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AULA 04-4920-portugues-concurseiro-fiscal

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Português p/ INSS - 2015 
Prof. Ludimila Lamounier, 
AULA 04
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expressamente proibida a sua distribuição ou o fornecimento a terceiros sem a prévia autorização do autor
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Língua Portuguesa para concursos 
Curso INSS/2015 
Teoria e questões comentadas 
Prof. Ludimila Lamounier – Aula 04 
 
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AULA 04 
 
 
Pronomes: emprego, formas de tratamento e colocação. 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Pronomes 03 
1.1 Conceito e Classificações 03 
 1.2 Pronomes Pessoais 04 
1.3 Pronomes Demonstrativos 17 
1.4 Pronomes Indefinidos 22 
 1.5 Pronomes Possessivos 29 
 1.6 Pronomes Relativos 31 
 1.7 Pronomes Interrogativos 40 
2. Colocação Pronominal 41 
2.1 Conceitos e Aspectos Gerais 41 
2.2 Regras 43 
 Questões Propostas 57 
 Gabarito 69 
 Questões Comentadas 69 
 
Olá, concurseiro fiscal! 
Preparado para a nossa Aula 04 para o concurso INSS/2015 
(Técnico do Seguro Social) de Língua Portuguesa? Estudar nem 
sempre é fácil e sabemos como a prova de Português pode fazer a 
diferença na hora da aprovação. Assim, precisamos adiantar ao 
máximo a nossa preparação, por meio da fixação da teoria e do treino 
do assunto com a resolução de exercícios. 
Vamos lá? 
 
 
DICA DA VEZ – SEM TEMPO PARA ESTUDAR 
Neste “Dica da Vez”, falaremos sobre uma queixa recorrente de muitos 
concurseiros: a falta de tempo para estudar. 
São poucos os candidatos que conseguem parar a vida e dedicar-se 
exclusivamente aos estudos. A maioria tem que dividir o tempo da 
preparação para concurso com o trabalho ou outros afazeres. Por conta 
dessa jornada atribulada, é comum surgir a sensação de que nunca haverá 
tempo suficiente para um estudo adequado e profundo, capaz de abarcar 
todos os assuntos listados nos editais. 
Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20
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Língua Portuguesa para concursos 
Curso INSS/2015 
Teoria e questões comentadas 
Prof. Ludimila Lamounier – Aula 04 
 
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A primeira dica que eu dou para essas pessoas é ter foco! Ou seja, 
escolher um nicho de concursos que possuam matérias semelhantes (por 
exemplo, concurso na área fiscal, concurso para tribunais, concurso para a 
área bancária, entre outros). Essa escolha é fundamental para direcionar e 
otimizar seu estudo e pode colocá-lo na frente de seus concorrentes. 
Outro ponto bastante importante é não esperar a hora certa para estudar! 
Aguardar aquele momento perfeito, no qual você terá muitas horas 
tranquilas de estudo, pode ser um erro grave, sobretudo para quem já tem 
o tempo apertado. A vida, hoje em dia, é acelerada para quase todo 
mundo – somos acessados e demandados a todo instante –, por isso, é 
importante que você aproveite cada minuto livre para estudar! 
Assim, não espere aquele momento idealizado para começar o estudo. Se 
surgir meia horinha de folga, entre o almoço e o trabalho, por exemplo, 
não hesite: procure um lugar calmo, respire, busque concentração e 
avance na preparação! Ainda que esse tempo curto não seja suficiente 
para aprender um novo assunto, você poderá revisar um tópico já 
estudado, ou mesmo realizar alguns exercícios. O importante, aqui, é não 
perder tempo! 
Claro que você não abrirá mão dos momentos de lazer ou descanso, que 
também são importantes para um estudo saudável. No entanto, não deixe 
de estudar apenas porque o tempo é curto e porque seu estudo será 
interrompido logo mais. Após um período de adaptação, você logo estará 
preparado para converter cada minuto livre em conhecimento! 
 
 
A aula de hoje é bem importante e você deve estudá-la com muita 
atenção. Esta aula trata de: Pronomes: emprego, formas de 
tratamento e colocação. 
Na aula passada, você aprendeu as funções das dez classes de 
palavras. Nesta aula, iremos aprofundar os conhecimentos 
relacionados aos pronomes, porquanto seja assunto bastante cobrado 
nos certames. 
No primeiro momento, trarei as Classificações Pronominais, com 
muitos exemplos, para que você seja capaz de identificar cada tipo de 
pronome em uma oração. 
Na segunda parte da aula, falarei de Colocação Pronominal, 
possivelmente o assunto mais importante da aula de hoje. 
Nessa etapa, é importante que você se dedique a compreender as 
regras e a memorizá-las. 
Para tanto, é fundamental resolver as questões ao longo e ao final da 
aula, bem como, após a tentativa, ler os comentários feitos por mim. 
Dito isso, é hora de começarmos! Respire fundo, e vamos lá! 
 
 
 
Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20
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Teoria e questões comentadas 
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Pronomes 
 
 
1.1 Conceito e Classificações 
 
Vimos, na última aula, que pronome é a classe de palavra 
variável que substitui ou acompanha o substantivo. 
Da definição genérica acima, podemos classificar os pronomes em: 
- Pronome substantivo: é a palavra que substitui o substantivo. 
- Pronome adjetivo: é a palavra que acompanha o substantivo 
para lhe atribuir informações acessórias. 
A primeira dúvida que pode surgir dessa definição é a seguinte: se, 
como vimos na última aula, os adjetivos, numerais e artigos também 
acompanham o substantivo, o que diferencia o pronome adjetivo 
dessas outras classes morfológicas? 
Para responder a essa pergunta, é importante entender que o 
pronome (seja ele adjetivo ou substantivo) irá sempre situar o 
substantivo em uma pessoa do discurso: 
a) a pessoa que fala: 1ª pessoa (eu e nós); 
b) a pessoa com quem se fala: 2ª pessoa (tu e vós); 
c) a pessoa (ou coisa) de quem se fala: 3ª pessoa (ele e eles). 
 
Essa é, portanto, a função do pronome – representar ou 
acompanhar o substantivo - seja para situá-lo no espaço e no 
tempo ou para indicar uma das três pessoas do discurso. 
Assim, enquanto o adjetivo atribui características ao substantivo 
(“belo”, “salgado”, “azul”), o pronome adiciona, ao substantivo, 
informações que o situam em relação à pessoa do discurso. 
Com base no que aprendemos até agora, vamos ver alguns exemplos 
de pronomes, destacados e classificados nas frases abaixo: 
 
Eles adoraram minha explicação sobre este assunto. 
 pronome substantivo pronome adjetivo substantivo pronome adjetivo substantivo 
 
 
Na frase acima, vemos que o pronome “ELES”, ao substituir o 
substantivo, funciona na frase como sujeito. O pronome “MINHA”, 
por sua vez, acompanha o substantivo ao indicar de quem seria a 
“explicação”. Por fim, o pronome “ESTE” refere-se ao substantivo 
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“assunto”, de modo demonstrativo, ao indicar a sua posição em 
relação ao sujeito. 
A classificação acima (pronome substantivo e pronome adjetivo) será 
retomada ao longo da aula. Mas, há outra classificação para os 
pronomes,mais importante, que leva em conta a função específica 
que eles exercem na frase. 
 
São seis as classes pronominais, listadas a seguir: 
- pronomes pessoais 
- pronomes demonstrativos 
- pronomes indefinidos 
- pronomes possessivos 
- pronomes relativos 
- pronomes interrogativos 
 
Já tivemos, na aula anterior, uma noção geral sobre cada uma dessas 
classes de pronomes. Na aula de hoje, iremos aprofundar o assunto e 
trazer exemplos e questões que ajudarão você a se preparar para a 
cobrança nos certames. 
 
1.2 Pronomes Pessoais 
 
Os pronomes pessoais são aqueles que indicam diretamente as 
pessoas do discurso, designadas anteriormente. Assim, os 
pronomes pessoais representam diretamente o falante (1ª pessoa do 
singular e do plural), o ouvinte (1ª pessoa do singular e do plural) ou 
aquele/aquilo de que se fala (3ª pessoa do singular e do plural). 
Os pronomes pessoais classificam-se em retos, oblíquos e de 
tratamento. A seguir, confira o quadro-resumo com as duas 
primeiras espécies de pronomes pessoais. Os pronomes de 
tratamento serão vistos separadamente. 
 
 
 
 
 
 
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PRONOMES PESSOAIS 
RETOS 
OBLÍQUOS 
Átonos Tônicos 
EU ME MIM, COMIGO 
TU TE TI, CONTIGO 
ELE O, A, LHE, SE SI, CONSIGO, ELE, ELA 
NÓS NOS CONOSCO, NÓS 
VÓS VOS CONVOSCO, VÓS 
ELES OS, AS, LHES, SE SI, CONSIGO, ELES, ELAS 
 
 PRONOMES PESSOAIS RETOS 
 
Os pronomes pessoais retos (ou pronomes pessoais do caso reto) 
são aqueles que atuam em substituição ao substantivo, com 
função sintática de sujeito. 
Outras vezes, embora menos frequentemente, eles funcionam, 
ainda, como predicativo. 
 
ATENÇÃO! Ao longo desta aula, alguns conhecimentos de sintaxe 
serão necessários, como os de “sujeito”, “predicado” e “objeto”, por 
exemplo. Fique tranquilo, será possível compreender a aula mesmo 
que você não domine completamente o assunto. Após a Aula 07, na 
qual o assunto de sintaxe será abordado de maneira profunda, caso 
reste alguma dúvida, não hesite em retornar a esta aula. O processo 
de conhecimento é assim mesmo, os assuntos estão em permanente 
diálogo e muito raramente são apresentados isoladamente. 
 
