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SEGURANÇA INTERNACIONAL - APOL 1 - SEGUNDA TENTATIVA

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Questão 1/10 - Segurança Internacional
“Um país que securitiza o impacto de uma liderança de um país vizinho sobre a estabilidade regional, é um exemplo do setor político; um grupo ou liderança política que securitiza o impacto cultural das migrações sobre seu pais é um exemplo do setor societal; uma crise económica ou financeira regional pode ser vista como desestabilizadora internamente num pais vizinho ou de outra região, sendo um exemplo do setor econômico. E finalmente, o impacto que têm a depleção da camada de ozônio da Antártida sobre câncer de pele em indivíduos pode ser também um exemplo do setor ambiental”.
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 2 - A multidimensionalidade dos setores de segurança e os complexos regionais de segurança).
Vimos na aula 2 que o processo de securitização é definido em três etapas: Não politizado, politizado e securitizado. Partindo dessa informação, examine as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta acerca das características da etapa politizada:
I. Nesse cenário exige uma atuação do Estado que foge aos procedimentos políticos comuns.
II. Nessa etapa é preciso conferir se há uma política pública para o tema, se há decisões governamentais, e se há alocação de recursos públicos para o tema.
III. Identifica-se o ato de fala como um divisor de águas, sendo responsável por mudar o status de determinado tema. Por exemplo, “estamos em guerra”, o status anterior era sem guerra.
IV. Dois pontos são extremamente relevantes para essa etapa, o discurso do agente securitizador e o envolvimento do Estado com o tema, com a utilização dos aparatos estatais disponíveis.
Nota: 0.0
	
	A
	Apenas as afirmativas I e II estão corretas
	
	B
	Apenas as afirmativas II e IV estão corretas
A alternativa correta é: (Apenas as afirmativas II e IV estão corretas). De acordo com a rota de aprendizagem 2, “O avanço do tema no processo de securitização para a segunda etapa, leva ao politizado. Essa etapa o agente securitizador permanece como responsável pelo discurso, o que muda é que o discurso do agente se ampliou ao ponto de termos o envolvimento do Estado. Para definir que o tema está em politizado é preciso confirmar o não politizado, além disso, é preciso conferir se: há uma política pública para o tema, se há decisões governamentais, e se há alocação de recursos públicos para o tema. Importante notar que nessa etapa o tema ainda não é visto como uma real ameaça à existência do Estado, mas o discurso inicia o convencimento e o Estado passa a se envolver com o tema, utilizando o aparato estatal disponível para lidar com o tema. Sendo assim, dois pontos são extremamente relevantes para essa etapa, o discurso do agente securitizador e o envolvimento do Estado com o tema, com a utilização dos aparatos estatais disponíveis”.
As alternativas I (Nesse cenário exige uma atuação do Estado que foge aos procedimentos políticos comuns) e III (Identifica-se o ato de fala como um divisor de águas, sendo responsável por mudar o status de determinado tema. Por exemplo, “estamos em guerra”, o status anterior era sem guerra) estão, portanto, incorretas.
Fonte: Rota de Aprendizagem 2 (Escola de Copenhague: processo de securitização).
	
	C
	Apenas as afirmativas III e IV estão corretas
	
	D
	Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas
	
	E
	Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas
Questão 2/10 - Segurança Internacional
“Dentro da abordagem pós-colonialista, pensando especificamente nos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento é importante notar que desenvolvimento econômico desigual, com diferenças econômicas grandes dentro da população, crescentes e flagrantes em riqueza e renda, tensões comunitárias e étnicas, são fatores que contribuem para a falta de consenso social sobre as questões fundamentais e sobre o caráter não representativo da maioria dos regimes nos países não desenvolvidos, o que se reflete, também, nas constantes ameaças internas a sua segurança e à segurança das estruturas estatais”.
Fonte: Rota de Aprendizagem 3 (Pós-colonialismo).
Partindo do material apresentado na aula 3 de “Segurança Internacional”, que trata do conceito de segurança a partir da abordagem pós-colonialista, examine as afirmativas abaixo, marcando-as com V para verdadeiro e F para falso para, em seguida, selecionar a alternativa com a sequência correta:
( ) O pós-colonialismo contribui ao trazer uma nova variável para a análise da segurança internacional: a variável da política.
( ) Segundo os pós-colonialistas, os principais objetivos do Estado são: a garantia dos direitos humanos e a manutenção de relações pacíficas com os países desenvolvidos.
( ) A perspectiva do pós-colonialismo chama atenção para os países em desenvolvimento e subdesenvolvidos, observando as especificidades desses países e a necessidade de um Estado forte.
( ) A teoria pós-colonial contrapõe os argumentos da teoria realista, partindo do ponto de vista de que os conceitos teoria realista são limitada e insuficientes para pensar o Terceiro Mundo.
Nota: 0.0
	
