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Aula 9 Doenças urinárias

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Aula 9: Doenças do Trato Urinário
Instituto Paulo Freire- CENTEC
Curso Técnico em Nutrição
Prof.ª esp. Camila Amato Montalbano
Infecção Urinária
Multiplicação bacteriana em qualquer segmento do aparelho urinário
Bacteremia oculta
Vacinação contra Haemophilus influenza tipo B e Pneumococo diminuiu sua prevalência
Diminuiu bacteremia e meningites
O trato urinário passa a ser o local mais comum de infecções bacterianas sérias
Epidemiologia
Mais comum no sexo feminino
Maior proximidade da uretra com o ânus
Menor comprimento da uretra
Uso de roupas apertadas
Ato de limpar-se de trás para a frente
Epidemiologia 
Meninos
Não circuncisados:
Mais comum nos primeiros 6 meses de vida
O primeiro surto geralmente ocorre antes dos 7 anos de idade
Geralmente causadas por enterobactérias 
Sexo feminino
E. coli (80 a 90%)
Klebsiella (importantes em neonatos)
Proteus
No sexo masculino:
Os mesmos agentes
E. coli e Proteus são os mais comuns
OBS: Infecções virais, particularmente adenovírus, também podem ocorrer, causando cistite.
Etiologia
Etiopatogenia
60% das mulheres relatam já terem tido infecção urinária
Bexiga é estéril
1/3 distal da uretra: colonizados por bactérias colônicas
Meninos: prepúcio colonizado
As fímbrias (pili), presentes na superfície das bactérias, se encarregam de fixá-las às células-alvo das vias urinárias.
Etiopatogenia
As bactérias podem alcançar os rins e causar pielonefrite.
Quando alcançam a bexiga, geram a cistite.
A infecção renal também pode acontecer por disseminação hematogênica (menos comum).
Etiopatogenia
Fatores de risco
Virulência bacteriana
Presença de P fímbria (fixação nas células alvo)
Produção de hemolisinas (exotoxinas produzidas por bactérias que provocam lise dos eritrócitos)
Produção de aerobactinas (agente sequestrador de ferro)
Presença de porinas (Para permitir a entrada de nutrientes hidrofílicos, as membranas apresentam as porinas.)
Presença de ilhas de patogenicidade (partes do DNA bacteriano que geram no humano o reconhecimento de corpo estranho- antígeno)
Fatores de risco
Mulher
Pessoas com Diabetes mellitus
Mulheres que usam diafragma como método contracetivo
Pessoas com histórico de cálculos renais (pedras nos rins)
Pessoas com sonda vesical
Portadores de complicações com a próstata
Idosos
Pessoas com imunodeficiência
Diagnóstico 
História clínica
Idade
Antecedentes familiares
Hábitos urinários
Hábitos intestinais
Controle esfincteriano
Uso prévio de antibióticos
Diagnóstico
 Urina tipo 1
Urina de 24 horas
Urocultura
Mulheres não grávidas e sádias: tratamento diretamente sem exames
Homens, mulheres grávidas, crianças e suspeita de pielonefrite: exames
Diagnóstico
Qual a melhor abordagem para confirmar o diagnóstico?
Coleta de urina
Crianças sem controle esfincteriano
Punção supra púbica
Cateterismo vesical
Crianças com controle esfincteriano
Jato médio
Saco coletor não deve ser utilizado
Válido apenas para exclusão de ITU
Diagnóstico 
Cateterismo e jato médio
Desprezar o primeiro jato
Uretra distal é colonizada
Saco coletor
Alta taxa de falso-positivo
Válido quando negativo
Sempre coletar antes de iniciar o tratamento
Urina esteriliza rapidamente
Diagnóstico
Qualitativo de urina
Sedimento urinário (urina tipo 1)
Achados comuns
Leucocitúria (80%)
Bacteriúria
Presença de bactérias no gram negativas
Diagnóstico 
Quantitativo
Urocultura com contagem de colônias
Único exame para confirmação de ITU
Falso positivo de 85-99% com saco coletor
Microrganismo único 
	
Sintomatologia 
Crianças maiores
Sintomas miccionais
Disúria (dor/ardência ao urinar)
Polaciúria (aumento no número de micção, porém em menor quantidade)
Urgência miccional
Dor lombar
Febre
Tratamento 
Objetivos do tratamento
Eliminar a infecção aguda
Prevenir a urosepsis
Reduzir chance de dano renal
Quanto mais precoce, menos lesão
Prelog, M et all ;Pediatr Nephrol (2008)
Tratamento
Duração do tratamento – 7 a 14 dias.
Evitar antibióticos com excreção intestinal alta – alteração de flora.
Resistência elevada – ampicilina, sulfametoxazol-trimetroprim e cefalexina.
Tratamento 
Crianças com febre
Usar antibióticos que atinjam concentração sanguínea
Pielonefrite e urosepsis
Não usar ácido nalidíxico, nitrofurantoína
Tratamento 
Drogas VO
Nitrofurantoína
Baixo custo
Sem repercussão flora intestinal
Ácido nalidíxico
Baixo custo
Risco de hipertensão intracraniana em lactentes
Sulfametoxazol-trimetroprim
Alta resistência
Cefalexina
Menores de 3 meses
 
