Buscar

2 Microeconomia aplicada ao marketing

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Microeconomia aplicada ao marketing
APRESENTAÇÃO
Nesta Unidade de Aprendizagem iremos trabalhar a relação presente entre o Marketing e a 
Economia. Para isso, aprenderemos as questões relativas à firma, como a demanda e o preço se 
relacionam, assim como a estrutura e o equilíbrio dos mercados.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Descrever as atividades e funções da firma.•
Relacionar fatores microeconômicos que afetam o negócio.•
Identificar mecanismos de equilíbrio do mercado.•
DESAFIO
Um comerciante pretende abrir uma sorveteria em um bairro de maioria residencial. Como mora 
nas proximidades, identificou uma demanda grande por sorvetes especiais, com maior 
elaboração e qualidade alta. Mas ele não sabe por onde começar. Vamos ajudá-lo?
Para isso, vamos preparar um roteiro para que ele possa direcionar o desenvolvimento da 
empresa. Nele precisaremos: 
- Descrever como seria a análise de seu mercado (analisando as informações do entorno). 
- Analisar quais poderiam ser seus bens substitutos e complementares. 
- Atuar quando houver demandas irregulares. 
- Atuar quando houver excesso de ofertas.
Orientação de resposta do aluno: O aluno deve mostrar que sabe descrever os principais 
conceitos dos itens que compõem a relação entre a microeconomia e o marketing. Além disso, 
deve expressar como eles podem impactar os resultados de uma empresa, apresentando 
propostas de análise e atuação em determinadas situações do mercado. 
INFOGRÁFICO
O infográfico apresenta como as quatro questões básicas da Microeconomia ajudam no 
entendimento do conceito firma e sua relação com o Marketing.
CONTEÚDO DO LIVRO
Um dos maiores influentes do Marketing é a Economia. Conhecer os principais elementos que a 
compõem, assim como a relação entre eles, é fundamental para a realização de estratégias de 
marketing efetivas. 
Leia o capítulo Microeconomia Aplicada ao Marketing da obra Administração de Marketing que 
é a base teórica desta Unidade de Aprendizagem.
Boa leitura.
ADMINISTRAÇÃO 
DE MARKETING 
Ricardo da Silva e Silva
Microeconomia aplicada 
ao marketing
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você será capaz de:
  Descrever as atividades e funções da firma.
  Relacionar fatores microeconômicos que afetam o negócio.
  Identificar mecanismos de equilíbrio do mercado.
Introdução
A economia e seus diversos elementos são determinantes às empresas 
e às suas estratégias de negócio em relação ao mercado consumidor. As 
variações de preços, as estratégias para atendimento das demandas de 
mercados, além da forma de gerenciamento de custos que envolvem 
o processo de produção, são elementos teóricos da microeconomia.
Neste capítulo, você vai compreender as atividades e funções da 
firma, vai relacionar os principais fatores microeconômicos que afetam o 
negócio e, por fim, vai identificar mecanismos de equilíbrio de mercado. 
As atividades e funções da firma
Muitas empresas trabalham traçando objetivos a partir de sua missão, visão e de 
seus valores, que são os norteadores organizacionais e podem defi nir o sucesso 
ou fracasso de uma organização. Entretanto, há outros elementos que devem 
ser levados em conta quando interpretamos o cenário em que uma empresa 
está inserida e seus aspectos econômicos. O objetivo de uma organização é a 
maximização dos lucros por meio da transformação de fatores de produção. 
Entendendo esse complexo cenário, o teórico Ronald Coase idealizou a teoria 
da fi rma, que apontava sobre a importância das fi rmas para o funcionamento 
do mercado e que considerava que as fi rmas elaboravam seus produtos a 
partir da transformação dos meios de produção utilizando-se de tecnologias. 