	A
	F, F, V, V
A sequência correta é: (F, F, V, V). De acordo com a rota de aprendizagem 1, “A corrente teórica de segurança internacional chamada de pós-colonialismo chama atenção para os países em desenvolvimento e subdesenvolvidos, observando as especificidades desses países e a necessidade de um Estado forte. É considerada uma teoria de abordagem ampla e tem como o autor principal o Mohammed Ayoob. Ayoob inicia suas publicações em 1984 demonstrando que no período de Guerra Fria o conceito de segurança é entendido como uma imunidade estatal para enfrentar as ameaças externas. A teoria pós-colonial também contrapõe os argumentos da teoria realista, como as correntes teóricas vistas nas aulas anteriores. Partindo do ponto de que a teoria realista é limitada, o autor se propõe a pensar no Terceiro Mundo. Ainda vivendo em um período de Guerra Fria, e por isso utilizando a terminologia “terceiro mundo”. Ayoob percebe que o conceito de segurança relacionado a ameaças externas representa apenas os países de primeiro e segundo mundo, mas esse conceito não representava os países de terceiro mundo “if not totally absent, so thoroughly diluted as to be hardly recognizable” (AYOOB, 2007, p.319). Com isso o objetivo do Ayoob é pensar como e por que o contexto do Terceiro Mundo é tão radicalmente diferente e quais são as implicações dessas diferenças para o sistema internacional. Diferente dos países desenvolvidos, a sensação de insegurança dos países em desenvolvimento e subdesenvolvidos emana dos limites de suas fronteiras. Isso não significa que os países em desenvolvimento e subdesenvolvidos não tenham inseguranças sobre ameaças externas, mas sim que a insegurança desses Estados é uma junção de fontes de ameaças internas e externas”. Além disso, “é possível identificar na corrente pós-colonialista mais um grande avanço no conceito de segurança. O pós-colonialismo contribui ao trazer uma nova variável para a análise da segurança internacional: a variável tempo. Ao pensar na distância entre países desenvolvidos e os países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, que pouco se afastaram da colonização e seus resultados, tendo em perspectiva os atores do cenário internacional”.
As alternativas I (O pós-colonialismo contribui ao trazer uma nova variável para a análise da segurança internacional: a variável classe social) e II (Segundo os pós-colonialistas, os principais objetivos do Estado são: a segurança dos seus cidadãos contra agressões externas e a manutenção da paz dentro de suas fronteiras) estão, portanto, incorretas.
Fonte: Rota de Aprendizagem 3 (Pós-colonialismo).
	
	B
	F, V, F, F
	
	C
	V, F, F, F
	
	D
	V, F, V, V
	
	E
	V, F, V, F
Questão 3/10 - Segurança Internacional
“Com a eclosão de muitos conflitos internos no início do pós-guerra fria na Europa central, na ex-União Soviética, Ásia, e na África organizações, governos e pesquisadores constatavam que muito mais pessoas eram mortas pelo seu própriogoverno do que por exércitos estrangeiros inimigos. Desta maneira uma preocupação normativa estava começando a emergir no início do pós-guerra fria: a defesa das fronteiras contra inimigos estrangeiros deveria ser reforçada pela defesa da integridade dos indivíduos, da pessoa e da sociedade Era o início do que começou a ser chamado de segurança humana. No entanto, o evento mais notável ocorreu em 1994, e que marca o nascimento do conceito de segurança humana acontece em 1994 quando o Relatório de Desenvolvimento Humano do Programa de Desenvolvimento da ONU (o PNUD) enfatizou explicitamente que a “segurança humana” não é uma preocupação com armas - é uma preocupação com a “vida e dignidade” humana (UNDP, 1994)”.
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 2 - O pioneirismo da segurança humana).
Partindo do conteúdo discutido na disciplina “Segurança Internacional”, assinale a alternativa que faz uma análise correta do conceito de segurança humana desenvolvido por King e Murray.
Nota: 10.0
	
	A
	Segurança humana é sinônimo do nível médio de bem-estar futuro.
	
	B
	A segurança humana é uma medida comparativa usada para classificar os países pelo seu grau de "desenvolvimento humano".
	
	C
	A segurança humana de um indivíduo é definida como a expectativa de anos de vida sem enfrentar o estado de pobreza generalizada.
Você acertou!
A alternativa correta é: (A segurança humana de um indivíduo é definida como a expectativa de anos de vida sem enfrentar o estado de pobreza generalizada). De acordo com a rota de aprendizagem 2, “Os autores, King e Murray (2000, p.592) definem a segurança humana da seguinte forma: “Definimos a segurança humana de um indivíduo como a expectativa de anos de vida sem enfrentar o estado de pobreza generalizada. A segurança humana da população é então uma agregação da segurança humana dos indivíduos.” (Tradução livre). O conceito de segurança humana traz um importante ganho para as teorias de relações internacionais. Durante a década de 1990, todas as construções conceituais foram importantes, principalmente por apresentarem perspectivas diferentes da visão realista clássica e mesmo sua versão neorrealista”.
Esse assunto foi especificado no livro base da disciplina, “A fim de contribuir para um avanço prático neste debate, King e Murray (2001) propuseram uma definição alternativa de segurança humana para torná-la mensurável: o número de anos de vida futura fora de um estado de “pobreza generalizada”. Na opinião dos autores, todos os conceitos controversos de “pobreza generalizada” referem-se a um indivíduo que se sentia abaixo do limiar de qualquer domínio-chave do bem-estar humano. Também é importante reforçar a ideia correta dos autores de que qualquer “conjunto de limiares usados para definir a pobreza generalizada com a finalidade de medir a segurança humana deve ser geral e não específico do contexto ou da região” (King; Murray, 2001, p. 595). Em outras palavras, independentemente da localização, como pertencente à mesma comunidade global, o conceito de pobreza generalizada, bem como o limiar dos domínios do bem-estar, deve ser uma consideração comum e global”. As demais alterativas estão, portanto, incorretas.
Fonte: Rota de Aprendizagem 2 (Segurança Humana).
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 2 - O pioneirismo da segurança humana).
	
