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SEGURANÇA INTERNACIONAL - APOL 1 - PRIMEIRA TENTATIVA

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Questão 1/10 - Segurança Internacional
“Wendt vai introduzir um elemento inovador, desde o ponto de vista da segurança internacional, na sua obra Social Theory of International Politics (1999), na qual o sistema internacional é visto como anárquico, mas é a “cultura” apresentada pela “estrutura” ideacional do sistema o ponto determinante para se conhecer qual é relação predominante entre Estados, quer dizer, a estrutura anárquica, é mais concebida em termos culturais e menos em termos materiais. “Em particular, ela depende de como os “Outros” (Estados) são conceitualizados: inimigos, rivais ou amigos.” (Hoffman, 2010, p. 336)”.
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 2 – A emergência das perspectivas emergente: construtivismo e comunidades de segurança).
Wendt identifica três culturas de anarquia com impacto sobre as relações dos Estados num sistema anárquico: cultura hobessiana, cultura lockiana e cultura kantiana. Partindo dessa informação, examine os enunciados abaixo e assinale a alternativa correta acerca da cultura kantiana:
Nota: 0.0
	
	A
	A cultura kantiana é um estado de direito de fato em que disputas são resolvidas sem apelo a violência.
A alternativa correta é: (A cultura kantiana é um estado de direito de fato em que disputas são resolvidas sem apelo a violência). De acordo com o livro base da disciplina, “Wendt identificaria três culturas de anarquia, com impacto sobre as relações de amizade e inimizade que os estados possam ter num sistema anárquico. A cultura kantiana é um estado de direito de fato em que disputas são resolvidas sem apelo a violência. Há uma espécie de mecanismos de segurança coletiva entre os membros que lutam como um time, caso sejam atacados por uma terceira parte. E, para além do poder militar outros tipos de poder, como o discursivo, o institucional e o econômico são mais salientes” (Adaptado)”. As demais alternativas estão, portanto, incorretas.
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 2 – A emergência das perspectivas emergente: construtivismo e comunidades de segurança).
	
	B
	A cultura kantiana é uma totalidade em funcionamento que integra hábitos, costumes, técnicas e crenças. Assim, todo elemento cultural deve ser estudado em seu contexto.
	
	C
	A cultura kantiana é uma configuração única e construída entre o local de sua diversidade e o desejo de compreensão de projeção e interesse das ciências de sua universalização.
	
	D
	A cultura kantiana é aquela situação em que a guerra é simultaneamente aceita e restrita. É um sistema de cultura liberal, em que há o direito à vida e a liberdade, entendida como autonomia e soberania.
	
	E
	A cultura kantiana é caraterizada por um estado de guerra endêmico, onde o que prevalece é um sistema de autoajuda, uma alta taxa de mortalidade dos atores, levando em conta o conflito permanente de “guerra de todos contra todos”.
Questão 2/10 - Segurança Internacional
“Duffield argumenta que “as novos conflitos violentos são originados num processo de transformação social: a emergência de novas formas de autoridade e de zonas de regulação alternativa” (2001, p. 14). Alguns atores não estatais violentos emergem em contestação direta à autoridade do Estado - como insurgentes, rebeldes ou grupos guerrilheiros - enquanto; outras surgirão em resposta a oportunidades sistêmicas oferecidas pela fragmentação da autoridade do Estado em diferentes níveis de governança de segurança, como grupos paramilitares, gangues juvenis e crime organizado. Segundo William (2008, p. 4), estes atores são entidades que desafiam o “monopólio do Estado [e a governança do Estado] sobre o uso da violência dentro de um território geográfico especificado”.
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 5 - Os estados frágeis em autoridade e legitimidade e os “black spots”).
Considerando o material disponível para a disciplina “Segurança Internacional”, assinale a alternativa que descreve corretamente o que podemos compreender por “black spots”, ou “buracos negros”.
Nota: 0.0
	
	A
	Black spots é o nome dado ao conflito característico do Oriente Médio baseado na polarização étnica e religiosa.
	
	B
	Black spots é o nome dado a grupos vinculados a inteligência norte-americana de combate ao terrorismo e ao crime transnacional.
	
