Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aula 8: Proteínas Curso BQM101 Bioquímica - Farmácia Adriana S. Hemerly-IBqM - UFRJ DNA RNA Proteína Replicação Transcrição Tradução Transcrição Reversa Relembrando... 1.Herança genética 2.Informação genética (expressão de genes) O Dogma da Biologia Molecular Aminoácidos Unidades fundamentais das proteínas Carbono α (centro quiral) Grupo Amino Grupo Carboxila Radical ou Cadeia Lateral Hidrogênio Aminoácidos: unidades fundamentais das proteínas Relembrando... O papel que os aminoácidos desempenham nas proteínas está relacionado às PROPRIEDADES QUÍMICAS DOS RADICAIS • Hidrofílico/Hidrofóbico • Carga • Estrutura molecular Relembrando... Peptídeos e proteínas • Peptídeos → cadeias de AA; • Ligados covalentemente por uma ligação peptídica; • Formada pela remoção de OH do grupo -carboxil e de um H - amino no outro. Cadeias polipeptídicas Sequência de AA em uma cadeia polipeptídica se converte na estrutura tridimensional de uma proteína. Estrutura das proteínas 1. A função de uma proteína depende de sua estrutura; 2. Uma proteína isolada normalmente existe em um pequeno número de formas estruturais; 3. As forças mais importantes de estabilização das estruturas são as interações não covalentes (fracas); 4. Pode-se reconhecer alguns padrões estruturais que ajudam a organizar a arquitetura das proteínas Níveis estruturais em proteínas É a sequência de aminoácidos unidos por ligação peptídica que forma a cadeia polipeptídica. A estrutura tridimensional de uma proteína é determinada por sua sequência de aminoácidos. Estrutura primária NH2 COO- • Conformação local de alguma parte do peptídeo • Ligações de hidrogênio entre os grupos amida das ligações peptídicas • Mas... Os grupos radicais têm importante papel na formação da estrutura secundária Estrutura secundária Ø Conformação local de alguma parte do polipeptídeo (resíduos de aminoácidos adjacentes numa estrutura primária). Ø É o arranjo de aminoácidos particularmente estáveis, dando origem a padrões estruturais recorrentes. Ø Ligações de Hidrogênio entre os grupos amida das Ligações Peptídicas Estrutura secundária Mas os grupos R também tem papel importante na formação da estrutura secundária. α-Hélice Folhas β Voltas β Estrutura secundária Estrutura secundária Modelos de α-hélices Modelo de esfera e vareta mostrando as ligações de H Modelo visto de uma de suas extremidades Modelo de volume atômico Projeção helicoidal de uma !-hélice Estabilidade das α-hélices ESTABILIDADE DAS α-HÉLICES Carga das cadeias Laterais Aminoácidos com cadeias laterais carregados positivamente ou negativamente em sequência na estrutura da proteína podem ser desfavoráveis para α-hélices ESTABILIDADE DAS α-HÉLICES Melhor estabilidade Baixa estabilidade ESTABILIDADE DAS α-HÉLICES Melhor estabilidade Baixa estabilidade O esqueleto da cadeia está em “zigue-zague”, ao invés de uma estrutura helicoidal Conformação folha β Ø Conformação em “volta” ou “loop”, quando a cadeia de polipeptídeo muda a direção. Ø Elementos que conectam cadeias de α-hélices e folha β. Ø Volta 180°C envolvendo quatro resíduos Conformação volta β Voltas Beta Melhor estabilidade Estabilidade da volta β Frequência dos aminoácidos nos três tipos de estruturas Alfa-hélice Volta β Arranjo estrutural Nem tudo é organização … Sem organização secundária Folhas β É o arranjo tridimensional de todos os átomos de uma