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LINGUAGEM AFASIA EMISSIVAS = expressivas = motora RECEPTIVAS = sensoriais = recepção MISTA = mistura de receptiva com emissivas BROCA Makelis dos Santos Fonoaudióloga Conjunto de alterações cognitivas que ocorrem depois de uma lesão no SNC nas áreas relacionadas com a linguagem. Pode ser definida como uma alteração no conteúdo, na forma e no uso da linguagem e de seus processos cognitivos subjacentes, tais como percepção e memória. Caracterizada por redução e disfunção, que se manifesta tanto no aspecto expressivo quanto no receptivo oral e escrita. Esse dano cerebral acontece com maior frequência em pacientes que sofrem um AVC. Também pode se caracterizar pela alteração de processos linguísticos de significação de origem articulatória e discursiva. A lesão tem que ser focal e adquirida. A afasia afeta a linguagem, mas não é um distúrbio de linguagem. Classificação clinica tradicional das afasias: - Linguagem espontânea (expressão); - Compreensão; - Repetição; - Nomeação. AFASIAS FLUENTES: Expressão ok, mas alteração na compreensão (afasia anomica, de condução, transcortical sensorial e wernicke), não significa que a expressão vai estar 100%. AFASIAS NÃO FLUENTES: Expressão não ok, e compreensão melhor (broca, mista, global, transcortical motora e transcortical mista). Não significa que a compreensão está 100%. CONDUÇÃO AFASIAS EMISSIVAS: Déficit de expressão é maior que o déficit de compreensão. AFASIAS GLOBAL MISTA TRANSC. MISTA ANÔMICA WERNICK TRANSC. SENSORIAL TRANSC. MOTORA RECEPTIVAS MISTAS EMISSIVAS Afasia de Broca: é a afasia de expressão mais comumente encontrada, é não fluente e tem comprometimento da expressão oral em diferentes graus. Na fase aguda: supressão (mutismo) da fala e de escrita ou estereotipia; pode apresentar também parafasias fonéticas e/ou fonêmicos; redução e agramatismo; anomia geralmente no discurso, compreensão preservada ou levemente comprometida. A compreensão da escrita pode estar mais alterada do que a compreensão oral. Afasia de Condução: afasia fluente, caracterizada por parafasias fonêmicas e verbais formais, sendo possível ainda ocorrer anomias e parafasias semânticas durante conversação. Tem uma alteração importante na REPETIÇÃO. Alguns estudos dizem que é uma evolução da afasia de Werneck. Ela ocorre pelo rompimento de informações nas regiões que conectam (fascículo arqueado) a área de wernick e broca. Afasia transcortical motora: afasia não fluente, com principal característica de redução, sua expressão é marcadamente lenta e breve. Repetição é boa, e é muito melhor que a emissão oral. Compreensão preservada. Na escrita pode se observar falta de iniciativa, leitura normal. AFASIAS RECEPTIVAS: Grupo de afasias que o déficit de compreensão é maior do que a expressão. Afasia de Wernick: de compreensão mais grave; compreensão oral gravamenete comprometida, geralmente o paciente não consegue compreender nem palavras; expressão fluente, com fala logorréica e jargonofásica; curva melódica/entonação normais.; copia preservada; repetição ruim. Afasia anomica: afasia fluente; tem dificuldade em nomear; alterações semânticas, como as parafasias semânticas (palavras diferentes, mas do mesmo grupo semântico), perífrases (usa de frases para descrever algo sem nomear). Acesso ao léxico prejudicado; na escrita pode ocorrer as mesmas falhas que na oral; a leitura geralmente está adequada. Essa afasia muitas vezes é a evolução de outro tipo. Afasia transcortical sensorial: afasia fluente; compreensão severamente alterada; repetição ok, sem necessariamente entender o que repetiu; há parafasias semânticas, anomias e circunlóquios. A compreensão escrita está alterada, leitura em voz alta normal, mas sem entender o que leu; melhor desempenho no ditado. AFASIAS MISTAS: associação de diferentes afasias. Afasia mista: não se restringe a nenhuma afasia; “paciente não compreende e também não é fluente” Afasia global: afasia mais grave; comprometimento severo da emissão e da compreensão oral e gráfica; muitas vezes apresenta mutismo na emissão oral ou está restrita a estereotipias e automatismos; muitos dos casos evolui para uma afasia de broca; Afasia transcortical mista: repetição