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ED 1 (Anatomia Patológica Veterinária)

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ (UECE) 
FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA (FAVET) 
DISCIPLINA: Anatomia Patológica Veterinária 
DISCENTE: Leonira Morais da Siva 
ESTUDO DIRIGIDO 1 
Em relação as patologias relacionadas aos “Intersexos”, e as do desenvolvimento em machos, 
responda: 
Descreva e diferencie as formas de Hermafroditismo conhecidas. 
O hermafroditismo consiste em uma patologia, na qual um indivíduo é dotado de dois sexos 
distintos anatomicamente e funcionais. Existem dois tipos: Hermafroditismo verdadeiro e o 
Pseudohermafroditismo. O indivíduo com hermafroditismo verdadeiro possui gônadas e vias 
genitais internas de ambos os sexos, ou seja, masculinas e femininas. Uma gônada pode 
apresentar tecido característico de testículo e ovário, ao mesmo tempo, caracterizado como 
“ovotéstis”. As vias internas são quase sempre femininas, com vulva rudimentar e clitóris 
hipertrofiado, semelhante a um pênis. Já os indivíduos com pseudo-hermafroditismo 
apresentam gônadas com aspectos do sexo contrário. No caso de gônadas masculinas, vias 
genitais internas femininas e vias genitais externas masculinas rudimentares, tem-se o pseudo-
hermafroditismo masculino. No caso de gônadas femininas, via genital interna masculina e via 
genital externa feminina rudimentar, tem-se o hermafroditismo feminino. 
Quais são as principais condições fisiopatológicas para o surgimento de indivíduos 
“Freemartins”, e como são caracterizados genotipicamente e fenotipicamente estes indivíduos 
do ponto de vista reprodutivo? 
Representa a mais frequente forma de intersexualidade encontrada nos bovinos e menos 
comumente encontrada em outras espécies, como ovinos, caprinos, suínos e equinos. Em 
animais cujas ninhadas apresentam normalmente machos e fêmeas, essa anomalia é 
relativamente rara. Freemartinismo é resultante da anastomose dos vasos das membranas fetais 
na gestação gemelar de fetos heterossexuais. O sangue de ambos os fetos, macho e fêmea, é 
misturado por mais de 280 dias de gestação, promovendo o intercâmbio de substâncias como 
hormônios, células sanguíneas e o fator de diferenciação sexual entre os gêmeos. Gêmeos 
bovinos heterossexuais são também conhecidos como quimeras sanguíneas, ou seja, 
apresentam duas ou mais populações de células geneticamente distintas derivadas de mais de 
um zigoto em um único indivíduo. Em gêmeos heterossexuais, células do macho e da fêmea 
passam de um irmão para o outro, resultando em quimeras XX/XY, que aparecem em alto 
número no sistema hematopoiético desde os estágios iniciais da vida fetal. Essa troca de sangue 
resulta em vários níveis de masculinização do trato reprodutivo da fêmea. Esterilidade, clitóris 
hipertrofiado, presença de pelos longos na vulva, vagina mais curta, em fundo cego, ausência 
de cérvix, vestígios de gônadas masculinas e hipoplasia dos ductos de Müller podem ser usados 
como diagnóstico clínico para o freemartinismo. Além disso, o animal adulto deve apresentar 
inicialmente um histórico de falha reprodutiva, com ausência de comportamento estral ou falha 
na concepção na presença do macho. 
O que são animais criptorquídecos e quais são as possíveis evoluções desta patologia em 
equinos e cães? 
Caracteriza-se pela ausência de um ou ambos os testículos na bolsa escrotal, em razão da 
retenção no seu trajeto normal de migração da cavidade abdominal para a bolsa escrotal, sendo 
essa migração aumentada pelo gubernáculo. Suas complicações emplicam nos: 
Equinos: perda de fertilidade parcial ou total do garanhão, testículos criptorquídecos podem 
tornar-se neoplásicos com maior frequência, com uma maior predisposição para o 
desenvolvimento de teratomas, neoplasmas das células intersticiais e seminomas. 
E nos cães: esterilidade, ou baixa fertilidade, distúrbios de comportamento, aumento de 
sensibilidade local, dermatopatias (degeneração testicular local), alterações neoplásicas dos 
testículos (teratoma, sertolinoma, seminoma) cistos dermóides, entre outras. 