Dessa forma, a teoria da fi rma não aborda apenas a questão da maximização 
dos lucros, mas também a capacidade que uma organização tem de ser com-
petitiva. Varian (2000) afi rma que as empresas não se conectam apenas pelo 
produto, mas pela capacidade de agregar competitividade a eles. A teoria da 
fi rma, portanto, estuda o desempenho de uma empresa para que ela seja mais 
produtiva, levando em conta os custos de transação, de produção e futuros 
rendimentos. O objetivo da teoria é apontar formas para que a empresa seja 
mais lucrativa considerando os fatores tecnológicos relativos à produção de 
um bem de consumo.
Teoria dos custos
Os custos representam todos os valores que, direta ou indiretamente, afe-
taram a capacidade produtiva de uma empresa. Os custos diretos estão 
diretamente ligados aos fatores de produção, como a matéria-prima; já os 
custos indiretos são aqueles que não têm relação com as unidades produzidas 
pela empresa, como o aluguel de uma fábrica, por exemplo. O sucesso de 
uma organização está relacionado a como serão gerenciados os custos da 
empresa. Para Robles Jr. (2008), os custos não são uma simples ferramenta 
de valor de estoques, e o aperfeiçoamento da previsão de custos pode 
funcionar como processo decisório.
Ainda há outra divisão de custos que são os fixos, aqueles que não se alteram 
em relação às quantidades produzidas, como, por exemplo, a depreciação de 
um equipamento, e os variáveis, aqueles que se alteram em relação às unidades 
produzidas por uma empresa. Veja, a seguir, os principais conceitos de custos 
segundo Martins (2006).
  Gasto: aquisição de um bem ou serviço que decorre de um sacrifício 
financeiro.
  Custo: aquisição de um bem que se destinará à produção de outro.
  Custo direto: custos que podem ser diretamente utilizados na produção 
de outros.
  Custos indiretos: não podem ser apropriados diretamente aos bens 
produzidos pela empresa.
  Custos fixos: variam em sua totalidade, mas não em decorrência das 
quantidades produzidas.
  Custos variáveis: têm variação de acordo com as unidades produzidas 
pela empresa.
Microeconomia aplicada ao marketing2
  Margem de contribuição por unidade: diferença existente entre o 
preço de venda de um produto e os custos variáveis de cada produto.
  Margem de contribuição total: resultado da multiplicação entre o 
número de cada unidade produzida pela margem de contribuição de 
cada unidade.
A Figura 1 apresenta os custos envolvidos no processo de produção.
Figura 1. Custos envolvidos para a confecção de um bem de consumo, compreendendo 
todos os tipos de custos de uma empresa.
Fonte: Alves e Fiorio (2014, documento on-line).
Cada organização deve realizar uma leitura minuciosa de seus custos, 
a fim de trabalhar com esses dados de forma estratégica, no intuito de 
agregar vantagem competitiva. Um controle efetivo dos custos representa 
a capacidade de uma empresa de ser mais lucrativa e, para isso, deve haver 
uma integração entre todos os setores de uma empresa. Para Martins (2006), 
um controle adequado de custos definirá metas de custos e as escolhas de 
quais produtos podem ser confeccionados, devendo existir integração entre 
todas as partes da empresa — a engenharia respondendo pelos aspectos 
tecnológicos, o marketing interpretando análise do comportamento do pro-
3Microeconomia aplicada ao marketing
duto, entre outros. A definição dos tipos de custos permite que eles sejam 
rateados pela empresa, ou seja, possibilita a identificação de qual custo pesa 
mais na gestão da empresa.
Teoria da produção
A teoria da produção destina-se a realizar uma importante análise: a relação 
existente entre os recursos produtivos e os bens que a fi rma consegue produzir 
com base em seus fatores tecnológicos. Nesse sentido, a teoria apresenta análi-
ses baseadas em alguns elementos, como custos e as restrições relativas a esse 
fator, as escolhas de quais insumos serão utilizados no processo produtivo e os 
aspectos tecnológicos envolvidos no processo produtivo. Esses três elementos 
são os pilares que sustentam a teoria do produção. Conforme Antunes et al. 
(2008) afi rmam, os princípios da teoria da produção valem-se de técnicas 
efi cientes, analisando características e o cenárioeconômico.
