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SEGURANÇA INTERNACIONAL - APOL 1 - TERCEIRA TENTATIVA

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Questão 1/10 - Segurança Internacional
“Apesar de preservar a centralidade do Estado como o ator por excelência nas dinâmicas de segurança internacional, o conceito deixava claro que as ameaças atuais não estavam contidas à esfera militar e afetavam tanto os Estados, quanto suas populações. Estas contribuições iniciais sugeriam que o conceito de segurança, a fim de responder aos novos desafios à segurança internacional, deveria ser aberto em duas direções: em primeiro lugar, o objeto referente da segurança, ou seja, aquilo que deve ser preservado das ameaças, não deveria estar restrito ao nível estatal, abarcando também o indivíduo abaixo e o sistema internacional acima. (Sheehan, 2004). Segundo, os setores de segurança não deveriam estar restritos ao domínio militar, permitindo a incorporação de outras dimensões, como a dimensão econômica, societal ou ambiental. Assim, a Escola de Copenhagen vai identificar variados setores de segurança, cada um desses setores é operacionalizado analiticamente levando-se em conta os objetos referentes e os atores securitizadores”.
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 2 - A multidimensionalidade dos setores de segurança e os complexos regionais de segurança).
Vimos com a Teoria da Securitização que os Estados sofrem ameaças de diversos setores, tais como: político, econômico e social. Com base nessa informação, examine as afirmativas abaixo, marcando-as com V para verdadeiro e F para falso para, em seguida, selecionar a alternativa com a sequência correta.
( ) O setor econômico está vinculado à sobrevivência do Estado em uma lógica capitalista.
( ) No setor societal as ameaças vêm de identidades coletivas que podem existir e funcionar sem a necessidade do Estado.
( ) Temas ciber espaciais também podem gerar ameaças a existência de Estados, desta forma, crimes cibernéticos, por exemplo, podem ser temas propícios para o processo de securitização.
( ) A agenda científica, construída fora dos fóruns políticos e composta, principalmente, por cientistas e instituições de pesquisa, oferece uma lista de problemas ambientais que prejudicam ou têm potencial para prejudicar a evolução da civilização atual.
Nota: 0.0
	
	A
	F, F, V, V
	
	B
	F, F, V, F
	
	C
	V, V, F, F
	
	D
	V, V, V, F
	
	E
	V, V, V, V
A sequência correta é: (V, V, V, V). De acordo com a rota de aprendizagem 2, “questões de segurança devem ser analisadas de forma mais ampla, não devemos olhar apenas para o setor militar. Os autores afirmam que uma ameaça à existência do Estado pode vir de diversos setores, são eles: econômico, político, societal, ambiental, militar e cibernético. Essa possiblidade de análise de diversos setores é chamada de visão ampliada da agenda de segurança (SILVA, 2019). O setor militar concentra os temas focados em ameaças externas e também internas. Se refere a possibilidade de um Estado ser atacado por outro Estado e a capacidade do Estado de se defender militarmente de ameaças internas. Sendo assim, se refere a forças armadas, tanto ofensivas quanto defensivas. No setor político são todas as questões que podem destruir ou abalar a estabilidade organizacional do Estado. Nesse setor são pensadas ameaças aos ideais do Estado, a sua base física e as instituições do Estado. As ameaças desse setor são pressões para a adoção de determinadas políticas, pedidos de substituição do governo e incentivos a sucessão. No setor societal as ameaças vêm de identidades coletivas que podem existir e funcionar sem a necessidade do Estado. São identidades que funcionam como uma nação ou uma determinada religião e essa existência é independente do Estado local. Esse setor está ligado ao setor político, a segurança societal está relacionada com a estabilidade da organização governamental, ao sistema de governo e as ideologias de governos, que são ameaçadas por identidades coletivas de determinados grupos, sociedades. O setor econômico está vinculado a sobrevivência do Estado em uma lógica capitalista. Uma ameaça econômica pode também se tornar uma ameaça política e militar. O setor ambiental é composto de duas premissas, o meio ambiente por si só e a qualidade de vida. Ou seja, o primeiro ponto é vinculado a agenda científica, enquanto o segundo ponto é vinculado a agenda política. Embora elas se sobreponham e se moldem, a agenda científica é tipicamente incorporada por ciência e atividades não governamentais. Ela é construída fora dos fóruns políticos e composta, principalmente, por cientistas e instituições de pesquisa e oferece uma lista de problemas ambientais que prejudicam ou tem potencial para prejudicar a evolução da civilização atual. O último setor é o setor cibernético. A inclusão desse setor ocorreu com a revisão da teoria de Securitização. Em sua versão original, publicada em 1998, eram previstos 5 setores, porém com a inclusão da participação da autora Lane Hansen à Escola, foi incorporada também a sua pesquisa, isso levou a adesão do 6º setor, o cibernético. Esse setor prevê que temas ciber espaciais também podem gerar ameaças a existência de Estados, desta forma, crimes cibernéticos, por exemplo, podem ser temas propícios para o processo de securitização (SILVA, 2019)” (Adaptado).
Fonte: Rota de Aprendizagem 2 (Escola de Copenhague: visão ampliada).
Questão 2/10 - Segurança Internacional
“Por que cooperar em defesa? Tradicionalmente, a não ser que motivados pelo surgimento de um Estado revisionista, as teorias realistas afirmam que cooperar em defesa é diminuir a capacidade de sobrevivência do Estado. Há, segundo Mearsheimer (2001), dois tipos de poder: real e latente – composto por elementos que podem ser transformados em poder real. Cooperar em defesa, por essa lógica, é, nos termos de Urpelainen (2012), diminuir as opções externas dos Estados justamente na área onde ele é mais sensível, no poder real, responsável imediato pela garantia de sua sobrevivência. A premissa básica do realismo ofensivo é o dilema da segurança, como elemento que leva à autoajuda e dificulta a cooperação internacional”.
Fonte: REZENDE, Lucas Pereira. Teoria Realista Ofensiva de Cooperação em Defesa na Unipolaridade. Contexto Internacional, Rio de Janeiro, v. 36, n. 2, p. 519-548, Dec. 2014.  Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-85292014000200519&lng=en&nrm=iso>. access on 27 Jan. 2020.
Partindo do conteúdo discutido na disciplina “Segurança Internacional”, assinale a alternativa que faz uma análise correta do conceito de poder entendido dentro da perspectiva do realismo ofensivo de Mearsheimer.
Nota: 10.0
	