Bacteriúria assintomática
Não tratar
Elimina bactérias de baixa virulência
Profilaxia biológica
Não solicitar urocultura sem sintomas
Exceto: gestantes e pré-operatório de cirurgia urológica
Cistite
 Infecção urinária da bexiga, geralmente causada por infecção por bactérias, como E. coli ou Staphylococcus saprophyticus. 
Sexo vaginal após sexo anal aumenta o risco de infecções urinárias, pois E.Coli, Klebsiella e Staphylococcus podem ser flora normal do intestino. 
O uso de diafragmas, gel espermicida e o próprio ato sexual também podem favorecer a entrada de bactérias pela uretra. Bloqueios no fluxo urinário, como uma pedra nos rins ou próstata aumentada, também aumentam o risco.
Cistite- causas
Infecção não-hospitalar (na comunidade): E. coli (80%) e Staphylococcus saprophyticus(10%). É oito vezes mais comum em mulheres e a causa mais comum de cistite.[3]
Infecção hospitalar (nosocomial): Geralmente associada ao uso de cateter ou depois de cirurgias. Podem ser causadas por diversas bactérias, dentre elas E. coli (27%), Klebsiella (11%), Pseudomonas (11%), Enterococcus (7%) ou por fungos como Candida albicans (9%). É o tipo de infecção hospitalar mais comum.
Cistite- causas
Desconhecida (idiopática): Como no caso de cistite intersticial.
Medicamentos: Particularmente a ciclofosfamida, drogas quimioterápicos e ifosfamida.
Radioterapia:tratamento com radiação na área pélvica pode provocar respostas inflamatórias no tecido da bexiga.
Produtos químicos: Pode ser causada por banho de espuma, sabão, desodorante, sprays de higiene feminina, gel espermicida ou por reação do tipo alérgica a uma substância na urina.
Complicação de outras doenças: tais como cânceres ginecológicos, doenças inflamatórias pélvicas, endometriose, doença de Crohn, lúpus, diverticulite ou tuberculose.
Sintomatologia
Dor na parte inferior do abdômen 
(hipogástrica)
Ardência ao urinar(disúria)
Urinar com freqüência (polaciúria)
Febre baixa
Cheiro forte na urina
Dor lombar (mais comum quando há infecção urinária alta ou pielonefrite)
Náusea e mal estar.
Pode também aparecer sangue na urina (hematúria) ou pus por aumento dos leucócitos na urina (piúria).
Tratamento
Casos leves: sem tratamento 
(exceto grávidas)
analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares.
No caso de infecção bacteriana moderada ou grave pode-se usar antibióticos, como as quinolonas (como o norfloxacino, ciprofloxacino, etc) por três a cinco dias. 
Infecções urinárias durante a gravidez podem causar parto prematuro e pré-eclampsia: nitrofurantoína ou cefalexina.
 
Pielonefrite
A pielonefrite é uma infecção do aparelho urinário que atinge um ou ambos os rins.
 Aguda se causada por uma bactéria
 Crónica se houver uma lesão no rim após várias infecções repetidas.
 