Cada empresa irá produzir para atender a uma demanda consumidora 
e maximizar seus lucros, dessa forma, transformando seus insumos em 
produtos acabados para a venda por meio da combinação de tecnologia, 
mão de obra e matéria-prima. Obviamente, será sempre o objetivo final da 
organização, levando em conta os aspectos econômicos e a maximização 
dos lucros.
Teoria dos rendimentos
Para compreender a teoria dos rendimentos, é necessário entender o que é lucro. 
Nesse sentido, deve haver a compreensão inicial de alguns elementos, como a 
receita total, que pode ser representada pelo montante que uma empresa recebe 
pela venda de seus produtos, e o custo total, que pode ser representado pelo 
valor que uma empresa gasta para obter matéria-prima. Dessa forma, obtém-se 
o lucro de uma organização, que corresponde à diferença entre sua receita 
total e seu custo total. Varian (2000) aponta que os rendimentos descrevem o 
que acontece quando se aumentam todos os insumos.
A maximização dos lucros é o objetivo maior das organizações, devendo 
haver um olhar estratégico sobre a questão do lucro. Para que haja a maxi-
mização dos rendimentos, deve ser observada a maior diferença entre receita 
Microeconomia aplicada ao marketing4
e custo, ou seja, qual é o nível para produzir com o maior rendimento ao 
menor custo possível. 
O marketing tem estreita relação com os elementos da teoria da firma, pois 
estimula a demanda consumidora, podendo influenciar em diversas variáveis 
que impactam nesses elementos, como o valor de um bem de consumo. Con-
forme Prahalad e Ramaswamy (2004), na teoria da firma, levando-se em conta 
o contexto atual, não há como deixar de considerar outros elementos e, nesse 
sentido, consumidor e organização estão envolvidos em criar valor para um 
bem, de forma que este seja único para o consumidor individual. 
Fatores microeconômicos que afetam o negócio
Um dos grandes pensadores em economia, Adam Smith apresentou importantes 
teorias sobre o funcionamento do mercado econômico e sobre a forma com que 
esse infl uencia empresas, pessoas, o cenário global e se autorregula por meio 
da “mão invisível”, que permite que a economia se comporte perfeitamente a 
partir da interação de empresas e consumidores, sem interferências externas. 
Para compreender melhor esses complexos fenômenos, é importante que a 
compreensão de algumas perspectivas que impactam no funcionamento dos 
negócios, o que você confere a seguir.
Política de preços
Um preço refl ete a quantidade monetária com que um fornecedor deseja vender 
seus produtos ou serviços. O preço é de grande importância para as organi-
zações, pois, a partir dele e da política de preços aplicada, pode-se agregar 
vantagem competitiva às empresas. Nesse sentido, é importante salientar a 
diferença entre valor e preço: valor é aquilo que se estima que algo valha, 
enquanto o preço é o valor quantitativo que um bem tem. O sistema econômico 
e os preços aplicados a produtos ou serviços seguem, de forma analítica, 
alterações para que o mercado funcione de forma perfeita, e as variações do 
preço acabam regulando o consumo de um bem de consumo. A política de 
preços é tão importante que, segundo Bruni e Famá (2003), o sucesso de uma 
empresa pode até não estar relacionado aos preços praticados, mas um preço 
errado pode causar a ruína de uma empresa.
5Microeconomia aplicada ao marketing
As formas para constituir o preço de um produto ou serviço são basicamente 
três, como você confere a seguir.
  Com base na concorrência: os preços podem ser baseados nos preços 
dos produtos oferecidos pelos concorrentes diretos. Dessa forma, não 
existe uma grande preocupação relacionada aos custos para produzir 
cada unidade vendida. Segundo Bruni e Famá (2002), este tipo de 
precificação parte da ideia de que os produtos sejam vendidos ou mais 
altos ou mais baixos que a concorrência, de forma estratégica.
  Com base no consumidor: o preço é definido em relação à percepção que 
o público-alvo tem de valor agregado ao produto ou serviço comerciali-
zado. Existem algumas técnicas para apurar quanto o consumidor está 
disposto a pagar por um produto, e uma delas é a pesquisa de mercado. 