Sobre os principais acometimentos relacionados ao sistema reprodutor das fêmeas de 
mamíferos, responda: 
Diferencie de forma detalhada os fenômenos de mumificação e maceração. 
Mumificação: consiste em uma alteração resultante da morte do feto, com a sua reabsorção 
incompleta, ocorrendo após a formação da placenta, que por meio de um processo inespecífico 
de desidratação ocorre a deposição de cálcio nos tecidos do embrião. Nesse caso, a morte não 
é acompanhada de expulsão fetal e o ambiente uterino permanece livre de contaminação 
bacteriana. Ao palpar, por exemplo, o útero da mãe, apenas será sentida a presença de ossos. 
Não há abertura da cérvix e o feto não é expelido, sendo mantido no útero, em um processo 
asséptico. 
Maceração fetal: consiste em um processo decorrente de infecção de um agente patogênico, 
levando à morte fetal. Nesse caso, a morte fetal também não é seguida por expulsão fetal e há 
contaminação bacteriana do ambiente uterino que resulta na putrefação dos tecidos moles do 
feto, restando apenas partes fetais dentro do útero. 
As principais semelhanças envolvidas são: morte fetal, podem ser decorrentes de distócia ou 
impossibilitação de expulsão do feto normalmente na hora do parto. 
Quais são os principais agentes etiológicos envolvidos no abortamento em vacas. Cite pelo 
menos 10 (dez) destes agentes e descreva quatro destas doenças que julgue de maior 
importância na medicina veterinária. Justifique sua resposta 
Brucella abortus, Neospora caninum, Campylobacter fetus subsp. venerallis, Leptospira 
interrogans, Listeria monocytogenes, Arcanobacterium pyogenes, Salmonella spp, Bacillus 
spp, Chlamydophila spp, Mycoplasma spp, Ureplasma spp, herpesvírus bovino tipo I, vírus da 
diarreia viral bovina (BVD) e Tritichomas foetus. 
BVD – Vírus da diarreia viral bovina: a transmissão ocorre de animal para animal por meio de 
secreções liberadas continuamente. Pode atravessar a placenta e causar efeitos no feto, levando 
a problemas de desenvolvimento ou até aborto. Pode causar problemas neurológicos, 
digestórios e reprodutores. 
Herpes bovino tipo 1: gera problemas como vulvovaginite, rinotraqueíte. Causam a morte do 
feto em a partir de poucos meses de idade, gerando nestes autólise moderada. Sua transmissão 
pode ocasionar sérias perdas reprodutivas às vacas, tais como absorção embrionária, lesão nas 
tubas uterinas e aborto. Em fêmeas gestantes a viremia pode acarretar na transferência 
transplacentária do vírus, desencadeando uma série de distúrbios reprodutivos caracterizados 
por mortalidade embrionária (precoce ou tardia), aborto, natimorto e infertilidade. Os abortos 
ocorrem após o quarto mês de gestação. 
(Neospora caninum) Neosporose: é causada por um protozoário coccídeo que causa doenças 
neonatais e fetais em bovinos e é responsável por grande parte dos abortos. É transmitido por 
via placentária e pela ingestão de oocistos. O Neospora invade as células do útero onde se 
prolifera destruindo as células maternas e fetais, gerando resposta inflamatória e aborto. O 
parasita invade a corrente sanguínea, outros tecidos e o SNC. EM fetos jovens há intensa 
proliferação e pouca inflamação, pois, seu sistema imunológico não está tão ativo. Já em fetos 
mais velhos há uma menor proliferação e maior inflamação por causa de seu sistema 
imunológico desenvolvido. As vacas abortam geralmente com 3 meses de gestação. 
(Brucella abortus) Brucelose: causada por bactérias intracelulares do gênero brucela. É de 
grave perda econômica para produtores. A contaminação é principalmente por fluidos fetais e 
descargas vaginais. A principal porta de entrada é a mucosa orofaringeana. Há a multiplicação 
desses microorganismos no sistema monocítico fagocitário e a disseminação por via 
hematógena. Há uma afinidade por tecidos mamários, útero gravídico, osteo articulares, e 
órgãos do sistema reprodutor masculino. A brucela se prolifera no retículo de endoplasmático 
rugoso dascélulas trofoblasticas. Esta replicação resulta em grande liberação de endotoxinas e 
consequente lesão placentária, caracterizada por placentite necrótica e consequente aborto. 