De volta ao assunto, observe as funções sintáticas dos pronomes 
retos nos exemplos a seguir: 
 
João saiu cedo. / Ele saiu cedo. (sujeito) 
João e eu iremos à festa. / Nós iremos à festa. (sujeito) 
A melhor jogadora é Marta. / A melhor jogadora é ela. (predicativo) 
O responsável pelas compras sou eu. (predicativo) 
 
Perceba, nos exemplos acima, que os pronomes retos não são 
regidos por preposição, pois sujeitos não são regidos por 
preposição. 
 
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Agora, veja os exemplos abaixo, em que os pronomes retos aparecem 
depois de preposição. Será que estamos diante de exceções à regra 
que impede o uso de preposição antes de pronomes retos? 
 
Onde está o casaco para eu usar? 
Maria pediu para tu chegares cedo. 
 
NÃO! Não se trata de exceções! Pronomes retos NÃO são 
regidos por preposição. 
Nos casos acima, a preposição “para” não está regendo o 
pronome, mas sim iniciando uma oração subordinada. Observe 
que, nas frases apresentadas, os pronomes “EU” e “TU” (ainda que 
estejam localizados depois da preposição) estão funcionando como 
sujeito, e não como complemento verbal ou nominal. 
Por esse motivo, está correto o uso dos pronomes retos “EU” e 
“TU” nos exemplos. Nunca use os pronomes oblíquos “mim” e 
“ti” nesses casos, ou seja, nunca diga “Onde está o casaco para 
mim usar” ou “Maria pediu para ti chegares cedo”, pois pronomes 
oblíquos não exercem função de sujeito. 
 
Agora, observe a frase a seguir, também correta gramaticalmente. 
 
É fácil para mim realizar questões de morfologia. 
 
Temos, aqui, um caso completamente diferente dos analisados 
anteriormente. 
Em primeiro lugar, a preposição “para” está sim regendo o 
pronome oblíquo “mim”, e não iniciando oração subordinada. 
Em segundo lugar, o pronome “mim” não exerce função de 
sujeito do verbo “realizar” (embora esteja posicionado antes 
desse infinitivo), mas sim função de complemento do trecho “É 
fácil”. 
Uma vez que não se trata de sujeito, mas sim de complemento, 
e uma vez que esse complemento está regido por preposição, 
deve-se sempre empregar o pronome oblíquo tônico (no 
exemplo, o pronome oblíquo tônico “mim”, e não o pronome reto 
“eu”). 
Vamos reescrever a frase de outras formas, a fim de deixar claro que 
o pronome não está exercendo função de sujeito: 
 
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Para mim, é fácil realizar questões de morfologia. 
É fácil, para mim, realizar questões de morfologia. 
 
Para que você não se confunda, mais uma vez, digo: pronomes 
retos funcionam como sujeito (ou predicativo) e NÃO são 
regidos por preposição. Algumas vezes, a preposição é 
colocada antes do pronome reto para iniciar orações 
subordinadas, e não em função de sua regência. 
 
Pode causar dúvida, no entanto, o fato de as formas “ELE”, “ELA”, 
“ELES”, “ELAS”, “NÓS” e “VÓS” terem função tanto de 
pronomes pessoais retos quanto de pronomes pessoais 
oblíquos (observe, no quadro resumo do início da aula, que eles 
figuram tanto na coluna de pronomes retos quanto na coluna de 
pronomes oblíquos tônicos). 
Mas não há dúvidas na hora de identificar a classe pronominal desses 
vocábulos dentro do período: serão pronomes retos se não 
estiverem regidos por preposição, e serão pronomes oblíquos 
se estiverem regidos por preposição. Confira: 
 
Exemplos: 
Disseram a eles que não haverá festa. (“eles” é pronome oblíquo) 
João deu muita força para nós. (“nós” é pronome oblíquo) 
 
Uma vez que já começamos a falar dos pronomes oblíquos, vamos 
aprender mais sobre eles? 
 
 PRONOMES PESSOAIS OBLÍQUOS 
 
Os pronomes pessoais oblíquos são aqueles que atuam em 
substituição ao substantivo, com função sintática de 
complemento verbal (objeto direto ou indireto) ou de 
complemento nominal. 
 
 
 
 
 
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Exemplos: 
Ofereceram um presente para João. / Ofereceram um presente para 
ele. 
Pedro não nos fez favores. 
Espero que todos estejam satisfeitos conosco. 
Maria perguntou-me sobre você. 
 
Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou tônicos. 
 
 Pronomes oblíquos átonos: 
A primeira coisa que precisamos saber é que os pronomes oblíquos 
átonos NÃO são regidos por preposição. Isso será bastante útil 
para distingui-los dos pronomes oblíquos tônicos. 
 
Como vimos acima, os pronomes oblíquos (átonos e tônicos) 
funcionam, sintaticamente, como complemento verbal ou nominal. Os 
oblíquos átonos substituem o substantivo sem o auxílio de 
preposição, o que, em tese, dificultaria identificar se atuam como 
objeto direto ou objeto indireto. 
No entanto, veremos que, para cada pronome oblíquo átono, é 
atribuída a função específicaou de objeto direto, ou de objeto 
indireto. Observe, a seguir, quais pronomes oblíquos átonos 
funcionam como objeto direto1 e quais funcionam como objeto 
indireto: 
 
- “O”, “A”, “OS” e “AS”: funcionam apenas como objeto direto. 
 
Ex: Maria viu um livro e comprou-o. 
“Maria viu um livro e comprou o livro.” 
 
- “LHE” e “LHES”: funcionam apenas como objeto indireto. 
 
Ex: Ofereceram-lhe um presente. 
“Ofereceram a ele um presente.” (preposição “a”) 
 
 
1 O objeto direto completa o verbo sem o uso de preposição, enquanto o objeto 
indireto completa o verbo com o uso de preposição. 
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- “ME”, “TE”, “SE”, “NOS” e “VOS”: funcionam tanto como 
objeto direto quanto como objeto indireto. 
 
Ex: Ninguém nos contou a verdade. (objeto indireto, pois equivale a 
dizer “Ninguém contou a verdade para nós”, com uso de preposição) 
Ex: Todos te abandonaram. (objeto direto, pois quem abandona, 
abandona algo, sem uso de preposição) 
 
Sobre o emprego dos pronomes pessoais oblíquos átonos, veja 
a questão abaixo: 
 
Questão - (FCC) Analista Ministerial – MPE – PE/2012 
(Adaptada) 
Ao se substituir um elemento de determinado segmento, 
o pronome foi empregado de modo INCORRETO em: 
 
a) e mantém seu ser = e lhe mantém 
b) é dedicado [...] a uma mulher = lhe é dedicado 
c) reviver acontecimentos passados = revivê-los 
d) para criar uma civilização comum = para criá-la 
e) que provê o fundamento = que o provê 
 
Comentários 
Esta questão testa seus conhecimentos acerca da função 
sintática dos pronomes oblíquos átonos. Vimos, acima, que os 
pronomes “O”, “A”, “OS” e “AS” funcionam apenas como 
objeto direto; que os pronomes “LHE” e “LHES” funcionam 
apenas como objeto indireto; e que os pronomes “ME”, 
“TE”, “SE”, “NOS” e “VOS” funcionam tanto como objeto 
direto quanto como objeto indireto. 
Assim, vamos analisar cada alternativa acima, a fim de 
encontrar aquela em que o pronome oblíquo átono foi 
empregado de forma INCORRETA. 
Alternativa A – No trecho, vemos que o termo “seu ser” 
completa o verbo “mantém” sem o uso da preposição (quem 
mantém, mantém algo). Assim, “seu ser” funciona como 
objeto direto, e o pronome que o substitui também deve sê-
lo. Sabemos que o pronome oblíquo átono “LHE” só 
funciona como objeto indireto, razão pela qual esta é a 
alternativa incorreta. 
Alternativa B – Nesta alternativa, ao contrário da anterior, o 
pronome “LHE” foi empregado corretamente, pois 
substitui o termo preposicionado “a uma mulher”, objeto 
indireto. 
Alternativa C – O pronome oblíquo átono “OS” está 
empregado adequadamente, com função de objeto direto, 
uma vez que o termo substituído (“acontecimentos passados”) 
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complementa o verbo “reviver” sem o uso de preposição. 
Observe que foi acrescida a letra “L” ao pronome (“LO”), por 
estar ligado a verbo terminado em “R”, conforme veremos mais 
a frente. 
Alternativa D – Também aqui houve o correto emprego do 
pronome oblíquo átono “A”, o qual sempre possui função 
sintática de objeto direto. Note que o termo substituído 
(“uma civilização comum”) completa o verbo “criar” sem 
intermédio de preposição. A forma “LA” justifica-se pelo mesmo 
motivo acima mencionado (forma verbal terminada em “R”). 
Alternativa E – O termo “o fundamento” exerce função de 
objeto direto, pois completa o sentido do verbo “provê” sem 
auxílio de preposição. Para substituí-lo, o emprego do 
pronome oblíquo átono “O” está perfeito, uma vez que 
ele exerce função sintática de objeto direto. 
GABARITO: A 
 
OBSERVAÇÃO 1: Os vocábulos “ME”, “TE”, “LHE(s)”, “NOS”, 
“VOS”, que exercem função típica de pronomes oblíquos átonos, 
também podem atuar como pronomes possessivos (que serão vistos 
adiante). 
 