preservada; a emissão e a compreensão estão severamente comprometidas; emissão oral caracterizada por estereotipias ou ecolalias. Manifestações linguísticas das Afasias Parafasia: quando o indivíduo tem erros na emissão oral. Paragrafia: quando o indivíduo tem erros na emissão gráfica. Paralexia: quando tem erros na leitura em voz alta. PARAFASIAS Fonética: alteração na fala, caracterizada por uma distorção na produção dos fonemas, sendo estes mal pronunciados; Fonêmica: inadequação na seleção dos fonemas, erro na combinação dos fonemas na fala; trocas, omissões, acréscimos de fonemas ou de silabas; Morfêmica: substituição dos morfemas (menores partes gramaticas que fazem sentido e fazem diferença) gramaticais das palavras; exemplo: menino – menina; andamos – andar; Formal: troca substituição, omissão ou acréscimo, que traz a origem de outra palavra da língua, e a palavra tem que ser parecida na forma; exemplo: marmelo – martelo. Não é uma troca fonêmica, pois a palavra trocada existe. Verbal: quando a troca não apresenta relação semântica ou de forma, mas foi uma troca por uma palavra existente na língua, exemplo: chapéu – maçã; Semântica: troca de uma palavra por outra que há relação semântica entre elas, exemplo: lápis – caneta; calça – blusa. PARALEXIAS Fonêmica: o paciente troca os fonemas na leitura em voz alta; Formal: troca uma palavra pela outra, que se assemelha na forma; Verbal: troca não apresenta relação semântica nem na forma; Semântica: a troca é por uma palavra com relação semântica; Literal: Erro na decodificação grafema-fonema; decodificação errônea de letras; PARAGRAFIAS Fonêmica: o paciente troca os fonemas na emissão gráfica; Formal: troca uma palavra pela outra, que se assemelha na forma; Verbal: troca não apresenta relação semântica nem na forma; Semântica: a troca é por uma palavra com relação semântica; Literal: Troca de letras na escrita, em nível ortográfico; Grafêmica: escrita de palavras diferentes das que foram ditadas; há semelhança fonológica nas letras escritas, “mamão – mamam”. ANOMIAS Presença de ausência de nome; tem dificuldade de nomeação; é presente em atividades discursivas ou em provas de nomeação. Esta dificuldade pode estar acontecendo por causa da dificuldade acessar o fonológico, léxico ou semântico. PARÁFRASE Na presença de uma anomia, o paciente vai usar estratégias para conseguir descrever. Nesta, é por meio de uma frase, descrevendo o que ele queria dizer; exemplo: “aquilo que se usa para escrever” = caneta. Esta frase vai ser em relação a função do que ele quer descrever. CIRCUNLÓQUIO O paciente não consegue acessar o tema principal da mensagem; pode estar relacionado a dificuldade de acesso ao léxico mental. Vai falar várias frases que vão falar sobre o que ele quer descrever, vai trazer várias pistar por meio de palavras e pequenas frases. Exemplo: “é...aquilo..redondo...eu tenho...caderno...escola...” = borracha. AGRAMATISMO Alteração na estrutura sintáxica (organização da frase); omissão de elementos da frase; comum a omissão de artigos, preposições, conjunções. Pode ocorrer na lgg oral e/ou escrita. REDUÇÃO O paciente diminui o número de enunciados numa unidade de tempo; as frases costumam a ser restritas quanto ao número de elementos. Pode ocorrer na emissão oral e/ou gráfica. SUPRESSÃO É a ausência total de uma emissão oral ou gráfica; sinônimo de mutismo (emissão oral). NEOLOGISMO O paciente cria uma palavra. São sequências fonêmicas ou grafêmicas que obedecem às regras da língua; assemelham-se a palavras, mas não existem na língua. Exemplo: “fui pegar um necape” JARGONOFASIA É uma fala repleta de neologismos; fala incompreensível aos ouvintes; na emissão gráfica se chama jargonografia; quando é composto por palavras existentes na língua = jargão não neologístico, com palavras que não tem nenhum elo semântico ou nexo entre elas.ESTEREOTIPIA São repetições perserverativos e involuntárias de um determinado comportamento; pode ocorrer na emissão oral e/ou gráfica. PERSEVERAÇÃO É a manutenção da mesma resposta para estímulos distintos. O paciente responde uma pergunta e na próxima pergunta ela vai responder com a mesma resposta que deu na última.
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