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Resumo Capacidades Físicas 1. CAPACIDADES FÍSICAS BÁSICAS Para a prática de uma atividade física, coloca-se em jogo várias capacidades físicas. Capacidades físicas são ações musculares e processos motores que dizem respeito à formação corporal e a técnica de movimentos, ou seja, qualidades que fazem parte de nosso corpo, essenciais para uma vida ativa e saudável. Entre as capacidades físicas, podemos citar: a coordenação, a flexibilidade, resistência, velocidade, força, agilidade e equilíbrio. Cada um delas tem características, desenvolvimento e curiosidades muito peculiares. Quando assistimos ao desempenho de um atleta vencendo obstáculos, podemos ter certeza de que ele está a utilizar uma ou mais capacidades físicas. Mas o cidadão que não pratica desporto de alto nível também deve melhorar o nível de suas capacidades físicas se estiver interessado em manter uma boa postura, resolver as tarefas do cotidiano ou mesmo praticar atividade física voltada para o lazer. (DARIDO E JUNIOR, 2007). 1.1 COORDENAÇÃO A coordenação motora é a capacidade do cérebro de equilibrar os movimentos do corpo, mais especificamente dos músculos e das articulações. Pode-se verificar o desempenho motor de uma pessoa através de sua agilidade, velocidade e energia. A coordenação motora é dividida em: • Coordenação geral- que visa utilizar os grandes músculos (esqueléticos) de forma mais eficaz tornando o espaço mais tolerável à dominação do corpo, de fora global mais eficiente, plástica e econômica. Este tipo de coordenação permite a criança ou adulto dominar o corpo no espaço, controlando os movimentos mais rudes. Ex: andar, pular, rastejar e etc. • Coordenação geral especifica - permite controlar movimentos específicos de uma atividade. Ex: chutar uma bola (futebol), arremessar (basquete) e etc. • Coordenação motora fina - que visa utilizar os pequenos músculos de forma mais eficaz tornando o ambiente controlável pelo corpo para o manuseio de objetos, produzindo assim movimentos delicados e específicos. Ex: recortar, lançar ao alvo, escrever, digitar e etc. 1.2 FLEXIBILIDADE Flexibilidade - É capacidade de aproveitar as possibilidades de movimentos articulares, os mais amplos possíveis, em todas as direções. Em diversos desportos e atividades físicas, pode-se perceber a influencia de flexibilidade na execução de movimentos. Amplitude de Movimento - Dimensão do deslocamento do corpo ou de seus segmentos entre certos pontos, de orientação convencionalmente escolhida, expressada em graus e unidades lineares. Mobilidade - Refere-se à amplitude de movimento permitida pela articulação em função de seus diversos componentes. Elasticidade - Diz-se à capacidade de extensão elástica dos componentes. Plasticidade - É a capacidade dos elementos articulares de se distendem e não retornarem à sua medida inicial. Em parte, no caso dos componentes articulares, a deformação é apenas temporária, porém, uma pequena parte das deformações plásticas ocorridas como resultado do treinamento de flexibilidade de alta intensidade são irreversíveis. Porque a flexibilidade é importante? • Para aumentar a qualidade e a quantidade dos movimentos; • Melhora a postura corporal; • Diminui os riscos de lesões; • Favorecer a maior mobilidade nas atividades diárias e desportivas. Ligamentos - tem baixo coeficiente de elasticidade e alto coeficiente de plasticidade. Tendões - tem baixo coeficiente de elasticidade e de plasticidade. Músculos - tem alto coeficiente de elasticidade, principalmente quando trabalhados para tal. Obs.: - Geralmente quando os limites são superados em seus coeficientes de elasticidade e plasticidade, caus a o rompimento das estruturas e o surgimento de lesões. Quanto a Flexibilidade: A flexibilidade é bastante específica para cada articulação podendo variar de indivíduo para indivíduo e até no mesmo indivíduo com passar do tempo. Curiosidades e características da flexibilidade A flexibilidade sofre a influência de alguns fatores que podem ser caracterizados pela idade e pelo sexo. Do nascimento até a velhice, a flexibilidade tem picos e quedas. Nos bebés, as articulações não estão formadas por completo, por isso eles conseguem colocar os pés na boca. Até a fase pré-púbere, a flexibilidade é grande. Na adolescência, há uma diminuição, que tende a se acentuar na fase adulta e na velhice. As meninas, em geral, têm flexibilidade maior que os meninos, porque, entre outros fatores, elas tendem a ter uma quantidade menor de massa muscular, possibilitando uma maior mobilidade articular. Existem meninos com mais flexibilidade do que as meninas, mas é uma minoria. Tipos de Flexibilidade: 1- Ativa - é a máxima amplitude que se pode obter através de movimentos efetuados pelos músculos de forma voluntária. 