Exemplos: 
O café manchou-me a camisa. (O café manchou a minha camisa) 
Roubaram-lhe a joia. (Roubaram a sua joia) 
 
OBSERVAÇÃO 2: 
Os pronomes oblíquos átonos “O”, “A”, “OS”, “AS”, se ligados por 
hífen a verbos terminados em “R”, “S” e “Z”, assumem as formas 
“LO”, “LA”, “LOS”, “LAS”. 
 
Exemplos: 
É preciso estudar o assunto. / É preciso estudá-lo. 
Fazer o dever será difícil. / Fazê-lo será difícil. 
Fiz os aperitivos rapidamente. / Fi-los rapidamente. 
Queremos as nossas roupas. / Queremo-las. 
 
Se ligados por hífen a verbos terminados em “AM”, “EM”, “ÃO”, 
“ÕE”, esses mesmos oblíquos assumem as formas “NO”, “NA”, 
“NOS”, “NAS”. 
 
 
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Exemplos: 
João e José repartiram a herança. / João e José repartiram-na. 
Maria põe o livro sempre na mesa. / Maria põe-no sempre na mesa. 
Querem as nossas roupas. / Querem-nas. 
 
Para testar seus conhecimentos acerca das observações feitas 
acima, resolva a questão abaixo, retirada de certame aplicado 
neste ano. 
 
Questão - (FCC) Técnico Judiciário – TRF – 3ª 
Região/2014 
(Adaptada) 
As sereias então devoravam impiedosamente os tripulantes.... 
ele conseguiu impedir a tripulação de perder a cabeça... ... e 
fez de tudo para convencer os tripulantes... 
Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos 
grifados acima foram corretamente substituídos por um 
pronome, na ordem dada, em: 
 
a) devoravam-lhe - impedi-las - convencer-lhes 
b) devoravam-no - impedi-las - convencer-lhes 
c) devoravam-nos - impedir-lhe - convencê-los 
d) devoravam-lhes - impedi-la - convencê-los 
e) devoravam-nos - impedi-la - convencê-los 
 
Comentários 
Esta questão testa seus conhecimentos acerca da função 
sintática dos pronomes oblíquos átonos, bem como acerca do 
emprego das formas pronominais variadas “LO(s)”, “LA(s)”, 
“NO(s)”, “NA(s)”. 
Os pronomes oblíquos átonos “O”, “A”, “OS”, “AS”, se 
ligados por hífen a verbos terminados em “R”, “S” e “Z”, 
assumem as formas “LO”, “LA”, “LOS”, “LAS”; se ligados 
por hífen a verbos terminados em “AM”, “EM”, “ÃO”, 
“ÕE”, esses mesmos oblíquos assumem as formas “NO”, 
“NA”, “NOS”, “NAS”. 
 
No primeiro trecho (“devoraram impiedosamente os 
tripulantes”), o termo “os tripulantes” completa o verbo 
“devoraram” sem intermédio de preposição; é, portanto, 
objeto direto. Como vimos anteriormente, o pronome 
oblíquo átono que substitui termos com função de objeto 
direto é o “O” e variações. No caso específico, a variação 
pronominal que concorda com o termo substituído “os 
tripulantes” (masculino e plural) será “OS”. Além disso, 
vimos que esse pronome, ao ligar-se com verbo terminado 
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em “M”, assume a forma “NOS”. Assim, correto seria dizer 
“devoraram-nos”. 
No segundo trecho (“conseguiu impedir a tripulação”), o 
termo “a tripulação” completa o verbo “impedir” sem o 
intermédio de preposição; temos, novamente, objeto direto. 
No caso específico, a variação pronominal que concorda com o 
termosubstituído “a tripulação” (feminino e singular) será 
“A”, que assume a forma “LA” ao ligar-se com verbo 
terminado em “R”. Assim, correto seria dizer “impedi-la”. 
Por fim, no trecho (“convencer os tripulantes”), o termo “os 
tripulantes” aparece outra vez como objeto direto do verbo 
“convencer”, terminado em “R”, motivo pelo qual o termo “os 
tripulantes” (masculino e plural) será substituído pela forma 
“LOS”. Assim, correto seria dizer “convencê-los”. 
Desse modo, conforme visto, as corretas substituições seriam: 
“devoraram-nos”, “impedi-la” e “convencê-los”. LETRA 
E. 
GABARITO: E 
 
 Pronomes oblíquos tônicos: 
Os pronomes oblíquos tônicos vêm sempre precedidos de 
preposição. 
As exceções são “COMIGO”, “CONTIGO”, “CONSIGO”, 
“CONOSCO”, “CONVOSCO”, que já possuem, em si mesmos, a 
preposição “COM”. 
Observe os exemplos de pronomes oblíquos tônicos a seguir: 
 
Exemplos: 
Eles trouxeram presentes para ti. 
Eu pedi que não fossem sem mim. 
Ela quer falar conosco amanhã. (preposição “com” embutida) 
 
OBSERVAÇÃO: Já aprendemos que os pronomes “ELE”, “ELA”, 
“NÓS”, “VÓS”, “ELES”, “ELAS”, embora sejam tipicamente 
pessoais do caso reto, podem funcionar como pronomes 
oblíquos. Nesse caso, eles virão regidos por preposição. 
 
EXCEÇÃO: Os pronomes acima (“ELE”, “ELA”, “NÓS”, “VÓS”, 
“ELES”, “ELAS”) podem funcionar como OBJETO DIRETO (sem a 
preposição) somente se vierem precedidos dos termos 
“TODOS”, “SÓ”, “APENAS”, ou se vierem seguidos de numeral. 
 
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Exemplos: 
João encontrou-os na festa. 
João encontrou todos eles na festa. 
João encontrou apenas eles na festa. 
João encontrou só eles na festa. 
João encontrou eles dois na festa. 
 
Assim, note que é incorreto dizer “eu vi ele ontem”, uma vez que o 
pronome “ELE” não exerce função de objeto direto sem o auxílio das 
palavras acima. Nesses casos, usaremos um pronome oblíquo que não 
exija o emprego da preposição (um pronome oblíquo átono). O 
correto é dizer, portanto, “eu o vi ontem”. 
 
Os pronomes “ELE”, “ELA”, “ELES”, “ELAS” também serão 
considerados oblíquos se estiverem contraídos com as preposições 
“DE” ou “EM” (“DELE”, “DELA”, “DELES”, “DELAS”, “NELE”, “NELAS”, 
“NELES”, “NELAS”). 
 
Exemplos: 
Necessitamos deles. (pronome oblíquo) 
Acreditamos nelas. (pronome oblíquo) 
 
ATENÇÃO: A contração acima mencionada NÃO acontecerá se 
esses pronomes estiverem na função de sujeito (casos em que 
serão pronomes retos). Aqui, teremos novo caso em que a 
preposição (“DE”) não estará regendo o pronome reto, mas sim 
iniciando oração subordinada. 
 
 
Já é o momento de eles tomarem coragem. (Jamais diga “Já é o 
momento deles tomarem coragem”.) 
 
Após todas essas explicações, observe que os pronomes “EU” e “TU” 
são sempre pronomes retos, portanto, com função sintática de 
sujeito, motivo pelo qual não podem ser regidos por preposição. 
Dessa maneira, depois de preposição, devem ser empregadas as 
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formas oblíquas tônicas, e não os pronomes retos acima 
mencionados. 
 
Exemplos: 
Há certo desacordo entre mim e ti. (É errado dizer “entre eu e tu”.) 
Ele trouxe flores para ti. (É errado dizer “Ele trouxe flores para tu.”) 
 
 
 Outros casos: 
Antes de encerrarmos o assunto sobre pronomes pessoais, vale trazer 
uma classificação adotada por certos gramáticos que pode ser 
cobrada por algumas bancas de concursos. 
Os pronomes oblíquos podem ter um caráter reflexivo. Nesse 
caso, o pronome indicará que o sujeito será agente e também 
paciente da ação praticada por ele próprio. Essa voz reflexiva será 
melhor explorada na Aula 05, ao tratarmos de vozes verbais, contudo 
é importante fazermos uma breve introdução ao tema. O pronome 
oblíquo reflexivo concorda com a pessoa que ele acompanha, para 
conferir uma ideia de a mim mesmo, a ti mesmo, a si mesmo, a 
nós mesmos, a vós mesmos, a si mesmos. 
Observação: a construção reflexiva do pronome “se” será estudada de 
modo aprofundado na Aula 09, ao tratarmos de particularidades 
léxicas e gramaticais. 
 
Exemplos: 
Eu me machuquei. (Eu machuquei a mim mesmo.) 
O rapaz atirou-se do prédio. (O rapaz atirou a si mesmo.) 
 
Os pronomes oblíquos podem também apresentar um caráter 
recíproco. Aqui, a ação verbal tem caráter mútuo, ou seja, a ação é 
realizada e sofrida por mais de uma pessoa. A representação é dada 
pelos pronomes oblíquos átonos (nos, vos, se) com significado de 
reciprocamente, mutuamente, um ao outro. 
 
Exemplos: 
Eles se beijaram. 
Ambos enganaram-se. 
 
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Dessa maneira, encerramos o estudo dos pronomes pessoais do caso 
reto e dos pronomes pessoais oblíquos. Mais tarde, ao falarmos de 
Colocação Pronominal, retomaremos o assunto. Por isso, é 
necessário que você tenha entendido tudo o que foi dito. Para fixar o 
que aprendemos, leia atentamente o resumo abaixo. 
 