	A
	Para Mearsheimer, o Poder é uma relação entre agentes com maiores ou menores capacidades de comando, influência e persuasão.
	
	B
	De acordo com Mearsheimer, Poder é a capacidade militar ofensiva. Estados ricos, mas como pouco poder militar não são poderosos no cenário internacional.
Você acertou!
A alternativa correta é: (De acordo com Mearsheimer, Poder é a capacidade militar ofensiva. Estados ricos, mas como pouco poder militar não são poderosos no cenário internacional). De acordo com a rota de aprendizagem 1, “Mearsheimer sugere uma síntese entre o realismo clássico e o realismo estrutural, e como Morghentau, Mearsheimer organiza sua teoria em seis pontos. Os pontos têm o objetivo de determinar como atingir um sistema internacional seguro. São eles: 1. Grandes potências possuem capacidade ofensiva, invariavelmente – toda potência tem capacidade para em algum momento impor danos e destruição às demais. 2. A intensão dos demais Estados nunca é uma certeza, tanto no presente como no futuro. 3. O principal objetivo dos Estados é garantir a sua sobrevivência – manutenção da integridade territorial. 4. Os Estados se veem como atuais ou potenciais rivais  5. Os Estados não podem contar com nenhuma parceria para a garantia de sua segurança, ou seja, os Estados encontram-se em uma situação eminente de autoajuda – atenção constante à balança de poder. 6. Poder é a capacidade militar ofensiva – Estados ricos mascom pouco poder militar não são poderosos no cenário internacional”.
Esse conceito foi especificado no livro base da disciplina, “Poder é capacidade militar ofensiva, e esta é representada principalmente por poder militar terrestre. Economia, população, território, tecnologia são apenas meios para a obtenção de “poder”, que restringe-se a capacidade militar. Embora riqueza e capacidade tecnológica possam contribuir diretamente para o bem-estar dos cidadãos de um Estado, estes recursos só se tornam poder quando são convertidas em poder militar ofensivo. Portanto, países ricos mas pouco expressivos militarmente (como a Alemanha e o Japão depois da Segunda Guerra Mundial) não são poderosos (para todas esses seis condições ver: (Mearsheimer, 2001; Villa et al, 2012)”. As demais alternativas estão, portanto, incorretas.
Fonte: Rota de Aprendizagem 1 (Realismo ofensivo).
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 1 - Maximizar segurança ou maximizar poder: o debate tradicionalista contemporâneo em segurança internacional).
	
	C
	Para Mearsheimer, não existe o Poder, mas sim relações de poder, que através de seus mecanismos atuam como uma força coagindo, disciplinando e controlando os indivíduos.
	
	D
	Para Mearsheimer, o Poder torna-se a capacidade de se tomar decisões, o que só é possível quando se ocupa postos e posições nas quais é possível ter a prerrogativa desta ação.
	
	E
	De acordo com Mearsheimer, o Poder se manifesta de forma a manter o preconceito do sistema também por condicionantes objetivistas, através de um comportamento estruturado socialmente e/ou padronizado culturalmente.
Questão 3/10 - Segurança Internacional
“As iniciativas de uma agenda internacional de segurança, um dos passos mais ousados dados pela diplomacia brasileira em questões de segurança global e regional foi a mediação desempenhada pelo Brasil e Turquia num acordo com o Irã. Em maio de 2010, os três países assinaram um documento - conhecida como a Declaração de Teerã - através do qual o governo iraniano comprometeu-se a enviar 1,2 tonelada de urânio para a Turquia, onde o material seria enriquecido e enviado de volta a Teerã para ser aplicado na pesquisa médica. O acordo representou um esforço da diplomacia brasileira para evitar renovação de sanções para esse país persa no Conselho de Segurança da ONU. No entanto, a iniciativa também pode ser interpretada como uma tentativa de conferir reconhecimento internacional à capacidade de iniciativa do Brasil de construir diálogos sobre temas da agenda de segurança mundial e, nesse sentido, avançar na sua busca por um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. Apesar do Conselho de Segurança da ONU ter se recusado, através do veto ao acordo dos cinco estados permanentes, em aceitar o acordo vale a pena dizer que foi a primeira vez que um país em desenvolvimento assumiu uma posição pró-ativa nas negociações centrais sobre segurança e estabilidade mundiais”.
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 4 - A fase assertiva da política de segurança brasileira).
Tendo em conta os ensinamentos da aula 4, que trata a respeito do Plano Estratégico de Segurança Nacional, examine as afirmativas abaixo, marcando-as com V para verdadeiro e F para falso para, em seguida, selecionar a alternativa com a sequência correta.
(  ) O plano busca responder: quais as melhores estratégias para tempos de paz e guerra?
(  ) O plano prevê a revisão das estratégias de defesa, a reativação da indústria armamentista doméstica e a autonomia da política de defesa.
(  ) O plano tem por finalidade definir ações estratégicas de médio e longo prazos, atuando por meio de eixos fundamentais com vistas à atuação interna das Forças Armadas na promoção da defesa nacional.
(  ) O plano estabelece a identificação das Forças Armadas com a nação, especialmente quanto à defesa das fronteiras, em que a Amazônia aparece como uma prioridade, serviço militar compulsório e tarefas sociais.
Nota: 0.0
	