	C
	A expressão black spots se refere a áreas localizadas dentro de um Estado, sobre as quais o governo formal não exerce governança ou autoridade.
A alternativa correta é: (A expressão black spots se refere a áreas localizadas dentro de um Estado, sobre as quais o governo formal não exerce governança ou autoridade). De acordo com o livro base da disciplina, “Stanislawski (2008) aprofunda a discussão sobre estes estados e de seus “black spots”, (ou “buracos negros”), que se referem a áreas localizadas dentro de um Estado, sobre as quais o governo formal não exerce governança ou autoridade. De fato, “Back spots”, são áreas que, apesar de parecerem, a princípio, um problema exclusivamente doméstico, costumeiramente se constituem como uma questão de segurança regional e, até mesmo transnacional. “São formados em locais em que há um déficit de governança do Estado, que não garante os serviços básicos à população destas regiões, fazendo com que este vácuo governamental seja logo preenchido pela autoridade informal de diversos grupos, por vezes envolvidos em atividades ilícitas e conflito armado”. (Souza, 2016, p. 77). De forma geral, entendem-se esses espaços não governados como: “Arenas sociais, políticas e econômicas em que os Estados não exercem a soberania de forma eficaz ou em que o controle do Estado é ausente, fraco ou contestado”. (Trinkunas; Clunan, 2010, p. 19)”. As demais alternativas estão, portanto, incorretas.
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 5 - Os estados frágeis em autoridade e legitimidade e os “black spots”).
	
	D
	Black spots é o nome dado a grupos econômicos que apoiam todas as formas de diáspora, comunidade étnica, regimes de ordem social, vínculos político-comerciais discretos e hegemonias de mercado.
	
	E
	A denominação black spots é uma tática de ação direta, de corte anarquista, empreendida por grupos de afinidade que se reúnem, mascarados e vestidos de preto, para protestar em manifestações de rua
Questão 3/10 - Segurança Internacional
“Como gerir conflitos? Na eventualidade de um conflito na gestão de um conflito, com o propósito de controlar e conter o uso da força armada poderá ser convencionados como uma forma de resolvê-lo, sendo o estado de paz que procede um cessar-fogo e a estabilização do confronto armado (portanto, uma paz negativa, de acordo com Galtung (1969), concebido como objetivo final de um mecanismo de resolução de conflitos”.
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 3 - Paz e gestão de conflitos).
Considerando o conteúdo da aula 3 de “Segurança Internacional”, examine os enunciados abaixo e assinale a alternativa que descreve, corretamente, as definições que podemos adotar para o conceito de conflito, ensinadas pela professora Caroline Viana.
I. Conflito armado interestatal: Conflito armado entre dois, ou mais Estados diferentes.
II. Conflito armado intraestatal: Conflito entre um governo e um grupo não governamental opositor.
III. Conflito armado intraestatal internacional: Conflito entre um governo e um grupo não governamental opositor, em que existe o apoio de tropas de internacionais. Desta forma, tropas estrangeiras participam ativamente do conflito.
IV. Conflito armado doméstico: conflito que ocorre entre indivíduos e instituições internacionais que operam a paz através de legislação em assuntos internacionais, capaz de regulamentar as relações diplomáticas e os conflitos de interesse.
Nota: 0.0
	
	A
	Apenas a afirmativa II está correta
	
	B
	Apenas a afirmativa IV está correta
	
	C
	Apenas as afirmativas II e IVestão corretas
	
	D
	Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas
As afirmativas I, II e III estão corretas. De acordo com a rota de aprendizagem 3, “O autor Villa (2019) cita ao longo do seu texto 2 conceitos de conflito, aqui trabalharemos com 3 conceitos. São eles: conflito armado interestatal: Conflito armado entre dois, ou mais Estados diferentes; conflito armado intraestatal: conflito entre um governo e um grupo não governamental opositor; conflito armado intraestatal internacional: conflito entre um governo e um grupo não governamental opositor, em que existe o apoio de tropas de internacionais. Desta forma, tropas estrangeiras participam ativamente do conflito”.
A professor Caroline explica que duas dessas definições também foram abordados no livro base da disciplina, “De acordo com Wallensteen e Sollenberg (2001, p. 629) “entre 1989 e 2000 registou-se um total de 111 conflitos armados. Destes, 33 estavam ainda ativos em 2000. Para todo este período registaram-se sete conflitos interestatais, dos quais dois ainda estavam ativos em 2000. Existe uma maior proporção de conflitos armados novos e mais pequenos a serem resolvidos do que de conflitos longos e de larga escala.” (Wallensteen e Sollenberg, 2001). De outro lado, no pós-Guerra Fria ao mesmo tempo em que há um incremento nos conflitos intraestatais, do tipo “novas guerras”, acompanhado de um declínio da guerra entre estados. Em 2002 apenas 02 conflitos eram interestatais enquanto existiam perto de 20 intraestatais, de natureza social. Em 2016 persistiam duas guerras interestatais enquanto que número de conflitos intraestatais estava perto dos 45 (ver tabela da Uppsala, 2017, em item 5.2)”.
A alternativa IV (Conflito doméstico: conflito que ocorre entre indivíduos e instituições internacionais que operam a paz através de legislação em assuntos internacionais, capaz de regulamentar as relações diplomáticas e os conflitos de interesse) está, portanto, incorreta.
Fonte: Rota de Aprendizagem 3 (Paz e gestão de conflitos).
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 3 - Paz e gestão de conflitos).
	