Descreva os diferentes estádios (fases) fisiológicos que compreendem a eructação em 
ruminantes e os correlacione com as diversas etiopatogenias dos diferentes tipos de 
timpanismos primário e secundário. A evolução deste quadro pode evoluir para acometimentos 
em outros órgãos como SNC, circulatório, respiratório e hepático, por que? Comente e descreva 
cada um destes fenômenos apresentando suas causas, evoluções e consequências. 
A eructação conta com cinco estádios com a primeira sendo o estádio de separação 
caracterizado pela formação de bolhas que expande o rúmen, o segundo estádio de 
deslocamento por uma contração do rúmen onde o gás é empurrado em direção a cárdia, o 
terceiro estádio denominado de transferência ocorre quando a cárdia se abre e o gás passa para 
o esôfago, o quarto estádio chamado de esofagiano é uma contração do retrógrada do esôfago 
onde o gás é empurrado para a faringe e o quinto estádio é o faringopulmonar quando o gás 
passa para os pulmões onde parte é absorvida e outra parte exalada na expiração. 
O timpanismo é a distensão dos pré-estômagos por acúmulo de gases, em decorrência de sua 
não eliminação, pode ser classificado de acordo com a sua causa em primário e secundário. O 
timpanismo primário é essencialmente nutricional, devido a dietas em concentrados e pobres 
em fibras, resultando na falha do primeiro estádio da eructação. Essa falha é provocada pelo 
aumento da tensão superficial das bolhas gasosas que não se coalescem e ficam presas a ingesta 
na forma de espuma sendo normalmente agudo. Já o timpanismo secundário, também chamado 
de patológico ou de gás livre, é decorrente de alterações patológicas que afetam os estádios 
dois, três e quatro e tem como uma característica a cronicidade e a recorrência. O primeiro 
estágio não é afetado, dessa forma, as bolhas se formam normalmente. O comprometimento da 
eructação pode ser devido a atonia ruminal que afeta o segundo estádio, por obstruções físicas 
e funcionais da cárdia afetando o terceiro estádio ou por corpos estranhos e obstruções 
esofágicas afetando o quarto estádio. 
Com relação ao comprometimento do sistema circulatório, ocorre um comprometimento 
hemodinâmico das vísceras abdominais, compressão da veia cava posterior e ainda ocorre 
esquema por compressão do fígado, acometendo o sistema hepático 
Descreva as prováveis causas e consequências fisiopatológicas do vólvulo gástrico em cães e 
faça um paralelo com o deslocamento de abomaso em ruminantes. 
O vólvulo gástrico é causado por frouxidão ou laceração do ligamento gastro hepático, ou o 
desencadeamento de movimentos antiperistálticos violentos e concentrações abdominais da 
ânsia de vômito associados à aerofagia. O estômago gira ao redor do esôfago em direção 
horária, a curvatura maior se movimenta ventrocaudalmente e se desloca dorsalmente para 
direita. Forçando o piloro e o duodeno cranialmente para a direita, em direção horária, em torno 
do esôfago fazendo com que fiquem à esquerda do plano médio, comprimidos entre o estômago 
dilatado e o esôfago. O baço fica entre o estômago, fígado e diafragma, dobra-se em "V" 
tornando-se aumentado e congesto, sujeito a torção, infarto e ruptura. O esôfago fica 
completamente fechado nas torções se 270 a 380°. Ocorre infarto venoso da parede gástrica, 
que se apresenta escura e edematosa, com extravasamento de sangue para o lúmen. A mucosa 
sofre necrose isquêmica e pode ocorrer ruptura ou perfuração do estômago. 