	A
	F, F, V, V
	
	B
	V, V, F, V
A sequência correta é: (V, V, F, V). De acordo com o livro base da disciplina, “nesse contexto de motivações regionais e globais possa ser lida a elaboração do Plano Estratégico de Defesa Nacional. Em setembro de 2007 o então presidente brasileiro evitando referir-se a qualquer motivação que tivesse a ver com qualquer outro país sul-americano, comunicou a criação de um grupo de trabalho, sob a direção do Ministério da Defesa e coordenado pelo intelectual Mangabeira Unger, para formular as diretrizes de um plano de modernização das Forças Armadas (Plano Estratégico de Defesa Nacional, ou Plano de Aceleração do Crescimento em Defesa – PAC em Defesa, como também tem sido chamado) que leva em conta três metas gerais e cinco objetivos concretos. Os primeiros referem-se a: 1) a revisão das estratégias de defesa; 2) a reativação da indústria armamentista doméstica; 3) a autonomia da política de defesa. As preocupações concretas estão dirigidas a dar respostas às seguintes questões: 1) quais as melhores estratégias para tempos de paz e guerra; organização das Forças Armadas, dotadas com a vanguarda tecnológica e operacional; 3) reativação da indústria armamentista nacional, direcionada à meta da autonomia em defesa; 4) identificação das Forças Armadas com a nação, especialmente quanto à defesa das fronteiras, em que a Amazônia aparece como uma prioridade, serviço militar compulsório e tarefas sociais; 5) estabelecimento de linhas para atuação das Forças Armadas em situações de manutenção da ordem e do estado de direito (Villa e Vianna, 2010)”.
A alternativa III (O plano tem por finalidade definir ações estratégicas de médio e longo prazos, atuando por meio de eixos fundamentais com vistas à atuação interna das Forças Armadas na promoção da defesa nacional) é, portanto, falsa.
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 4 - A fase assertiva da política de segurança brasileira).
	
	C
	V, V, V, V
	
	D
	V, F, V, V
	
	E
	V, V, V, F
Questão 4/10 - Segurança Internacional
“Quanto ao primeiro ponto da política de segurança na nova fase da política de segurança do Brasil, desde inícios da primeira década deste século o Brasil começou um projeto de modernização das Forças Armadas, o chamado projeto FX, que incluiu a compra de 36 aviões de caça Gripen da empresa sueca Saab em 2013, desenvolvimento de um submarino nuclear, com tecnologia francesa, e a compra de equipamentos de defesa blindados. Mas, na verdade, o projeto de modernização das Forças Armadas brasileiras ultrapassa as eventuais preocupações com dilemas de segurança em relação a países vizinhos. A principal motivação brasileira está mais relacionada, nesta fase, com uma projeção do papel do Brasil hemisférica e globalmente, isto é, a adequação do Brasil à sua condição de global political player (ator político global emergente)”.
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 4 – A fase assertiva da política de segurança brasileira).
Considerando o conteúdo da aula 4 de “Segurança Internacional”, examine as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta sobre a fase assertiva da política de segurança brasileira.
I. Na fase assertiva ocorre a construção regional de instituições de segurança.
II. Houve tentativa de influenciar o processo de reforma das instituições internacionais de segurança.
III. Na fase assertiva ocorre o reforço do poder militar convencional e a participação em operações de paz.
IV. O Brasil construiu uma agenda mais construtiva de segurança visando melhorar sua imagem perante o poder hemisférico hegemônico, os Estados Unidos.
Nota: 0.0
	