Moura e Pinto (2011) acreditam que esse tipo de técnica compreende 
que o preço é apenas mais um atributo do produto, não podendo ser o 
único percebido pelo cliente.
  Com base nos custos: é a precificação elaborada a partir dos custos, 
ou seja, dos insumos gastos para a confecção de um produto. Assef 
(2005) afirma que formar o preço pelo custo possibilita repassar ao 
consumidor os custos de produção, distribuição, além das margens 
de lucro propostas. Uma das formas de formar o preço de vendas pelo 
custo é utilizando o markup.
Em relação à formação do preço de venda, é fundamental salientar que 
não há como teorizar sobre a melhor técnica de formar o preço; as variáveis 
de cada tipo de negócio é que devem definir a melhor escolha para precificar 
um bem de consumo.
A formação do preço de venda é vital para o sucesso das organizações. Muitas téc-
nicas são utilizadas para formar o preço de venda, e uma delas é o markup, que leva 
em conta as variáveis de produção, a fim de encontrar o preço ideal de um bem de 
consumo. O vídeo no link a seguir apresenta essa técnica de formação do preço a 
partir de exemplos práticos.
https://qrgo.page.link/GpLX7
Microeconomia aplicada ao marketing6
Comportamento do consumidor
As empresas necessitam saber sobre os consumidores e suas reais necessi-
dades, e a produção de uma organização depende de quanto, como, quando 
e onde os clientes desejam consumir seus produtos ou serviços. O marketing 
apresenta diversas ferramentas para que seja possível conhecer melhor os 
públicos desejados a partir de pesquisas de mercado e satisfação de clientes.
Cada organização precisa conhecer o perfil do seu consumidor para, então, 
poder atender de forma mais qualificada sua demanda. Para Mainrdes (2006), 
a utilização da internet transformou o comportamento do consumidor devido 
à grande quantidade de informações que esses recebem além da abertura dos 
mercados. A forma como os consumidores se comportam definem variáveis 
como demanda e oferta. 
Concorrência
Os diferentes mercados apresentam, no contexto contemporâneo, uma infi ni-
dade de organizações dividindo o mesmo mercado consumidor. A concorrência 
caracteriza tal divisão e é de grande importância para o mercado, pois, a 
partir dela, são defi nidas políticas de preços e o consumidor pode optar sobre 
a quantidade que deseja consumir de um determinado item. Santos (2009) 
compreende que concorrentes são aquelas organizações que competem por 
uma participação de mercado e, ao mesmo tempo, por obtenção de recursos, 
tentando diminuir a rentabilidade de seus concorrentes. Pindyck e Rubinfeld 
(2009) dividem a concorrência nos seguintes tipos.
  Concorrência perfeita: esse é o caso de quando há um grande número de 
empresas concorrendo por um grande número de consumidores. Nesse caso, 
inexiste a possibilidade de uma empresa sozinha influenciar o mercado. 
Del Masso (2012) aponta as características de uma concorrência perfeita 
como aquela em que existe um grande número de sujeitos econômicos 
em ação e nenhum deles pode, sozinho, modificar o volume de produção.
  Concorrência imperfeita: na concorrência imperfeita, há uma pequena 
quantidade de empresas oferecendo seus produtos a diversos consumido-
res. Nesse tipo de concorrência, as firmas sabem de sua capacidade de ser 
formadora do preço. São exemplos de concorrência imperfeita monopólio, 
oligopólio, monopsônio e oligosônio. O Quadro 1, a seguir, apresenta 
as características de cada um desses tipos de concorrência imperfeita.
7Microeconomia aplicada ao marketing
Tipo de concorrência Características
Monopólio Ocorre quando uma única empresa oferece mer-
cadoria para o mercado consumidor. Nesse tipo de 
concorrência, há muitos compradores para uma única 
empresa fornecedora de um bem. Um exemplodesse 
tipo de concorrência é a Petrobrás, única fornecedora 
de combustível para os postos de gasolina.