Além disso, há redução do enchimento cardíaco e choque circulatório, devido a obstrução das 
veias associadas a pressão exercida pelo estômago dilatado. Também ocorre distúrbios do 
equilíbrio ácido-básico e hidroeletrolíticos, liberação de fator depressor do miocárdio e necrose 
do miocárdio por isquemia. O deslocamento do abomaso pode ocorrer quando há afonia e 
aumento da produção de gás. O afluxo de grande quantidade de ácidos graxos voláteis do rúmen 
para o abomaso e a hipocalcemia são desencadeantes da hipomotilidade. O deslocamento pode 
ser esquerdo ou direito, em casos que o abomaso desliza pela parede abdominal, indo alojar-se 
na fossa paralombar esquerda, por cima do rúmen, a condição é raramente fatal, contudo, no 
deslocamento direito, ocorre complicação com a torção do abomaso sobre sua curvatura menor, 
com envolvimento omaso, levando o animal a morte em poucas horas. O omaso e abomaso 
encontram-se torcidos no sentido anti horário, sobre a curvatura menor de ambos, com o 
duodeno fazendo uma laçada que envolve os 2 órgãos 
Um felino de 7 anos de idade, macho não castrado, de pelagem clara e pele despigmentada, 
apresentava lesões ulcerativas e deformantes no focinho e nas pontas das orelhas. O animal em 
questão tem bastante contato com o ambiente externo e a luz solar. O veterinário responsável 
que atendeu o caso, está na dúvida se solicita o exame citológico ou histopatológico. Com base 
no enunciado, responda: 
Qual a provável suspeita diagnóstica do veterinário para o felino em questão? 
Dermatite solar, que acomete principalmente animais de pelagem clara ou com áreas 
despigmentadas. Pode acarretar no aparecimento de uricarcinoma de células escamosas 
Neste caso, por que pode ter havido a dúvida quanto ao tipo de exame a ser solicitado? Há 
diferenças quanto ao diagnóstico? 
O citopatológico é pouco invasivo, apresenta baixo custo, possibilita boa amostragem da 
superfície, e execução segura. Porém, para um resultado satisfatório deve haver coleta de 
amostra considerável. O histopatológico permite a visualização da integridade dos tecidos e 
sua interação com os tecidos próximos, além de mostrar a presença de agentes invasores ou de 
células tumorais, além de também possuir um baixo custo ponto. Sendo assim, ambos as 
técnicas podem identificar e chegar ao diagnóstico 
Quais os seus prováveis diagnósticos diferenciais. Justifique sua resposta! 
Sarna notoédrica por causa das lesões cutâneas e exposição. Criptococose, pois também pode 
afetar a face do animal. Contaminação pro fungo, a exemplo que causa esporotricose, devido a 
contato com meio externo 
Plantas tóxicas são causas de diversas patologias na Medicina Veterinária e promovem 
importantes perdas na produção de rebanhos. Em relação a isto, pergunta-se: 
Quais são as principais patologias encontradas nos animais que ingerem Crotalária retusa e/ou 
Conium macularum e/ou Mimosa tenuifolia (jurema preta). Quais as suas consequências e as 
principais espécies animais acometidas por estas patologias? 
As três plantas que causam intoxicação por alcaloides que geralmente acomete ruminantes, 
sendo geralmente crônica em bovinos e caprinos e aguda em ovinos. 
Essa intoxicação tem como consequências da forma aguda: anorexia, apatia, icterícia e ascite, 
podendo observar na necropsia hemorragia na serosa de vários órgãos, hidro pericárdio e hidro 
tórax, ascite, distensão da vesícula biliar e icterícia. 
Como consequências da forma crônica: apatia, diminuição de apetite, isolamento de rebanhos, 
pelos arrepiados, prolapso de reto, emagrecimento progressivo, diarreia, incoordenação, ascite, 
e sinais neurológicos como head pressing, andar compulsivo e agressividade, podendo observar 
na necropsia nódulos no fígado, edema das dobras do abomaso e do mesentérico, distensão da 
vesícula biliar , hepato megalocitose e fibrose, além de ascite, hidrotórax, edema dos linfonodos 
mesentéricos e hemorragia nas serosas da cavidade abdominal 
Diferencie as principais patologias encontradas nos animais que se alimentam de Hypericum 
perforatum (erva de S. João) e/ou Fagopyrum sagittatum (trigo sarraceno) de ingestão por 
Lantana camara, ou braquiária contaminadas por fungos (Pithomyces chartarum) e quais as 
espécies animais mais acometidas nesta patologia?Justifique sua resposta. 
