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Lesões provocadas por agentes químicos e físicos

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Beatriz Galvão – Odontologia UFRN 
1 
Lesões provocadas por agentes químicos e físicos 
Agentes físicos: 
- Força mecânica, variação da temperatura, eletricidade e radiação. 
1. Linha alba: 
- Alteração muito comum; 
- Mucosa jugal; 
- Pressão, irritação por fricção ou trauma de sucção das superfícies vestibulares 
dos dentes; 
- Ocorre predominantemente em mulheres; 
- Geralmente bilateral; 
- Pode ser festonada; 
- Não é necessária realização de biópsia. 
 
2. Morsicatio buccarum: 
- Morsicatio significa mordida; 
- Mordiscardas crônicas; 
- Mucosa jugal (buccarum); 
- Lábio (labiorum); 
- Borda lateral da língua (linguarum); 
- Estresse; 
- Predominante em mulheres acima dos 35 anos; 
- Áreas brancas intercaladas com áreas vermelhas; 
- Pode ser ulcerada; 
- Não é necessário biópsia 
- Morsicatio buccarum é DIFERENTE de leucoplasia pilosa oral e estomatite 
urêmica. 
 
 
Beatriz Galvão – Odontologia UFRN 
2 
3. Ulcerações traumáticas: 
- Região exposta a traumas constantes, mastigação inadequada, aparelhos 
ortodônticos; 
- Úlcera crônica: pouca dor, base amarelada, margens elevadas, histórico 
traumático, aspecto semelhante ao carcinoma; 
- Úlcera aguda: dor, base amarelada com halo eritematoso, histórico de trauma, 
cicatriza de 7 a 10 dias; 
- As úlceras são mais frequentes em língua e mucosa jugal; 
- Margem endurecida branca de hiperceratose adjacente à área de ulceração; 
- Úlcera eosinofílica: processo inflamatório crônico com ulceração e eosinofilia, 
pode permanecer de 1 semana a 8 meses; pode resultar em uma lesão parecida 
com o granuloma piogênico; 
- Úlcera de Riga-Fede: decorrente do atrito com dente natal ou neonatal; 
- Úlceras iatrogênicas: induzidas de forma inadvertida por um profissional, com 
manipulação exagerada dos tecidos bucais; 
- Quando a causa não é óbvia, ou quando o paciente não responde ao tratamento, 
a biópsia é indicada; 
- Se o problema for ocasionado por piercing, o paciente deve ser encorajado a 
retirar o objeto. Durante a remoção vai ocorrer inflamação do local, tendo que ser 
tratada com antibioticoterapia, bochecho com clorexidina e desbridamento 
cirúrgico; 
- Tratamento: remoção do agente irritante, bochechos com analgésicos tópicos e 
corticoides tópicos, laser de baixa intensidade. 
 
 
 
 
 X 
 
 
 
 
Úlcera traumática: 
- Fonte de irritação; 
- Relação causa x efeito. 
Úlcera aftosa recorrente: 
- Recorrentes e sem agente 
irritante perceptível; 
- Pode ser menor, maior ou 
herpetiforme. 
 
Beatriz Galvão – Odontologia UFRN 
3 
 
Úlcera eosinofílica Úlcera de riga-fede 
 
Eosinofília 
4. Úlceras factícias: 
- Lesões autoinduzidas; 
- Hábito de morder regiões da boca; 
- Origem multifatorial; 
- Distúrbios psicológicos e emocionais; 
- Estresse; 
- Diagnóstico clínico com base na história do paciente e hábitos; 
- Se for pedido para o paciente cessar esses hábitos e isso não acontecer, 
atendimento psicológico é indicado. 
 