	A
	Apenas a afirmativa II está correta
	
	B
	Apenas a afirmativa I está correta
	
	C
	Apenas as afirmativas II e IV estão corretas
	
	D
	Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas
Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas. De acordo com a rota de aprendizagem 4, “Nessecontexto percebemos a inserção internacional do Brasil de forma assertiva, ou seja, o Brasil, opta por protagonizar a sua participação no cenário internacional e deixa de apenas reagir a demandas de segurança internacional. Podemos perceber isso com i. o reforço do poder militar convencional e participação em operações de paz; ii. Tentativa de influenciar o processo de reforma das instituições internacionais de segurança; iii. Construção regional de instituições de segurança (VILLA, 2019). O reforço militar convencional, o Brasil iniciou os anos 2000 com um projeto de modernização das Forças Armadas, que incluiu a compra de aviões caça Gripen, da Suécia e também o desenvolvimento de um submarino nuclear, com tecnologia francesa. Além disso, iniciou no Brasil o movimento para a elaboração de uma nova, Política Nacional de Defesa, Estratégia nacional de Defesa e Doutrina Militar de Defesa. Interessante notar que essas iniciativas demonstraram um avanço no posicionamento brasileiro, uma ação assertiva, mas não apenas pensando em segurança mas também em novas parcerias comerciais”.
Esse tema também foi comentado no livro base da disciplina, “Nesta fase, podemos localizar em meados da primeira década deste século vários parâmetros guiam a ação do Brasil em matéria de segurança: i) reforço do poder militar convencional e presencial em cenários internacionais, através de missões de operações permanentes de paz, e o reforço dos instrumentos normativos e legais da política nacional de defesa e da estratégia nacional de defesa. Indicativo de um ação global em segurança: ii) reforma das instituições internacionais de segurança, procurando influenciar o processo de elaboração de decisões; iii) uma estratégia que visava gerar dinâmicas autônomas de segurança particularmente através da construção regional de instituições de segurança, ao mesmo tempo que se traça uma estratégia que permite que o Brasil seja visto como uma potência regional benigna capaz de abastecer alguns bens públicos regionais em matéria de segurança através da gestão e estabilização de riscos regionais, tais como algumas crises políticas; construção de uma agenda regional de segurança e o reforço da atuação do Brasil em missões permanentes de paz da ONU”(Adaptado).
A alternativa IV (O Brasil construiu uma agenda mais construtiva de segurança visando melhorar sua imagem perante o poder hemisférico hegemônico, os Estados Unidos) está incorreta porque faz uma análise equivocada acerca da fase assertiva da política de segurança brasileira.
Fonte: Rota de Aprendizagem 4 (Fase assertiva da política de segurança brasileira).
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 4 - A fase assertiva da política de segurança brasileira).
	
	E
	Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas
Questão 5/10 - Segurança Internacional
“Mesmo após a conclusão do processo de descolonização, devido ao enorme intervalo de tempo entre o desenvolvimento das estruturas estatais modernas no Terceiro Mundo e o desenvolvimento das mesmas estruturas na Europa, sua capacidade de atuar efetivamente em um sistema que é definido principalmente por seu caráter centrado no Estado é baixo. O fosso econômico entre os Estados ocidentais desenvolvidos e o Sul em desenvolvimento, com exceções limitadas e parciais, contribui para a ineficácia dos últimos como participantes do sistema” (Tradução livre)”.
Fonte: Rota de Aprendizagem 3 (Pós-colonialismo).
Partindo do conteúdo ministrado pela professora Caroline Cordeiro na aula 3, sobre as teorias pós-colonialistas de segurança internacional, examine as assertivas abaixo e assinale a alternativa correta acerca das diferenças entres países de primeiro e terceiro mundo.
I. A diferença está relacionada à história da formação do Estado nos países em desenvolvimento e subdesenvolvidos em contraposição aos países desenvolvidos.
II. A diferença é majoritariamente cultural, uma vez que os países de primeiro mundo são culturalmente superiores e mais avançados do que os países de terceiro mundo, que adotam um modelo cultural mais democrático.
III. A diferença está no padrão de recrutamento das elites e o estabelecimento e manutenção de regimes políticos nos países não desenvolvidos, em comparação ao mesmo processo nos países desenvolvidos.
IV. Países desenvolvidos colhem resultados de anos em processo de desenvolvimento e atingiram estruturas estatais legítimas, coesas e fortes. Em contrapartida, as estruturas estatais dos países não desenvolvidos ainda não atingiram a mesma força e legitimidade.
Nota: 0.0
	
	A
	Apenas as afirmativas I e II estão corretas
	
	B
	Apenas as afirmativas II e IV estão corretas
	
	C
	Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas
Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas. De acordo com a rota de aprendizagem 3, “Os Estados desenvolvidos não lidam com tantos problemas de ordem política como os Estados em desenvolvimento e subdesenvolvidos. Os Estados não desenvolvidos pendulam entre fontes internas e externas de ameaça, como por exemplo, problemas sociais e econômicos. Com isso, os Estados militarizam problemas políticos e ao apresentarem esses problemas também como problemas militares os países subdesenvolvidos e em desenvolvimento tentam escolher uma arena de confronto com dissidentes domésticos. Essa caracterização do problema de segurança enfrentado pelos Estados do Terceiro Mundo, e suas diferenças em relação ao padrão de problemas de segurança enfrentados pelos estados desenvolvidos, tem sido tratada em nível doméstico dentro de cada Estado. Porém, as diferenças são meramente os sintomas de uma divergência muito mais profunda nas respectivas experiências dos Estados desenvolvidos e não desenvolvidos. Essas diferenças estão relacionadas a duas grandes variáveis: i. A história da formação do Estado nos países em desenvolvimento e subdesenvolvidos em contraposição aos países desenvolvidos; ii. O padrão de recrutamento das elites e o estabelecimento e manutenção de regimes políticos nos países não desenvolvidos, em comparação ao mesmo processo nos países desenvolvidos. Essas diferenças entre o Primeiro e o Terceiro Mundos determinam as distintas orientações de segurança entre os conjuntos de Estados. É importante perceber que a variável tempo é a proposição dominante na estruturação do conceito pós-colonialista. Países desenvolvidos colhem resultados de anos em processo de desenvolvimento e atingiram estruturas estatais legítimas, coesas e fortes. Em contrapartida, as estruturas estatais dos países não desenvolvidos ainda não atingiram a mesma força e legitimidade”.
A alternativa II (A diferença está nas instituições jurídicas dos países desenvolvidos, no sistema partidário dos países em desenvolvimento e no sistema político dos países considerados de terceiro mundo) está, portanto, incorreta.
Fonte: Rota de Aprendizagem 3 (Pós-colonialismo).
	
