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Semiologia Pneumologia

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Semiologia Pneumologia 
 
Anamnese e Exame físico 
 
Anamnese: 
 Avaliar: dispneia, tosse (seca ou produtiva), 
secretividade, dor torácica (ventilatório 
dependente  dor pleurítica), cianose, 
hemoptise (tosse de sangue), hemoptoico 
(tosse de sangue em pequena quantidade), 
chiado (doenças obstrutivas). 
 Procedência, profissão, tabagismo 
 Histórico familiar 
 
Exame físico: 
Ectoscopia 
 Cianose: aumento da concentração de 
hemoglobina reduzida (Hb que não possui O2). 
· Central: resultado de hipoxemia (baixa 
concentração de oxigênio no sangue) 
arterial. Causas: 
o Redução da concentração de oxigênio 
(altitudes elevadas) 
o Alteração da ventilação pulmonar 
(tumores, enfisema pulmonar, 
atelectasia) 
o Transtornos de difusão (infecções, 
fibrose pulmonar, edema de pulmão na 
insuficiência cardíaca) 
o Transtornos de perfusão (insuficiência 
cardíaca grave, embolia pulmonar, 
cardiopatias congênitas) 
o Shunts arteriovenosos (Tetralogia de 
Fallot, tronco arterioso, Síndrome de 
Eisenmenger, atresia tricúspide, 
comunicação interatrial ou 
interventricular com hipertensão 
pulmonar e fístulas vasculares 
pulmonares) 
· Periférica: associada à estase, a qual 
permite uma extração mais acentuada de 
oxigênio da hemoglobina contida no sangue 
periférico. Causas: 
o Exposição ao frio (vasoconstrição)- mais 
comum 
o Insuficiência congestiva grave 
(congestão periférica) 
o Doença de Raynaud (transtorno 
vasomotor) 
 
 
o Acrocianose (transtorno vasomotor com 
espasmos de pequenos capilares ou 
artérias) 
 
 
Doença de Raynaud 
 
 Paciente anêmico não faz cianose  não possui 
hemoglobina suficiente 
 Baqueteamento digital (hipocratismo digital) 
 Fáscies pletórica (pletorismo facial): rosto 
avermelhado. Poliglobulia secundária  muitas 
células vermelhas no sangue. 
 Hipóxia: baixa disponibilidade de oxigênio para 
determinado órgão 
 Policitemia vera: poliglobulia primária 
 
Dados vitais 
 FR: normal de 16 a 20 ipm 
 Saturação: >94% (ou seja, 95% ou mais) 
· DPOC: 88 a 92%  objetivo 
· Síndrome de carbonarcose (muito CO2): 
quando administra muito O2. 
 Expiração é mais longa que a inspiração (inspira 
2 seg, expira 3 seg). O volume que entra e sai é 
igual. Os brônquios estão naturalmente mais 
abertos na inspiração e naturalmente mais 
fechados na expiração. 
 Dificuldade expiratória é a primeira nas doenças 
obstrutivas 
 
Exame físico específico 
 Inspeção 
 Estática: forma do tórax, diâmetro (látero-lateral 
e ântero-posterior), cicatrizes, retrações, 
abaulamentos 
· Tórax em tonel: em forma de barril, com 
aumento do diâmetro anteroposterior, típico 
dos pacientes com enfisema pulmonar 
avançado. 
· Tórax em sino: com alargamento do 
diâmetro inferior, lembrando um cone, visto 
em pacientes com ascite volumosa ou 
grandes hepatoesplenomegalias 
· Tórax em peito de pombo ou cariniforme: 
com proeminência anterior central e 
horizontalização das costelas, observado 
como deformidade congênita ou em 
pacientes que tiveram raquitismo na infância 
· Tórax de sapateiro ou infundibuliforme: o 
qual apresenta uma depressão central na 
parte inferior do osso esterno e costuma ser 
uma deformidade congênita. 
· Tórax cifótico 
· Tórax cifoescoliótico 
 
 
 
 Dinâmica: 
· Sinais de esforço respiratório: uso de 
musculatura acessória (cervicais). 
· Esforço expiratório: asma, DPOC 
· Tiragem intercostal: retração do espaço 
intercostal durante a inspiração 
· Movimentação diafragmática visível 
· Respiração de Biot 
· Respiração de Kussmaul 
· Respiração de CheyneStokes 
 