RESUMO 
 
Os pronomes retos exercem função sintática de sujeito ou 
predicativo. Os pronomes oblíquos exercem função sintática 
de complemento verbal (objeto direto, objeto indireto) e 
complemento nominal. 
Os pronomes retos e os pronomes oblíquos átonos não são 
regidos por preposição. Apenas os pronomes oblíquos tônicos 
são regidos por preposição. 
Exemplos: 
Eles (reto) trouxeram presentes para ti (oblíquo tônico). 
Não lhe (pronome oblíquo átono) fizeram mal algum. 
Eu pedi que não fossem sem mim (pronome oblíquo átono). 
Os pronomes “ELE”, “ELA”, “NÓS”, “VÓS”, “ELES”, “ELAS”, 
embora sejam tipicamente pessoais do caso reto, também podem 
funcionar como pronomes oblíquos. Nesse caso, eles virão 
regidos por preposição. 
Exceção: esses pronomes funcionarão como objeto direto (sem a 
regência de preposição) apenas se precedidos dos termos 
“TODOS”, “SÓ”, “APENAS”, ou se vierem seguidos de numeral. 
A frase “para eu fazer” é a forma correta gramaticalmente, 
pois a preposição NÃO está regendo o pronome reto “EU”, mas 
sim iniciando uma oração subordinada. Nesses casos, o pronome 
“eu” funciona como sujeito (ainda que esteja localizado depois da 
preposição). 
 
 PRONOMES DE TRATAMENTO: 
 
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Os pronomes de tratamento são aqueles pronomes pessoais 
usados em reverência a autoridades ou em contextos 
comunicativos cuja formalidade os exige. 
Abaixo, temos um quadro-resumo com os principais pronomes de 
tratamento, bem como seus respectivos usos. 
 
Pronome de tratamento Abreviatura Emprego 
você, vocês v. tratamento informal 
senhor, senhora Sr. Sr.a tratamento respeitoso 
Vossa Alteza V. A. príncipes e duques 
Vossa Eminência V. Em.a cardeais 
Vossa Excelência V. Ex.a altas autoridades 
(presidentes, juízes, 
deputados, senadores, 
governadores etc.) 
Vossa Magnificência V. Mag.a reitores 
Vossa Majestade V.M. reis e rainhasVossa Reverendíssima V.Rev.ma sacerdotes em geral 
Vossa Santidade V.S. papa 
Vossa Senhoria V.S.a pessoas que exercem 
cargos importantes 
 
ATENÇÃO! É muito comum nas provas de concurso que esse assunto 
seja cobrado em conjunto com as regras de correspondência oficial. 
Assim, pode ficar tranquilo, pois na Aula 09, ao tratarmos de Redação 
Oficial, retornaremos a esse ponto de maneira mais aprofundada. 
 
Sobre os pronomes de tratamento, cabe fazer algumas considerações: 
 
OBSERVAÇÃO 1: Os pronomes de tratamento referem-se à 2ª 
pessoa do discurso, ou seja, são utilizados se estiver falando com 
a pessoa reverenciada. Apesar disso, exigem a concordância 
do verbo e dos demais elementos complementares na 3ª 
pessoa. 
 
Exemplos: 
Vossa Excelência poderia, por obséquio, apreciar o recurso? 
Vossas Majestades fizeram excelentes discursos, parabéns! 
 
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OBSERVAÇÃO 2: Emprega-se “SUA”, no lugar de “VOSSA”, se 
fizer referência à pessoa, ou seja, ao se falar da pessoa, e não 
com a pessoa. 
 
 
Ex: Avise-me quando Sua Excelência chegar. 
 
OBSERVAÇÃO 3: Os termos acima, se desprovidos dos elementos 
“VOSSA” ou “SUA”, deixam de ser considerados pronomes de 
tratamento. 
 
Vamos ver uma questão sobre o assunto, muito comum nas 
provas do CESPE. 
 
Questão – (CESPE) Todos os cargos – FUNASA/2013 
(Adaptada) 
Com base nos seus conhecimentos, julgue o item abaixo. 
O tratamento usado em comunicações dirigidas a reitor de 
universidade é: Vossa excelência reverendíssima. 
 
Comentários 
A questão está ERRADA, pois, como aprendemos agora, o 
pronome de tratamento em referência a reitores de 
universidade é Vossa Magnificência. 
GABARITO: ERRADO 
 
1.3 Pronomes Demonstrativos 
 
Os pronomes demonstrativos são assim designados por 
indicarem a posição dos seres em relação às pessoas do 
discurso, ou seja, ao situarem as pessoas ou coisas no tempo 
ou no espaço. 
Eles podem apresentar formas variáveis ou invariáveis, conforme 
informa o quadro a seguir. 
 
Pronomes demonstrativos 
 
Variáveis 
Invariáveis 
Masculinos Femininos 
1ª pessoa este, estes esta, estas isto 
2ª pessoa esse, esses essa, essas isso 
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3ª pessoa aquele, aqueles aquela, aquelas aquilo 
 
Esses são os pronomes demonstrativos por excelência. No entanto, 
algumas palavras especiais podem exercer função de pronome 
demonstrativo em situações específicas. São estas: MESMO(S), 
MESMA(S), PRÓPRIO(S), PRÓPRIA(S), TAL, TAIS, 
SEMELHANTE(S). 
 
ATENÇÃO! Esses vocábulos precisam estar acompanhados de 
substantivos ou pronomes para exercerem a função de pronomes 
demonstrativos. 
 
A maioria das dúvidas, no emprego dos pronomes demonstrativos, diz 
respeito a qual demonstrativo específico utilizar para localizar um 
referente (termo ao qual o pronome faz referência). Assim, haverá 
pronomes demonstrativos específicos para cada caso de 
localização do referente no espaço, no tempo e no texto. Vamos 
ver a seguir. 
 
EMPREGO DOS PRONOMES DEMONSTRATIVOS 
 
 Com relação à localização do referente NO ESPAÇO: 
 
- Quando o referente encontra-se próximo à pessoa que fala, 
empregam-se “ESTE(s)”, “ESTA(s)” e “ISTO”. 
Ex: Esta caneta aqui está com defeito. 
- Quando o referente encontra-se próximo à pessoa com quem 
se fala, empregam-se “ESSE(s)”, “ESSA(s)” e “ISSO”. 
Ex: Empreste-me essa caneta que está aí. 
- Quando o referente encontra-se distante de quem fala e de 
com quem se fala, empregam-se “AQUELE(s)”, “AQUELA(s)” e 
“AQUILO”. 
Ex: Aquela caneta lá está funcionando? 
 
 Com relação à localização do referente NO TEMPO: 
- Quando se faz referência a um tempo presente, empregam-se 
“ESTE(s)”, “ESTA(s)” e “ISTO”. 
Ex: Este ano está passando rápido. 
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Observação: algumas bancas de concurso admitem o uso desses 
pronomes para fazer referência a um futuro MUITO próximo. 
Ex: Esta noite jantarei em casa. 
 
- Quando se faz referência a um tempo passado ou futuro, 
empregam-se “ESSE(s)”, “ESSA(s)” e “ISSO”. 
Ex: O ano passado foi bastante triste. Foi nesse ano que meu avô 
morreu. 
Ex: Em 2015, ficarei mais tranquila, pois é nesse ano que me 
aposento. 
 
- Quando se faz referência a um passado longínquo, empregam-
se “AQUELE(s)”, “AQUELA(s)” e “AQUILO”. 
Ex: Em 1950, houve grande tristeza no Brasil. Foi naquele ano que o 
país perdeu a Copa do Mundo em casa. 
 
 Com relação à localização do referente NO TEXTO: 
- Para retomar uma informação já mencionada, empregam-se 
“ESSE(s)”, “ESSA(s)” e “ISSO”. Conforme vimos na Aula 01, o 
pronome demonstrativo, nesse caso, funciona como elemento de 
coesão referencial anafórica. 
Ex: A aula de hoje trata dos pronomes. Essa classe gramatical causa 
muitas dúvidas. 
- Para anunciar uma informação que ainda será mencionada, 
empregam-se “ESTE(s)”, “ESTA(s)” e “ISTO”. Conforme vimos na 
Aula 01, o pronome demonstrativo, nesse caso, funciona como 
elemento de coesão referencial catafórica. 
Ex: Este é o tema da aula de hoje: pronomes. 
- Para retomar, dentro de um período, o termo mais próximo, 
empregam-se “ESTE(s)”, “ESTA(s)” e “ISTO”. Para retomar, 
dentro de um período, o termo mais distante, empregam-se 
“AQUELE(s)”, “AQUELA(s)” e “AQUILO”. 
Ex: Brasil e Argentina estreiam hoje na Copa do Mundo. Esta jogará 
contra a Bósnia, enquanto aquela enfrentará a Croácia. 
 
Vamos ver uma questão sobre o assunto, muito comum nas 
provas de concurso. 
 
Questão – (ESAF) Assistente de Chancelaria – MRE/2004 
(Adaptada) 
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Na virada do século XX ao XXI os Estados vão deixando de ser 
nacionais e plurinacionais e tornandose, os que para isso 
dispõem de poder econômico e científico-tecnológico portanto 
militar e político, Estados transnacionais: seu poder econômico 
lhes é dado por suas empresas também transnacionais, no 
sentido, antes definido, de sediadas num Estado-nação e dele 
projetadas em outros. Empresa transnacional e Estado 
transnacional acompanham-se, braços da mesma cultura-
civilização que os gerou e mantém, cultura significando o que 
são os seus homens, e civilização o que fazem, aquela 
enquanto seiva desta. 
 (Vamireh Chacon, "A divisão do mundo pelos 
 Estados transnacionais".) 
 