	D
	O conceito de segurança humana compreende o agrupamento de três variáveis: renda per capita, grau de instrução e população em idade ativa.
	
	E
	O conceito de segurança humana pode ser definido como sendo o aumento sustentado de uma unidade económica durante um ou vários períodos longos.
Questão 4/10 - Segurança Internacional
“De profunda rivalidade até a Segunda Guerra Mundial, a França e a Alemanha construíram percepções mútuas de confiança porque nos últimos 50 anos seu histórico de interações foi baseado em relações de cooperação. Argentina não teme hoje em dia o fato de que Brasil seja mais poderoso militarmente porque apesar de ambos os países terem profundas desconfianças sobre as intenções geopolíticas de ambas durante quase todo o século XX a cooperação, através de mecanismos como Mercosul, medidas de confiança mútua e redemocratização, levou a que Argentina construísse uma visão e percepção positiva sobre o poderio brasileiro. Estados Unidos teme muito às escassas bombas armas atómicas que a Coreia do Norte tem que às várias dúzias que possuem o Reino Unido e a França simplesmente porque às percepções de inimizade desde a Guerra da Coréia entre ambos países têm estado alimentadas pelo conflito diplomático, tensões militarizadas na fronteira com a Coréia do Sul e tensões sobre a proliferação nuclear norte-coreana”.
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 2 - A emergência das perspectivas emergente: construtivismo e comunidades de segurança).
Com base no conteúdo da disciplina “Segurança Internacional”, assinale a alternativa que descreve, corretamente, o conceito de segurança a partir de perspectivas construtivistas.
Nota: 0.0
	
	A
	Para o construtivismo, a segurança é um processo, que trata de uma argumentação sobre o futuro.
	
	B
	Para o construtivismo, a segurança é uma relação entre agentes com maiores ou menores capacidades de comando, influência e persuasão.
	
	C
	Para o construtivismo, segurança se traduz na busca de oportunidades para sobrepor o poder dos outros rivais, tendo a hegemonia do poder político e econômico como objetivo final.
	
	D
	Para o construtivismo, a segurança é uma construção social. O resultado vai depender como Estados constroem social e historicamente ao longo do tempo suas relações de cooperação e conflito.
A alternativa correta é: (Para o construtivismo a segurança é uma construção social. O resultado vai depender como Estados constroem social e historicamente ao longo do tempo suas relações de cooperação e conflito). De acordo com o livro base da disciplina, “Para o construtivismo a segurança é uma construção social, algo como “o que os estados fazem dela” os estados podem ter num sistema internacional anárquico profundas relações de paz, e amizade e cooperação ou de profundas relações de conflito, inimizade e rivalidade. O resultado vai depender como estados constroem social e historicamente ao longo do tempo suas relações de cooperação e conflito”. As demais alternativas estão, portanto, incorretas.
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 2 - A emergência das perspectivas emergente: construtivismo e comunidades de segurança).
	
	E
	Para o construtivismo, segurança é um conceito que se observa na investigação dos aspectos militares e, especialmente, na mensuração das armas nucleares em perspectiva comparada. Quanto mais munição bélica, mais segurança dispõe uma Nação.
Questão 5/10 - Segurança Internacional
“No período de 1948 a 2017, entre as 71 operações de manutenção da paz já implementadas pela ONU, o Brasil participou de 46 – além de outras cinco sob a égide da Organização dos Estados Americanos (OEA) (Hamann, 2017), equivalente a 65% do total. Nesses setenta anos, o país já contribuiu com mais de 57 mil servidores, incluindo militares, policiais e especialistas civis. Cerca de 88% desse número fizeram parte das operações de paz dos últimos 25 anos (Cezne e Hamann, 2016; Hamann, 2017). A participação do Brasil em operações de paz da ONU ocorre desde 1947, ano da implementação da primeira missão da organização: Comitê Especial das Nações Unidas para os Bálcãs. A UNSCOB foi criada pela Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU), em outubro de 1947, com o intuito de verificar a situação de guerra civil grega e o conflito na região dos Balcãs, principalmente nas fronteiras da Grécia com a Albânia, com a Iugoslávia e com a Bulgária (Munro, 1978 apud Bittencourt, 2009)”.
Fonte: ANDRADE, l de O; HAMANN, E, P; SOARES, M, A.  A Participação do Brasil nas Operações de Paz das NaçõesUnidas: Evolução, Desafios e Oportunidades. Texto para discussão TD 2442/ Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Brasília: Rio de Janeiro, 2019. ISSN 1415-4765. Disponível em: http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/8939/1/td_2442.pdf. Acesso em: 09 fev. 2020.
Partindo do conteúdo ministrado em “Segurança Internacional”, sobre a participação no Brasil nas operações de paz, examine as afirmativas abaixo, marcando-as com V para verdadeiro e F para falso para, em seguida, selecionar a alternativa com a sequência correta:
( ) A participação do Brasil em operações de paz está vinculada a observadores militares, policiais, peritos eleitorais, especialista em saúde, civis e tropas armadas.
( ) O Brasil inicia a chamada diplomacia solidária, que visa a ampliação da ação coletiva e também a inserção do Brasil no debate internacional.
( ) A participação brasileira é baseada em dispositivos legais como a Constituição Federal, a Política de Defesa Nacional, a Estratégia Nacional de Defesa e o Livro Branco de Defesa.
( ) Por possuir um assento permanente no Comitê de Segurança da ONU, o Brasil se coloca como um ator privilegiado na tomada de decisão e na construção de estratégias de ação com um viés de Peace Enforcement, impor a paz.
Nota: 0.0
	
