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Líquor - Citologia Clínica

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Acadêmica: Maria Beatriz @biawtiful 
 
 
 
 
 
LCR – liquido cefalo radiano, banha o SNC que é 
fundamental para distribuição de nutrientes para as 
células. Da mesma forma que acontece na corrente 
sanguínea, no líquor ocorre também um fluxo dentro do 
SNC que além de ter u aporte de nutrientes há também 
uma remoção de resíduos metabólicos. 
 
O líquor também ajuda na redução dos impactos, como 
proteção (ao bater a cabeça por exemplo). O líquor é 
produzido em 20mL por hora, sendo o volume em adultos 
de 140 a 170mL. Em recém-nascidos 10 a 60mL. 
Anatomia – no ventrículo ocorre a produção do líquor. As 
membranas que envolvem o líquor são a dura mater, 
aracnoide e pia mater, nessas membranas é o local que 
pode ocorrer o processo inflamatório – meningite. 
Em uma pessoa que tem uma atividade normal (sem 
processo inflamatório) não há interação no líquor. Uma 
doença neurodegenerativa, infecção ocorre um processo 
inflamatório. Não apenas microorganismos causam 
problemas mas também substâncias como a glicose por 
exemplo. Pessoas com um processo inflamatório 
apresentam leucócitos, principalmente os macrófagos. 
No vaso aumenta permeabilidade vascular – começa a 
passar além de células inflamatórias outras substâncias, 
que essas substancias tem um papel importante nesses 
quadros neurológicos, psiquiátricos e cognitivos; por 
exemplo dificuldade de foco -> neuroinflamação. 
 
 
 
 
Essas proteínas circulantes são muito importantes no 
exame do líquor para chegar a um diagnóstico. 
• Indicações do exame de LCR: processos infeciosos do 
SN e seus envoltórios, processos granulomatosos com 
imagem inespecífica, processos desmielinizantes, 
leucemias e linfomas, imunodeficiências, processos 
infecciosos com foco não identificado, hemorragia 
subaracnóidea. 
COLETA 
Feita normalmente na vertebra 3 e 4, lombar, sub-
occiptal ou dreno. Coleta de 3 tubos para o laboratório: 
analise física, quimiocitológico, exames avançados. 
EXAME LCR: pressão, aspecto e cor, citologia global-
específica, proteínas totais (eletroforese), glicose, 
lactato, enzimas ADA. 
Bacteriológico: direto – gram + Ziehl; culturas – bactéria 
+ micobactérias; antígeno – látex; PCR. 
Micológico: direto – tinta da China; cultura – Sabouraud; 
antígeno – látex; PCR. 
ANÁLISE FÍSICA 
Volume (mL), aparência antes e após centrifugação – 
aspecto: límpido, opalescente, hemorrágico, purulento, 
leitoso e turvo. Cor – incolor, xantocrômico e 
eritrocrômico. Presença de fibrina ou colágenos. 
HSA x ACIDENTE DE PUNÇÃO 
Uma das principais indicações do exame do liquor é a 
verificação de um processo hemorrágico. Prova dos 3 
tubos (se for um acidente de punção o 1º tubo vai estar 
muito mais vermelho que os outros), coagulação, estado 
das hemácias, cor do sobrenadante. 
Líquor 
CITOLOGIA CLÍNICA 
Acadêmica: Maria Beatriz @biawtiful 
 
 
QUIMIOCITOLOGICO 
Contagem celular na câmara de Fuchs-Rosenthal. FR: 16 
quadrantes subdivididos em 16 quadrantes, sendo o total 
de 256 quadrantes menores. 
 
 
Valores de referência para RN: leucócitos até 15mm3, 
hemácias até 500 por mm3 – podem aparecer 
eritoblastos. 
Valores de referência para adultos: leucócitos de 0 a 3 
mm3, hemácias 0 (zero). 
QUIMIOCITOLÓGICO 
Tipos celulares: neutrófilos, linfócitos, eosinófilos, 
monócitos, plasmócitos, macrófagos, basófilos, atípicas 
ativadas, neoplásicas. 
 
 
REAÇÕES IMUNOLÓGICAS 
Espiroqueta: sífilis, borrélia; 
Fungos: aspergillus, histoplasma, blastomicose, crypto, 
cândida. 
Protozoários: toxoplasmose, chagaas, leishmania; 
Helmintos: cisticercose, esquistossomose; 
Vírus: CMV, HSV1, HSV2, VZ, EBV, sarampo, rubéola, HIV 
½, enterovírus e HLTV ½. 
CITOLOGIA TRADICIONAL 
Preparação da lâmina: centrifugar o LCR a baixa rotação 
– 15min, separar o sobrenadante, retirar o sedimento 
suavemente, pipetar 50L na lâmina com movimentos 
circulares e deixar secando ao natural. 
CONTAGEM DIFERENCIAL 
LCR normal – predomínio de linfomonucleares. 
Neutrófilos: meningite bacteriana, fase aguda meningite 
viral, tuberculosa e fúngica, hemorragia cerebral. 
Acadêmica: Maria Beatriz @biawtiful 
 