Erva-de-são-joão e trigo sarraceno provocam patologias relacionadas com a 
fotossensibilização primária, a qual caracterizam-se por lesões na pele. A Lantana camara e a 
Brachiaria que são contaminadas por fungos, caracterizam a fotossensibilização do tipo 2 ou 
hepatogenicas. Associado a um único pigmento foto dinâmico, a filoeritrina, que é excretada 
na bile, causando disfunção hepatocelular e obstrução biliar, com isso, os sintomas 
fotossensibilizantes, perturbação digestivas e distúrbios nervosos progressivos que podem 
acometer bovinos equinos, ovinos e caprinos, principalmente 
Em relação as patologias do Sistema Respiratório Superior e Inferior, responda: 
Quais são as principais causas de hemorragia na cavidade nasal dos animais domésticos? 
Podem ser: traumas, exercício em excesso, neoplasias com ruptura dos vasos, inflamações 
agudas ou crônicas, micoses das bolsas guturais, trombocitopenia, deficiência de vitamina C e 
intoxicação 
Diferencie rinite de sinusite e de Garrotilho. Descreva suas principais causas, agentes 
etiológicos, se houver, e possíveis consequências. 
Rinite é processo inflamatório da mucosa nasal, causada por vírus, alérgenos, fungos ou 
bactérias. 
A sinusite é a inflamação dos seios paranasais, geralmente sendo uma consequência da rinite, 
dentre outras causas está periodontites, fratura de ossos do crânio, larvas de Oestrus ovis. 
Podem evoluir para atrofia e metaplasia do epitélio de revestimento do osso e até meningite. 
Garrotilho é inflamação do trato respiratório superior e absorção dos linfonodos regionais, 
causado pelo streptococcus equi 
Diferencie detalhadamente broncopneumonias supurativa de fibrinosa e descreva as principais 
diferenças entre as pneumonias intersticial, embólica e granulomatosa. Cite seus principais 
agentes etiológicos envolvidos em cada uma destas condições patológicas e suas respectivas 
evoluções possíveis de ocorrerem. 
Broncopneumonia é uma infecção nas vias de passagem do ar nos pulmões, os brônquios, por 
levar o ar para todo o pulmão, a infecção se espalha rapidamente. Na supurativa ao canto o 
órgão se apresenta com superfície úmida, enquanto na fibrinosa a superfície é ressecada. Na 
pneumonia intersticial tem início nos septos alveolares, não envolvendo as vias aéreas, a via 
de infecção é hematógena, com curso crônica, como agentes etiológicos tem-se o vírus da 
cinomose, da peritonite infecciosa felina, salmonela, toxoplasmose e parasitismo, por exemplo: 
Ascaris sp: na pneumonia granulomatosa a forma mais comum é a tuberculose pulmonar, como 
agente etiológico em bovinos, tem-se o Mycobacterium bovis. O processo tem início na junção 
bronquíolo alveolo e vai para o interstício, formando nódulos granulomatosos. 
A principal diferença entre as peneumonias anteriores é o local de inicio da manifestação. Além 
disso, na pneumonia Embólica, o inicio da patologia ocorre com a fixação dos trombos 
embólicos bacterianos vindos de processos inflamatórios em outra região do corpo por via 
hematogênica, como endocardites ou linfadenites, sendo de aspecto amarelo ou esbranquiçado 
com múltiplos abscessos 
Excetuando a raiva, cite as principais causas de encefalites por vírus e por protozoários nas 
diferentes espécies animais, e descreva suas possíveis manifestações clínicas e consequências 
de pelo menos duas de causa por vírus e outras duas de causa por protozoários. 
Nas principais causas de encefalite por protozoários, tem-se o Toxoplasma gondii, sarcocystis 
neurona, Babesia bovis e Babesia biguena. E nas causadas por fungos tem- se Clostridium 
perfringens e Fusarium moniliforme 
Taxoplasmose: causada pelo protozoário Taxoplasma gondii que infecta felinos 
principalmente, o protozoário invade os vasos sanguíneos e se dissemina aos tecidos, gerando 
alterações vasculares e necróticas, podendo evoluir a meningite, pois há infiltrados 
mononucleares nas meninges 
Babesiose: causada pelo Babesia bovis, gera alterações como anemia hemolítica intravascular, 
sinais neurológicos como opistótono, tremores, paralisia de membros pélvicos, podendo chegar 
a coma, além disso, o cérebro se apresenta com cor vermelho cereja 
Encefalopatia Focal Simétrica: causada pelo fungo Clostridium perfringens, ocorre em 
caprinos, se apresentando como edema focal e hemorragia, podendo evoluir para degeneração 
e malacia, principalmente no hipocampo, mesencéfalo e tálamo 
Leucoencefalopatia dos equinos: é uma neuromicotoxicose do sistema nervoso central. 