	A
	F, F, V, F
	
	B
	F, V, V, V
	
	C
	V, V, V, F
participação do Brasil em operações de paz está vinculada a observadores militares, policiais, peritos eleitorais, especialista em saúde, civis e tropas armadas. No total foram 39 operações de paz com a participação de brasileiros. A participação brasileira é baseada em dispositivos legais como a Constituição federal, a Política de Defesa Nacional, a Estratégia Nacional de Defesa e o Livro Branco de Defesa. A decisão por participar de uma Operação de paz é política e a missão é considerada uma atividade complementar ou subsidiária das forças armadas (AGUIAR, 2015). Apesar da política externa brasileira estar baseada no princípio de não intervenção, a postura da política externa brasileira tem sido atrelada ao conceito de não indiferença, com a premissa de que é necessário dar apoio e ter solidariedade com os países em situação de crise. Com isso, o Brasil inicia a chamada diplomacia solidária, que visa a ampliação da ação coletiva e também a inserção do Brasil no debate internacional”.
A alternativa IV (Por possuir um assento permanente no Comitê de Segurança da ONU, o Brasil se coloca como um ator privilegiado na tomada de decisão e na construção de estratégias de ação com um viés de Peace Enforcement, impor a paz) é, portanto, falsa.
Fonte:  Rota de Aprendizagem 6 (Tema: O Brasil e as operações de paz).
	
	D
	V, V, F, V
	
	E
	V, V, F, F
Questão 6/10 - Segurança Internacional
“As iniciativas de uma agenda internacional de segurança, um dos passos mais ousados dados pela diplomacia brasileira em questões de segurança global e regional foi a mediação desempenhada pelo Brasil e Turquia num acordo com o Irã. Em maio de 2010, os três países assinaram um documento - conhecida como a Declaração de Teerã - através do qual o governo iraniano comprometeu-se a enviar 1,2 tonelada de urânio para a Turquia, onde o material seria enriquecido e enviado de volta a Teerã para ser aplicado na pesquisa médica. O acordo representou um esforço da diplomacia brasileira para evitar renovação de sanções para esse país persa no Conselho de Segurança da ONU. No entanto, a iniciativa também pode ser interpretada como uma tentativa de conferir reconhecimento internacional à capacidade de iniciativa do Brasil de construir diálogos sobre temas da agenda de segurança mundial e, nesse sentido, avançar na sua busca por um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. Apesar do Conselho de Segurança da ONU ter se recusado, através do veto ao acordo dos cinco estados permanentes, em aceitar o acordo vale a pena dizer que foi a primeira vez que um país em desenvolvimento assumiu uma posição pró-ativa nas negociações centrais sobre segurança e estabilidade mundiais”.
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 4 - A fase assertiva da política de segurança brasileira).
Tendo em conta os ensinamentos da aula 4, que trata a respeito do Plano Estratégico de Segurança Nacional, examine as afirmativas abaixo, marcando-as com V para verdadeiro e F para falso para, em seguida, selecionar a alternativa com a sequência correta.
(  ) O plano busca responder: quais as melhores estratégias para tempos de paz e guerra?
(  ) O plano prevê a revisão das estratégias de defesa, a reativação da indústria armamentista doméstica e a autonomia da política de defesa.
(  ) O plano tem por finalidade definir ações estratégicas de médio e longo prazos, atuando por meio de eixos fundamentais com vistas à atuação interna das Forças Armadas na promoção da defesa nacional.
(  ) O plano estabelece a identificação das Forças Armadas com a nação, especialmente quanto à defesa das fronteiras, em que a Amazônia aparece como uma prioridade, serviço militar compulsório e tarefas sociais.
Nota: 0.0
	