	E
	As afirmativas I, II e IV estão corretas
Questão 4/10 - Segurança Internacional
“Com a eclosão de muitos conflitos internos no início do pós-guerra fria na Europa central, na ex-União Soviética, Ásia, e na África organizações, governos e pesquisadores constatavam que muito mais pessoas eram mortas pelo seu próprio governo do que por exércitos estrangeiros inimigos. Desta maneira uma preocupação normativa estava começando a emergir no início do pós-guerra fria: a defesa das fronteiras contra inimigos estrangeiros deveria ser reforçada pela defesa da integridade dos indivíduos, da pessoa e da sociedade Era o início do que começou a ser chamado de segurança humana. No entanto, o evento mais notável ocorreu em 1994, e que marca o nascimento do conceito de segurança humana acontece em 1994 quando o Relatório de Desenvolvimento Humano do Programa de Desenvolvimento da ONU (o PNUD) enfatizou explicitamente que a “segurança humana” não é uma preocupação com armas - é uma preocupação com a “vida e dignidade” humana (UNDP, 1994)”.
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 2 - O pioneirismo da segurança humana).
Partindo do conteúdo discutido na disciplina “Segurança Internacional”, assinale a alternativa que faz uma análise correta do conceito de segurança humana desenvolvido por King e Murray.
Nota: 10.0
	
	A
	Segurança humana é sinônimo do nível médio de bem-estar futuro.
	
	B
	A segurança humana é uma medida comparativa usada para classificar os países pelo seu grau de "desenvolvimento humano".
	
	C
	A segurança humana de um indivíduo é definida como a expectativa de anos de vida sem enfrentar o estado de pobreza generalizada.
Você acertou!
A alternativa correta é: (A segurança humana de um indivíduo é definida como a expectativa de anos de vida sem enfrentar o estado de pobreza generalizada). De acordo com a rota de aprendizagem 2, “Os autores, King e Murray (2000, p.592) definem a segurança humana da seguinte forma: “Definimos a segurança humana de um indivíduo como a expectativa de anos de vida sem enfrentar o estado de pobreza generalizada. A segurança humana da população é então uma agregação da segurança humana dos indivíduos.” (Tradução livre). O conceito de segurança humana traz um importante ganho para as teorias de relações internacionais. Durante a década de 1990, todas as construções conceituais foram importantes, principalmente por apresentarem perspectivas diferentes da visão realista clássica e mesmo sua versão neorrealista”.
Esse assunto foi especificado no livro base da disciplina, “A fim de contribuir para um avanço prático neste debate, King e Murray (2001) propuseram uma definição alternativa de segurança humana para torná-la mensurável: o número de anos de vida futura fora de um estado de “pobreza generalizada”. Na opinião dos autores, todos os conceitos controversos de “pobreza generalizada” referem-se a um indivíduo que se sentia abaixo do limiar de qualquer domínio-chave do bem-estar humano. Também é importante reforçar a ideia correta dos autores de que qualquer “conjunto de limiares usados para definir a pobreza generalizada com a finalidade de medir a segurança humana deve ser geral e não específico do contexto ou da região” (King; Murray, 2001, p. 595). Em outras palavras, independentemente da localização, como pertencente à mesma comunidade global, o conceito de pobreza generalizada, bem como o limiar dos domínios do bem-estar, deve ser uma consideração comum e global”. As demais alterativas estão, portanto, incorretas.
Fonte: Rota de Aprendizagem 2 (Segurança Humana).
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 2 - O pioneirismo da segurança humana).
	
	D
	O conceito de segurança humana compreende o agrupamento de três variáveis: renda per capita, grau de instrução e população em idade ativa.
	