2- Passiva - é a máxima amplitude articular que se consegue em um movimento através da ação de uma segunda pessoa, aparelhos, força da gravidade, etc. 1.3 RESISTÊNCIA Resistência – é a capacidade de realizar trabalho muscular com uma dada intensidade e durante um determinado período de tempo. O principal fator limitante e que simultaneamente afeta o resultado é a fadiga. Considera-se que um atleta tem uma boa resistência quando não se cansa facilmente ou ainda quando consegue continuar a realizar um determinado movimento em estado de fadiga. Dentro do complexo das capacidades motoras, a resistência é a capacidade que deve ser desenvolvida em primeiro. Sem uma boa resistência é difícil repetir suficientemente outros tipos de treino de modo a desenvolver outros componentes da aptidão física. Tipos de resistências: • Resistência aeróbica- Esse tipo de resistência permite manter o esforço de intensidade moderada durante longo tempo, com equilíbrio entre o que se capta de oxigênio e o que se consome. A maratona, as corridas de longa distância do atletismo, como a prova de 10 mil metros, a marcha atlética, o triatlo, o duatlo, a natação de longa distância são exemplos de atividades físicas que requerem bons níveis de resistência aeróbia. • Resistência anaeróbica- É a capacidade de execução de determinada atividade com alta intensidade em um curto espaço de tempo, durante um período de tempo inferior a três minutos. O desenvolvimento da resistência anaeróbia em atletas de alto nível possibilita o prolongamento dos esforços máximos mantendo a velocidade e o ritmo do movimento, mesmo com o crescente débito de oxigênio, da consequente fadiga muscular e o aparecimento de uma solicitação mental progressiva. 1.4 VELOCIDADE Velocidade – É a capacidade de execução de um movimento ou cobertura de uma distância no menor tempo possível ou como a capacidade de realizar um esforço de máxima frequência e amplitude de movimentos durante um tempo curto. Podemos observar a velocidade em muitas atividades esportivas e recreativas, assim como no nosso cotidiano. Nas atividades desportivas, a velocidade aparece no futebol, no atletismo, no basquete, no vólei, na natação. Nas atividades recreativas, está em jogos como apanhada, Lencinho. No nosso cotidiano, aparecem situações como “atravessar a rua correndo”, “correr porque vai chover”. A velocidade está dividida em três: Velocidade de reação - “tempo requerido para ser iniciada uma resposta a um estímulo específico”. Velocidade de deslocamento ou velocidade de movimento - “A capacidade máxima de um indivíduo deslocar-se de um ponto para outro”, sendo importantíssima nos desportos coletivos e no Atletismo (provas de velocidade). Velocidade de movimento dos membros (superiores ou inferiores) - “a habilidade de mover os braços ou pernas tão rápido quanto possível”. 1.5 FORÇA Força - É a capacidade física que permite a um músculo ou um grupo de músculo s produzir uma tensão e vencer uma resistência na ação de empurrar, tracionar,elevar, apertar, abaixar, segurar, etc. Tipos de Força: A força nunca aparece sob uma forma pura, mas constantemente como uma combinação, ou mais ou menos como uma mistura de fatores físicos de condicionamento da “performance”. São elas: Força dinâmica (isotônica) - É “o tipo de força que envolve as forças dos músculos nos membros em movimentos repetidos durante um período de tempo”. Força de explosão (potência) - É a capacidade que o sistema neuromuscular tem de superar resistências com a maior velocidade de contração possível. Esta combinação de velocidade de contração muscular e velocidade de movimento designam-se freqüentemente potência. Força estática (isométrica) - É “o tipo de força que explica o fato de haver força produzindo calor, e não havendo produção de trabalho em forma de movimento”. 1.6 AGILIDADE Agilidade - É a capacidade de deslocar o corpo no espaço o mais rápido possível, mudando o centro de gravidade de posição, sem perder o equilíbrio e a coordenação dos movimentos. A agilidade aparece muito nas atividades desportivas e recreativas, assim como em movimentos relacionados ao nosso dia-a-dia. Por exemplo: nos desportos – basquete, esgrima, boxe, vólei, ténis, futsal, futebol americano; nas atividades recreativas – apanhada, caçador, lencinho; nas atividades do cotidiano – o desviar de algum objeto lançado na nossa direção. 1.7 EQUILÍBRIO Equilíbrio - É uma das capacidades físicas mais importantes e precisamos dele em diferentes situações: ficar em pé, andar, andar de bicicleta, de patins, de skate, etc. É a capacidade de manter o corpo estável em uma posição estática ou em movimento. Os principais órgãos responsáveis pelo equilíbrio são o labirinto do ouvido interno e o cerebelo, que tem influência no equilíbrio por ser responsável pela coordenação de todos os movimentos. A posição da cabeça nas atividades é importante para a manutenção ou perda do equilíbrio. Observe uma bailarina quando faz giros, ela está sempre a olhar para um ponto fixo e só gira a cabeça após o corpo girar, sem tirar o olho do ponto. Há alguns tipos de equilíbrio: O equilíbrio dinâmico é aquele que o indivíduo mantém equilibrando-se durante um movimento. Por exemplo: quando andamos de bicicleta, quando andamos num muro, quando corremos. O equilíbrio estático é a capacidade de equilibrar-se em uma posição estática, sem movimento. Por exemplo Esse equilíbrio está presente ao ficarmos de pé. O equilíbrio de recuperação é a capacidade de recuperar o equilíbrio em uma posição específica, após sofrer um desequilíbrio. Por exemplo: quando um ginasta sai da barra fixa, ou cavalo, após um salto, e tem que cair de pé, sem mover os dois pés para frente ou para trás.
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