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Teoria geral dos títulos de credito

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sujeitos dos títulos de credito 
1. EMITENTE/SACADOR/SUBSCRITOR/DEVEDOR 
PRINCIPAL 
Pessoa que saca o titulo/ quem cria a relação 
jurídica 
Para assinar um cheque é necessária uma conta 
no banco, com dinheiro suficiente 
2. SACADO- banco ou outra instituição financeira 
Aparece em algumas relações cambiarias 
Ex\; cheque, letra de cambio 
Naõa parece na nota promissória 
3. BENEFICIÁRIO/FAVORECIDO/TOMADOR/CRED
OR 
Requisitos formais dos títulos de credito 
São requisitos essenciais dos títulos cambiários, sem 
prejuízo das características peculiares a cada um deles, 
que serão tratadas posteriormente: 
1. Denominação do título 
 2. Assinatura e Identificação de quem deve pagar (RG, 
CPF, título de eleitor ou Carteira de trabalho) 
3. Indicação precisa do direito que confere 
4. Data de emissão 
5.Data do vencimento (não é requisito essencial pois 
acaso não exista, presume-se vencível à vista) 
6. Local da emissão e do pagamento (podem ser 
suprimidos pelo domicílio do emitente). 
Fases dos títulos de crédito 
Cada título de crédito tem um funcionamento diferente, 
mas existem algumas fases em que a maioria deles passa 
no processo de emissão e pagamento. 
São elas: o saque, o aceite e o vencimento. 
 Diferente do que parece, o saque não tem nada a ver 
com a retirada do dinheiro constante num título. Quando 
a gente fala do saque aqui nos títulos de crédito, estamos 
nos referindo à emissão de um título. 
Já o aceite é o ato de concordar com o pagamento de 
um título. Quando uma pessoa dá um aceite, ela está 
dizendo “é isso mesmo, eu sou o devedor do valor que 
está constante nesse título”. 
E, por último, o vencimento é o momento a partir do 
qual o título vai se tornar exigível. Ou seja, você só pode 
cobrar o valor a partir da data do vencimento daquele 
título. Antes disso, não existe a obrigação de pagar 
Classificação dos títulos de credito 
Essa classificação é bem controversa, mas essa é a 
divisão mais utilizada 
a) Quanto ao modelo – relação com elementos 
formais 
 Livre – não há rigidez quanto ao 
cumprimento da legislação, formato 
descritivo / não segue um padrão 
- Os elementos essenciais devem estar 
presentes, mas não são obrigados a ter 
uma ordem padrão. 
-Os requisitos essências não podem 
faltar. 
Ex: nota promissória, letra de cambio 
 Vinculado – devem seguir a legislação 
quanto ao formato e características 
Ex: cheque, duplicata mercantil 
b) Quanto a estrutura: sujeitos 
 Ordem de pagamento- nos títulos que 
contem essa ordem a obrigação devera 
se cumprir por terceiro 
-‘’alguém’’ ordena ‘’alguém’’ a pagará a 
ordem a ‘’alguém’’ 
-No mínimo 3 sujeitos 
Ex: cheque, letra de cambio 
 Promessa de pagamento – promessa 
do devedor de pagar o credor em data 
futura 
Ex: nota promissória – titulo de credo 
emitido pelo devedor, com a promessa 
de pagar ao credor, a referida quantia 
em data estipulada 
c) Quanto a emissão - 
 Causal- é vinculado a uma determinada 
ocorrência previa, constante na 
legislação especifica 
- tem q ter um motivo para fazer nascer 
o título de credito 
-Nesta é fundamental sua emissão e 
circulação e indispensavelmente que 
por tal hipótese esteja vinculado a uma 
determinada ocorrência previa, está 
prevista na legislação 
Ex: duplicata de venda mercantil – é 
diferente dos outros títulos e credito – 
não existe até ter um motivo que faça 
ela existir , so é emitida se ocorrer uma 
relação de venda de mercadoria ou 
prestação de serviços 
- a base para a respectiva emissão de 
uma duplicata é a nota fiscal 
acompanhada da fatura se não conter o 
mesmo será considerada duplicata 
simulada – é crime 
 Não causal – para a sua vigência não é 
preciso o vínculo algum a nenhum fato 
posterior ou anterior 
- naõ precisam de causa para existir 
Ex: nota promissória, cheque, que 
podem ser emitidos para representar 
qualquer obrigação, não necessitando 
de um evento ou situação que o crie 
d) Quanto a circulação 
 Título ao portador- não expressam o 
nome da pessoa beneficiaria, para 
facilitar a circulação 
Nessas condições, será considerada 
titular dos direitos incorporados no 
documento a pessoa que com ele se 
apresentar 
 Título nominativo – possuem o nome 
do beneficiário e que assim, tem por 
característica o endosso 
-identifica o beneficiário 
- para transferir o beneficiário deve 
assinar 
Ex: ações nominativas 
São os títulos cuja circulação se faz 
mediante um termo de cessão ou de 
transferencia 
 Título a ordem – são aqueles emitidos 
em favor de pessoa determinada 
- é possível a sua transmissão por 
endosso 
Ex: titulo que contem a expressão 
‘’pague-se ao senhor...’’ 
 Titulo não a orem – 
A clasula não a ordem retira do titulo 
uma das suas principais funções ( a livre 
circulação), fazendo com que o credito 
não seja facilmente usado pela 
circulação através do endosso 
 