	E
	O conceito de segurança humana pode ser definido como sendo o aumento sustentado de uma unidade económica durante um ou vários períodos longos.
Questão 5/10 - Segurança Internacional
“De profunda rivalidade até a Segunda Guerra Mundial, a França e a Alemanha construíram percepções mútuas de confiança porque nos últimos 50 anos seu histórico de interações foi baseado em relações de cooperação. Argentina não teme hoje em dia o fato de que Brasil seja mais poderoso militarmente porque apesar de ambos os países terem profundas desconfianças sobre as intenções geopolíticas de ambas durante quase todo o século XX a cooperação, através de mecanismos como Mercosul, medidas de confiança mútua e redemocratização, levou a que Argentina construísse uma visão e percepção positiva sobre o poderio brasileiro. Estados Unidos teme muito às escassas bombas armas atómicas que a Coreia do Norte tem que às várias dúzias que possuem o Reino Unido e a França simplesmente porque às percepções de inimizade desde a Guerra da Coréia entre ambos países têm estado alimentadas pelo conflito diplomático, tensões militarizadas na fronteira com a Coréia do Sul e tensões sobre a proliferação nuclear norte-coreana”.
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 2 - A emergência das perspectivas emergente: construtivismo e comunidades de segurança).
Com base no conteúdo da disciplina “Segurança Internacional”, assinale a alternativa que descreve, corretamente, o conceito de segurança a partir de perspectivas construtivistas.
Nota: 10.0
	
	A
	Para o construtivismo, a segurança é um processo, que trata de uma argumentação sobre o futuro.
	
	B
	Para o construtivismo, a segurança é uma relação entre agentes com maiores ou menores capacidades de comando, influência e persuasão.
	
	C
	Para o construtivismo, segurança se traduz na busca de oportunidades para sobrepor o poder dos outros rivais, tendo a hegemonia do poder político e econômico como objetivofinal.
	
	D
	Para o construtivismo, a segurança é uma construção social. O resultado vai depender como Estados constroem social e historicamente ao longo do tempo suas relações de cooperação e conflito.
Você acertou!
A alternativa correta é: (Para o construtivismo a segurança é uma construção social. O resultado vai depender como Estados constroem social e historicamente ao longo do tempo suas relações de cooperação e conflito). De acordo com o livro base da disciplina, “Para o construtivismo a segurança é uma construção social, algo como “o que os estados fazem dela” os estados podem ter num sistema internacional anárquico profundas relações de paz, e amizade e cooperação ou de profundas relações de conflito, inimizade e rivalidade. O resultado vai depender como estados constroem social e historicamente ao longo do tempo suas relações de cooperação e conflito”. As demais alternativas estão, portanto, incorretas.
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 2 - A emergência das perspectivas emergente: construtivismo e comunidades de segurança).
	
	E
	Para o construtivismo, segurança é um conceito que se observa na investigação dos aspectos militares e, especialmente, na mensuração das armas nucleares em perspectiva comparada. Quanto mais munição bélica, mais segurança dispõe uma Nação.
Questão 6/10 - Segurança Internacional
“O Brasil desenvolveu uma ação bastante propositiva em relação à construção de instituições como a UNASUL e o Conselho Sul-americano de Defesa (CSD), como forma de políticas de cooperação e de saídas autônomas para problemas de segurança regional. Um dos aspetos mais notáveis que derivou do papel emergente do Ministério da Defesa foi que as metas regionais estavam associadas ao objetivo de fortalecimento das agências de defesa nacional, especialmente as Forças Armadas e a possibilidade de construção de um órgão coletivo e regional de segurança. Essa ideia pode ser acentuada se singularizarmos a duas ações desenvolvidas pelo Ministério da Defesa que conectou diretamente as políticas de defesa e segurança: de um lado, a modernização gradual forças armadas nacionais; e de outro, a proposta de criar um Conselho Sul-americano de Defesa, órgão da União Sul-americana de Nações (UNASUL)”.
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 4 - Política de segurança brasileira em organizações internacionais).
Tendo em conta os ensinamentos da aula 4, sobre a política de segurança brasileira no Conselho Sul-americano de Defesa, examine as afirmativas abaixo, marcando-as com V para verdadeiro e F para falso para, em seguida, selecionar a alternativa com a sequência correta.
(  ) O conselho surgiu almejando a criação de uma identidade regional em defesa.
(  ) O aprofundamento institucional do conselho poderia contribuir para defender a região de possíveis intervenções ou ameaças externas.
(  ) O conselho tinha como propósito orientar as ações latino-americanas e estabelecer os fundamentos para o emprego de uma unidade de defesa armada em âmbito continental.
(  ) O objetivo do conselho consistia em promover a cooperação entre os membros da UNASUL referente a coordenação em políticas de defesa, o intercâmbio de pessoal das forças armadas e a participação conjunta sobre as operações de paz das Nações Unidas.
Nota: 0.0
	