5. Necrose anestésica: 
- Ulcerações e necrose na área de injeção anestésica local; 
- Isquemia local (vasoconstricções); 
- Injeção abrupta (rápida); 
- Excesso de anestésico; 
- Desenvolve-se após dias do procedimento; 
- Palato duro; 
- A ulceração costuma ser profunda e a cicatrização pode ser retardada; 
 
 
 
 
Beatriz Galvão – Odontologia UFRN 
4 
6. Queimaduras elétricas e térmicas: 
- Elétricas: tipo contato e arco; maioria sendo arco (saliva – condutora), cirurgias 
reconstrutivas se necessário, controle de infecção secundária, imunização contra 
o tétano; 
- Térmicas: alimentos quentes ou frios, geralmente sem sequelas, controle de 
infecção secundária, não traz consequências e resolve-se sem a necessidade de 
tratamento. 
 
7. Hemorragia submucosa: 
- Ocasionada por trauma; 
- Hemorragias pequenas na pele ou na mucosa (petéquias); 
- Se uma área maior for afetada, a hemorragia se chamará púrpura; 
- Acúmulo maior que 2cm é chamado de equimose; 
- Se o acúmulo de sangue dentro dos tecidos produzir um aumento de volume, é 
denominado hematoma; 
- Causas não relacionadas ao trauma: terapia com anticoagulantes, 
trombocitopenia, coagulação intravascular disseminada, infecções virais 
(sarampo e mononucleose infecciosa); 
- Muitas vezes o tratamento não é necessário se a hemorragia não estiver 
associada à doença sistêmica, e as áreas tendem a regredir espontaneamente. 
 
 
8. Trauma oral por prática sexual: 
- Não se faz biópsia; 
- Exame clínico minucioso junto à anamnese; 
- Chama-se felação. 
 
 
Beatriz Galvão – Odontologia UFRN 
5 
9. Hiperplasia fibrosa: 
- Hiperplasia de tecido conjuntivo fibroso, semelhante a uma neoplasia (epúlide 
fissurada); 
- Traumatismo crônico; 
- Pacientes adultos e idosos; 
- Próteses mal adaptadas ou aparelho ortodôntico; 
- Lesões iatrogênicas; 
- Única prega ou múltiplas pregas de tecido hiperplásico no vestíbulo alveolar; 
- Papilomatosa: prótese removível mal adaptada, má higiene da prótese, uso da 
prótese 24h por dia (a Candida) também tem sido sugerida como uma possível 
causa, mas nada comprovado; 
- Hiperplasia fibrosa local: lesão reacional causa por trauma crônico às 
membranas mucosas bucais, mais frequentes em áreas que sofrem traumas, 
mucosa jugal e borda lateral de língua, aumento de volume sem dor, implantação 
séssil; 
- Diagnóstico: biópsia excisional (geralmente); 
- Tratamento: eliminação do fator traumático. 
 
 
 
 
10. Granuloma piogênico: 
- Granuloma é o termo usado para se referir a um tipo de inflamação no tecido do 
organismo humano, em forma de nódulo, formado principalmente como 
consequência da reação de células imunológicas que tentam eliminar “agentes 
estranhos” ao corpo; 
 
Beatriz Galvão – Odontologia UFRN 
6 
- Originalmente acreditava-se que a lesão era formada por organismos piogênicos; 
- Falso granuloma; 
- Resposta tecidual a uma irritação local ou trauma; 
- Granuloma gravídico em mulheres; 
- Maioria dos casos na gengiva; 
- Diagnóstico: biópsia excisional (geralmente); 
- Tratamento: eliminação do fator traumática e orientação de higiene (baixa 
chance de recidivas). 
- Histologia: proliferação vascular, infiltrado inflamatório com neutrófilos e 
linfócitos. 
 
 
 
 
11. Lesão periféricas de células gigantes: 
- Origem: ligamento periodontal ou periósteo – reabsorção óssea; 
- Nódulo, séssil, cor vermelha a azulada; 
- Ulceração secundária; 
- Mais frequente em mulheres; 
- Tratamento: remoção cirúrgica e raspagem e alisamento corono-radicular. 
- Histologia: grande quantidade de células gigantes multinucleadas, 
extravasamento de eritrócitos (hemorragia) e depósitos de hemossiderina. 
 