 
 
Atos cambiários 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desde o momento de emissão de um título de crédito 
até o momento em que ele é efetivamente descontado, 
vários atos podem ser praticados com esse título. (pode 
circular, ser dado como garantia 
Esses atos jurídicos que podem acontecer com os 
créditos são chamados de atos cambiários. 
 E eles são três: o endosso, o aval e o protesto.. 
Endosso: o endosso é o meio utilizado pelo credor de 
um título de crédito para transmitir os direitos constantes 
no título para outra pessoa. 
Ou seja, na maioria dos casos, quando alguém quiser 
transferir um título, isso vai ser feito por meio de endosso. 
O endosso é o único ato de transmissão de crédito do 
direito cambiário. 
Até existe uma outra maneira de transferir o crédito, mas 
ela é regida pelo Direito Civil, que é a cessão civil de 
crédito. (se for uma clausula contratual ) 
O endosso é o meio ordinário, ou seja, é a maneira mais 
comum de se transferir um título de crédito. 
Já a cessão civil de crédito é o meio extraordinário, ou 
seja, é a maneira menos utilizada. 
Então para se transferir o título por meio de endosso, 
não existem muitas formalidades, é só fazer uma 
assinatura no verso do título. 
Já a cessão civil de crédito precisa constar 
expressamente no título, indicando que aquela operação 
de trata de uma cessão civil de crédito. 
Endosso em branco x em preto: 
O endosso em branco é aquele que não identifica a 
pessoa que está recebendo o título. Ou seja, nesse caso 
o endossante só vai deixar a sua assinatura no verso do 
título, sem dizer para quem ele está entregando o título. 
Já no endosso em preto, é o contrário: nesse caso, o 
endossante identifica expressamente a pessoa do 
endossatário. Então nesse caso, ele vai escrever no 
verso “pague-se o valor para tal pessoa” ou então “estou 
endossando esse título para tal pessoa”. 
Aval: O aval é o ato cambiário em que uma pessoa se 
responsabiliza pelo pagamento de um título de crédito 
juntamente com o devedor principal. 
Ou seja, quando nós dizemos que uma pessoa dá o aval 
num título de crédito, isso significa que essa pessoa aceita 
pagar a dívida no lugar do devedor principal. 
No entanto, caso a dívida seja cobrada dele, o avalista 
terá direito de cobrar esse valor do devedor principal. 
Isso é o que nós chamamos de direito de regresso. 
Aval x fiança: 
A fiança é um instituto de direito civil onde uma pessoa 
também vai poder garantir o cumprimento de uma 
obrigação caso outra não cumpra. 
E por conta dessa semelhança, muitos acabam 
confundindo aval e fiança. 
Por isso, a gente vai fazer uma tabelinha da diferença 
entre o aval e a fiança. 
 AVAL FIANÇA 
Regido pelo direito 
cambial 
Regido pelo direito civil 
Vicio na obrigação 
principal não afeta o aval 
Vicio na obrigação 
principal afeta a fiança 
Pode cobrar primeiro o 
avalista antes do devedor 
´principal 
Primeiro se cobrao 
devedor principal, so 
depois o fiador 
 
