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@m ay nn e_ ro dr igu es Infecções odontogênicas Os processos infecciosos normalmente apresentam 4 estágios, que são: inoculação, celulite, abscesso e resolução. Nos primeiros três dias dos sintomas, um edema mole, pastoso, levemente sensível, representa o estágio de inoculação (colonização do hospedeiro). Após três a cinco dias, o edema torna-se endurecido, sem limites definidos, vermelho e altamente sensível devido à resposta inflamatória intensa frente à flora mista instalada. Este é o estágio mais doloroso de todo o processo e com maior risco de disseminação. Cinco a sete dias após o início do edema, os anaeróbios começam a predominar, formando um abscesso liquefeito no centro da área edemaciada, esse é o estágio de abscesso. Finalmente, quando o abscesso drena espontaneamente pela pele ou mucosa, ou é cirurgicamente drenado, o estágio de resolução se inicia. Estes estágios podem ocorrer de forma sequencial ou não e fatores locais e/ou sistêmicos podem influenciar na progressão da infecção. Para que o plano de tratamento das infecções da região bucomaxilofacial seja efetivo, ele deverá identificar a origem do processo que normalmente é proveniente das regiões periapical (devido necrose pulpar) e periodontal (devido doença periodontal). A disseminação da infecção seguirá um trajeto em direção aos tecidos moles que dependerá da espessura óssea que circunda o dente, assim como a relação do local de perfuração da cortical óssea com as inserções musculares maxilares e mandibulares. Dessa forma, as infecções poderão difundir-se inicialmente para os espaços primários maxilares (infraorbitário, vestibular, bucal, e infratemporal) ou mandibulares (submentoniano, bucal, submandibular e sublingual). Persistindo a progressão do processo infeccioso, os espaços secundários poderão ser atingidos subsequentemente, sendo divididos da seguinte maneira: massetérico, pterigomandibular, temporal superficial e profundo, lateral da faringe, retrofaríngeo e pré-vertebral. De acordo com as informações cedidas pelos pacientes e os sinais e sintomas, o cirurguão-dentista poderá começar a definir a gravidade do processo infeccioso. Para estabelecer o diagnóstico de infecção, o exame físico deverá ser iniciado por meio da coleta dos sinais vitais (temperatura, FC, PS e FR). Pacientes com quadros infecciosos mais graves deverão apresentar temperatura, FC e FR elevadas, enquanto a PS poderá apresentar níveis considerados próximos da normalidade, já que este sinal vital é o que menos varia em quadros infecciosos, a não ser que haja ansiedade e dor intensas. O tratamento das infecções da região bucomaxilofacial consiste basicamente na drenagem cirúrgica e, principalmente, na remoção da causa (normalmente tratamento endodôntico ou exodontia) associada à antibioticoterapia, se indicada. O antibiótico de primeira escolha deverá ser a amoxicilina e o tempo de uso será baseado na completa remissão dos sinais e sintomas da infecção, o que deve ocorrer dentro de cinco a sete dias após o início do tratamento. Em casos mais graves, com formação de grandes abscessos, adicionalmente à remoção da causa inicial, o cirugião-dentista deverá realizar a drenagem dos locais onde houver acúmulo se secreção purulenta, instalando um dreno no local por cerca de 2 a 4 dias. Embora alguns autores defendam a drenagem de celulites para inibir a progressão da infecção para espaços anatômicos profundos, o tratamento deverá ser basicamente medicamentoso, associado à remoção da causa assim que possível, e o acompanhamento deverá ser realizado diariamente até que o quadro de celulite seja resolvido. Produzido por: Maynne Rodrigues @ m ay nn e_ ro dr ig ue s
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