	A
	F, F, V, V
	
	B
	V, V, F, V
A sequência correta é: (V, V, F, V). De acordo com o livro base da disciplina, “o objetivo da nova instituição consistia em promover a cooperação entre os membros da UNASUL em questões de segurança, a coordenação em políticas de defesa, o intercâmbio de pessoal das forças armadas, a participação conjunta sobre as operações de paz das Nações Unidas, e a criação de uma identidade regional em defesa. Portanto, o CDS não assumia a forma uma aliança militar convencional entre países da América do Sul, como a OTAN. Com o objetivo de esclarecer as características que diferenciam o CDS de iniciativas internacionais anteriores sobre segurança, os representantes do Ministro da Defesa do Brasil visitaram os países da América do Sul em inícios de 2008. Segundo o governo brasileiro, um fórum especificamente dedicado à defesa e a questões de segurança na região poderiam evitar crises como a que envolvia Colômbia e Equador em 2008, quando o exército colombiano invadiu território equatoriano para capturar e liquidar guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). Além disso, o aprofundamento institucional do CDS poderia contribuir para defender a região de possíveis intervenções ou ameaças externas”. “De qualquer forma, o CDS da UNASUL preenche um vácuo relacionado a iniciativas autônomas para questões de segurança na América do Sul, em que os Estados Unidos geralmente o chumbo (Hirst, 2003; Villa, 2007). Sua característica mais marcante é a busca soluções multilaterais para os conflitos na região, o que minimiza tanto o impacto unilateral de iniciativas, como o Plano Colômbia, bem como o papel da OEA nas questões de segurança da América do Sul. Esta instituição na “não é suficiente para os atuais desafios e ameaças apresentados no continente” (Cepik, 2009, p. 230)” (Adaptado).
O tema também foi discutido na rota de aprendizagem 4, “O CDS se destaca por ter sido pioneiro na tentativa de cooperação para a Defesa na América do Sul. Para atingir os seus objetivos, o Conselho foi estruturado em quatro eixos, 1. Política de Defesa; 2. Cooperação Militar, ações humanitárias e Operação de Paz; 3. Indústria e tecnologia de Defesa; 4. Formação e Capacitação. Apesar de receber críticas por ter sido vagaroso, os 5 primeiros anos do CDS tiveram avanços positivos, os 5 anos seguintes demonstraram uma inflexão, até que em seu 11º ano o Brasil deixa de participar do foro. De qualquer forma, o CDS preenche uma lacuna relacionada a iniciativas para questões de segurança na América do Sul”.
A alternativa III (O conselho tinha como propósito orientar as ações latino-americanas e estabelecer os fundamentos para o emprego de uma unidade de defesa armada em âmbito continental) é, portanto, falsa.
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 4 - Política de segurança brasileira em organizações internacionais).
	
	C
	F, V, V, V
	
	D
	V, F, F, V
	
	E
	V, V, F, F
Questão 7/10 - Segurança Internacional
“Na segunda metade do século XX, a concepção do que vem a ser segurança e de como ela pode ser alcançada transitou entre o conceito de segurança nacional e uma compreensão mais abrangente de segurança internacional, ambas circunscritas ao paradigma realista das relações internacionais. Os instrumentos tradicionais de segurança nacional incluíam a capacidade de emprego da força armada, o serviço diplomático e de inteligência, poder econômico e a força simbólica da influência cultural que um Estado exerce em dado contexto regional. No campo da produção científica, de acordo com Stephen Walt (1991), o principal foco dos estudos sobre segurança tradicionais era fácil de identificar: a guerra. Com efeito, os estudos em segurança passaram a ser definidos como o estudo da ameaça, uso e controle da força militar (Nye; Lynn-Jones, 1988)”.
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 1 - Da balança de poder à balança de ameaças).
Tendo como base o conteúdo da disciplina “Segurança Internacional”, que trata do pensamento tradicional em segurança, responda a seguinte questão: quais são as possibilidades de um país atingir um grau satisfatório de segurança?
Nota: 0.0
	
	A
	É possível mitigar o conflito a partir do desarmamento, da abertura comercial e do estabelecimento das relações bilaterais entre países.
	
	B
	Os meios para que um país possa atingir determinado grau de segurança no sistema internacional é estar preparado para a guerra e, ao mesmo tempo, promover discursos de paz.
	
	C
	Identifica-se dois tipos de garantias que promovem segurança no cenário internacional: ou pela hierarquiapolítica interna ou pelo estabelecimento da confiança com países limítrofes.
	