Julgue a afirmativa a seguir como CERTA ou ERRADA. 
Os demonstrativos que aparecem na expressão "aquela 
enquanto seiva desta" (sublinhada no texto) estão sendo 
empregados em razão da situação das pessoas gramaticais no 
espaço, isto é, se perto do falante ou do ouvinte. 
Comentários 
Para responder à questão, vamos, primeiro, observar o trecho 
no qual se encontra a expressão grifada: 
“(...) cultura significando o que são os seus homens, e 
civilização o que fazem, aquela enquanto seiva desta”. 
Temos, aí, o uso dospronomes demonstrativos com 
objetivo de localizar os referentes no texto. Nesses casos, 
o pronome “aquela” retoma o termo mais distante no 
período (“cultura”) e o pronome “desta” retoma o termo 
mais próximo no período (“civilização”). 
A afirmação está, portanto, ERRADA, pois os 
demonstrativos NÃO estão sendo empregados em razão 
da situação das pessoas gramaticais no espaço, mas sim 
no texto. 
 
GABARITO: ERRADO 
 
OBSERVAÇÃO 1: Algumas vezes (e estes casos caem com frequência 
em provas), as formas “O”, “A”, “OS” e “AS” funcionam como 
pronomes demonstrativos. 
Isso ocorrerá em dois casos: 
- Sempre que for possível substituir as formas “O”, “A”, “OS” e “AS” 
por “AQUELE(s)”, “AQUELA(s)” ou “AQUILO”. 
 
Exemplos: 
Todos ficaram indignados com o que ele disse. (“aquilo que ele disse”) 
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Os candidatos que estudam português são os que obtêm boas notas. 
(“aqueles que obtêm boas notas”) 
Se ele sair cedo, eu também o farei. (“eu também farei aquilo”) 
 
- Sempre que, ao se retirar o substantivo, mantiverem-se os artigos 
“O”, “A”, “OS” e “AS”. Nesses casos, as formas deixarão de ser 
artigos e passarão a ser, portanto, pronomes demonstrativos. 
 
 
Exemplos: 
A minha voz é mais suave que a sua. (“A minha voz é mais suave que 
a sua voz.”) 
 
OBSERVAÇÃO 2: Os vocábulos “TAL” e “SEMELHANTE” serão 
pronomes demonstrativos se puderem ser substituídos por “este”, 
“esse” ou “aquele”. 
 
Exemplos: 
Eles não aprovam tal comportamento. 
Eles não aprovam semelhante comportamento. 
Tal foi a música à qual me referi ontem. 
 
ATENÇÃO! Algumas bancas não consideram adequado o emprego 
desses vocábulos como pronomes demonstrativos na correção de 
questões discursivas. 
 
OBSERVAÇÃO 3: Os vocábulos “MESMO” e “PRÓPRIO” serão 
pronomes demonstrativos se puderem ser substituídos por “exato”, 
“idêntico” ou “em pessoa”, casos em que serão variáveis para 
concordar com o substantivo ao qual se referem. 
 
Exemplos: 
Foram eles mesmos que fizeram a reforma. (“eles em pessoa”) 
Faça a mesma atividade muitas vezes. (“a idêntica atividade”) 
Temos que seguir nossos próprios objetivos. (“nossos exatos 
objetivos”) 
Elas próprias compareceram ao encontro. (“elas em pessoa”) 
 
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Por outro lado, se o termo “MESMO” significar “realmente”, “de 
fato” ou “até”, não será pronome demonstrativo, e sim 
advérbio, caso em que será invariável. 
 
 
Exemplos: 
Mesmo ela, especialista no assunto, errou a questão. (“até ela”) 
Eles não estão errados mesmo. (“Eles não estão errados realmente.”) 
 
ATENÇÃO! Não é correto, na linguagem formal, utilizar “MESMO” na 
função de substantivo. Assim, está equivocado o uso do termo na 
famosa frase: "Antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo 
encontra-se parado neste andar". 
 
OBSERVAÇÃO 4: O correto é dizer “ISTO É” (em vez de “isso é”), 
“POR ISSO” (em vez de “por isto”), “DESSA MANEIRA” (em vez de 
“desta maneira”), “DESSA FORMA” (em vez de “desta forma”) e 
“DESSE MODO” (em vez de “deste modo”). Perceba que essas 
expressões, com exceção de “isto é”, são empregadas para retomar 
algo já dito (função anafórica). 
ATENÇÃO! O uso do “isso”, ao retomar uma ideia anterior no texto é 
correto, como foi visto na parte de pronomes demonstrativos. Não 
confunda com a expressão “isto é”, que tem caráter explicativo, 
equivalente a “ou seja”. 
 
Exemplos: 
Os pronomes demonstrativos são, em geral, variáveis, isto é, 
flexionam-se para concordar com o termo ao qual se referem. 
Os pronomes demonstrativos são, em geral, variáveis, por isso, 
devemos estar atentos à correta concordância. 
O Brasil empatou no último jogo da Copa. Dessa maneira, poderá 
não se classificar para a próxima fase. 
O Brasil empatou no último jogo da Copa. Dessa forma, poderá não 
se classificar para a próxima fase. 
O Brasil empatou no último jogo da Copa. Desse modo, poderá não 
se classificar para a próxima fase. 
 
1.4 Pronomes Indefinidos 
 
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Os pronomes indefinidos são aqueles que se referem à 3ª 
pessoa do discurso em sentido vago ou indeterminado. 
Muitos são os pronomes indefinidos em nossa língua, a maioria deles 
variáveis. Confira alguns exemplos a seguir: 
 
- Invariáveis: alguém, ninguém, tudo, nada, algo, cada, 
outrem, mais, menos, demais. 
- Variáveis: algum (alguns, alguma, algumas), nenhum (nenhuns, 
nenhuma, nenhumas), todo (todos, toda, todas), muito (muitos, 
muita, muitas), pouco (poucos, pouca, poucas), certo (certos, certa, 
certas), vário (vários, vária, várias), tanto (tantos, tanta, tantas), 
quanto (quantos, quanta, quantas), um (uns, uma, umas), bastante 
(bastantes), qualquer (quaisquer). 
 
A grande dificuldade, na hora de identificar o pronome indefinido, é a 
confusão que se pode fazer entre ele e outras classes gramaticais. 
Isso porque muitos desses vocábulos, que funcionam prioritariamente 
como pronomes indefinidos, podem, em outros contextos, funcionar 
como advérbios, adjetivos, etc. 
A fim de sanar essas e outras dúvidas, vamos analisar, caso a caso, 
alguns pronomes indefinidos. 
 
 “QUALQUER” 
 
A palavra “QUALQUER” (e suas variações) pode exercer função de 
pronome indefinido ou função de adjetivo. 
Será pronome indefinido se anteceder o substantivo. Para ter 
certeza de que se trata de pronome indefinido, aconselho que você 
substitua-o por “algum” ou “todo”. 
 
Exemplos: 
Qualquer candidato acertaria essa questão. (“todo candidato”) 
Eu prefiro você a quaisquer outros amigos. (“a todos os outros”) 
Pegue qualquer caneta e escreva o recado. (“alguma caneta”) 
 
Será adjetivo se suceder o substantivo. Nesses casos, em geral, o 
“qualquer” é empregado para depreciar o termo anterior. 
 
Ex: Quero um vestido bonito, e não uma roupa qualquer. 
 
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 “MAIS” E “MENOS” 
 
As palavras “MAIS” e “MENOS” podem exercer função de pronome 
indefinido ou função de advérbio. Em qualquer caso, serão sempre 
invariáveis, ou seja, não existe a forma menas. Observe, abaixo, 
seus usos. 
 
Serão pronomes indefinidos se antecederem ou substituírem 
substantivo. 
 
Exemplos: 
Mais brasileiros estão engajados nas questões sociais. 
Ele comeu menos lasanha que você. 
Tenho poucos sapatos; quero mais. 
 
Serão advérbios se modificarem o sentido de verbos, advérbios 
ou adjetivos. 
 
 
Exemplos: 
Eles ficaram mais aflitos após a notícia. (advérbio de intensidade) 
Maria não mora mais aqui. (advérbio de tempo) 
Eu como menos quando estou tranquilo. (advérbio de intensidade) 
 
 MUITO, POUCO E BASTANTE 
 
As palavras “MUITO”, “POUCO” e “BASTANTE” podem exercer 
função de pronome indefinido, função de advérbio ou função de 
adjetivo. 
Serão pronomes indefinidos se antecederem o substantivo 
para lhe atribuir indeterminação ouvagueza. Nesse caso, a 
palavra será variável e concordará com o substantivo. Para ter 
certeza de que se trata de pronome indefinido, aconselho que você 
substitua o termo por “algum” ou que tente colocar o pronome e o 
substantivo no plural. 
 
 
Exemplos: 
Eu prefiro você a muitos amigos. 
Pouca gente acertaria essa questão. 
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Fiz bastantes questões de ortografia. 
 
Serão advérbios se modificarem o sentido de verbos, advérbios 
ou adjetivos. Nesses casos, os termos serão invariáveis, ou seja, 
serão sempre “muito”, “pouco” e “bastante”, sem flexionar. 
 
Exemplos: 
A polícia chegou muito rapidamente. 
Aquelas coxinhas são pouco salgadas. 
Os atletas suaram bastante. 
 
Serão adjetivos se atribuírem qualidade a substantivos. Nesses 
casos, os termos serão variáveis, ou seja, concordarão com o 
substantivo adjetivado. 
 