	D
	Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas
	
	E
	As afirmativas I, II, III e IV estão corretas
Questão 6/10 - Segurança Internacional
“O mundo desenvolvido tem estado vinculado a dois tipos de conflitos: os problemas de secessão internos e de rejeição ao poder internacional e a disputa por recursos naturais. Do primeiro tipo temos exemplos como o problema Basco na Espanha, a Grã-Bretanha com o Irã e o Canadá com Québec. Do segundo tipo todas as pressões aos países em desenvolvimento pelo controle de armas e energia nuclear, como o caso da Coréia do Norte. A África tem sido sacudida já há várias décadas por conflitos relacionados a fatores internos como a luta pela conquista do poder do estado por vários grupos diferentes. A Europa apresenta dois aspectos visíveis perante esta análise; a Europa desenvolvida, a qual podemos vincular a dois tipos de conflitos: um, ligado a intensificação da força sucessória que tem impulsionado o processo de globalização, como são os conflitos da Espanha, França e Grã Bretanha, mas que tem demonstrado grandes possibilidades de soluções graças ao trabalho das organizaçõesinternacionais e a uma política de pacificação interna; dois, vinculado a participação de alguns países em conflitos por recursos naturais e a poder internacional, como Afeganistão, Iraque e Chechênia. A Europa em desenvolvimento, especificamente os países da ex União Soviética, tem estado vinculada a conflitos territoriais e de autonomia”.
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 5 - Conflitos por fundamentalismo religioso e rescaldo do colonialismo).
Partindo da leitura do livro “Segurança Internacional” do professor Villa, examine as assertivas abaixo e assinale a alternativa correta acerca das razões dos conflitos civis violentos contemporâneos apontadas por Arnson e Zartman:
I. Um dos motivos é a ganância. A ganância refere-se ao desejo de se apropriar de recursos públicos.
II. Um dos motivos é a crença. A crença pode significar a fé “cega” ou um sentimento de identidade de um grupo.
III. Um dos motivos é a necessidade. A necessidade origina-se do sentimento de injustiça causado pela repressão política e pela privação econômica.
IV. Um dos motivos é a vaidade. A vaidade é ter como princípio a ostentação, a força, a exibição exagerada da sua riqueza, de suas qualidades e capacidades físicas ou intelectuais.
Nota: 0.0
	
	A
	Apenas as afirmativas I e IV estão corretas
	
	B
	Apenas as afirmativas I e II estão corretas
	
	C
	Apenas as afirmativas II e III estão corretas
	
	D
	Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas
As afirmativas I, II e III estão corretas. De acordo com o livro base da disciplina, “os conflitos violentos são uma consequência da combinação de vários fatores internos e externos que são generalizados, incluindo problemas derivados da transição política em um contexto de pobreza, escassez, fácil acesso a armas e fracas instituições governamentais. Refletindo sobre as razões dos conflitos civis violentos contemporâneos Arnson e Zartman (2005) identificam uma trilogia genérica de causas: "necessidade", "crença" e "ganância". “A ´necessidade’ origina-se do sentimento de injustiça causado pela repressão política e pela privação econômica. A ‘crença’ pode significar a fé “cega” ou um sentimento de identidade de um grupo. Já a ‘ganância’ refere-se ao desejo de se apropriar de recursos públicos. Assim, a discriminação baseada nas crenças e nos sentimentos de identidade junta-se às ambições pessoais ou grupais de ganhos particulares (a "ganância") para produzir conflitos com múltiplos motivos coletivos e privados” (Cepaluni e Mendoça, 2006, p. 205)” (Adaptado).
A alternativa IV (Um dos motivos é a vaidade. A vaidade é ter como princípio a ostentação, a força, a exibição exagerada da sua riqueza, de suas qualidades e capacidades físicas ou intelectuais) está, portanto, incorreta.
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 5 - Conflitos por fundamentalismo religioso e rescaldo do colonialismo).
	
	E
	Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas
Questão 7/10 - Segurança Internacional
“Ann Tickner (1997) considera, de maneira otimista, a contribuição que os movimentos sociais internacionais poderiam fazer se sustentassem uma visão de segurança humana nos domínios econômicos, políticos e ecológicos, uma vez que esses grupos estão mais próximos de uma visão de segurança como um processo que se inicia com os indivíduos, e não como uma finalidade. Em conclusão diversas perspectivas teóricas pressionaram as visões tradicionais baseadas em dilema de segurança e balança de poder possibilitando assim o surgimento de uma visão abrangente e aprofundada do que deveria ser entendido segurança internacional”.
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 2 - As perspectivas críticas e de gênero).
Considerando o conteúdo apresentado na disciplina “Segurança Internacional”, que trata das perspectivas de gênero nos estudos de segurança, examine as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta:
I. A segurança e o poder internacional estariam muito atrelados a uma visão particular masculina do mundo.
II. É possível afirmar que a hegemonia da percepção masculina da segurança só tem produzido insegurança tanto para homens como para mulheres.
III. O feminismo veio endossar a visão do militarismo como defensor do interesse nacional, e afirmar que a segurança do Estado deve envolver estratégias militares de negociação.
IV. Os pressupostos básicos que percorrem o pensamento desses autores é que as unidades de análise, como soberania, Estado e sistema internacional, refletem um modelo patriarcal de divisão de público e privado.
Nota: 10.0
	