	D
	Existem três possibilidades de mitigar o conflito ou de atingir um grau satisfatório de segurança: ou pela autoajuda, ou pela hegemonia ou pela forma que adquire a balança do poder.
A resposta correta é: (Existem três possibilidades de mitigar o conflito ou de atingir um grau satisfatório de segurança: ou pela autoajuda, ou pela hegemonia ou pela forma que adquire a balança do poder). De acordo com o livro base da disciplina, “O pensamento tradicional em segurança acredita que existem três possibilidades de mitigar o conflito ou de atingir certo grau satisfatório de segurança: ou pela autoajuda, ou pela hegemonia ou pela forma que adquire a balança do poder. Pela primeira possibilidade, a autoajuda, cada estado assegura a sua própria sobrevivência por seus próprios meios; pela segunda um poder estatal tem um poder global tão grande e distante dos outros, que na verdade o sistema internacional se torna hierárquico: um manda e o resto obedece. E a terceira é balança de poder: estados ou poderes secundários global ou regionalmente temem pela sobrevivência, então cada vez que eles percebem sua segurança ameaçada pelo incremento muito alto do poder de outro estado, então os poderes secundários farão alianças entre eles para equilibrar o poder do estado mais poderoso, cujo excessivo incremento do poder é enxergado como uma ameaça à sobrevivência dos outros”. As demais alternativas estão, portanto, incorretas.
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 1 - Da balança de poder à balança de ameaças).
	
	E
	Três são as maneiras de um país obter segurança no nível internacional: ou pelo estabelecimento de um poderoso arsenal militar, ou pela consolidação das instituições da sociedade civil ou pela delimitação das fronteiras territoriais.
Questão 8/10 - Segurança Internacional
"Morgenthau, discutindo a política dos Estados, elabora efetivamente uma teoria das relações internacionais. Em linhas gerais, o autor desenvolve uma teoria reducionista segundo a qual a chave para a pergunta acerca da razão pela qual os Estados competem por poder se encontra em uma suposta natureza humana. O homem, segue o argumento, nasce com um desejo eminente por poder e prestígio, o qual se transpõe ao nível estatal por intermédio dos indivíduos que governam e regem as instituições governamentais. À pergunta sobre quão poderosos desejam ser os Estados, ou qual a quantidade de poder que eles buscam controlar, Morgenthau responde com a afirmação de que o desejo por poder embutido na natureza humana é ilimitado. Isso significa que os Estados competem intensamente por poder e se encontram em constante busca de oportunidades para alterar o status quo internacional e reverter em seu favor a distribuição do poder mundial. Estados têm, em outras palavras, uma sede insaciável por poder. (Morgenthau, 1993” (Adaptado).
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 1 - A visão tradicional realista de segurança internacional).
Considerando os ensinamentos da professora Caroline Viana na aula 1, que trata dos princípios norteadores da teoria realista propostos por Hans Morgenthau, analise as assertivas abaixo e selecione a alternativa correta:
I. O ambiente político define o conceito de política, que não é fixo.
II. Estados visam conquistar poder e manter o equilíbrio de poder. E ainda, todas as esferas estão subordinadas ao poder militar.
III. O estudo dos Estados no sistema internacional deve ser feito pela investigação dos atos políticos em um sistema de anarquia internacional.
IV. O sistema capitalista mundial impediria, de maneira estrutural, que nações periféricas alcançassem um nível de desenvolvimento econômico similar ao das nações ditas desenvolvidas.
Nota: 0.0
	
	A
	Apenas as afirmativas I e II estão corretas
	
	B
	Apenas as afirmativas II e III estão corretas
	
	C
	Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas
	
	D
	Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas
Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas. De acordo com o livro base da disciplina, “O que se conhece como visão tradicional da segurança internacional está intrinsicamente ligada à visão realista das relações internacionais, principalmente à visão proposta por Hans Morgenthau (1993), para quem a política internacional é simplesmente, i) política de poder (a capacidade que tem alguns estados de impor sua vontade sobre outros); ii) a causalidade da política internacional é a natureza humana, sob a qual o autor tem a mesma percepção pessimista de Maquiavel e Hobbes; iii) o principal ator e unidade política das relações internacionais é o Estado, que é racional e estratégico porém além disso é o mais poderoso ator do sistema internacional, especialmente em termos militares; iv) estados pensam o interesse nacional em termos de poder e vivenciam a política internacional como “uma luta pelo poder (por isso estados usariam poder para atingir seu interesse, daí que o interesse primário de cada estado é atingir mais acréscimo de poder. E finalmente, a mais importante capacidade de poder dos estados é a militar porque é a única que lhes assegura sobrevivência frente às ameaças que decorrem de outros” (Adaptado).
Esses princípios também foram dispostos na rota de aprendizagem 1, “Hans Morgenthau se propõe a apresentar uma teoria que tenha aplicabilidade empírica, que consiga entender a política internacional como ela é e não como ela deveria ser. Com isso, para entender a política como ela é, o autor formula 6 princípios que são norteadores da teoria realista. Princípio 1:  O estudo dos Estados no sistema internacional deve ser feito pela investigação dos atos políticos em um sistema de anarquia internacional; Princípio 2: Estados visam conquistar poder e manter o equilíbrio de poder; Princípio 3: O ambiente político define o conceito de política, que não é fixo; Princípio 4: Existe uma tensão entre uma ação política de êxito e uma significação moral; Princípio 5: Os princípios de um Estado não devem impor padrões morais; Princípio 6: Todas as esferas estão subordinadas ao poder militar”.
A alternativa IV (O sistema capitalista mundial impediria, de maneira estrutural, que nações periféricas alcançassem um nível de desenvolvimento econômico similar ao das nações ditas desenvolvidas) está incorreta porque não corresponde com os princípios realista de Hans Morgenthau, em especial, com a visão anárquica do sistema internacional.
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 1 - A visão tradicional realista de segurança internacional).
 Fonte: Rota de Aprendizagem 1 (Tema: Realismo).
	