Exemplos: 
Não me aborreço com coisa pouca. (“pequena”) 
Aquilo foi bastante para me convencer. (“suficiente”) 
 
 
 CERTO 
 
A palavra “CERTO” pode exercer as seguintes funções: pronome 
indefinido, adjetivo e advérbio. 
Será pronome indefinido se anteceder o substantivo. Para você 
ter certeza de que o termo está exercendo função de pronome 
indefinido, aconselho substituí-lo por “algum”. 
 
Exemplos: 
“Certas canções que ouço cabem tão dentro de mim.” 
Ele tem certa afinidade com pessoas generosas. 
 
Será adjetivo se suceder o substantivo. Nesses casos, a palavra 
“certo” tem sentido de “correto”, “exato” ou “constante”. 
 
 
Exemplos: 
Essas cartas não possuem destinatários certos. (“exatos”) 
Marque as alternativas certas. (“corretas”) 
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Será advérbio se equivaler a “certamente”. Esse uso é bem 
menos frequente que os dois anteriores. 
 
Ex: Certo, não irei à festa. (“certamente”) 
 
 OUTRO 
 
A palavra “OUTRO” pode exercer função de pronome indefinido ou de 
adjetivo. Nos dois casos, será variável. 
Será pronome indefinido se equivaler a “algum” ou “algo”. 
Nesse caso, o termo “outro” aparece, em geral, dentro de uma 
expressão indefinida (“um ao outro”, “um ou outro”, “um do 
outro”, “um para o outro”). 
 
Exemplos: 
Uma ou outra pessoa atravessava a ponte. 
Uns acordam cedo, enquanto outros dormem até tarde. 
 
 
Será adjetivo se significar “novo”, “diferente”, “semelhante” 
ou “igual”. 
 
 
Exemplos: 
Outros casos de emprego dos pronomes serão estudados. (“novos”) 
Ela voltou outra das férias. (“diferente”) 
Depois disso, todos possuem outra opinião sobre João. (“diferente”) 
 
 
 TODO 
 
A palavra “TODO” pode exercer função de pronome indefinido e 
função de advérbio. 
Será pronome indefinido se indicar totalidade ou puder ser 
substituído por “qualquer” ou “cada”. 
O “todo” seguido de artigo (“todo o”) indica, em geral, inteireza; o 
“todo” sem artigo depois significa, em geral, totalidade e pode ser 
substituído por “todos os”. 
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Exemplos: 
Toda cidade tem suas características. (todas as cidades) 
Toda a cidade necessita de melhorias. (a cidade inteira) 
Meu corpo todo está doendo. 
Brigou com os amigos todos. 
 
Será advérbio de modo se acompanhar adjetivo atributivo, com 
sentido de “completamente”, “muito”, “em todas as suas 
partes”. 
 
Exemplos: 
Ela está toda bonita. 
Fiquei todo assustado. 
 
 TUDO 
 
A palavra “TUDO” é, quase sempre, pronome indefinido e 
funciona ora como pronome indefinido substantivo, ora como 
pronome indefinido adjetivo. (neste último caso, aparece nas 
combinações “tudo isso”, “tudo aquilo”, “tudo o que”, “tudo o mais” 
etc.). 
 
Exemplos: 
Eu faria tudo por você. (pronome indefinido substantivo) 
Tudo o que fiz foi por você. (pronome indefinido adjetivo) 
Ele via novela; tudo o mais o chateava. (pronome indefinido adjetivo) 
Tudo isso pode ser resolvido. (pronome indefinido adjetivo) 
 
 
 ALGUM 
 
O pronome indefinido “ALGUM” é usado com sentido de 
“qualquer”, “um” ou “certo”, se vier antes do substantivo. Se 
vier depois do substantivo, terá valor negativo e poderá ser 
substituído por “nenhum”. 
 
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Exemplos: 
Algumas vezes, ele sentia saudades da mãe. (“umas vezes”) 
Melhor comermos alguma coisa antes. (“qualquer coisa”) 
Demorei algum tempo para perdoar Maria. (“certo tempo”) 
Aquela criança não dava trabalho algum. (“nenhum”) 
Ficamos sem dinheiro algum. (“nenhum”) 
 
 
Esses são os casos mais comuns em que os pronomes indefinidos 
aparecem nas questões de concurso. Antes de prosseguirmos a mais 
uma classe de pronome, atente-se para as observações abaixo. 
 
OBSERVAÇÃO 1: Além dos exemplos vistos acima, existem as 
LOCUÇÕES PRONOMINAIS INDEFINIDAS, que consistem na 
junção de vocábulos para exercer função igual à dos pronomes 
indefinidos. 
Exemplos: “cada qual”, “cada um”, “qualquer outro”, “aquele 
outro”, “quem quer que seja”, “quanto quer que seja”, “fosse 
quem fosse”, “outro qualquer”, “todo aquele”, “tudo o mais”, 
“seja qual for”, “seja quem for”, “um ou outro”, “todo o 
mundo” etc. 
 
OBSERVAÇÃO 2: Se o pronome indefinido ou a locução 
pronominal indefinida estiverem no singular, o verbo também 
ficará no singular, ainda que haja substantivo no plural após o 
pronome ou locução. 
 
Exemplos: 
Cada um dos alunos presentes aprendeu o assunto ensinado. 
Algum de nós terá que trabalhar no feriado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1.5 Pronomes Possessivos 
 
Os pronomes possessivos são aqueles pronomes que conferem 
ideia de posse em relação às pessoas do discurso, ou seja, 
indicam a pessoa gramatical a quem pertence algo. Os 
pronomes possessivos irão concordar, em gênero e número, com o 
“algo” possuído. 
Veja, no quadro abaixo, os pronomes possessivos e as pessoas às 
quais eles se referem. 
 
PRONOMES POSSESSIVOS 
Singular 
1ª pessoa meu, minha, meus, minhas 
2ª pessoa teu, tua, teus, tuas 
3ª pessoa seu, sua, seus, suas 
Plural 
1ª pessoa nosso, nossa, nossos, nossas 
2ª pessoa vosso, vossa, vossos, vossas 
3ª pessoa seu, sua, seus, suas 
 
Como dito acima, os pronomes possessivos, em nossa língua, 
concordam com a coisa possuída e não com o possuidor. 
Observe nos exemplos a seguir. 
 
Exemplos: 
As irmãs e sua mãe saíram cedo para a missa. (sua mãe = a mãe das 
meninas) 
Ela penteou seus cabelos e saiu. (seus cabelos = os cabelos dela) 
 
ATENÇÃO! É bastante comum que os possessivos “seu, sua, seus, 
suas” gerem ambiguidade quanto ao possuidor, se usados em 
períodos em que há mais de uma terceirapessoa, justamente por 
concordarem com a coisa possuída. Nesses casos, é recomendado que 
os mencionados pronomes sejam substituídos por “dele, dela, deles, 
delas”. Essa dica é bastante importante para a resolução de questões 
dissertativas. Observe abaixo. 
 
Maria perguntou a João se poderia convidar sua mãe para a festa. 
 
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Da maneira como está redigido o período, surge a dúvida: a mãe de 
Maria ou a mãe de João? Após a substituição, a ambiguidade é 
sanada. Perceba: 
 
 
Maria perguntou a João se poderia convidar a mãe dele para a festa. 
(“a mãe de João”) 
Maria perguntou a João se poderia convidar a mãe dela para a festa. 
(“a mãe de Maria”) 
 
OBSERVAÇÃO 1: 
Se o pronome possessivo acompanhar um substantivo 
(pronome possessivo adjetivo) é facultado que se use ou não o 
artigo antes. 
Ex: Não vi seu irmão na festa. / Não vi o seu irmão na festa. 
Se, por outro lado, o pronome possessivo substituir um 
substantivo (pronome possessivo substantivo), deve-se 
obrigatoriamente usar o artigo antes. 
Ex: Peguei (a) minha camisa, mas não encontrei a sua. 
 
OBSERVAÇÃO 2: 
Conforme vimos, na parte da aula atinente aos pronomes pessoais 
oblíquos, os pronomes “ME”, “TE”, “LHE(s)”, “NOS”, “VOS” 
podem funcionar também como pronomes possessivos. Note que, 
nesses casos, os pronomes podem ser substituídos pelos possessivos 
típicos, conforme mostrado nos exemplos a seguir. 
 
 
Exemplos: 
O café manchou-me a camisa. (“manchou a minha camisa”) 
O gato viu Maria e agarrou-lhe a perna. (“agarrou a perna dela”, 
“agarrou sua perna”) 
Comer salada não nos prejudica a saúde. (“não prejudica a nossa 
saúde”) 
 
OBSERVAÇÃO 3: 
Há casos em que a posição do pronome possessivo (se antes 
ou se depois do substantivo) altera o sentido da frase. Observe: 
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Exemplos: 
O meu livro. (possuo o livro) 
O livro meu. (possuo a autoria do livro) 
Suas notícias. (notícias dadas por você) 
Notícias suas. (notícias sobre você) 
 
 
1.6 Pronomes Relativos 
 
Os pronomes relativos são aqueles que retomam um termo 
expresso anteriormente, a fim de estabelecer uma relação de 
subordinação entre duas orações. 
Os pronomes relativos podem ser variáveis ou invariáveis, conforme 
se observa no quadro a seguir. 
 
PRONOMES RELATIVOS 
INVARIÁVEIS VARIÁVEIS 
que o qual, a qual, os quais, as quais 
quem cujo, cuja, cujos, cujas 
onde quanto, quanta, quantos, quantas 
 
Vamos ver, abaixo, nosso primeiro exemplo de emprego dos 
pronomes relativos. 
 
 
 Os motoristas de ônibus fizeram protesto nas ruas da cidade. 
 Os motoristas de ônibus estão com salários atrasados. 
 