	A
	Apenas as afirmativas I e III estão corretas
	
	B
	Apenas as afirmativas II e IV estão corretas
	
	C
	Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas
Você acertou!
Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas. De acordo com o livro base da disciplina, “Ainda dentro desta perspectiva crítica, uma forma extremamente interessante e complexa de ver os problemas de segurança internacional advém das teorias de gênero, especialmente pelos enfoques feministas, por intermédio de autores como Tickner (1997; 1999), Sylvester (1996) e Light e Halliday (1994). Os pressupostos básicos que percorrem o pensamento desses autores é que as unidades de análise, como soberania, Estado e sistema internacional, refletem um modelo patriarcal de divisão de público e privado. Portanto, a segurança e o poder internacional estariam muito atrelados a uma visão particular masculina do mundo. “A esfera privada é vista como o reino natural da desordem onde a mulher precisa ser controlada” (Tickner, 1999, p. 127). Adicionalmente a hegemonia da percepção masculina da segurança só tem produzido insegurança tanto para homens como para mulheres. Nessa direção, qualquer concepção de segurança na perspectiva de gênero se sustenta na base de pressupostos normativos que estabeleçam compromissos com a justiça social, considerada o único caminho possível para estabelecer um compromisso duradouro com a paz internacional. (Villa e Braga, 2018). O enfoque de gênero é prolixo em mostrar que o incremento dos gastos militares e as guerras internacionais têm efeitos mais danosos sobre o bem-estar das mulheres do que sobre outros grupos sociais. Além disso, afirma que o militarismo e a guerra são resultado da visão patriarcal do mundo e da difusão de valores masculino-militares através da sociedade. Essa conclusão faz com que as produções teóricas feministas focalizem o desarmamento militar internacional como base de suas preocupações em pesquisas empíricas”.
Esse assunto também foi debatido na rota de aprendizagem 2, “Especificamente sobre segurança internacional, Tickner defende que a segurança deve ser entendida como ampla. Pensar no conceito ampliado de segurança desprende os analistas do pensamento exclusivo militar e propicia a possibilidade de debates mais próximos das experiências das mulheres. E com essa proposta de ampliação a autora sugere que o conceito de segurança verdadeiramente abrangente inclui questões de gênero, e a eliminação de dominação e subordinação”.
A alternativa III (O feminismo veio endossar a visão do militarismo como defensor do interesse nacional, e afirmar que a segurança do Estado deve envolver estratégias militares de negociação) está, portanto, incorreta.
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 2 - As perspectivas críticas e de gênero).
Fonte: Rota de Aprendizagem 2 (Estudos feministas de segurança).
	
	D
	Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas
	
	E
	As afirmativas I, II, III e IV estão corretas
Questão 8/10 - Segurança Internacional
"Morgenthau, discutindo a política dos Estados, elabora efetivamente uma teoria das relações internacionais. Em linhas gerais, o autor desenvolve uma teoria reducionista segundo a qual a chave para a pergunta acerca da razão pela qual os Estados competem por poder se encontra em uma suposta natureza humana. O homem,segue o argumento, nasce com um desejo eminente por poder e prestígio, o qual se transpõe ao nível estatal por intermédio dos indivíduos que governam e regem as instituições governamentais. À pergunta sobre quão poderosos desejam ser os Estados, ou qual a quantidade de poder que eles buscam controlar, Morgenthau responde com a afirmação de que o desejo por poder embutido na natureza humana é ilimitado. Isso significa que os Estados competem intensamente por poder e se encontram em constante busca de oportunidades para alterar o status quo internacional e reverter em seu favor a distribuição do poder mundial. Estados têm, em outras palavras, uma sede insaciável por poder. (Morgenthau, 1993” (Adaptado).
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 1 - A visão tradicional realista de segurança internacional).
Considerando os ensinamentos da professora Caroline Viana na aula 1, que trata dos princípios norteadores da teoria realista propostos por Hans Morgenthau, analise as assertivas abaixo e selecione a alternativa correta:
I. O ambiente político define o conceito de política, que não é fixo.
II. Estados visam conquistar poder e manter o equilíbrio de poder. E ainda, todas as esferas estão subordinadas ao poder militar.
III. O estudo dos Estados no sistema internacional deve ser feito pela investigação dos atos políticos em um sistema de anarquia internacional.
IV. O sistema capitalista mundial impediria, de maneira estrutural, que nações periféricas alcançassem um nível de desenvolvimento econômico similar ao das nações ditas desenvolvidas.
Nota: 10.0
	
	A
	Apenas as afirmativas I e II estão corretas
	
	B
	Apenas as afirmativas II e III estão corretas
	
	C
	Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas
	
	D
	Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas
Você acertou!
Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas. De acordo com o livro base da disciplina, “O que se conhece como visão tradicional da segurança internacional está intrinsicamente ligada à visão realista das relações internacionais, principalmente à visão proposta por Hans Morgenthau (1993), para quem a política internacional é simplesmente, i) política de poder (a capacidade que tem alguns estados de impor sua vontade sobre outros); ii) a causalidade da política internacional é a natureza humana, sob a qual o autor tem a mesma percepção pessimista de Maquiavel e Hobbes; iii) o principal ator e unidade política das relações internacionais é o Estado, que é racional e estratégico porém além disso é o mais poderoso ator do sistema internacional, especialmente em termos militares; iv) estados pensam o interesse nacional em termos de poder e vivenciam a política internacional como “uma luta pelo poder (por isso estados usariam poder para atingir seu interesse, daí que o interesse primário de cada estado é atingir mais acréscimo de poder. E finalmente, a mais importante capacidade de poder dos estados é a militar porque é a única que lhes assegura sobrevivência frente às ameaças que decorrem de outros” (Adaptado).
Esses princípios também foram dispostos na rota de aprendizagem 1, “Hans Morgenthau se propõe a apresentar uma teoria que tenha aplicabilidade empírica, que consiga entender a política internacional como ela é e não como ela deveria ser. Com isso, para entender a política como ela é, o autor formula 6 princípios que são norteadores da teoria realista. Princípio 1:  O estudo dos Estados no sistema internacional deve ser feito pela investigação dos atos políticos em um sistema de anarquia internacional; Princípio 2: Estados visam conquistar poder e manter o equilíbrio de poder; Princípio 3: O ambiente político define o conceito de política, que não é fixo; Princípio 4: Existe uma tensão entre uma ação política de êxito e uma significação moral; Princípio 5: Os princípios de um Estado não devem impor padrões morais; Princípio 6: Todas as esferas estão subordinadas ao poder militar”.
A alternativa IV (O sistema capitalista mundial impediria, de maneira estrutural, que nações periféricas alcançassem um nível de desenvolvimento econômico similar ao das nações ditas desenvolvidas) está incorreta porque não corresponde com os princípios realista de Hans Morgenthau, em especial, com a visão anárquica do sistema internacional.
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 1 - A visão tradicional realista de segurança internacional).
 Fonte: Rota de Aprendizagem 1 (Tema: Realismo).
	