	E
	As afirmativas I, II, III e IV estão corretas
Questão 9/10 - Segurança Internacional
-Nesta fase o Brasil procura melhorar sua imagem internacional com os Estados Unidos se ajustando aos chamados valores mainstream (valores dominantes) do sistema internacional pós-guerra fria, tais como democracia liberal, participação concertadas em regimes multilaterais, direitos humanos e economia liberal e com flexibilização das regulações estatais. Nesta fase as iniciativas em segurança frente a seu entorno regional e frente a problemas considerados ameaças ao país, aquelas de natureza multidimensional, são reativas e poucos propositivas”.
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 4 - Fase bandwagoning, ou fase reativa).
Considerando o conteúdo da aula 4 de “Segurança Internacional”, examine as afirmativas abaixo e assinale a alternativa que descreve, corretamente, a fase reativa da política de segurança brasileira.
I. O país passa a participar de operações de peace enforcement.
II. Na fase reativa ocorre uma mudança no padrão de inserção internacional do país.
III. Na fase reativa houve uma mudança no modelo de desenvolvimento econômico iniciado no início dos anos 1990.
IV. O país diversifica e intensifica suaparticipação nas instâncias multilaterais e passa a se envolver em uma multiplicidade de negociações internacionais.
Nota: 0.0
	
	A
	Apenas a afirmativa III está correta
	
	B
	Apenas a afirmativa IV está correta
	
	C
	Apenas as afirmativas III e IV estão corretas
	
	D
	Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas
	
	E
	Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas
Apenas afirmativas II, III e IV estão corretas. De acordo com a rota de aprendizagem 4, “O autor Faria (2008) corrobora com a visão de que o processo insular da formulação da política externa brasileira passa por uma revisão. O principal fator a pressionar a mudança é o duplo processo iniciado nos anos 1990. Ou seja, a mudança no modelo de desenvolvimento e a mudança no padrão de inserção internacional. O país diversifica e intensifica sua participação nas instâncias multilaterais e passa a se envolver em uma multiplicidade de negociações internacionais. Ao mesmo tempo, o processo de globalização, de liberdade econômica e a revolução nos meios de comunicação tem ampliado o coeficiente de internacionalização da sociedade brasileira. (Idem, p. 84). Esse momento específico da política externa brasileira faz com que a postura do Brasil frente a temas de segurança internacional seja reativa. Ou seja, o Brasil reage a demandas internacionais para alguns temas pois o Itamaraty está preocupado em pensar na sua renovação e aprendendo como organizar um processo de política externa que seja mais democrático e ao mesmo tempo que se posicione no cenário internacional.” (Adaptado).
A alternativa I (O país passa a participar de operações de peace enforcement) está, portanto, incorreta.
Fonte: Rota de Aprendizagem 4 (Fase reativa da política de segurança brasileira).
Questão 10/10 - Segurança Internacional
“A modernização armamentista foi relacionada por alguns decisores de política externa à defesa do entorno estratégico do Atlântico Sul, ou a “Amazônia Azul”, como a linguagem militar costuma se referir a esta região, face a descoberta nessa área de jazidas de petróleo e gás nas chamadas camadas do pré-sal (ibidem, 2014). Como têm sustentado Nasser e Moraes, os desafios que se apresentam para o subcontinente sul-americano, em parte, também são observados ao se considerar a segurança sul-atlântica. Tal como a América do Sul, este espaço é efetivamente uma zona de paz, livre de armas de destruição em massa. No entanto, como apontam Nasser e Moraes, “a manutenção desta condição requer que os países do Atlântico Sul tenham capacidades para, em conjunto, manterem-na livre de ameaças extra-regionais e que, ademais, disputas alheias a este espaço não venham nele se manifestar. Estas capacidades também são necessárias para que se mantenham em constante funcionamento as linhas de comunicações marítimas que atravessam o Atlântico Sul, preservando, assim, a boa ordem no mar.”. (Nasser e Moraes, 2014, p. 11)”.
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 4 - A fase assertiva da política de segurança brasileira).
Tendo em conta o conteúdo ministrado na aula 4, examine os enunciados abaixo e assinale a alternativa correta acerca das condições que promoveram o aumento na militarização na América Latina:
I. A América Latina é uma região em transformação, de uma influência global para um aumento da inserção internacional.
II. A governança de segurança na região é adequadamente descrita como uma combinação de discursos e práticas da comunidade de poder e segurança.
III. No início dos anos 2000 a agenda internacional da América Latina e, especialmente, a agenda do Brasil priorizava dois grandes temas: a industrialização e a segurança militar.
IV. Os Estados ainda veem a força militar como uma ferramenta legítima para influenciar suas relações com outros Estados da região, ao mesmo tempo em que usam a diplomacia e instituições cooperativas para manter a paz.
Nota: 0.0
	