 
 Palpação: 
 Elasticidade: enfisema, fibrose intersticial difusa 
grave. 
 Expansibilidade: restrição pulmonar  derrame 
pleural, atelectasia, fibrose intersticial difusa, 
enfisema grave, DPOC. Mãos espalmadas no 
ápice e base. 
 Frêmito toracovocal (FTV): gerado pela vibração 
das cordas vocais ao pronunciar “trinta e três”. 
No derrame pleural e pneumotórax há 
diminuição do FTV. Está aumentado nas 
consolidações (processo inflamatório do 
parênquima pulmonar, onde haverá 
extravasamento de líquido e células para o 
espaço alveolar  pneumonia). Realizar 
contato apenas com dedos e articulações 
metacarpofalangeanas. Mais acentuado à 
direita e nas bases. 
 Percussão: 
 Som claro pulmonar = normal  atimpânico 
 Timpanismo: DPOC, pneumotórax 
 Macicez ou submacicez: derrame pleural 
 De cima para baixo. Médico atrás e à esquerda 
do paciente. 
 Percute-se separadamente cada hemitórax. Em 
uma segunda etapa, percutir comparativa e 
simetricamente as várias regiões. 
 Ausculta: 
 Sons normais: 
· Som traqueal 
· Som brônquico (regiões paraesternais) 
· Som broncovesicular: som de transição  
entre as escápulas 
· Murmúrio vesicular: ar chegando na via 
aérea distal 
 
*Atelectasia (som abolido): a = não; tele = distância; 
ectasia = aberto. 
*Ver se tem som onde não deveria ter. Ex.: som 
brônquico em base  sopro tubário  
consolidação. 
 
 Sons anormais – contínuos: 
· Caráter musical, com duração prolongada. 
· Roncos: grosseiros. Estreitamento por 
edema ou secreção. Inspiratório ou 
expiratório. Podem mudar de timbre quando 
o paciente tosse. Pneumonia, 
bronquiectasia, DPOC 
· Sibilos: fino. Estreitamento das vias 
respiratórios. Expiração (pode aparecer na 
inspiração também). Se bilateralmente = 
asma brônquica. Podem não apresentar 
som = asma grave. Sibilo localizado = 
suboclusão brônquica focal  aspiração de 
corpo estranho, tumor. Asma, pneumonia, 
DPOC 
· Estridor: traqueia (corpo estranho, tumor, 
doença da glote (anafilaxia). 
 Sons anormais – descontínuos: 
· São “explosivos”, sem caráter musical. 
· Estertores ou crepitações finos 
(teleinspiratória): 
o Doença da via aérea terminal  alvéolos 
o Correspondem à reexpansão alveolar, 
ou seja, no momento em que alvéolos se 
abrem por descolabamento, podem, 
também, indicar a existência de fluidos 
de transudação ou exsudação 
inflamatória no nível alveolar ou 
intersticial. 
o Atrito do cabelo 
o Interstício: espaço entre o capilar e o 
alvéolo 
o Pneumonia: localizada 
o Congestão pulmonar 
o Doenças pulmonares intersticiais: 
fibroses pulmonares. “Crepitação em 
velcro” (quando intensas). 
· Estertores ou crepitações grossos 
(bolhosas – protoinspiratório): 
o Traduzem o conflito ar versus secreção 
em vias respiratórias estreitadas. 
o Bronquites (DPOC) 
o Bronquiectasias: não respeita fase 
respiratória. Brônquios abertos, 
dilatação patológica dos brônquios. 
o Pode melhorar um pouco com a tosse. 
 
 Sons anormais – pleurais: 
· Atrito pleural: 
o Pleuras doentes. 
o Inspiração e expiração. 
o Atrito de couro. 
o Roçar dos folhetos pleurais inflamados. 
o Dor pleurítica: desaparece com o 
derrame pleural. 
 
 Ausculta da voz: 
· Auscultar o tórax ao paciente falar “trinta e 
três”. 
· Sons incompreensíveis = normal  “nhe 
nhe nhe” 
· Parecido com o frêmito toracovocal. 
· O aumento da ressonância implica na 
existência de uma consolidação pulmonar 
· Broncofonia: ressonância aumentada, 
porém sem nitidez  “NHE NHE NHE” 
· Pectoriloquia fônica ou afônica: escuta-se 
com nitidez os sons pronunciados 
· Egofonia: É uma forma especial de 
broncofonia, ou seja, é uma broncofonia de 
qualidade nasalada e metálica, comparada 
ao balido de cabra. Aparece na parte 
superior dos derrames pleurais. Pode ser 
observada, também, na condensação 
pulmonar. 
o Possível prolongar em caso de 
pneumonias graves ou com 
complicações 
 
Referências 
 
MACIEL, Renato; AIDÉ, Miguel Abidon. Prática 
pneumológica. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2017. 
 
PORTO, Celmo Celeno. Semiologia médica. 7. ed. 
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.

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