Os motoristas de ônibus, que estão com salários atrasados, 
fizeram protesto nas ruas da cidade. 
OU 
Os motoristas de ônibus, os quais estão com salários atrasados, 
fizeram protesto nas ruas da cidade. 
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Observe, no exemplo acima, que os pronomes relativos “que” e “os 
quais” retomaram o termo “os motoristas de ônibus”, para que não 
fosse necessário repeti-lo no período. Essa é, basicamente, a função 
dos pronomes relativos. Como aprendemos na Aula 01, trata-se de 
elementos de coesão referencial anafórica. 
 
Veja mais exemplos de pronomes relativos: 
 
O livro que li é muito interessante. (retoma “o livro”) 
Havia muitas pessoas que precisavam de ajuda. (retoma “pessoas”) 
Ele visitou a cidade onde nasceu. (retoma “a cidade”) 
A menina a quem ajudei ficou muito grata. (retoma “menina”) 
Esta é a casa sobre a qual eles falaram. (retoma “a casa”) 
 
 
Os pronomes relativos podem ou não ser precedidos por 
preposição, a depender do que a regência verbal exigir. 
Veja que, no quarto exemplo acima, o pronome relativo “quem” é 
precedido pela preposição “a”, pois o verbo “ajudar” foi usado em sua 
forma transitiva indireta (ajudar a alguém). No último exemplo, de 
igual maneira, o pronome relativo “a qual” é precedido pela 
preposição “sobre” em razão da transitividade do verbo “falar” (falar 
sobre algo). 
Outro aspecto importante de se observar é que o pronome relativo, 
se variável, concorda com o termo ao qual se refere, ou seja, 
com o termo por ele retomado. Assim, o relativo “a qual”, no 
último exemplo, é empregado em concordância com “a casa”, no 
feminino e no singular. 
 
Feitas essas considerações iniciais, vamos analisar os pronomes 
relativos caso a caso. 
 
 “O QUAL”, “A QUAL”, “OS QUAIS”, “AS QUAIS” 
Os termos acima funcionam exclusivamente como pronomes 
relativos e são as formas variadas (em gênero e número) do 
pronome relativo “QUE” (invariável). Eles são empregados para tratar 
de “coisas” ou pessoas”, especialmente se o termo a ser retomado 
está distante do pronome relativo que os retoma. 
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Como veremos a seguir, o pronome relativo “QUE” é o mais usado em 
nossa língua, por ser invariável (concorda com todos os gêneros e 
número) e por referir-se tanto a coisas quanto a pessoas. No entanto, 
há casos em que é obrigatória a substituição do pronome 
“QUE” pelas formas variáveis ora analisadas (“o qual”, “a 
qual”, “os quais” e “as quais”). Vamos ver esses casos: 
 
- Quando o uso do “que” causar ambiguidade: 
 
O candidato discursou aos eleitores na capital do estado da Bahia, 
que completou aniversário ontem. 
 
Observe que, no exemplo acima, não fica claro se foi a capital do 
estado ou o estado da Bahia que completou aniversário. Basta, no 
entanto, substituir o pronome “que” por uma das formas variáveis 
para que se resolva a dúvida. 
 
O candidato discursou aos eleitores na capital do estado da Bahia, a 
qual completou aniversário ontem. 
 
- Quando o “que” for precedido de preposição com mais de 
uma sílaba: 
 
O concurso sobre o qual lhe falei foi adiado. (e não “sobre o que”) 
Essa é a mesquita perante a qual me ajoelhei. (e não “perante que”) 
As intempéries, contra as quais lutou bravamente, derrotaram-no. (e 
não “contra que”) 
 
- Quando o “que” for precedido das preposições 
monossilábicas “sem” e “sob”: 
 
Esta é a música de ninar sem a qual ele não dorme. 
O teto sob o qual você deita, um dia ruirá. 
 
Por fim, vale dizer, os pronomes relativos aqui analisados (“o qual”, 
“a qual”, “os quais” e “as quais”) são ótimos parâmetros para 
avaliarmos se outros termos estão exercendo função de pronome 
relativo. Assim, caso você consiga substituir esses termos por uma 
das formas variáveis acima, você estará diante de um pronome 
relativo. 
Dito isso, passemos à análise do pronome “QUE”, um dos 
“queridinhos” das provas de concurso. 
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 PRONOME RELATIVO “QUE” 
O termo “QUE” funciona como pronome relativo se retoma um 
termo antecedente, que tanto pode se referir a coisas quanto a 
pessoas. Trata-se de pronome invariável (não admite flexão). 
Para conferir se o “QUE” está exercendo na oração, de fato, função de 
pronome relativo, aconselho substituí-lo pelos também relativos o 
qual, a qual, os quais ou as quais, conforme dito no tópico 
anterior. 
Observe os seguintes exemplos, já mencionados em momento 
anterior: 
 
Os motoristas de ônibus, que estão com salários atrasados, fizeram 
protesto nas ruas da cidade. (“os quais”) 
O livro que li é muito interessante. (“o qual”) 
Havia muitas pessoas que precisavam de ajuda. (“as quais”) 
 
OBSERVAÇÃO 1: Já aprendemos que, caso o pronome “que” 
venha precedido de preposição com mais de uma sílaba, não se 
deve empregar o “QUE”, mas sim os relativos “O QUAL”, “A 
QUAL”, “OS QUAIS” ou “AS QUAIS”. 
 
OBSERVAÇÃO 2: O pronome relativo "que" às vezes retoma 
uma oração anterior, casos em que poderá ser substituído por 
“o que” ou “coisa que”. 
 
Apesar do cansaço, optou por caminhar pelas ruas da cidade, que era 
seu grande hábito. 
 
Finalizamos, assim, as explicações sobre o emprego do termo “QUE” 
na função de pronome relativo. A compreensão das muitas outras 
funções exercidas pelo “que” depende de conhecimentos mais 
aprofundados de sintaxe, assunto que será abordado na nossa Aula 
07. Em momento posterior, portanto, retornaremos ao assunto de 
maneira mais completa, para fixar o que foi dito hoje, bem como para 
acrescentar outras informações sobre os usos do “QUE”. 
 
 PRONOME RELATIVO “QUEM” 
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O pronome relativo “QUEM” é invariável e refere-se a pessoas 
ou a coisas personificadas. 
Se o termo antecedente (retomado pelo pronome) estiver expresso na 
oração, o “quem” virá sempre regido por alguma preposição. 
Observe: 
 
A garota contra quem ele proferiu os xingamentos revoltou-se. 
A mãe, de quem sentia muitas saudades, apareceu-lhe nos sonhos. 
Preferiu não cumprimentar o lojista, a quem devia grandes quantias 
de dinheiro. 
 
 PRONOME RELATIVO “ONDE” 
O pronome relativo “ONDE” é invariável e retoma termos que 
indiquem noção de lugar. Assim, para verificar se está 
empregado corretamente, você deve substituir o “onde” por 
“em que” ou pelas formas variáveis “na qual”, “no qual”, “nas 
quais” e “nos quais”. 
 
Ficava muito tempo em casa, onde se sentia seguro dos perigos 
urbanos. 
A cidade onde passou boa parte de sua infância estava 
completamente modificada. 
 
 “QUANTO”, “QUANTA”, “QUANTOS”, “QUANTAS” 
Os vocábulos acima somente serão considerados pronomes 
relativos se forem precedidos por um dos pronomes 
indefinidos a seguir: “tudo”, “todo(s)”, “toda(s)”. Nesses casos, 
transmitirão ideia de quantidade, intensidade ou número. 
 
Ele fez tudo quanto pôde para agradá-la e não obteve sucesso. 
Me dediquei bastante à resolução de questões. Fiz tantas quantas 
foram necessárias. 
 
 PRONOME RELATIVO “CUJO” 
O pronome relativo “CUJO” (e suas variações “cujos”, “cuja”, “cujas”) 
é utilizado, assim como todo pronome relativo, para retomar 
termos mencionados anteriormente. Vimos, de maneira 
introdutória, o uso do pronome “cujo” na Aula 01, ao 
tratarmos de coesão e coerência textual. Agora, vamos 
retomar o seu estudo de maneira mais completa. 
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Sua particularidade, no entanto, reside na noção de posse que 
ele estabelece entre o termo por ele retomado (o termo 
anterior a ele) e o termo posterior a ele. 
Dessa forma, podemos dizer que o pronome relativo “CUJO” 
coloca-se entre dois termos (antecedente e consequente) para 
estabelecer uma relação de posse entre eles. 
O termo localizado antes do “cujo” (e que é retomado pelo 
“cujo”) será possuidor do termo localizado depois do “cujo”. 
Observe: 
 
A escola puniu os alunos cujo comportamento era ruim. 
A escola puniu os alunos / O comportamento dos alunos era ruim. 
 
Veja que o pronome relativo “cujo”, no exemplo, retoma o termo “os 
alunos” e coloca-o na posição de adjunto adnominal do termo “o 
comportamento”. Assim, o trecho “cujo comportamento” equivale a 
“o comportamento dos alunos”. 
O termo anterior será, portanto, o dono (possuidor) do termo 
posterior: os alunos possuem o comportamento, por isso se diz “o 
comportamento dos alunos”. 
 
Mais exemplos: 
A cliente cujo pagamento foi recusado retornou. (cujo pagamento = o 
pagamento da cliente) 
A porta cujo parafuso está enferrujado emperrou. (cujo parafuso = o 
parafuso da porta) 
 
O pronome “cujo” concorda com o termo posterior 
(consequente), embora se refira ao termo anterior 
(antecedente). 
Assim, na frase acima, o pronome “cujo” retoma o termo “a cliente”, 
mas a concordância dá-se com relação a “pagamento”. O mesmo 
ocorre na frase seguinte: o pronome retoma o termo anterior (“a 
porta”), mas concorda com o termo posterior (o parafuso). 
 