Equídeos, geralmente a consequência é a morte. A causa é a ingestão do milho contaminado 
com Fusarium moniliforme. A toxina gera lesões vasculares, edema difuso e necrose 
a) Contextualizando o fatídico episódio demonstrado com a nossa realidade na UECE com cães 
e gatos errantes por praticamente todo Campus, e sabendo que no ano de 2016 tivemos a 
identificação de dois morcegos hematófagos positivos para raiva no Campus Itaperi, pede-se 
para que se faça um paralelo do que acaba de acontecer na cidade de Recife, com o que 
rotineiramente observamos no Campus Itaperi da UECE, Campus Pici UFC e tantos outros 
espalhados pelo país. Conclua sua reposta embasando-se em seus conhecimentos, e finalize sua 
explanação indicando qual deve ser a sua conduta como futuro médico veterinário quando se 
deparar com cenas semelhantes bastante comuns no nossos Campus, que podem por 
infelicidade do destino levar a morte de pessoas e de outros animais de nossos convívios 
Universitários. Reflita e responda de forma objetiva e racional ao que se pede. 
O vírus da raiva tende a se proliferar no meio urbano em locais com um vasto numero de 
animais em situação de abandono e onde a identificação e controle vacinal são mais flexíveis. 
São exemplos destes lugares os centros urbanos e universidades publicas como a UECE. Como 
zoonose, a raiva tende a ser transmitida ao ser humano através de mordedura, lesões causadas 
por animais infectados, e isto ocorre frequentemente quando trata-se resgatar ou mesmo 
acariciar animais em condições de saúde desconhecida ou duvidosa, por isso a recomendação 
para não tentar abordagens com animais que se apresentem sinais expressivos de agressividade 
em especial aqueles em situação de rua. Outro fator preponderante e que deve ser proibido é a 
presença de morcegos pela região, pois caso haja a presença deles se faz necessário um maior 
cuidado, principalmente caso eles demonstrem sinais como dificuldade de voo e paralisia 
motora, apresentando-se caído no chão. Como médico veterinário é importante reconhecer 
estes sinais de comportamento em animais domésticos e selvagens para se tomar a atitude 
correta. Em casos de lesão por animais suspeitos, é importante que a pessoa lave bem a mão 
com sabão e água corrente, para limpeza do ferimento. Em seguida, com pessoa capacitada, é 
preciso tentar prender o quiróptero ou recolher amostras para ser direcionada a órgãos 
competentes que possam fazer o diagnostico do animal. Por sua vez a pessoa que for mordida 
deve ser direcionada a unidade de atendimento medico para seguir o esquema de vacinação e 
mirar as chances de contrair a doença 
b) Em uma investigação necroscópica com suspeita diagnóstica de raiva em um cão e em um 
bovino de propriedade rural, descreva e/ou faça infográfico(s) que demonstrem passo-a-passo 
quais são os materiais (tecidos / órgãos) colhidos para os exames diagnósticos e aponte a 
finalidade para cada material colhido e seus respectivos fins diagnósticos diferenciais, dada a 
importância do referido caso. 
O diagnostico pode ser feito pela coleta do encéfalo de animais que morreram com sinais 
nervosos, através da histopatologia das lesões. Fazse a detecção do vírus por 
imunofluorescência. A presença dos corpúsculos de inclusão são patognomonicos da doença e 
confirmam a raiva quando encontradas, mas não são observados em todos os casos. 
Cães e gatos: deverão ser encaminhados para necropsiacom a cabeça inteira ou com o sistema 
nervoso central coletado 
Bovinos, equídeos: deverão ser encaminhados com o sistema nervoso central coletado 
Outras amostras: tronco encefálico, saliva

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