proteína. Aminoácidos que estão distantes num polipeptídeo e que participam de estruturas secundárias distintas podem interagir dentro de uma proteína totalmente estruturada. Resulta de dobras na estrutura da proteína estabilizadas por interações entre os radicais dos aminoácidos. Estrutura terciária • Ligações de hidrogênio • Ligações iônicas ou salinas • Ligações hidrofóbicas • Ligações covalentes • Forças de Van der Waals Ligações que mantém a Estrutura Terciária Ligações Iônicas ou salinas Ocorre entre grupos R (cadeias laterais) eletricamente carregados Atração eletrostática entre grupamentos com cargas opostas Importante: apesar de todos os aminoácidos terem dois grupos carregados, o grupo amino (positivo) e o grupo carboxílico (negativo), esses grupos estão envolvidos na ligação peptídica e não podem, portanto, estabelecer interação iônica. Ácido aspártico (ASP): carregado negativamente Arginina (ARG): carregado positivamente.. https://www.bdc.ib.unicamp.br/bdc_uploads/materiais/versaoOnline/versaoOnline247_pt/estprot_v.3.0 .0/programa/basic/cap5/main5.html Se dá entre um átomo de oxigênio ou nitrogênio - e um átomo de hidrogênio ligado a um átomo de oxigênio ou nitrogênio. https://www.bdc.ib.unicamp.br/bdc_uploads/materiais/versaoOnline/versaoOnline247_pt/estprot_v.3.0 .0/programa/basic/cap5/main5.html Ligações de Hidrogênio átomo de hidrogênio ligado a um átomo de oxigênio da tyrosina (Tyr) e um átomo de oxigênio da glutamina(Gln). • São estabelecidas entre radicais de aminoácidos apolares. • Estes radicais se aproximam e repelem água. Geralmente: • Grupos R apolares (hidrofóbicos): interior das proteínas • Grupos R polares, não carregados (hidrofílicos): superfície das proteínas (capazes de formar Ligações de Hidrogênio com a água) Ligações hidrofóbicas • Unem átomos formando moléculas duráveis e resistentes • Ocorre quando átomos compartilham elétrons Ligações covalentes Ponte de dissulfeto: ligação covalente presente na estrutura terciária Ø Formam-se entre os átomos de enxofre de dois resíduos de cisteína. Esta ligação resulta da oxidação dos grupos sulfidrilo das cisteínas formando uma ligação covalente entre os átomos de enxofre(-S-S-). Ø Dificilmente se formam na superfície de uma proteína porque existem muitas substâncias de natureza redutora no citoplasma. LIGAÇÕES COVALENTES Ligações fortes entre átomos (sem ser as ligações peptídicas) Tipo de ligação mais estável dentro de uma proteína, mas podem ser desfeito por compostos redutores (ex: glutationa) • Forças de atração inespecíficas entre moléculas de baixa polaridade; • Distância entre os centros atômicos deve ser inferior a 0,5nm; • A especificidade surge quando um grande número deste tipo de ligação ocorre simultaneamente. Forças de Van der Waals Estrutura terciária: duas classes principais de proteínas •Proteínas fibrosas •Proteínas globulares Seda Estrutura Terciária: Proteínas Fibrosas Queratina-são moléculas alongadas, geralmente apresentando repetições de um único tipo de estrutura secundária como arranjo conformacional -são insolúveis em água, devido ao grande número de resíduos hidrofóbicos no interior e na superfície da proteína - empacotamento de várias cadeias de polipeptídeos -são mais complexas, geralmente tem vários tipos de estruturas secundárias na mesma cadeia polipeptídica. Apresentam forma compacta e esferoidal. Estrutura Terciária: Proteínas globulares • Primeira a ter a estrutura desvendada. Armazena oxigênio nos músculos (grupo heme) • Estrutura compacta vem principalmente das interações hidrofóbicas (no interior só caberiam 4 moléculas de água) Mioglobina Hemoglobina É o arranjo espacial das subunidades proteicas; Resulta de interações entre as subunidades de proteínas multiméricas; A associação das cadeias polipeptídicas pode servir a funções variadas. Estrutura quaternária Formação da estrutura quaternária da hemoglobina. Hemoglobina: estrutura quaternária •A hemoglobina é uma proteína globular formada por dois dímeros. •Possui 4 subunidades proteicas globinas, duas α e duas β, que são mantidas juntas por ligações não covalentes como interações hidrofóbicas, ligações de hidrogênio e pontes salinas. Cada uma contém um grupo heme e um só centro de ligação ao oxigénio. Ø Transportar oxigênio para os tecidos. Ø Grupamento prostético heme: constituído de uma parte orgânica, aprotoporfirina, e um átomo de ferro. O átomo de ferro no heme pode estar no estado de oxidação ferroso (+2) ou férrico (+3), sendo que somente a ferro- hemoglobina é capaz de se ligar ao oxigênio. Hemoglobina: Função Imunoglobulinas: estrutura quaternária • As Imunoglobulinas são proteínas de estrutura quaternária, ou seja, compostas por cadeias polipeptídicas, sendo duas cadeias pesadas (grandes) e duas cadeias leves, unidas por ligação não covalente e ligação dissulfeto. • As Igs são sintetizadas e secretadas pelos linfócitos B, células B, e constituem 20% do total de proteínas sanguíneas; •As Igs se ligam à bactérias, vírus ou moléculas grandes identificadas como estranhas e as encaminham para a destruição. • O anticorpo se liga exclusivamente a uma estrutura específica dentro do antígeno chamada de determinante antigênico ou epítopo. Imunoglobulinas: função https://www.scripps.edu/news-and-events/press-room/2020/20200519-wilson-covid19.html DNA RNA Proteína Replicação Transcrição Tradução Transcrição Reversa O Dogma da Biologia Molecular GAC$ GAC$ CTC$ CUC$ VAL:%apolar% ASP:%polar%-% LEU:%apolar% Indivíduo%A:%% GTC%(Val)% Indivíduo%B%% Indivíduo%C%% Indivíduo%D% ASP$ ATGGTACACCTCACTCCTGAC% AUGGUACACCUCACUCCUGAC% MET-VAL-HIS-LEU-THR-PRO-GLU% GTA$ GUA$ VAL$ DNA% mRNA% PTN% ATGGACCACCTCACTCCTGAC% AUGGACCACCUCACUCCUGAC% MET-ASP-HIS-LEU-THR-PRO-GLU% GAC$ GAC$ ASP$ DNA% mRNA% PTN% ATGGACCACCTCACTCCTGAC% AUGGACCACCUCACUCCUGAC% MET-ASP-HIS-LEU-THR-PRO-GLU% CTC$ CUC$ LEU$ DNA% mRNA% PTN% GAC$ GAC$ CTC$ CUC$ VAL:%apolar% ASP:%polar%-% LEU:%apolar% Indivíduo%A:%% GTC%(Val)% Indivíduo%B%% Indivíduo%C%% Indivíduo%D% ASP$ ATGGTACACCTCACTCCTGAC% AUGGUACACCUCACUCCUGAC% MET-VAL-HIS-LEU-THR-PRO-GLU% GTA$ GUA$ VAL$ DNA% mRNA% PTN% ATGGACCACCTCACTCCTGAC% AUGGACCACCUCACUCCUGAC% MET-ASP-HIS-LEU-THR-PRO-GLU% GAC$ GAC$ ASP$ DNA% mRNA% PTN% ATGGACCACCTCACTCCTGAC% AUGGACCACCUCACUCCUGAC% MET-ASP-HIS-LEU-THR-PRO-GLU% CTC$ CUC$ LEU$ DNA% mRNA% PTN% GAC$ GAC$ CTC$ CUC$ VAL:%apolar% ASP:%polar%-% LEU:%apolar% Indivíduo%A:%% GTC%(Val)% Indivíduo%B%% Indivíduo%C%% Indivíduo%D% ASP$ ATGGTACACCTCACTCCTGAC% AUGGUACACCUCACUCCUGAC% MET-VAL-HIS-LEU-THR-PRO-GLU% GTA$ GUA$ VAL$ DNA% mRNA% PTN% ATGGACCACCTCACTCCTGAC% AUGGACCACCUCACUCCUGAC% MET-ASP-HIS-LEU-THR-PRO-GLU% GAC$ GAC$ ASP$ DNA% mRNA% PTN% ATGGACCACCTCACTCCTGAC% AUGGACCACCUCACUCCUGAC% MET-ASP-HIS-LEU-THR-PRO-GLU% CTC$ CUC$ LEU$ DNA% mRNA% PTN% Variações no DNA e estrutura de proteínas
Compartilhar