	E
	As afirmativas I, II, III e IV estão corretas
Questão 9/10 - Segurança Internacional
“Com a ‘Agenda para a Paz’ anunciada pelo então Secretário Geral Butros-Ghali em 1992 da organização Bouthros-Ghali, as operações de paz passaram por sua primeira e significativa reformulação. Atendiam a necessidade imposta pelas circunstâncias de lidar com situações de pós-conflito majoritariamente de natureza intraestatal, fonte da maior parte dos desafios à instabilidade da segurança internacional, e não só se voltavam para a manutenção da paz, mas para a construção de um ambiente que assegurasse uma paz sustentável. Em outras palavras, adicionou-se à preocupação de evitar o retorno de conflitos violentos o objetivo de fortalecer os alicerces da governança democrática [liberal] como meio de garantir a sustentabilidade da paz. A estas novas fase das operações de paz, se lhes conhece como de segunda geração (chamada também de operações multidimensionais)”.
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 6 - As reformas nas operações de manutenção de paz).
Partindo da leitura do livro “Segurança Internacional” do professor Villa, examine as assertivas abaixo e assinale a alternativa correta acerca das caraterísticas das operações de paz de segunda geração:
I. O mais usual é que fornecem assistência humanitária.
II. As missões de segunda geração patrulhavam fronteiras e zonas de exclusão militar e estimulavam a retomada de negociações entre as partes.
III. Delas podem participar um conjunto ampliado de atores políticos, sociais e institucionais tais como grupos organizados da sociedade civil e organizações não governamentais.
IV. Atuam maioritariamente em conflitos mais intraestatais que interestatais, e em lugares que envolvem presença de atores não estatais como grupos terroristas, atores étnicos e gangues.
Nota: 0.0
	