Oligopólio Semelhante ao monopólio, esse tipo de concorrência 
ocorre quando poucas empresas dividem um vasto 
mercado consumidor. Um exemplo desse tipo de 
concorrência é o mercado de telefonia móvel, em que 
não mais de dez empresas oferecem serviços de tele-
fonia e banda larga para milhares de consumidores. 
Monopsônio O monopsônio é o inverso do monopólio. Há um único 
comprador para inúmeros vendedores. Nesse caso, o 
preço é definido pelo comprador. Um exemplo prá-
tico são os processos licitatórios para atender órgãos 
públicos.
Oligpsônio O oligopsônio é o inverso do monopólio. Há poucos 
compradores para inúmeros vendedores. Nesse caso, 
o preço é definido pelo comprador. Um exemplo 
prático é a industria do fumo, em que poucos com-
pradores adquirem a produção de inúmeros produto-
res de fumo.
Quadro 1. Tipos de concorrência imperfeita.
É importante entender os tipos de concorrência e seu funcionamento, 
pois, em cada um desses tipos de concorrência, as empresas tratam políticas 
de preços e têm diferentes comportamento em relações aos elementos que 
influenciam oferta e demanda.
Mecanismos de equilíbrio do mercado
O mercado é um ente dinâmico que se regula a partir de seu funcionamento 
perfeito e de alguns elementos que possibilitam sua estabilidade. O equilíbrio 
entre oferta e demanda e as relações entre os bens de consumo, sendo esses 
Microeconomia aplicada ao marketing8
substitutos ou não, representam a dinamicidade do mercado econômico e sua 
capacidade de autorregulação.
Para compreender o mercado e seu funcionamento, é necessário entender 
os elementos que possibilitam tal autorregulação, o que permite agregar 
vantagem competitiva às empresas a partir das práticas de oferta de produtos 
e aplicação de políticas de preços.
Adam Smith foi um dos maiores pensadores da economia e teorizou sobre diversos 
pontos dessa ciência. O autor lançou um dos livros mais importantes da história 
sobre economia, intitulado A Riqueza das Nações, na qual cunhou o termo “a mão 
invisível”, que regula o mercado. Segundo Smith, o mercado tem a capacidade de 
regular-se sem a interferência governamental, como se houvesse uma mão invisível 
conduzindo a economia, fazendo com que elementos, como a política de preços, 
regulem-se sozinhas. Adam Smith é o pai do liberalismo econômico e teve Karl Marx 
como opositor de ideias.
Bens substitutos e complementares
As empresas ofertam seus bens a determinados preços, e a procura dos 
consumidores por esses bens está relacionada a alguns fatores, como preços 
e a demanda consumidora. Entretanto, a procura dos consumidores por 
um determinado produto está relacionada à existência de bens substitutos 
ou complementares. Um bem substituto é aquele que pode ser substituído 
por outro. Um exemplo de bem substituto é a lentilha em relação ao feijão: 
supondo que haja um aumento substancial do preço do feijão, a demanda 
consumidora optará por compra lentilha, substituta do feijão. Já os bens 
complementares são aqueles que são consumidos junto a outro, como, por 
exemplo, pãezinhos e queijo, em que, no caso de alteração do preço de um dos 
bens, o produto complementar pode ser mais ou menos comercializado. Para 
Pindyck e Rubinfeld (2009), bens substitutos são aqueles em que o aumento 
do preço de um leva ao aumento da demanda do outro; já nos substitutos, 
o aumento do preço de um bem acarreta a redução da demanda de outro. 
Estar atento aos bens substitutos e complementares pode levar a uma maior 
competitividade de uma organização.
9Microeconomia aplicada ao marketing
Curva da oferta
Oferta representa tudo aquilo que é oferecido no mercado de bens de consumo 
por empresas fornecedoras. São muitas as teorias relacionadas à oferta e à 
forma como ocorre o comportamento das organizações e dos consumidores 
em relação aos produtos ofertados. Em relação à oferta, há um importante 
elemento que é vital compreender: quanto maior o preço, maior a oferta, ou 
seja, quanto mais elevado o preço de um produto, maior será a quantidade 
desse produto à disposição do consumidor. Segundo Pindyck e Rubinfeld 
(2009), a curva da demanda é representada pela relação entre a quantidade 
de um bem desejado pelo mercado consumidor e seu preço. Para os autores, a 
curva da oferta representa a quantidade de bens que os consumidores desejam 
vender e seu preço.
