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Thaynara Silva Rondonópolis, 2021 Níveis de Prevenção Níveis de Prevenção • Primária • Secundária • Terciária • Quaternária Prevenção primária • Ação tomada para remover causas e fatores de risco de um problema de saúde individual ou coletivo antes do desenvolvimento de uma condição clínica. Inclui promoção da saúde e proteção específica. • Exemplo: imunização; Educação e Motivação Sanitária; orientação de atividade física. Prevenção secundária • Ação realizada para detectar um problema de saúde em estágio inicial, individual ou coletivo, facilitando o diagnostico precoce, o tratamento oportuno e reduzindo as complicações. • Exemplo: rastreamento da hipertensão arterial. Prevenção terciária • Ação implementada para reduzir em um indivíduo ou população os prejuízos funcionais consequentes de um problema agudo ou crônico, incluindo a reabilitação. • Exemplo: prevenir complicações do diabetes, reabilitar paciente pós-infarto – IAM ou acidente vascular cerebral. PREVENÇÃO Leavell e Clark - Níveis de prevenção e aplicação na história natural da doença (1965) Pré-patogênese (prevenção primária); Patogênese (prevenção secundária e terciária). NÍVES DE PREVENÇÃO E APLICAÇÃO PRÉ-PATOGÊNESE PATOGÊNESE PREVENÇÃO PRIMÁRIA PREVENÇÃO SECUNDÁRIA PREVENÇÃO TERCIÁRIA PROMOÇÃO DA SAÚDE PROTEÇÃO ESPECÍFICA DIAGNÓSTICO PRECOCE E PRONTO ATENDIMENTO LIMITAÇÃO DE INVALIDEZ REABILITAÇÃO HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA Prevenção quaternária Origem da Prevenção Quaternária Proposto por Jamoulle, Médico de Família e Comunidade belga, o conceito de prevenção quaternária almejou sintetizar, de forma operacional e na linguagem médica, vários critérios e propostas para o manejo do excesso de intervenção e de medicalização, tanto diagnóstica quanto terapêutica. Jamoule propôs a prevenção quaternária como um quarto e último tipo de prevenção, não relacionada ao risco de doenças e sim ao risco de adoecimento iatrogênico, ao excessivo intervencionismo diagnóstico e terapêutico e a medicalização desnecessária. Origem da Prevenção Quaternária Conceito Prevenção quaternária foi definida como a detecção de indivíduos em risco de tratamento excessivo, para protegê-los de novas intervenções médicas inapropriadas e sugerir- lhes alternativas eticamente aceitáveis. (Norman e Tesser, 2009) Atualmente… A medicalização de estados pré-doença e de fatores de riscos se torna cada vez mais comum, incluídas as metas para hipertensão, colesterol, osteopenia, vitamina D e obesidade. A perspectiva de comercializar medicações já existentes para pessoas saudáveis expande enormemente o mercado dessas drogas, enquanto aumenta os custos para a sociedade e para os serviços em saúde, além de potencialmente reduzir a qualidade de vida ao converter pessoas saudáveis em pacientes. Excesso de rastreamento O rastreamento (ou screening) é a realização de testes ou de exames diagnósticos em populações/pessoas assintomáticas, com o objetivo de diagnóstico precoce (prevenção secundária) ou de identificação e controle de riscos, visando como objetivo último reduzir a morbidade e ou a mortalidade da doença, agravo ou risco rastreado. Risco do excesso de rastreamento Deve-se ter em conta que podem surgir prejuízos em função do fato de pessoas assintomáticas, após a realização do rastreamento, passarem a ser catalogadas como doentes, com as implicações sociais de tais intervenções. Surgem nos rastreamentos os falso- positivos, os efeitos físicos decorrentes do desconforto provocado pelo procedimento diagnóstico, assim como os efeitos psicológicos nas pessoas que, muitas vezes, passam a se sentir doentes simplesmente pela