Beatriz Galvão – Odontologia UFRN 
7 
 
 
12. Fibroma ossificante periférico: 
- Massa de tecido reacional; 
- Origem: tecido conjuntivo submucosa ou ligamento periodontal; 
- Pode ocorrer em qualquer idade; 
- Mais comum em mulheres; 
- Gengiva anterior (exclusivo de gengiva); 
- Nódulo, pediculado ou séssil, cor semelhante à mucosa; 
- Pode causar erosão do osso adjacente. 
- Tratamento: excisão cirúrgica local, recidiva se a base da lesão permanecer, 
dentes adjacentes devem ser raspados para eliminar qualquer possível irritação. 
- Histologia: proliferação de células fusiformes que se assemelham a fibroblastos, 
depósitos de material calcificado, vasos sanguíneos, alguns casos também há 
células gigantes multinucleadas. 
 
 
 
Beatriz Galvão – Odontologia UFRN 
8 
13. Sialometaplasia necrotizante: 
- Condição benigna que afeta tipicamente o palato; 
- Isquemia de glândulas salivares (trauma local, manipulação cirúrgica ou 
anestesia local); 
- Rompimento da mucosa (úlcera profunda de bordar elevadas); 
- Uni ou bilateral; 
- Aumento de volume sensível à palpação; 
- Não é necessária intervenção cirúrgica; 
- Diagnóstico: biópsia incisional; 
- Tratamento: irrigação da feridacom bicarbonato e água, uso ocasional de 
analgésicos e corticoides tópicos; 
- Histologia: presença de glândulas salivares necróticas (arquitetura globular das 
glândulas permanece preservada, característica que diferencia de uma patologia 
maligna), metaplasia escamosa; 
- Diagnóstico diferencial histológico: feito com carcinoma mucoepidermóide, 
carcinoma de células escamosas e a sialadenite necrosante aguda (essa última 
não possui metaplasia escamosa). 
 
 
 
14. Mucocele: 
- Extravasamento do muco (rompimento traumático do ducto excretor da 
glândula salivar; 
 
Beatriz Galvão – Odontologia UFRN 
9 
- Ocorre no lábio inferior; 
- Assoalho bucal – rânula; 
- Cor levemente azulada; 
- Mais comum em jovens e adolescentes; 
- Diagnóstico: história de trauma, lesão enche e seca, biópsica excisional. 
- Tratamento: remoção da glândula subjacente, e só é recidiva se não remover a 
glândula comprometida. 
- Histologia: Extravasamento de mucina (reação inflamatória), cavidade 
delimitada por reação de granulação e glândula salivar comprometida. 
 
 
 
15. Queilite actínica: 
- Desordem potencialmente maligna e natureza inflamatória crônica, que ocorre 
nos lábios, geralmente em homens de pele clara que se expõem de forma 
excessiva ao componente ultravioleta da radiação solar; 
- A maioria dos casos de Carcinoma epidermóide de lábio inferior são 
precedidos por queilites actínicas; 
- A sua forma aguda ocorre em jovens no verão e costuma regredir com a 
interrupção do fator etiológico (cicatrização rápida de ulcerações); 
- A sua forma crônica ocorre acima de 40 anos e em todas as estações, é 
resistente e difícil de curar mesmo com a interrupção do fator etiológico; 
- Características: atrofia do vermelhão do lábio, perda de demarcação entre o 
vermelhão do lábio e a pele, áreas ásperas e com fissuras, ulceração, erosão e 
áreas esbranquiçadas; 
 
Beatriz Galvão – Odontologia UFRN 
10 
- Diagnóstico: biópsia incisional (lesão potencialmente maligna); 
- Tratamento: uso de protetor solar, creme de corticoide, aplicação tópica de 
diclofenaco sódico gel; 
- Histologia: o tecido acometido apresenta atrofia epitelial, acentuada 
hiperceratose e displasia celular em graus variados. No tecido conjuntivo 
subjacente, podemos observar um infiltrado inflamatório crônico e uma alteração 
basofílica nas fibras colágenas e elásticas (degeneração) denominada de elastose 
solar; 
- Diagnóstico diferencial: carcinoma de células escamosas, leucoplasias, queilite 
esfoliativa, queilite descamativa, queilite glandular, queilite por lupus e 
ressecamento labial. 
 