	A
	F, F, V, V
	
	B
	V, V, F, V
A sequência correta é: (V, V, F, V). De acordo com o livro base da disciplina, “nesse contexto de motivações regionais e globais possa ser lida a elaboração do Plano Estratégico de Defesa Nacional. Em setembro de 2007 o então presidente brasileiro evitando referir-se a qualquer motivação que tivesse a ver com qualquer outro país sul-americano, comunicou a criação de um grupo de trabalho, sob a direção do Ministério da Defesa e coordenado pelo intelectual Mangabeira Unger, para formular as diretrizes de um plano de modernização das Forças Armadas (Plano Estratégico de Defesa Nacional, ou Plano de Aceleração do Crescimento em Defesa – PAC em Defesa, como também tem sido chamado) que leva em conta três metas gerais e cinco objetivos concretos. Os primeiros referem-se a: 1) a revisão das estratégias de defesa; 2) a reativação da indústria armamentista doméstica; 3) a autonomia da política de defesa. As preocupações concretas estão dirigidas a dar respostas às seguintes questões: 1) quais as melhores estratégias para tempos de paz e guerra; organização das Forças Armadas, dotadas com a vanguarda tecnológica e operacional; 3) reativação da indústria armamentista nacional, direcionada à meta da autonomia em defesa; 4) identificação das Forças Armadas com a nação, especialmente quanto à defesa das fronteiras, em que a Amazônia aparece como uma prioridade, serviço militar compulsório e tarefas sociais; 5) estabelecimento de linhas para atuação das Forças Armadas em situações de manutenção da ordem e do estado de direito (Villa e Vianna, 2010)”.
A alternativa III (O plano tem por finalidade definir ações estratégicas de médio e longo prazos, atuando por meio de eixos fundamentais com vistas à atuação interna das Forças Armadas na promoção da defesa nacional) é, portanto, falsa.
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 4 - A fase assertiva da política de segurança brasileira).
	
	C
	V, V, V, V
	
	D
	V, F, V, V
	
	E
	V, V, V, F
Questão 7/10 - Segurança Internacional
“As Operações de Paz tiveram início em maio de 1948 com o envio de observadores militares ao Oriente Médio em uma operação de monitoramento do armistício entre Israel e Palestina (United Nations Truce Supervision Organization - UNTSO). As duas primeiras operações da ONU, a referida UNTSO e a UNMOGIP (United NationsMilitary Observer Group in India and Pakistan), enviada em janeiro de 1949, serviram de base para a criação das Operações de Manutenção de Paz (Annan, 2013, p. 54). Essas duas operações de observação não se constituem como operações de manutenção de paz de fato pois contaram com um número reduzido de observadores militares desarmados, suas atividades se limitavam a responder reclamações das partes e, no caso da UNMOGIP, a auxiliar as autoridades locais a manter a ordem. Essas atribuições não foram suficientes para manter a paz nos locais de operação”.
Fonte: VILLA, Rafael Duarte.Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 6 - Um breve histórico).
Tendo em conta os ensinamentos da aula 6, sobre a operação de paz classificada como Peacemaking (fazer a paz), examine as afirmativas abaixo, marcando-as com V para verdadeiro e F para falso para, em seguida, selecionar a alternativa com a sequência correta:
( ) Fazer a paz envolve a aplicação de uma série de medidas coercitivas, incluindo o uso da força militar.
( ) Fazer a paz geralmente inclui medidas para lidar com conflitos em andamento e geralmente envolve ações diplomáticas para levar as partes hostis a um acordo negociado.
( ) Os esforços de pacificação também podem ser realizados por grupos não oficiais e não governamentais, ou por uma personalidade proeminente que trabalha de forma independente.
( ) Peacemaking visa reduzir o risco de cair ou recair em conflito, fortalecendo as capacidades nacionais em todos os níveis para a gestão de conflitos e estabelecer as bases para a paz e o desenvolvimento sustentáveis.
Nota: 0.0
	
	A
	F, F, V, F
	
	B
	V, V, F, V
	
	C
	F, V, V, F
A sequência correta é: (F, V, V, F). De acordo com a rota de aprendizagem 6, “A Peacemaking geralmente inclui medidas para lidar com conflitos em andamento e geralmente envolve ações diplomáticas para levar as partes hostis a um acordo negociado. O Secretário-Geral da ONU pode exercer seus “bons ofícios” para facilitar a resolução do conflito. Os pacificadores também podem ser enviados, governos, grupos de estados, organizações regionais ou as Nações Unidas. Os esforços de pacificação também podem ser realizados por grupos não-oficiais e não-governamentais, ou por uma personalidade proeminente que trabalha de forma independente”.
O livro base da disciplina também comenta o assunto, “Promoção da paz (peacemaking): ações para trazer partes de um conflito para um acordo de paz, através dos mecanismos de solução de conflitos trazidos pelo cap VII da ONU. Neste caso, os esforços da organização se dirigem à intermediação de um acordo político entre as partes adversárias, com o objetivo de por fim ao conflito armado (inter ou intraestatal). A operação de paz é uma iniciativa importante, que, normalmente antecede operações multidimensionais de paz”.
As alternativas I (Fazer a paz envolve a aplicação de uma série de medidas coercitivas, incluindo o uso da força militar) e IV (Peacemaking visa reduzir o risco de cair ou recair em conflito, fortalecendo as capacidades nacionais em todos os níveis para a gestão de conflitos e estabelecer as bases para a paz e o desenvolvimento sustentáveis) são, portanto, falsas.
Fonte: Rota de Aprendizagem 6 (Tema: Breve histórico das operações de paz).
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 6 - As reformas nas operações de manutenção de paz).
	