vivência dos atendimentos e exames. Atenção! A prevenção quaternária impõe uma estrita necessidade de o profissional estar atualizado sobre os estudos científicos de boa qualidade voltados para avaliar a relação risco-benefício dos rastreamentos, o que significa que precisa usar a medicina baseada em evidências, inexoravelmente, para bem embasar, técnica e eticamente, sua decisão de rastrear. Risco de excesso de exames complementares As características técnicas dos testes diagnósticos, como especificidade e sensibilidade, devem ser considerados no momento da decisão de solicitar ou não determinado exame. Dessa forma, evita-se a avalanche de exames complementares, muitos deles pedidos desnecessariamente, que poderão acarretar mais prejuízos que benefícios, como falsos positivos, achados casuais, situações limítrofes, desvios do raciocínio clínico etc. Referências Bibliográficas • Almeida, Lúcio M. Da prevenção primordial à prevenção quaternária. Prevenção em saúde, vol. 23 nº 1, jan-jun/2005. Disponível em: http://www.ensp.unl.pt/dispositivos-de-apoio/cdi/cdi/sector-de- publicacoes/revista/2000-2008/pdfs/1-07-2005.pdf • Norman, AH. Tesser, CD. Prevenção quaternária na atenção primária à saúde: uma necessidade do Sistema Único de Saúde. Cadernos de Saúde Pública, 25 (9):2012- 2020, set/2009. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csp/v25n9/15.pdf • CZERESNIA, D.; FREITAS, C.M. (Org.) Promoção da saúde: conceitos, reflexões, tendências. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2003. • MINISTÉRIO DA SAÚDE. Cadernos de Atenção primária: Rastreamento. Brasilia: DF, 2013. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/rastreamento_caderno_atencao_prim aria_n29.pdf> http://www.ensp.unl.pt/dispositivos-de-apoio/cdi/cdi/sector-de-publicacoes/revista/2000-2008/pdfs/1-07-2005.pdf http://www.ensp.unl.pt/dispositivos-de-apoio/cdi/cdi/sector-de-publicacoes/revista/2000-2008/pdfs/1-07-2005.pdf http://www.ensp.unl.pt/dispositivos-de-apoio/cdi/cdi/sector-de-publicacoes/revista/2000-2008/pdfs/1-07-2005.pdf http://www.ensp.unl.pt/dispositivos-de-apoio/cdi/cdi/sector-de-publicacoes/revista/2000-2008/pdfs/1-07-2005.pdf http://www.ensp.unl.pt/dispositivos-de-apoio/cdi/cdi/sector-de-publicacoes/revista/2000-2008/pdfs/1-07-2005.pdf http://www.ensp.unl.pt/dispositivos-de-apoio/cdi/cdi/sector-de-publicacoes/revista/2000-2008/pdfs/1-07-2005.pdf http://www.ensp.unl.pt/dispositivos-de-apoio/cdi/cdi/sector-de-publicacoes/revista/2000-2008/pdfs/1-07-2005.pdf http://www.ensp.unl.pt/dispositivos-de-apoio/cdi/cdi/sector-de-publicacoes/revista/2000-2008/pdfs/1-07-2005.pdf http://www.ensp.unl.pt/dispositivos-de-apoio/cdi/cdi/sector-de-publicacoes/revista/2000-2008/pdfs/1-07-2005.pdf http://www.ensp.unl.pt/dispositivos-de-apoio/cdi/cdi/sector-de-publicacoes/revista/2000-2008/pdfs/1-07-2005.pdf http://www.ensp.unl.pt/dispositivos-de-apoio/cdi/cdi/sector-de-publicacoes/revista/2000-2008/pdfs/1-07-2005.pdf http://www.ensp.unl.pt/dispositivos-de-apoio/cdi/cdi/sector-de-publicacoes/revista/2000-2008/pdfs/1-07-2005.pdf http://www.ensp.unl.pt/dispositivos-de-apoio/cdi/cdi/sector-de-publicacoes/revista/2000-2008/pdfs/1-07-2005.pdf http://www.ensp.unl.pt/dispositivos-de-apoio/cdi/cdi/sector-de-publicacoes/revista/2000-2008/pdfs/1-07-2005.pdf http://www.ensp.unl.pt/dispositivos-de-apoio/cdi/cdi/sector-de-publicacoes/revista/2000-2008/pdfs/1-07-2005.pdf http://www.scielo.br/pdf/csp/v25n9/15.pdf http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/rastreamento_caderno_atencao_primaria_n29.pdf http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/rastreamento_caderno_atencao_primaria_n29.pdf
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