terapia convencional. ADMINISTRAÇÃO DE ANTIBIÓTICO :É necessária uma abordagem conservadora e seletiva em relação a terapia antibiótica periodontal Periodontia - Antibióticos • • • Doença Periodontal � 3 MOTIVOS DE CAUTELA QUANTO AO USO • O uso indiscriminado de antibióticos é considerado contrária à boa prática clínica; • Pode causar um crescimento excessivo de patógenos resistentes; • Pode, desnecessariamente, permitir o aumento de quantidade bactérias resistentes aos antibióticos que são valiosos em infecções sistêmicas potencialmente fatais; • Possíveis efeitos colaterais; • Incerteza da colaboração do paciente; • Alguns medicamentos de uso sistêmicos apresentam algumas limitações da efetividade, por fatores como a inabilidade de alcançar e manter concentrações terapêuticas no fluido gengival. � Terapia antibiótica Local; Agentes farmacológicos aplicados localmente na terapia periodontal, que visam atingir bactérias residentes no interior da bolsa após procedimentos de raspagem dental e aplainamento radicular. REQUISITOS PARA APLICAÇÃO LOCAL DE AGENTES FARMACOLÓGICO DE ACORDO COM GOODSON (1989) • O medicamento deve alcançar um apropriado raio de ação; • Deve permanecer em adequada concentração no interior da bolsa; • Permanecer no interior da bolsa por tempo suficiente. MECANISMOS DE LIBERAÇÃO DE DROGAS LOCAIS VANTAGENS DO USO DA TERAPIA ANTIBIÓTICA LOCAL: • Pode ser baseada no caráter sítio-específico da doença, dessa forma pode se obter uma alta concentração da droga nesses sítios, com a ocorrência mínima de efeitos sistêmicos; • Menor risco de reações adversas da droga; Periodontia - Antibióticos • • • Doença Periodontal � 4 • Certeza da administração adequada de droga no local, independendo da conduta do paciente; • Sistema local de liberação controlada produz a manutenção das concentrações constantes e que perduram por mais tempo que outros sistemas, garantindo elevada eficácia do fármaco no local da ação, além de permitir que a dosagem seja mantida em baixo nível, reduzindo o risco de efeitos adversos e a possibilidade de resistência bacteriana. FATORES NEGATIVOS DO USO DA TERAPIA ANTIBIÓTICA LOCAL: • Dificuldade da aplicação de agentes terapêuticos em partes mais profundas das bolsas periodontais e áreas de furca; • Incapacidade de eliminar lesões da cavidade oral em geral; • Pequeno campo de ação da droga. CONSIDERAÇÕES FINAIS � Antimicrobianos devem ser usados como coadjuvantes de raspagem e alisamento radicular; � Deve-se primeiro eliminar ou desorganizar mecanicamente o biofilme e se não houver um resultado positivo com a terapia convencional daí então iniciar o tratamento com a terapia antibiótica; � O profissional deverá analisar uma série de fatores como; - campo de ação -seletividade microbiana - mecanismo de aplicação - efeitos adversos- condição sistêmica do paciente - estágio da doença- condições financeiras; � Após a análise, adotar uma conduta satisfatória diante da especificidade de cada caso; Periodontia - Antibióticos • • • Doença Periodontal � 5 Essa má higienização provoca a princípio uma irritação gengival, que pode se transformar numa inflamação (a gengivite) e em casos mais sérios numa infecção (a periodontite) que pode atingir até mesmo o osso onde o dente fica fixado causando o seu amolecimento. De acordo com o artigo cientifico: Diretrizes para a utilização adjunta da antibioticoterapia sistêmica no tratamento das doenças periodontais - Innov. Implant. J., Biomater. Esthet. (Online) vol.5 no.2 São Paulo Mai./Ago. 2010 O tratamento das infecções periodontais baseia-se na supressão dos fatores etiológicos primários. As técnicas de raspagem e alisamento radicular são conhecidamente efetivas para tratar as diversas formas de periodontite. Entretanto, existem condições clínicas específicas nas quais somente a terapia mecânica não é capaz de eliminar os periodontopatógenos. Nestes casos, a natureza infecciosa das doenças periodontais, o reconhecimento de que limitado número de microorganismos podem estar associados com a doença e que a permanência e/ou recolonização por esses patógenos estáassociada à pior resposta ao tratamento periodontal formam as bases para a indicação dos antibióticos sistêmicos no tratamento das doenças periodontais. Diversos antibióticos, isolados ou em associação, têm sido usados localmente ou sistematicamente com essa finalidade. O uso sistêmico, ao contrário do local, promove a penetração da droga nos tecidos periodontais permitindo atingir patógenos inacessíveis à instrumentação mecânica e aos antibióticos locais e suprime patógenos em sítios não relacionados ao dente, prevenindo a reinfecção dos sítios tratados. Periodontia - Antibióticos • • • Doença Periodontal � 6 Vários trabalhos têm mostrado efeitos benéficos da antibioticoterapia sistêmica adjunta. Foi analisada a utilidade dos antibióticos sistêmicos comumente usados no tratamento das doenças periodontais e apesar da grande diversidade entre os estudos concluiu-se que a antibioticoterapia sistêmica adequadamente prescrita pode levar a notável resposta clínica na periodontite agressiva e que esse valor para periodontite crônica não é tão claro. A combinação metronidazol/amoxicilina deve ser a primeira escolha de antibioticoterapia na periodontia, principalmente quando não for possível a realização de teste de suscetibilidade microbiológica. Diante da diversidade e heterogeneidade dos estudos, em relação ao tipo e gravidade da doença avaliada, ao modelo do estudo, a droga ou associação de drogas utilizadas, a dosagem, duração, momento de administração, variáveis analisadas e as diferentes respostas clínicas obtidas, muitas dúvidas ainda existem na prática clínica diária a respeito do uso dos antibióticos sistêmicos. Diante desse contexto, o objetivo do presente estudo é, por meio de uma revisão de literatura, apresentar uma análise crítica do papel dos antibióticos no tratamento periodontal com a finalidade de tentar esclarecer dúvidas clinicamente importantes quanto ao seu uso na prática diária. CONCLUSÃO A decisão pelo uso dos antibióticos deve ser embasada por um bom entendimento dos princípios da terapia antibiótica, considerando os benefícios e efeitos indesejáveis e limitando seu uso a casos onde a indicação tenha sido completamente validada. Essa indicação parece clara em casos de periodontite agressiva, doenças periodontais não responsivas ao tratamento convencional, associadas aos fatores de risco ou em casos de lesões agudas com envolvimento sistêmico. Há fortes evidências na literatura favorecendo a associação amoxicilina e metronidazol, embora não haja um consenso acerca da melhor dosagem e tempo de uso que levem aos benefícios clínicos e microbiológicos da antibioticoterapia. Entretanto, parece que o melhor momento de administrá-los é na terapia básica durante os procedimentos de RAR. O conhecimento sobre a segurança da terapia antibiótica periodontal está crescendo rapidamente, mas muitos aspectos importantes da escolha da medicação, modo de administração, dosagem e tempo de uso precisam ser determinados para que os benefícios almejados sejam obtidos com diminuição dos efeitos adversos indesejáveis.
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