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Raiva: uma doença infecciosa e letal

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Aline Oliveira
Raiv�
INTRODUÇÃO
✔ A raiva é uma doença infecciosa viral,
zoonose que acomete os mamíferos, é de
notificação obrigatória, além de ser
diagnóstico diferencial de todas as doenças
neurológicas.
Transmitida principalmente por saliva
contaminada através de mordidas,
lambeduras, arranhões e por aerossóis.
➭ Ciclo aéreo: É constituído pelos
morcegos, o que têm mais importância são
os hematófagos.
➭ Ciclo silvestre: É o ciclo mais difícil de
controlar, pois quando um animal morre
dentro da mata a carcaça é decomposta
pelos animais que as comem.
➭ Ciclo rural: Animais rurais (equinos e
suínos). Os bovinos são hospedeiros
terminais e não transmitem a raiva.
➭ Ciclo urbano: Cães e gatos.
➭ O principal transmissor da raiva para o
homem é o cão (no mundo).
➭ E no Brasil é o morcego.
VÍRUS
✔ O vírus é um Lyssavirus, que pertence
à família Rhabdoviridae, possui um
genoma de cadeia linear de RNA negativo.
O seu virião possui uma nucleocápside
helicoidal e envelope lipídico revestido
exteriormente por espigões.
PATOLOGIA
✔ Depois que o vírus é inoculado ele faz
uma multiplicação inicial nos miócitos no
local da entrada, esse é o momento que
deve ser tratado para matar o vírus, pois
ele ainda está exposto e os anticorpos
podem se ligar ao vírus e assim o sistema
imune combate-lo.
Caso isso não ocorra, o vírus continua se
multiplicando nos miócitos, onde vai ser
atraído por tropismo para o axônio mais
próximo, penetra no axônio e migra para o
SNC, chegando no SNC faz uma segunda
multiplicação e começa os sinais clínicos.
O vírus migra novamente para as
terminações nervosas e começa a controlar
Aline Oliveira
a liberação de neurotransmissores, e o
quadro clínico evolui para falência
muscular que gera falácia respiratória e a
morte do indivíduo.
IMPORTANTE - Ao mesmo tempo que o
vírus está indo para o SNC ele também
migra para a glândula salivar.
(Antes mesmo do animal começar a
apresentar sintomatologia clínica já é
possível detectar presença do vírus na
saliva que já pode ser transmitida para
outros indivíduos).
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
✔ O período de incubação vai depender
da distância do axônio, QUANTO MAIS
PERTO DO AXÔNIO FOR A
INOCULAÇÃO MENOS O PERÍODO
DE INCUBAÇÃO.
QUANTO MAIS LONGE DO AXÔNIO
FOR A INOCULAÇÃO MAIOR O
PERÍODO DE INCUBAÇÃO.
Geralmente ⤵
Bovinos - 2 a 12 semanas
Cão - 21 dias a 2 semanas
Antes de apresentar sinais clínicos, o
animal já está transmitindo o vírus por 5 a
15 dias e os morcegos por até meses.
EVOLUÇÃO CLÍNICA
✔ A evolução clínica média é de 5 a 7
dias e todos os animais acometidos
morrem em até 10 dias, geralmente 90%
morrem em 7 dias.
FORMA PARALÍTICA
✔ É mais observada em herbívoros,
inicialmente começa com incoordenação
dos membros pélvicos, evoluindo para
paresia e paralisia (evolução rápida).
Pode ter paralisia da cauda, tremores de
cabeça, opistótono, bruxismo, salivação,
movimentos de pedalagem, evoluindo para
convulsões, parada respiratória e morte.
FORMA FURIOSA
✔ Animal tem uma alteração de
comportamento inicial, agitação, anorexia,
agressividade (do nada ataca os objetos),
hidrofobia, evoluindo para incoordenação
dos membros pélvicos, paresia, paralisia,
movimentos de pedalagem, convulsões,
parada respiratória e morte.
Essas formas dependem da cepa viral,
geralmente herbívoros recebem a cepa do
morcego então é a paralítica. Cães
recebem a furiosa porque o cão transmite
para o outro cão.
O tipo de cepa que caracteriza o quadro
clínico.
Aline Oliveira
SINAIS CLÍNICOS
Excitação, agressividade, medo, depressão,
ansiedade e demência.
NECROPSIA
✔ Não tem achados macroscópicos, pode
ser encontrada discreta hiperemia de
meninges e broncopneumonia por
aspiração.
MICROSCOPIA
✔ Infiltrado inflamatório perivascular não
supurativo (não tem neutrófilo), nas
meninges e no encéfalo é encontrado
infiltrado linfoplasmocítico.
Achado patognomônico CORPÚSCULO
DE NEGRI, que é um corpúsculo de
inclusão viral eosinofílica
intracitoplasmático observado em
neurônios, porém só é possível observar se
deixar a doença evoluir, pois fazendo a
eutanasia precoce o corpúsculo ainda não
vai ter se formado. (Para a conclusão do
diagnóstico).
HISTOPATOLÓGICO
✔ Meningoencefalite e neurite não
supurativa.
DIAGNÓSTICO
✔ Imunofluorescência direta e inoculação
intracerebral em camundongos (prova
biológica), são feitos com material fresco.
Também pode ser feito o exame
histopatológico, imuno-histoquímica e
PCR.
CONTROLE E PROFILAXIA
✔ Controlar a população de morcegos
hematofagos, vacinar os animais
anualmente ou semestralmente
dependendo da incidência de raiva na
região.

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