	D
	V, F, F, V
	
	E
	F, V, V, V
Questão 8/10 - Segurança Internacional
“Com a ‘Agenda para a Paz’ anunciada pelo então Secretário Geral Butros-Ghali em 1992 da organização Bouthros-Ghali, as operações de paz passaram por sua primeira e significativa reformulação. Atendiam a necessidade imposta pelas circunstâncias de lidar com situações de pós-conflito majoritariamente de natureza intraestatal, fonte da maior parte dos desafios à instabilidade da segurança internacional, e não só se voltavam para a manutenção da paz, mas para a construção de um ambiente que assegurasse uma paz sustentável. Em outras palavras, adicionou-se à preocupação de evitar o retorno de conflitos violentos o objetivo de fortalecer os alicerces da governança democrática [liberal] como meio de garantir a sustentabilidade da paz. A estas novas fase das operações de paz, se lhes conhece como de segunda geração (chamada também de operações multidimensionais)”.
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 6 - As reformas nas operações de manutenção de paz).
Partindo da leitura do livro “Segurança Internacional” do professor Villa, examine as assertivas abaixo e assinale a alternativa correta acerca das caraterísticas das operações de paz de segunda geração:
I. O mais usual é que fornecem assistência humanitária.
II. As missões de segunda geração patrulhavam fronteiras e zonas de exclusão militar e estimulavam a retomada de negociações entre as partes.
III. Delas podem participar um conjunto ampliado de atores políticos, sociais e institucionais tais como grupos organizados da sociedade civil e organizações não governamentais.
IV. Atuam maioritariamente em conflitos mais intraestatais que interestatais, e em lugares que envolvem presença de atores não estatais como grupos terroristas, atores étnicos e gangues.
Nota: 0.0
	
	A
	Apenas as afirmativas I e IV estão corretas
	
	B
	Apenas as afirmativas I e II estão corretas
	
	C
	Apenas as afirmativas II e III estão corretas
	
	D
	Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas
	
	E
	Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas
As afirmativas I, III e IV estão corretas. De acordo com o livro base da disciplina, “A multidimensionalidade das operações de “segunda geração se refere justamente à variedade de componentes necessários para o desempenho de tarefas de natureza militar e civil (podendo haver diferentes componentes civis atuando nas áreas de polícia, estado de direito, assuntos civis, direitos humanos, assistência humanitária, reconstrução, informação pública e questões de gênero (Mello, 2007; ver também: Kenkel, 2013; Matijascic, 2014). Além dos múltiplos componentes, tais operações também deram um passo adiante em relação às missões tradicionais nos seguintes aspetos: o mais usual é que fornecem assistência humanitária (água, alimentos, remédios, infraestrutura de engenharia, desastres naturais, realocação de ex-combatentes, funções policiais, e funções de segurança pública e ordem civil. Podem se transformar até num “governo transitório”, exercendo uma certa autoridade política (a exemplo da Unamet em Timor do Leste. Delas podem participam um conjunto ampliado de atores políticos, sociais e institucionais tais como grupos organizados da sociedade civil, organizações não governamentais, instituições de assistência humanitária da ONU, lideranças locais e organizações de segurança ou desenvolvimento regional agências especializadas da ONU, organizações regionais. Podem não necessariamente ter o consentimento para ser alocadas porque há muitas atores não-estatais envolvidos. Basta com que exista um fórum de legitimação, como a ONU. Em outras palavras, as missões de segunda geração questionam o princípio de legalidade e legitimidade. Reavaliam o princípio de consentimento: “No pós Guerra Fria, é possível que uma missão de paz continue em atividade, mesmo quando o consentimento dado pelas partes é posteriormente retirado”. (Mello, 2007, p. 127). Já, Michael Doyle (2001) “alerta para o fato de que há uma diferença crucial entre ações largamente impositivas, na ausência de amplo consentimento (por exemplo, operações de paz de terceira geração) e medidas coercitivas pontuais e restritas, em contextos onde a ampla consolidação da paz foi consentida pelas partes”. Também as operações multidimensionais questionam o princípio de neutralidade. A neutralidade é também debatida: e “vem sendo constantemente definida não mais em termos de neutralidade em relação às partes, mas de objetividade na execução do mandato” (Chopra, 1998, p. 4). Por outro lado, “isto nem sempre é consistente com o tratamento neutro das partes, especialmente diante da insistência de uma ou outra facção doméstica em uma atitude não cooperativa. Esta nova interpretação da noção de imparcialidade também se estendeu à proteção de civis, associada que está às necessidades de responder a emergências humanitárias” (Barnett Finnemore, 2004, p. 123). Atuam maioritariamente em conflitos mais intraestatais que interestatais, e em lugares que envolvem presença de atores não estatatais como grupos terroristas, atores étnicos gangues (a exemplo de Timor do Leste e no Haiti. Atuam ou atuaramativamente em crises humanitárias de países envolvidas em conflitos internos, como nos casos da Somália (Unisom), Kosovo (Umik); Bosnia-Herzogovina (Unmibh), Ruanda (Unamir). Iugoslavia (Unprofor)” (Adaptado).
A alternativa II (As missões de segunda geração patrulhavam fronteiras e zonas de exclusão militar e, estimulavam a retomada de negociações entre as partes) está, portanto, incorreta.
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 6 - As reformas nas operações de manutenção de paz).
Questão 9/10 - Segurança Internacional
“Ann Tickner (1997) considera, de maneira otimista, a contribuição que os movimentos sociais internacionais poderiam fazer se sustentassem uma visão de segurança humana nos domínios econômicos, políticos e ecológicos, uma vez que esses grupos estão mais próximos de uma visão de segurança como um processo que se inicia com os indivíduos, e não como uma finalidade. Em conclusão diversas perspectivas teóricas pressionaram as visões tradicionais baseadas em dilema de segurança e balança de poder possibilitando assim o surgimento de uma visão abrangente e aprofundada do que deveria ser entendido segurança internacional”.
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 2 - As perspectivas críticas e de gênero).
Considerando o conteúdo apresentado na disciplina “Segurança Internacional”, que trata das perspectivas de gênero nos estudos de segurança, examine as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta:
I. A segurança e o poder internacional estariam muito atrelados a uma visão particular masculina do mundo.
II. É possível afirmar que a hegemonia da percepção masculina da segurança só tem produzido insegurança tanto para homens como para mulheres.
III. O feminismo veio endossar a visão do militarismo como defensor do interesse nacional, e afirmar que a segurança do Estado deve envolver estratégias militares de negociação.
IV. Os pressupostos básicos que percorrem o pensamento desses autores é que as unidades de análise, como soberania, Estado e sistema internacional, refletem um modelo patriarcal de divisão de público e privado.
Nota: 0.0
	
