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PSS - Normas operacionais básicas

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Ana Laura Octávio - TXXII 
 
NORMAS OPERACIONAIS BÁSICAS DO SUS 
INTRODUÇÃO 
- Com as leis orgânicas, o SUS recebeu e oficializou toda uma estrutura e organização. 
Todavia, mostrou-se necessária a criação de normas para que seus princípios éticos e 
doutrinários fossem, de fato, colocados em prática. 
- Dessa forma, as normas operacionais básicas têm como objetivo de regulamentar 
completamente o sistema SUS, buscando implementar três questões: 
• Financiamento. 
• Responsabilidade de gestão. 
• Organização da assistência à saúde. 
 
NORMAS OPERACIONAIS BÁSICAS (NOBs) 
- DEFINIÇÃO → instrumentos normativos com o objetivo de regular a transferência de 
recursos financeiros da união para estados e municípios, o planejamento das ações de 
saúde, os mecanismos de controle social, dentre outros. 
- ADENDO: instrumento jurídico institucional editado periodicamente pelo ministério da 
saúde, após amplo processo de discussão com os demais gestores (CONASS e 
CONASEMS) e outros segmentos da sociedade, negociado e pactuado na tripartite e 
aprovado no Conselho Nacional de Saúde – CNS. 
 
- Principais normas operacionais: 
• Janeiro/1991: NOB-SUS 01/91. 
• Fevereiro/1992: NOB-SUS 01/92. 
• Maio/1993: NOB-SUS 01/93. 
• Agosto/1996: NOB-SUS 01/96. 
• Janeiro/2001: NOAS 01/2001. 
• Fevereiro/2002: NOAS 01/2002. 
 
 
NOB 93 
“Descentralização das ações e serviços de saúde: a ousadia de cumprir e fazer cumprir 
a lei” → INÍCIO DA DESCENTRALIZAÇÃO. 
- Ela normatizou mecanismos de transferência de recursos fundo a fundo e definiu três 
formas de habilitação: 
✓ Incipiente – somente atendimento básico de saúde (habilitação mais aderida). 
✓ Parcial – atendimento básicos e alguns exames de diagnóstico. 
✓ Semiplena – tudo o que for necessário (pouco aderida pelos municípios). 
 
OBS.: Essas três formas de habilitação criou a figura do município como gestor. 
Ana Laura Octávio - TXXII 
 
- Para cada forma de habilitação eram previstos requisitos, prerrogativas e 
responsabilidades diversas. 
- Instituição das CIB e CIT. 
 
NOB 96 
- Essa norma determina a relação entre as três esferas de saúde. 
- Reafirma a descentralização e inicia a hierarquização. 
- Estabelece dois tipos de gestão: 
✓ Gestão Plena da Atenção Básica (89%). 
✓ Gestão Plena do Sistema Municipal (10%). 
- A partir desses dois tipos, estados e municípios puderam realmente assumir a 
responsabilidade total pela assistência à população. 
OBS.: A cidade de São Paulo é a única que não se enquadra nessas modalidades, pois 
nessa época a cidade contava com um sistema próprio de saúde. 
 
- Cria-se o PAB (piso de atenção básica): valor per capita repassado fundo a fundo aos 
municípios para a assistência integral (prevenção e assistência) primária – não mais por 
produção. Esse piso possui duas categorias: 
✓ PAB fixo – valor entre 18$ e 35$ para cada habitante por ano. 
✓ PAB variável – incentivo financeiro para cada programa implementado que 
fortaleça a assistência básica. 
- O PAB normatizou o financiamento da saúde. 
 
- Cria-se também o PPI (programação pactuada integrada): processo de programação da 
assistência à saúde a partir do município. 
``O que eu não tenho em meu município, pactuo em outros, de maneira que se garanta 
o atendimento em todos os níveis de complexidade. Ainda em processo de construção 
até hoje´´. 
 
 
NOAS/01 e NOAS/02 
NOAS/01 – promover maior equidade na alocação de recursos e no acesso da população 
às ações e serviços de saúde em todos os níveis de atenção. 
 
NOAS/02 – “...regionalização da assistência à saúde: aprofundando a descentralização 
com equidade no acesso”. 
- Enfatiza a importância de qualificar e melhorar a resolubilidade da atenção básica, a 
partir da identificação de áreas estratégicas mínimas, relacionadas a problemas de 
abrangência nacional (saúde da mulher, saúde da criança, saúde bucal, controle de 
hipertensão e diabetes, controle de tuberculose e eliminação da hanseníase). 
- Incorporação de alguns procedimentos de apoio diagnóstico à relação do PAB para 
melhorar a resolubilidade desse nível de atenção – ECG, curativos, sala de coletas etc. 
Ana Laura Octávio - TXXII 
 
Em resumo, as NOAS buscaram regionalização, resolubilidade da atenção básica e 
equidade.

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