ATENÇÃO! Não se usa artigo entre o pronome “cujo” e o 
substantivo subsequente. 
 
Jamais diga: 
A cliente cujo o pagamento foi recusado retornou. ERRADO 
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É bastante comum o pronome relativo “cujo” aparecer 
precedido de preposições, como em “para cujo”, “de cujo”, 
“ante cujo”, “sobre cujo”, “a cujo”, entre outras. Nesses casos, 
em geral, a preposição aparece para compor a regência do verbo 
transitivo indireto presente na oração seguinte. Observe: 
 
Ele é o autor em cuja tese ela acredita. 
 
Não se assuste com a presença da preposição “em”, no exemplo 
acima, pois o nosso raciocínio será o mesmo de antes! Vamos 
analisar a frase por partes, para facilitar a compreensão. 
Primeiro, vamos considerar somente o pronome relativo “cuja” e os 
termos (antecedente e consequente): dizer “o autor cuja tese” 
equivale a dizer “a tese do autor”. 
Agora vamos analisar o trecho completo: “o autor em cuja tese ela 
acredita”. A ideia aí contida equivale a dizer “ela acredita na tese do 
autor”. Veja: 
 
Ele é o autor em cuja tese ela acredita. 
Ele é o autor / ela acredita na tese do autor. 
 
A preposição “em” está na frase, portanto, porque o verbo 
“acreditar” é transitivo indireto (quem acredita, acredita em algo). 
 
Mais exemplos: 
Você é a pessoa de cuja sensatez eu dependo. 
Você é a pessoa / eu dependo da sensatez da pessoa. 
A casa, para cujo endereço enviei a encomenda, foi demolida. 
A casa foi demolida / enviei a encomenda para o endereço da casa. 
 
Em virtude de suas especificidades, o emprego do “CUJO” gera 
dúvidas e costuma ser muito cobrado em provas de concurso. 
A seguir, temos uma questão recente da FCC, adaptada para 
esta aula. 
 
 
 
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Questão -(FCC) Técnico Judiciário – Enfermagem – TRF 
3ª Região/2014 
(Adaptada) 
O barulho é um som de valor negativo, uma agressão ao 
silêncio ou simplesmente à tranquilidade necessária à vida em 
comum. Causa um incômodo àquele que o percebe como um 
entrave a seu sentimento de liberdade e se sente agredido por 
manifestações que não controla e lhe são impostas, impedindo-
o de repousar e desfrutar sossegadamente de seu espaço. 
Traduz uma interferência dolorosa entre o mundo e o eu, uma 
distorção da comunicação em razão da qual as significações se 
perdem e são substituídas por uma informação parasita que 
provoca desagrado ou aborrecimento. (...) 
(LE BRETON, David. O Estado de S. Paulo, Aliás, 2 de junho 
de 2013, com adaptações.) 
 
Julgue a afirmativa a seguir como CERTA ou ERRADA: 
A expressão “por cujo motivo” substitui corretamente o 
segmento grifado, sem alteração do sentido original. 
Comentários 
A questão pede que você julgue (como certa ou errada, do 
ponto de vista gramatical) a substituição do termo grifado no 
seguinte trecho: “uma distorção da comunicação em razão da 
qual as significações se perdem”. 
Vamos destrinchar a frase acima. Ao invertermos a ordem, 
temos que as significações se perdem em razão de uma 
distorção da comunicação. Esse é o sentido que deve ser 
mantido. 
Caso seja reescrita com a expressão indicada no enunciado, a 
frase ficará assim: “uma distorção da comunicação por cujo 
motivo as significações se perdem”. Temos, agora, um caso de 
emprego do “cujo” precedido de preposição, semelhante aos 
exemplos vistos anteriormente. 
Já sabemos que o pronome relativo “cujo” retoma o termo 
anterior (antecedente) para atribuir uma relação de 
posse deste com relação ao termo posterior 
(consequente). No caso em análise, note que o termo 
posterior a “cujo” é “motivo” e o anterior é “uma distorção da 
comunicação”. 
Vamos considerar, inicialmente, um trecho simplificado da 
frase, para facilitar a compreensão do uso do “cujo”. 
 
uma distorção da comunicação por cujo motivo 
= 
por motivo de uma distorção da comunicação 
 
Agora, vamos analisar a frase inteira, com a preposição e os 
demais elementos que a compõem: 
 
 
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uma distorção da comunicação por cujo motivo as 
significações se perdem 
= 
as significações se perdem por motivo de uma distorção da 
comunicação 
 
Escrita desse jeito, a frase alterada se equivale à original (“uma 
distorção da comunicação em razão da qual as significações se 
perdem”), pois mantém seu significado. A afirmativa está, 
portanto, correta. 
GABARITO: CERTO 
 
Espero haver sanado todas as dúvidas com relação ao uso do 
pronome “CUJO”. A partir de agora, você deve realizar questões 
e ler muitas frases em que o emprego do “cujo” esteja correto 
gramaticalmente. Só assim você se familiarizará e responderá às 
questões, na prova, com mais tranquilidade. 
 
Agora, para finalizar o estudo dos pronomes relativos, vamos analisar 
dois vocábulos que, embora não sejam tipicamente pronomes 
relativos, algumas vezes assumem essa função, ao retomar termos da 
oração: “COMO” e “QUANDO”. 
 
 COMO 
O vocábulo “COMO” terá função de pronome relativo se retomar um 
termo que indique “modo, maneira, jeito, forma”. Nesse caso, 
poderá ser substituído por “segundo o qual” ou “pelo qual”. 
 
Todos gostam da maneira como ela escreve. 
Foi bastante desagradável o jeito como você se comportou. 
O modo como ela me olhava deixou-me envergonhado. 
 
 QUANDO 
O vocábulo “QUANDO” terá função de pronome relativo se retomar 
um termo que indique, sintática e semanticamente, a ideia de tempo. 
Nesse caso, poderá ser substituído por “em que”. 
 
Retornemos ao ano de 1985, quando nasci. 
Maria sentia saudades do passado quando ele ainda a amava. 
 
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Encerramos, assim, o assunto concernente aos pronomes relativos. 
Vamos, agora, ao estudo dos pronomes interrogativos, última espécie 
de pronomes a ser vista na aula de hoje. 
 
1.7 Pronomes Interrogativos 
 
Os pronomes interrogativos, última classe pronominal vista na aula 
de hoje, são assim chamados se empregamos os pronomes 
“QUE”, “QUEM”, “QUAL” e “QUANTO” (também indefinidos) em 
orações interrogativas, ou seja, na formulação de perguntas. 
Essas perguntas podem ser diretas ou indiretas. Observe: 
 
Quem conseguiu responder corretamente à questão? 
Quantas pessoas estiveram presentes? 
Gostaria de saber quais as respostas da prova. (pergunta indireta) 
 
O termo “QUE”, já estudado por nós na função de pronome relativo, 
também funciona como pronome interrogativo, nas seguintes 
situações: 
- Quando substituir, na frase, o elemento sobre o qual requer 
uma resposta. Como vimos, por substituir o substantivo, será 
considerado um pronome interrogativo substantivo. Para conferir 
se o “que” está funcionando na frase, de fato, como pronome 
interrogativo substantivo, aconselho substituir o “que” por “que 
coisa”. 
 
Que você aprontou dessa vez? 
Que pensa em fazer hoje à noite? 
Que houve? 
Ele reclamou de quê? (acentuado, por estar no final da frase) 
 
A forma interrogativa “O QUE” é muito mais usada em nossa língua 
do que o pronome “que” sozinho. Alguns gramáticos mais tradicionais, 
no entanto, não a recomendam. Observe: 
 
O que você aprontou dessa vez? 
O que pensa em fazer hoje à noite? 
O que houve? 
Ele reclamou do quê? (acentuado, por estar no final da frase) 
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- Quando acompanhar substantivo nas frases interrogativas. 
Como vimos, por acompanhar o substantivo, será considerado um 
pronome interrogativo adjetivo. Para conferir se o “que” está 
funcionando na frase, de fato, como pronome interrogativo adjetivo, 
aconselho substituir o “que” por “que espécie de”. 
 
Que mal há em estudar à noite? 
Que computador você comprou? 
Que comida não te agrada? 
 
OBSERVAÇÃO: Na linguagem coloquial, é comum o uso duplicado 
do “que”, a fim de conferir ênfase à mensagem. 
 
O que é que houve? 
 
 
 
 
Colocação Pronominal 
 
 
Este talvez seja, junto com interpretação de textos, o assunto mais 
cobrado pelas bancas nas questões de Língua Portuguesa. Todos os 
editais de concurso, sem exceção, destacam expressamente a 
Colocação Pronominal entre os demais aspectos relacionados ao 
estudo dos pronomes. 
Em virtude disso, separei esta parte da aula para tratarmos o tema de 
maneira clara e aprofundada. Assim, ao final da explicação, espero 
que você esteja capacitado para resolver qualquer questão sobre o 
assunto e garantir importantes pontos em seu caminho para a 
aprovação. 
Antes de começarmos, vamos entender o que é a colocação 
pronominal e por que seu estudo é considerado tão importante pelas 
bancas de concursos e pelos gramáticos. 
 
2.1 Conceitos e Aspectos Gerais 
A parte da gramática denominada Colocação Pronominal trata, em 
resumo, da posição adequada dos pronomes oblíquos átonos 
junto aos verbos. 
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