	A
	Apenas as afirmativas I e III estão corretas
	
	B
	Apenas as afirmativas II e IV estão corretas
	
	C
	Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas
Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas. De acordo com o livro base da disciplina, “Ainda dentro desta perspectiva crítica, uma forma extremamente interessante e complexa de ver os problemas de segurança internacional advém das teorias de gênero, especialmente pelos enfoques feministas, por intermédio de autores como Tickner (1997; 1999), Sylvester (1996) e Light e Halliday (1994). Os pressupostos básicos que percorrem o pensamento desses autores é que as unidades de análise, como soberania, Estado e sistema internacional, refletem um modelo patriarcal de divisão de público e privado. Portanto, a segurança e o poder internacional estariam muito atrelados a uma visão particular masculina do mundo. “A esfera privada é vista como o reino natural da desordem onde a mulher precisa ser controlada” (Tickner, 1999, p. 127). Adicionalmente a hegemonia da percepção masculina da segurança só tem produzido insegurança tanto para homens como para mulheres. Nessa direção, qualquer concepção de segurança na perspectiva de gênero se sustenta na base de pressupostos normativos que estabeleçam compromissos com a justiça social, considerada o único caminho possível para estabelecer um compromisso duradouro com a paz internacional. (Villa e Braga, 2018). O enfoque de gênero é prolixo em mostrar que o incremento dos gastos militares e as guerras internacionais têm efeitos mais danosos sobre o bem-estar das mulheres do que sobre outros grupos sociais. Além disso, afirma que o militarismo e a guerra são resultado da visão patriarcal do mundo e da difusão de valores masculino-militares através da sociedade. Essa conclusão faz com que as produções teóricas feministas focalizem o desarmamento militar internacional como base de suas preocupações em pesquisas empíricas”.
Esse assunto também foi debatido na rota de aprendizagem 2, “Especificamente sobre segurança internacional, Tickner defende que a segurança deve ser entendida como ampla. Pensar no conceito ampliado de segurança desprende os analistas do pensamento exclusivo militar e propicia a possibilidade de debates mais próximos das experiências das mulheres. E com essa proposta de ampliação a autora sugere que o conceito de segurança verdadeiramente abrangente inclui questões de gênero, e a eliminação de dominação e subordinação”.
A alternativa III (O feminismo veio endossar a visão do militarismo como defensor do interesse nacional, e afirmar que a segurança do Estado deve envolver estratégias militares de negociação) está, portanto, incorreta.
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 2 - As perspectivas críticas e de gênero).
Fonte: Rota de Aprendizagem 2 (Estudos feministas de segurança).
	