	A
	Apenas as afirmativas I e IV estão corretas
	
	B
	Apenas as afirmativas I e II estão corretas
	
	C
	Apenas as afirmativas II e III estão corretas
	
	D
	Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas
	
	E
	Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas
As afirmativas I, III e IV estão corretas. De acordo com o livro base da disciplina, “A multidimensionalidade das operações de “segunda geração se refere justamente à variedade de componentes necessários para o desempenho de tarefas de natureza militar e civil (podendo haver diferentes componentes civis atuando nas áreas de polícia, estado de direito, assuntos civis, direitos humanos, assistência humanitária, reconstrução, informação pública e questões de gênero (Mello, 2007; ver também: Kenkel, 2013; Matijascic, 2014). Além dos múltiplos componentes, tais operações também deram um passo adiante em relação às missões tradicionais nos seguintes aspetos: o mais usual é que fornecem assistência humanitária (água, alimentos, remédios, infraestrutura de engenharia, desastres naturais, realocação de ex-combatentes, funções policiais, e funções de segurança pública e ordem civil. Podem se transformar até num “governo transitório”, exercendo uma certa autoridade política (a exemplo da Unamet em Timor do Leste. Delas podem participam um conjunto ampliado de atores políticos, sociais e institucionais tais como grupos organizados da sociedade civil, organizações não governamentais, instituições de assistência humanitária da ONU, lideranças locais e organizações de segurança ou desenvolvimento regional agências especializadas da ONU, organizações regionais.Podem não necessariamente ter o consentimento para ser alocadas porque há muitas atores não-estatais envolvidos. Basta com que exista um fórum de legitimação, como a ONU. Em outras palavras, as missões de segunda geração questionam o princípio de legalidade e legitimidade. Reavaliam o princípio de consentimento: “No pós Guerra Fria, é possível que uma missão de paz continue em atividade, mesmo quando o consentimento dado pelas partes é posteriormente retirado”. (Mello, 2007, p. 127). Já, Michael Doyle (2001) “alerta para o fato de que há uma diferença crucial entre ações largamente impositivas, na ausência de amplo consentimento (por exemplo, operações de paz de terceira geração) e medidas coercitivas pontuais e restritas, em contextos onde a ampla consolidação da paz foi consentida pelas partes”. Também as operações multidimensionais questionam o princípio de neutralidade. A neutralidade é também debatida: e “vem sendo constantemente definida não mais em termos de neutralidade em relação às partes, mas de objetividade na execução do mandato” (Chopra, 1998, p. 4). Por outro lado, “isto nem sempre é consistente com o tratamento neutro das partes, especialmente diante da insistência de uma ou outra facção doméstica em uma atitude não cooperativa. Esta nova interpretação da noção de imparcialidade também se estendeu à proteção de civis, associada que está às necessidades de responder a emergências humanitárias” (Barnett Finnemore, 2004, p. 123). Atuam maioritariamente em conflitos mais intraestatais que interestatais, e em lugares que envolvem presença de atores não estatatais como grupos terroristas, atores étnicos gangues (a exemplo de Timor do Leste e no Haiti. Atuam ou atuaram ativamente em crises humanitárias de países envolvidas em conflitos internos, como nos casos da Somália (Unisom), Kosovo (Umik); Bosnia-Herzogovina (Unmibh), Ruanda (Unamir). Iugoslavia (Unprofor)” (Adaptado).
A alternativa II (As missões de segunda geração patrulhavam fronteiras e zonas de exclusão militar e, estimulavam a retomada de negociações entre as partes) está, portanto, incorreta.
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 6 - As reformas nas operações de manutenção de paz).
Questão 10/10 - Segurança Internacional
“O Brasil desenvolveu uma ação bastante propositiva em relação à construção de instituições como a UNASUL e o Conselho Sul-americano de Defesa (CSD), como forma de políticas de cooperação e de saídas autônomas para problemas de segurança regional. Um dos aspetos mais notáveis que derivou do papel emergente do Ministério da Defesa foi que as metas regionais estavam associadas ao objetivo de fortalecimento das agências de defesa nacional, especialmente as Forças Armadas e a possibilidade de construção de um órgão coletivo e regional de segurança. Essa ideia pode ser acentuada se singularizarmos a duas ações desenvolvidas pelo Ministério da Defesa que conectou diretamente as políticas de defesa e segurança: de um lado, a modernização gradual forças armadas nacionais; e de outro, a proposta de criar um Conselho Sul-americano de Defesa, órgão da União Sul-americana de Nações (UNASUL)”.
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 4 - Política de segurança brasileira em organizações internacionais).
Tendo em conta os ensinamentos da aula 4, sobre a política de segurança brasileira no Conselho Sul-americano de Defesa, examine as afirmativas abaixo, marcando-as com V para verdadeiro e F para falso para, em seguida, selecionar a alternativa com a sequência correta.
(  ) O conselho surgiu almejando a criação de uma identidade regional em defesa.
(  ) O aprofundamento institucional do conselho poderia contribuir para defender a região de possíveis intervenções ou ameaças externas.
(  ) O conselho tinha como propósito orientar as ações latino-americanas e estabelecer os fundamentos para o emprego de uma unidade de defesa armada em âmbito continental.
(  ) O objetivo do conselho consistia em promover a cooperação entre os membros da UNASUL referente a coordenação em políticas de defesa, o intercâmbio de pessoal das forças armadas e a participação conjunta sobre as operações de paz das Nações Unidas.
Nota: 0.0
	
	A
	F, F, V, V
	
	B
	V, V, F, V
A sequência correta é: (V, V, F, V). De acordo com o livro base da disciplina, “o objetivo da nova instituição consistia em promover a cooperação entre os membros da UNASUL em questões de segurança, a coordenação em políticas de defesa, o intercâmbio de pessoal das forças armadas, a participação conjunta sobre as operações de paz das Nações Unidas, e a criação de uma identidade regional em defesa. Portanto, o CDS não assumia a forma uma aliança militar convencional entre países da América do Sul, como a OTAN. Com o objetivo de esclarecer as características que diferenciam o CDS de iniciativas internacionais anteriores sobre segurança, os representantes do Ministro da Defesa do Brasil visitaram os países da América do Sul em inícios de 2008. Segundo o governo brasileiro, um fórum especificamente dedicado à defesa e a questões de segurança na região poderiam evitar crises como a que envolvia Colômbia e Equador em 2008, quando o exército colombiano invadiu território equatoriano para capturar e liquidar guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). Além disso, o aprofundamento institucional do CDS poderia contribuir para defender a região de possíveis intervenções ou ameaças externas”. “De qualquer forma, o CDS da UNASUL preenche um vácuo relacionado a iniciativas autônomas para questões de segurança na América do Sul, em que os Estados Unidos geralmente o chumbo (Hirst, 2003; Villa, 2007). Sua característica mais marcante é a busca soluções multilaterais para os conflitos na região, o que minimiza tanto o impacto unilateral de iniciativas, como o Plano Colômbia, bem como o papel da OEA nas questões de segurança da América do Sul. Esta instituição na “não é suficiente para os atuais desafios e ameaças apresentados no continente” (Cepik, 2009, p. 230)” (Adaptado).
O tema também foi discutido na rota de aprendizagem 4, “O CDS se destaca por ter sido pioneiro na tentativa de cooperação para a Defesa na América do Sul. Para atingir os seus objetivos, o Conselho foi estruturado em quatro eixos, 1. Política de Defesa; 2. Cooperação Militar, ações humanitárias e Operação de Paz; 3. Indústria e tecnologia de Defesa; 4. Formação e Capacitação. Apesar de receber críticas por ter sido vagaroso, os 5 primeiros anos do CDS tiveram avanços positivos, os 5 anos seguintes demonstraram uma inflexão, até que em seu 11º ano o Brasil deixa de participar do foro. De qualquer forma, o CDS preenche uma lacuna relacionada a iniciativas para questões de segurança na América do Sul”.
A alternativa III (O conselho tinha como propósito orientar as ações latino-americanas e estabelecer os fundamentos para o emprego de uma unidade de defesa armada em âmbito continental) é, portanto, falsa.
Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 4 - Política de segurança brasileira em organizações internacionais).
	
	C
	F, V, V, V
	
	D
	V, F, F, V
	
	E
	V, V, F, F

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