Curva da demanda
A demanda signifi ca a procura de consumidores por bens de consumo por 
parte dos consumidores; a quantidade de bens que os consumidores desejam 
é denominada quantidade demandada.
A curva da demanda é representada pela relação entre preços e a quantidade 
de bens que esses consumidores desejam adquirir. A relação da curva da 
demanda para a curva da oferta é inversamente proporcional: quanto menor 
o preço, maior a quantidade demandada, o que significa que, se o preço for 
baixo, mais os consumidores desejrão adquiri-los. Segundo Pindyck e Rubinfeld 
(2009), a curva da demanda é representada pela relação entre a quantidade de 
um bem desejado pelo mercado consumidor e seu preço. 
Ponto de equilíbrio: oferta e demanda
O ponto de equilíbrio entre a oferta e a demanda representa a capacidade de 
autorregulação do mercado. Entendendo que oferta e demanda são inversa-
mente proporcionais, as curvas da oferta e da demanda podem cruzar-se; 
compreendendo que a oferta depende do preço, quanto maior o preço, maior o 
desejo dos fornecedores de ofertar seus produtos. Entretanto, a curva da oferta 
não pode ser compreendida sozinha e, quanto menor o preço, maior a procura 
dos consumidores pela procura dos produtos. A teoria aponta que, enquanto 
os preços de um bem forem altos, haverá interesse por parte das empresas em 
ofertar esses bens; contudo, os consumidores irão consumir esse determinado 
bem enquanto possuírem fôlego econômico. Dessa forma, a demanda cairá, 
Microeconomia aplicada ao marketing10
assim como os preços. Nesse momento, é atingido o ponto de equilíbrio, o 
preço ideal para um determinado bem, oferecido a um público consumidor 
em uma concorrência perfeita, conforma aponta a Figura 2.
Figura 2. Ponto de equilibrio entre a oferta e demanda, que pode ocorrer em 
um mercado em uma concorrência perfeita.
Fonte: Conte (2014, documento on-line).
ALVES, F.; FIORIO, V. O que são custos diretos e indiretos de produção? Indústria Hoje, 2014. 
Disponível em: https://industriahoje.com.br/o-que-sao-custos-diretos-e-indiretos-
-de-producao. Acesso em: 13 jun. 2019. 
ANTUNES, J. et al. Sistemas de produção: conceitos e práticas para projetos e gestão da 
produção enxuta. Porto Alegre: Bookman, 2008.
ASSEF, R. Manual de gerência de preços: do valor percebido pelo consumidor aos lucros 
da empresa. Rio de Janeiro: Campus, 2005.
BRUNI, A. L.; FAMÁ, R. Gestão de custos e formação de preços: com aplicação na calcula-
dora HP 12C e Excel. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
CONTE, A. Demanda, oferta e equilíbrio de mercado. 2014. Disponível em: https://alexandre-
conte.com/2014/11/07/demanda-oferta-e-equilibrio-de-mercado/. Acesso em: 13 jun. 2019.
11Microeconomia aplicada ao marketing
DEL MASSO, F. Direito econômico: esquematizado. 2. ed. São Paulo: Método, 2012.
MAINARDES, R. Marketing – ideias, reflexões e prática. Gazeta do Povo, Curitiba, 22 
maio 2006.
MARTINS, E. Contabilidade de custos. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2006.
MOURA, P. C. C.; PINTO, L. J. S. Formação do preço de venda e precificação: o caso da 
Leader Magazine. Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia, 8., 2011, Resende. 
Anais [...]. Resende: SEGET, 2011.
PINDYCK, R. S.; RUBINFELD, D. L. Microeconomia. São Paulo: Pearson, 2013. 
PRAHALAD, C. K.; RAMASWAMY, V. O futuro da competição: como desenvolver dife-
renciais inovadores em parceria com os clientes. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
ROBLES JR, A. et al. Contabilidade de custos: temas atuais. Curitiba: Juruá, 2008.
