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Infecções odontogênicas

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Infecções odontogênicas
Os processos infecciosos normalmente
apresentam 4 estágios, que são:
inoculação, celulite, abscesso e resolução.
Nos primeiros três dias dos sintomas, um
edema mole, pastoso, levemente sensível,
representa o estágio de inoculação
(colonização do hospedeiro). Após três a
cinco dias, o edema torna-se endurecido,
sem limites definidos, vermelho e
altamente sensível devido à resposta
inflamatória intensa frente à flora mista
instalada. Este é o estágio mais doloroso
de todo o processo e com maior risco de
disseminação. Cinco a sete dias após o
início do edema, os anaeróbios começam
a predominar, formando um abscesso
liquefeito no centro da área edemaciada,
esse é o estágio de abscesso. Finalmente,
quando o abscesso drena
espontaneamente pela pele ou mucosa,
ou é cirurgicamente drenado, o estágio de
resolução se inicia. Estes estágios podem
ocorrer de forma sequencial ou não e
fatores locais e/ou sistêmicos podem
influenciar na progressão da infecção.
Para que o plano de tratamento das
infecções da região bucomaxilofacial seja
efetivo, ele deverá identificar a origem do
processo que normalmente é proveniente
das regiões periapical (devido necrose
pulpar) e periodontal (devido doença
periodontal). A disseminação da infecção
seguirá um trajeto em direção aos tecidos
moles que dependerá da espessura óssea
que circunda o dente, assim como a
relação do local de perfuração da cortical
óssea com as inserções musculares
maxilares e mandibulares. Dessa forma,
as infecções poderão difundir-se
inicialmente para os espaços primários
maxilares (infraorbitário, vestibular, bucal,
e infratemporal) ou mandibulares
(submentoniano, bucal, submandibular e
sublingual). Persistindo a progressão do
processo infeccioso, os espaços
secundários poderão ser atingidos
subsequentemente, sendo divididos da
seguinte maneira: massetérico,
pterigomandibular, temporal superficial e
profundo, lateral da faringe, retrofaríngeo
e pré-vertebral.
De acordo com as informações cedidas
pelos pacientes e os sinais e sintomas, o
cirurguão-dentista poderá começar a
definir a gravidade do processo infeccioso.
Para estabelecer o diagnóstico de infecção,
o exame físico deverá ser iniciado por meio
da coleta dos sinais vitais (temperatura, FC,
PS e FR). Pacientes com quadros
infecciosos mais graves deverão
apresentar temperatura, FC e FR elevadas,
enquanto a PS poderá apresentar níveis
considerados próximos da normalidade, já
que este sinal vital é o que menos varia em
quadros infecciosos, a não ser que haja
ansiedade e dor intensas. O tratamento
das infecções da região bucomaxilofacial
consiste basicamente na drenagem
cirúrgica e, principalmente, na remoção da
causa (normalmente tratamento
endodôntico ou exodontia) associada à
antibioticoterapia, se indicada. O
antibiótico de primeira escolha deverá ser
a amoxicilina e o tempo de uso será
baseado na completa remissão dos sinais e
sintomas da infecção, o que deve ocorrer 
dentro de cinco a sete dias após o início
do tratamento. Em casos mais graves,
com formação de grandes abscessos,
adicionalmente à remoção da causa
inicial, o cirugião-dentista deverá realizar
a drenagem dos locais onde houver
acúmulo se secreção purulenta,
instalando um dreno no local por cerca de
2 a 4 dias. Embora alguns autores
defendam a drenagem de celulites para
inibir a progressão da infecção para
espaços anatômicos profundos, o
tratamento deverá ser basicamente
medicamentoso, associado à remoção da
causa assim que possível, e o
acompanhamento deverá ser realizado
diariamente até que o quadro de celulite
seja resolvido.
Produzido por: Maynne Rodrigues
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