 
Presença de atrofia epitelial, hiperceratose e elastose solar. 
Implicações orais da radioterapia: 
- Tratamento de câncer de cabeça e pescoço; 
- Xerostomia (sensação de boca seca); 
- Disgeusia: paladar alterado; 
- Mucosite: inflamação decorrente do tratamento oncológico; 
- Osteorradionecrose: o osso irradiado torna-se exposto através da perda da pele e mucosa; 
- Trismo: dificuldade de abrir a boca, por contração prolongada dos músculos (abertura menor que 3cm); 
 
Beatriz Galvão – Odontologia UFRN 
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Osteorradionecrose Cárie por radiação 
 Mucocele 
 
Agentes químicos: 
- Lesões inflamatórias, ulcerações inespecíficas, disfunções do fluxo salivar, 
crescimento gengival, droga-induzido e hiperpigmentação. 
1. Pigmentações exógenas: 
- Vários materiais pigmentados podem ser implantados no interior da 
mucosa oral, resultando em pigmentações clinicamente evidentes; 
- Tatuagem intencional; 
- Tatuagem por amálgama (argirose focal): implantação traumática de 
amálgama nos tecidos moles. 
• ocorre após extração dentária, preparo cavitário ou polimento; 
• uso de fio dental com partículas de amálgama; 
• transferência passiva por fricção da mucosa com uma restauração 
• Diagnóstico: exame clínico + radiográfico; 
• Histologia: pigmentação de natureza exógena. 
 - Melanose do fumante: 
• Pigmentação anormal da mucosa associada ao tabagismo; 
• Componentes do fumo do cigarro – estimulam os melanócitos; 
• Hormônios femininos; 
• Mais frequente em gengiva anterior; 
 
Beatriz Galvão – Odontologia UFRN 
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• Palato e mucosa jugal: cachimbo; 
• Diagnóstico diferencial: doença de Addison, síndrome de 
Peutz-Jeughers ou melanoma; 
• Diagnóstico: histórico de fumante ou não do paciente (se tiver 
em dúvida, realizar biópsia); 
• Tratamento: suspensão do fumo, melhorar a estética; 
 
 
 Tatuagem por amálgama 
 
Melanose do fumante 
2. Estomatite nicotínica: 
- Associação com fumar cachimbo e charuto; 
- Exibe uma correlação positiva entre a intensidade do hábito e a gravidade 
da condição; 
 
Beatriz Galvão – Odontologia UFRN 
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- A mucosa palatina responde à agressão com uma alteração eritematosa 
seguida por queratinização; 
- Pontos vermelhos circundados por áreas queratótica; 
- Inflamação dos ductos excretores das glândulas salivares menores; 
- Diagnóstico: causa x efeito; 
- Tratamento: suspensão do vício, associação com desordem 
potencialmente maligna. 
- Histologia: metaplasia do ducto salivar e inflamação. 
 
 
 
3. Efeitos dos medicamentos na mucosa oral: 
- Hiperpigmentações: estímulo dos melanócitos a produzir melanina. 
• Cloroquina, hidroxicloroquina, quimioterápicos, antivirais, 
antibióticos; 
• Deposição dessas drogas no tecido bucal; 
• A interrupção do medicamento, geralmente, resulta no 
desaparecimento das pigmentações. 
 
 
Beatriz Galvão – Odontologia UFRN 
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- Língua pilosa: se refere ao crescimento excessivo das papilas filiformes na 
superfície dorsal da língua, que pode apresentar diversas cores. 
• Uso de antibióticos; 
• Fumo; 
• Radioterapia; 
• Bochechos com antiácidos; 
• Diagnóstico: clínico, náuseas, aparência de pelos na língua; 
• Tratamento: escovação da língua, uso de peróxido de hidrogênio; 
 