. E a última diferença é a ordem: no aval, a dívida pode 
ser cobrada direto do avalista, sem que o credor precise 
cobrar do devedor principal primeiro. 
Já na fiança, não: o credor tem primeiro que cobrar do 
devedor principal, e caso ele não pague a dívida é que 
ele poderá cobrar do fiador. 
Protesto: O protesto é o ato formal e solene que vai ser 
realizado para provar o descumprimento da obrigação 
cambiária. 
Então basicamente quando alguma coisa dá errado na 
relação cambiária, a gente vai fazer o protesto. 
Na prática, o protesto vai ser utilizado em três casos: 
quando uma pessoa se recusar a dar o aceite no título; 
quando os responsáveis pelo pagamento daquele título 
não realizarem esse pagamento; ou quando o título não 
for devolvido ao sacador. 
E ele vai funcionar assim: depois que acontece uma das 
três causas de protesto, o credor leva a cártula até um 
lugar chamado cartório de protesto de títulos e 
documentos. O tabelião desse cartório vai notificar o 
devedor a pagar ou devolver o título ou dar o aceite, de 
acordo com o caso, em 3 dias. 
Caso o devedor não faça isso, esse título vai ser 
protestado, e isso funciona como uma espécie de nome 
sujo na praça. 
A pessoa que tem um protesto em seu nome acaba 
não conseguindo fazer empréstimos bancários ou 
compras com pagamento parcelado por exemplo. 
DISTINÇÕES ENTRE TÍTULO DE CRÉDITO E DEMAIS 
DOCUMENTOS REPRESENTATIVOS DE DIREITOS E 
OBRIGAÇÕES . 
• Via de regra, não se documenta num título de crédito 
nenhuma outra obrigação de dar, fazer ou não fazer 
(com exceção de alguns títulos agrícolas), que comporta 
obrigação de dar. Apenas o crédito titularizado por um 
ou mais sujeitos, perante outro ou outros, consta de um 
instrumento cambial. 
• Facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é 
definido pela lei processual como título executivo 
extrajudicial; possui executividade, quer dizer, dá ao 
credor o direito de promover a execução judicial do seu 
direito. Em caso de recusa de pagamento, posso invadir 
o patrimônio do devedor através de processo judicial, 
evidentemente. 
• o titular de crédito ostenta o atributo da negociabilidade, 
ou seja, está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna 
mais fácil a circulação do crédito, a negociação do direito 
mencionado 
Artigos C.c 
Art. 889. Deve o título de crédito conter a data da 
emissão, a indicação precisa dos direitos que confere, e 
a assinatura do emitente. 
§1º É à vista o título de crédito que não contenha 
indicação de vencimento. 
§2º Considera-se lugar de emissão e de pagamento, 
quando não indicado no título, o domicílio do emitente. 
§3º O título poderá ser emitido a partir dos caracteres 
criados em computador ou meio técnico equivalente e 
que constem da escrituração do emitente, observados 
os requisitos mínimos previstos neste artigo. 
Art. 890. Consideram-se não escritas no título a cláusula 
de juros, a proibitiva de endosso, a excludente de 
responsabilidade pelo pagamento ou por despesas, a que 
dispense a observância de termos e formalidade 
prescritas, e a que, além dos limites fixados em lei, exclua 
ou restrinja direitos e obrigações. 
Art. 891. O título de crédito, incompleto ao tempo da 
emissão, deve ser preenchido de conformidade com os 
ajustes realizados. 
Parágrafo único. O descumprimento dos ajustes 
previstos neste artigo pelos que deles participaram, não 
constitui motivo de oposição ao terceiro portador, salvo 
se este, ao adquirir o título, tiver agido de má-fé.

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