	A
	Apenas a afirmativa II está correta
	
	B
	Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas
Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas. De acordo com a rota de aprendizagem 4, “Duas condições promovem o surgimento desse aumento da militarização na região. Primeiro, a governança de segurança na região é adequadamente descrita como uma combinação de discursos e práticas da comunidade de poder e segurança. Os estados ainda veem a força militar como uma ferramenta legítima para influenciar suas relações com outros estados da região, ao mesmo tempo em que usam a diplomacia e instituições cooperativas para manter a paz. Segundo, a América Latina é uma região em transformação, de uma influência global para um aumento da inserção internacional. Os estados latino-americanos se libertam da interferência tradicional norte-americana e europeia e reforçam sua identidade latino-americana ou sul-americana. O Brasil como um dos países do BRICS é uma potência regional com aspirações globais, enquanto estados como Argentina, Chile, Colômbia e Venezuela se tornam 'potências regionais secundárias'. A transformação regional envolve tanto a renegociação das relações de poder, de acordo com o pensamento do equilíbrio de poder, quanto os esforços para melhorar a integração regional e uma comunidade de segurança regional (Idem). Desta forma, podemos perceber que os temas que são pauta na agenda de segurança na América Latina advém da necessidade de desenvolver, da posição econômica dos países e também das singularidades enfrentadas na região. Essa agenda se junta com um constante desejo de crescimento no cenário internacional dos países da região. Os países enfrentam temas de segurança e também enfrentam o interesse em serem mais atuantes no cenário internacional, isso fez com que o investimento em capacidade militar aumentasse e também aumentasse o enfrentamento os temas de segurança vividos na região”.
O conteúdo também foi apontado no livro base da disciplina, “há uma condição de natureza política que alimenta o investimento armamentista brasileiro, que pouco tem a ver com preocupações estritamente tradicionais em si, leia-se militares. O sistema regional de segurança sul-americano vem atravessando por uma nova fase em que objetivos políticos e militares mais amplos deslocam preocupações tradicionais. Tais novos objetivos estão relacionados com a melhoria da posição política regional e até global de alguns países sul-americanos especialmente Brasil, o Chile e a da Venezuela. Certamente há motivações domésticas que também incentivam o investimento no caso desses três países. Contudo, tanto as metas domésticas de segurança que advém do investimento quanto as metas políticas regionais, por sua natureza latente não são explicitas e geram temores em vários países vizinhos “posto que em presença do problema clássico de assimetria de informações, pobreza na comunicação, e ainda baixa institucionalização de medidas de confiança entre atores, propiciam-se condições para o ressurgimento de desconfianças”, Villa e Weiffen, 2014, p. 156). que alimentam falsas representações de fatos ou intenções (misreprentation) em relação aos países vizinhos”.
A alternativa III (No início dos anos 2000 a agenda internacional da América Latina e, especialmente, a agenda do Brasil priorizava dois grandes temas: a industrialização e a segurança militar) está, portanto, incorreta.
Fonte: Rota de Aprendizagem 4 (Ameaças internacionais).
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 4 - A fase assertiva da política de segurança brasileira).
	
	C
	Apenas a afirmativa IV está correta
	
	D
	Apenas as afirmativas II e IV estão corretas
	
	E
	Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas

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