Pielonefrite
Uretrite
Nefrite
Glomerulonefrite
 
Fisiopatologia
Acesso de bactérias a bexiga
Fixação e colonização do trato urinário
Muitas ITU’s resultam de organismos fecais
Glicosaminoglican (GAG)
Proteína Hidrofílica “efeito protetor não aderente”
A GAG atrai moléculas de H2O formando uma barreira hídrica
Escherichia coli, 54,7 % Pseudo. e Enterococcus
Refluxo uretrovesical
Tosse, espirro ou esforço
Aumento da pressão da bexiga
Refluxo uretervesical
Vias de disseminação: Refluxo, 
hematogênica e fistula
Relação sexual e massagem uretral podem provocar a migração de bactérias
Manifestações clinicas
Macroscopicamente há atrofia do rim afectado. A pelve e os cálices ficam danificados e por vezes obstruem a passagem da urina. Com o microscópio, vê-se extensa fibrosação do rim, uma resposta provocada pelo sistema imunitário à infecção constante. Há atrofia de alguns túbulos, dilatação de outros, com conteúdo hialino devido à proteína retida.
Fatores de risco
 Mulheres e homens (hiperplasia prostática)
 Gravidez
 Refluxo vesicouretral (uretrite, cistite)
 Anomalias de vias urinárias
 Idade, Baixa imunidade
 Higiene inadequada
 Pessoas com sonda vesical de demora
 Bexiga neurogênica (ausência de controle da bexiga)
 Obstrução como: tumores, estenose, cálculos (litíase) etc...
Manifestações Clinicas
Surge de forma progressiva ou repentina
 Dor intermitente devido à contração e relaxamento do ureter.
 Dor na zona do rim afetado devido a estar aumentado
 Disúria, Polaciuria, Hematúria
 Dificuldade ou sensação urgente para urinar, mesmo de noite (nictúria).
 Urina concentrada (escura) e fétida
 Sensação de mal-estar e arrepios de frio;
 Náuseas e Vômitos 
 Na pielonefrite crônica a febre pode ser intermitente ou ausente
Tratamento
Médico
 Antibioticoterapia de acordo com a bactéria, vírus ou fungo que originou a infecção;
 O ATB cura a doença mas não previne novos episódios;
 Após um mês de ter acabado o tratamento, deve ser repetido o exame de urina
Pedra nos rins
Um cálculo renal ou urolitíase
Massa ou agregado cristalino sólido que se forma nos rins a partir de sais minerais presentes na urina. 
Os cálculos do sistema urinário (urolitíases) são geralmente classificados em função da sua localização nos rins (nefrolitíase), ureter (ureterolitíase), uretra (uretrolitíase) ou bexiga (cistolitíase), ou em função da sua composição química (constituídos por cálcio, estruvite, ácido úrico ou outros minerais). 
Cerca de 80% dos cálculos renais ocorrem em homens
Sintomatologia- cálculo renal
Dor intensa nos flancos (lateral posterior);
Dificuldades ao urinar;
Enrijecimento, sensibilidade, inchaço e estufamento dos rins;
Vômito;
Calafrios;
Febre (raro);
Sangue na urina;
Aumento da vontade de urinar.
Etiologia- cálculo renal
Saturação: A elevação da concentração de um soluto, ultrapassando o valor do produto de solubilidade, indica uma solução saturada, podendo ocorrer cristalização
A formação de uma urina saturada ou supersaturada propicia a nucleação de cristais, podendo esta ser homogênea ou heterogênea. Homogênea: ocorre quando o cristal formado serve de nicho para a deposição de outros cristais semelhantes. Heterogênea: resulta na deposição de cristais sobre um nicho constituído por macromoléculas, impurezas ou outro cristal quimicamente diferente
Etiologia- cálculo renal
Agregação: os cristais ligam-se uns aos outros formando aglomerados. 
Epitaxia é definida como o crescimento de um cristal sobre a superfície de outro, com composição química diferente
pH: A urina ácida propicia a cristalização do ácido úrico, principalmente quando o Ph for menor que 5,5. O pH alcalino, favorece a precipitação do fosfato de cálcio e fosfato amônio-magnesiano-hexa-hidratado. Por outro lado, a solubilidade da cistina está associada a um de pH em torno de 7,0.
Inibidores: Pessoas saudáveis apresentam urina saturada e não formam cálculos devido a ação de substâncias conhecidas como inibidores, que evitam a formação do cálculo ao nível da nucleação, crescimento ou agregação dos cristais, quando a urina não é supersaturada. Na urina supersaturada, os inibidores são incapazes de evitar a formação de cálculos
Diagnóstico
exames de urina
Exames de sangue 
Ultrassom. 
Na decorrência de uma crise - que é o momento mais comum em que o paciente recorre ao atendimento - o diagnóstico é fácil pois a dor é muito intensa.
Tratamento
Cirurgia
Analgésicos
Antiespasmódicos
Medicamentos de relaxamento dos músculos lisos e muita ingestão de água para ajudar a liberação do cálculo na urina.
Incontinência urinária
A falta de controle na bexiga, perda involuntariamente da urina. Principalmente, os idosos, onde os músculos que controlam a passagem da urina para a uretra torna-se menos eficiente. Há dois tipos:
Incontinência de urgência – não consegue controlar a bexiga ao sentir vontade de urinar.
Incontinência de esforço – a urina escapa quando o aumento súbito da pressão no abdómen. Acontece quando nós tossimos, espirramos, pulamos, saltamos, evacuamos. Isso acontece mais comum nas mulheres.
Prevenção geral de problemas urinários
Beber muita água e sucos, especialmente os sucos que ajudem a manter a acidez adequada da urina;
Limpar a vagina começando de cima para baixo, nunca em direção a uretra;
Urinar após relações sexuais, para expulsar bactérias da uretra;
Urinar quando tiver vontade, passar horas "segurando a vontade" de urinar evita que bactérias indesejadas sejam expulsas;
Prevenção geral de problemas urinários
Não usar desodorante ou sabão antibactericida na vagina, pois matam a flora normal e favorecem a colonização por bactérias patogênicas resistentes, lavar demais remove as proteções naturais (pH, oleosidade, camadas de pele...) aumentando o risco de infecções;
Lavar gentilmente a pele ao redor da vagina e do ânus diariamente, de preferência apenas com sabão neutro e sem excessos, o excesso de limpeza aumenta o risco de infecções em qualquer lugar do corpo;
Tomar banho com chuveiro,evitando 
compartilhar banheiras.
OBRIGADA!!!!!!!!!!!
montalbano.c@hotmail.com

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