- Hiperplasia gengival medicamentosa: crescimento anormal dos tecidos 
gengivais, secundário ao uso de uma medicação sistêmica. 
• Associada ao nível de higiene; 
• Observada na região das papilas interdentais; 
• O biofilme não é considerado um fato etiológico para o aumento 
gengival, mas sim um contribuinte; 
• Pode comprometer a fonação, devido a gengiva recobrir os elementos 
dentários; 
• Drogas associadas: fenitoína, ciclosporina, bloqueadores dos canais 
de cálcio, nifedipina; 
• Tratamento: troca da medicação, limpeza profissional, ácido fólico, 
azitromicina, remoção cirúrgica (gengivoplastia, gengivectomia); 
• Histologia: epitélio pavimentoso estratificado ceratinizado, acantose, 
projeções filiformes; 
 
 
 
 
Beatriz Galvão – Odontologia UFRN 
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4. Queimaduras químicas: 
- Substâncias introduzidas na boca para resolver problemas bucais; 
- Produtos de clareamento dentário contendo peróxido de hidrogênio ou uma 
das suas substâncias precursoras podem gerar necrose na mucosa; 
- Aspirina, perborato de sódio, gasolina, fricção com álcool, ácido de bateria; 
- A mucosa afetada exibe uma aparência superficial pregueada e branca; 
- Erosão dentária; 
- À medida que a duração da exposição aumenta, a necrose e o epitélio 
afetado tornam-se separados do tecido subjacente e podem ser descamados; 
- Tratamento: o melhor tratamento para as agressões químicas é a 
prevenção à exposição da mucosa oral a materiais cáusticos; 
- Quando ingerir drogas potencialmente cáusticas, não ficar com o 
comprimido muito tempo na boca, engoli-lo logo; 
- As crianças não devem usar aspirina mastigável imediatamente antes de 
dormir e precisam fazer bochechos com água após o uso. 
- As necroses cicatrizam dentro de 10 a 14 dias após a suspensão do agente 
agressor. 
 
 
5. Complicações orais pelo uso de drogas: 
- Cocaína e metanfetamina; 
- Cocaína pode ser ingerida por aspiração, injeção ou pelo fumo da base livre 
ou crack cocaína; 
- Essa aspiração podeocasionar na perfuração do septo nasal; 
- Na anamnese muitos pacientes não alegam uso; 
- Se relatar uso, suspender droga; 
- Reconstrução cirúrgica em alguns casos; 
- Aplicação de flúor tópico. 
 
6. Lesões orais por substâncias de preenchimento estético: 
- Aumentar o volume dos lábios, das bochechas e do queixo ou utilizadas para 
minimizar as rugas na testa, ao redor do nariz ou na superfície perioral; 
- Causa eritema, dor, prurido, infecção localizada; 
- Problemas mais graves e raros: nódulos e paralisia facial; 
- Tratamento: biópsia excisional, injeção intralesional de corticosteroides e 
corticosteroides sistêmicos. 
 
 
Beatriz Galvão – Odontologia UFRN 
16 
7. Osteonecrose induzida por medicamentos: 
- Constitui uma reação severa e adversa, desenvolvida por alguns indivíduos 
a certas medicações comumente utilizadas no tratamento de câncer e 
osteoporose, que envolve a destruição progressiva dos ossos maxilares; 
- Área de exposição óssea com mais de 8 semanas de persistência em um 
paciente em uso de droga antirreabsortiva ou antiangiogênica sem ter recebido 
radioterapia em cabeça e pescoço ou ser portador de metástase óssea; 
- Associada a alta morbidade e influencia na qualidade de vida dos pacientes; 
- Grande possibilidade de mutilações impostas pela condição e pelas 
limitações dos tratamentos cirúrgicos; 
- Uso de bifosfonato endovenoso para tratamento de câncer; 
- O tratamento da osteoporose também utiliza bifosfonatos, porém é um caso 
mais raro de ocorrer osteonecrose; 
- Fatores sistêmicos: quimioterapia, uso de corticosteróides, duração e uso 
das drogas antirreabsortiva e antiangiogênica; 
- Fatores locais: manipulações ósseas, doença periodontal e infecções 
endodônticas; 
- Desenvolvimento: essas drogas agem na diminuição da função osteoclástica 
(reabsorção óssea). 
- Tratamento: desbridamento dos tecidos afetados, antibióticos e 
enxaguantes bucais.

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