VARIAN, H. R. Microeconomia: umaabordagem moderna. Rio de Janeiro: Campus, 2000.
Leitura recomendada
COMO FUNCIONA O MARKUP. [S. l.: s. n.], 2018. 1 vídeo (5 min). Publicado pelo canal 
SimTax. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=RFSsIAjchgI. Acesso em: 
13 jun. 2019.
Microeconomia aplicada ao marketing12
DICA DO PROFESSOR
Neste vídeo são apresentadas as oportunidades que o excesso de demanda ou o excesso de oferta 
proporcional oferecem para os profissionais de marketing.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
EXERCÍCIOS
1) Para a Economia, o termo firma se remete a uma unidade econômica que tem como 
objetivo preencher a economia de mercado, consumir e produzir bens de serviços. 
Então, sobre este termo, pode-se afirmar que:
A) Sua atividade principal é a produção de bens e serviços.
B) Seu principal objetivo é produzir um lucro mínimo para a subsistência dela no mercado.
C) O que produzir é uma decisão que se refere ao ambiente interno da organização.
D) Na definição de firma, os consumidores não têm um papel definido.
E) Não há preocupação com os avanços tecnológicos.
2) Sabemos que a demanda é aquilo que o consumidor tem vontade de comprar. Essa 
demanda é gerada pelo marketing por meio de várias estratégias. Assim sendo, pode-
se afirmar que:
A) A demanda é sempre finalizada com a compra do produto.
B) A firma não relaciona a demanda com o tempo, somente com o preço.
C) O preço do produto e a renda do consumidor afetam diretamente as demandas.
D) Quando o preço cai, a demanda dos consumidores diminui proporcionalmente.
E) A renda do consumidor influencia e define o preço final do produto.
3) Assim como o perfil dos consumidores, a demanda não deve ter uma única definição. 
Para os estudiosos, há tipos específicos dessas demandas. Desta forma, sobre 
demandas, podemos afirmar que o(a):
A) marketing precisa entender as especificidades da demanda irregular.
B) demanda direta possui ciclos próprios e variam muito.
C) demanda derivada é sempre potencializada pela sazonalidade.
D) busca por um produto específico é característica principal da demanda irregular.
E) O resultado da venda de outro produto no mercado impacta nas demandas diretas.
4) O marketing trabalha a relação direta entre demanda, ostipos de bens e a renda dos 
clientes. Sobre essas relações, pode-se afirmar que:
A) Para os bens normais, sempre que a renda do consumidor aumenta, a demanda diminui.
B) Os bens normais também aumentam suas vendas sempre que a renda diminui.
C) Em nenhuma situação o consumidor estará satisfeito com a quantidade de um determinado 
bem.
D) No consumo saciado, o consumidor está satisfeito com a demanda, por isso passa a 
consumir mais.
E) Quando a renda aumenta, pode haver a queda no consumo de determinados produtos.
5) Tanto para a Economia, quanto para o Marketing, a oferta é a quantidade de 
produtos ou serviços que pretendem ser comercializadas. Então, sobre a oferta é 
CORRETO afirmar que:
A) Ela depende de inúmeros fatores, como demanda de mercado, linha de produção, mercado, 
exceto o preço do produto.
B) O fator de produção impacta na oferta, pois soma todos os preços da produção.
C) Quando se diminui um dos custos da produção, automaticamente, se aumenta o custo do 
fator.
D) Mesmo aumentando os custos do insumo, a produção nunca será afetada.
E) Apesar de importante, a tecnologia tem baixo impacto na oferta.
NA PRÁTICA
O monopólio não ocorre apenas quando uma empresa detém o mercado todo, mas também 
quando um dos produtores detém grande parcela do mercado (por exemplo, mais de 50%) e seus 
concorrentes são todos pequenos. Conheça mais sobre essa prática de mercado.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Microeconomia e Comportamento
Marketing Aplicado
Leia da página 43 até a p. 59 (quadro 3.3).

Outros materiais