	D
	Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas
	
	E
	As afirmativas I, II, III e IV estão corretas
Questão 10/10 - Segurança Internacional
“A teoria de securitização é uma das principais contribuições da Escola de Copenhague, que surgiu em 1985, originalmente chamada de Copenhagen Peace Research Institute (Tanno, 2003, p. 48). Nesse momento, as escolas europeias acompanhavam o movimento de renovação teórica das Relações Internacionais sobre os conceitos de segurança. Somado a isso, as marcas da II Guerra Mundial permaneciam no dia-a-dia europeu, o que favorecia o processo de criação de uma identidade europeia e a unificação das políticas de defesa e segurança. A Escola, inicialmente liderada por Barry Buzan, Ole Waever e Jaap de Wilde, sustentava o pressuposto segundo o qual ocorreu uma evolução nos estudos de segurança internacional. Segundo eles, três grandes diferenças marcaram a evolução nesses estudos. A primeira está no conceito chave de segurança. A segunda mudança foi a abordagem de um novo problema: as armas nucleares. A terceira grande mudança diz respeito à natureza das questões de segurança” (Adaptado).
Fonte: SILVA, Caroline Cordeiro Viana e; PEREIRA, Alexsandro Eugenio. A Teoria de Securitização e a sua aplicação em artigos publicados em periódicos científicos. Revista de Sociologia e Política. Curitiba, v. 27, n. 69, e007, 2019. Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010444782019000100204&lng=en&nrm=iso>. access on 09 Feb. 2020.
Partindo do conteúdo abordado em “Segurança Internacional”, analise os enunciados abaixo e selecione a alternativa correta acerca da Teoria de Securitização, desenvolvido pela Escola de Copenhagen. 
I. A securitização é um processo, que trata de uma argumentação sobre o futuro.
II. Existe sempre um interlocutor, alguém que discursa pelo tema, esse interlocutor é chamado de agente securitizador.
III. O ator securitizador não se reduz ao Estado, pode incluir os grupos sociais, os indivíduos, organizações e os grupos transnacionais. 
IV. A Teoria da Securitização é uma estratégia militar que se concentra na adoção de medidas de economia de guerra, como regularização de taxas e expansão administrativa.
Nota: 0.0
	
	A
	Apenas as afirmativas I e IV estão corretas
	
	B
	Apenas as afirmativas II e III estão corretas
	
	C
	Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas
	
	D
	Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas
A alternativa correta é: (Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas). De acordo com a rota de aprendizagem 2, “a securitização é um processo, que trata de uma argumentação sobre o futuro. Os argumentos sempre envolvem a decisão em duas possibilidades de caminho: o que irá acontecer se não for tomada uma ação e o que ocorrerá se a ação for tomada. Partindo da ideia de que todo tema de segurança é visto efetivamente como um tema de segurança por que foi argumentando como tal, os autores definem que: Existesempre um interlocutor, alguém que discursa pelo tema, esse interlocutor é chamado de agente securitizador. O agente securitizador discursa sobre um tema, alegando que esse tema é uma ameaça à existência do Estado. (BUZAN; WAEVER; WILDE, 1998)”.
Esse tema também foi abordado no livro base da disciplina, “Para Buzan, Waever e Wilde a ”[s]ecuritização é uma versão extrema da politização” (1998, p. 23-24), um ato do discurso ou da linguagem (speech act) de um ator que se apresenta da seguinte forma: confere-se a uma questão política um caráter emergencial, ou seja, transforma-se um problema da esfera política numa questão de segurança. Esse passo não depende só dos atores, sendo necessário que uma audiência e que a questão seja identificada pelo auditorium [audiência, público] como uma ameaça existencial à sobrevivência de um objeto referente. Em outras palavras: para que a ameaça seja identificada é necessário que ocorra um processo intersubjetivo de reconhecimento pelos atores securitizadores e pelas sociedades. Isso é o que confere legitimidade social àquilo que é deslocado da esfera da política e transformado em ameaça à segurança, acarretando e justificando “medidas emergenciais” ou recursos extraordinários para enfrentá-lo. A ameaça justifica medidas que diferem das que seriam tomadas na esfera pública da política. As regras do jogo são quebradas ou suspensas (Buzan; Waever; Wilde, 1998, p.23-24). Em síntese, a securitização é o que Wæver (1995b) denomina de “política do pânico”: quando determinados assuntos se tornam confidenciais e passam a ser tratados sem se respeitar as regras comuns, conferindo às autoridades públicas poderes adicionais e o desempenho de atividades que seriam consideradas ilegais em outras circunstâncias “Villa e Santos, 2010, p. 122). O conceito de securitização inclui também categorias operacionais, das quais três se sobressaem: (i) o objetos referentes, aquilo que é percebido como objeto de uma ameaça existencial; o ator securitizador, que não se reduz ao Estado, podendo incluir os grupos sociais, os indivíduos, organizações e os grupos transnacionais, que reivindicam a existência de uma ameaça para objeto referente – o ator securitiza a ameaça,
e (iii) os atores funcionais, que não pertencem a nenhuma da duas categorias anteriores mas que direta ou indiretamente têm um papel relevante nas dinâmicas de segurança de um setor, a exemplo de uma grande empresa multinacional em setores como o meio ambiente, a economia e a política (Buzan; Wæver; Wilde, 1998)”.
Fonte: Rota de Aprendizagem 2 (Escola de Copenhague: visão ampliada).
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 2 - Securitização)
	
	E
	As afirmativas I, II, III e IV estão corretas

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