Linfócitos: meningite viral, tuberculosa e fúngica, 
esclerose múltipla; 
Monócitos: meningite bacteriana crônica, meningite viral, 
tuberculosa e fúngica, esclerose múltipla. 
Macrófagos: meningite viral e tuberculosa, hemorragia 
intracraniana. 
Plasmócitos: esclerose múltipla, meningite viral. 
Eosinófilos: cisticercose. 
Blastos: leucemias agudas, principalmente a LLA. 
Células neoplásicas: todos os tumores sólidos, 
principalmente MAMA, pulmão e tumores do SNC. 
MENINGITES BACTERIANAS 
Neisseria meningitidis, Streptococcus pneumoniae, 
Haemophilus influenzae. Estreptococo do grupo B, 
Escherichia coli, outros bacilos gram negativos, Listeria 
monocytogenes, Nocardia. 
Quadro agudo, quimiocitológico: geralmente turvo – 
apresenta perfil neutrofílico, podendo chegar a 100%. 
• Gliccorraquia diminuída <5mg/dL; 
• Proteínorraquia aumentada >1000mg/dL; 
• Clororraquia normal; 
• Lactato elevado. 
Baterioscopia: depende da concentração do agente e o 
método empregado. 
Cultura meio especifico: positivas em 70 a 90% das 
amostras, considerar negativa após agurdar 96h. 
Lactato média de 46,2mg/dL. 
Diplococo gram positivo (Streptococcus pneumoniae) 
 
Diplococo Gram negativo (Neissera meningitidis) 
 
Bacilo gram negativo 
 
*gram não é teste diagnóstico – é um exame 
complementar. 
*no laudo deve-se colocar ‘presença de diplococos 
negativos semelhantes/compatíveis a ........’. Obs: aguarda 
cultura para diagnóstico. 
-> Látex para agentes bacterianos. 
-> Caixa de transporte. 
MENINGITES VIRAIS 
Quadro agudo. Quimicitológico: geralmente opalescente a 
turvo – apresenta perfil linfocitário, podendo chegar a 
100%. 
• Glicorraquia normal; 
• Proteínorraquia 
• Clororraquia normal; 
• Lactato normal. 
Bacterioscopia – negativo. Cultura meio específico. PCR 
HSV I, HSV II, CMV, EBV. PCR para enterovírus (viragem 
da fórmula em 24h). 
Acadêmica: Maria Beatriz @biawtiful 
 
NEUROMICOSES 
C. albicans, P. braziliensis, A. fumigatus, C. neoformans, H. 
capsulatum. 
*látex para C. neoformans sensibilidade 95% 
especificidade 98%. Cultura para fungos, imunodifusão 
radial dupla. 
• Neurotuberculose: extrapulmonar – meningite grave, 
quadro arrastado, imagem com granulomas, somente de 
30 a 40% dos casos são definidos com diagnóstico 
laboratorial, imunodeprimidos HIV, imunocompetentes, 
PPD. 
Quadro com mais de 4 semanas de evolução. 
Quimicitológico; geralmente xantocrômico – apresenta 
perfil misto (linfócitos, monócitos, plasmócitos e 
eventualmente macrófagos). G 
• Glicorraquia normal ou diminuída; 
• Proteínorraquia aumentada; 
• Clororraquia geralmente diminuída; 
• Lactato geralmente elevado. 
Micobacteriológico: técnica de Ziehl-Neelsen. 
Cultura: meio de Lowenstein (Gold Standard). 
PCR: sensibilidade 40/50%, especificidade 95%. 
NEUROESQUISTOSSOMOSE 
Baixa incidência, pleocitose (céluas variadas) com 
eosinofilorraquia. Aumento da concentração das 
proteínas, reações imunológicas especificas – 
imunoflorescencia e hemaglutinação passiva 85% e 
ELISA 95%. 
NEUROCISTICERCOSE 
Reação de Weinberg, discreta pleocitose com presença 
de eosinófilos e neutrófilos. Aumento de gamaglobulinas, 
reações de fixação de complemento, imunofluoresencia, 
hemaglutinação passiva e ELISA, em conjunto podem 
chegar a 95% de sensibilidade e especificidade. 
 
MENINGOENCEFALITE AMEBIANA 
PRIMÁRIA – PAM 
Naegleria floweri. Compromentimento grave. A meningite 
pode evoluir para essa encefalite. Perfil LCR: pleocitose, 
hiperproteínorraquia, eosinofilorraquia, pesquisa direta, 
cultura específica. 
NEUROSSÍFILIS 
Treponema pallidum. Formas meningovascular e 
parenquitomatosas. Perfil LCR: celularidade geralmente 
<50/mm3. Proteínas 40 a 200mg/dL. VDRL e FTA Abs 
IgG – associados aumentam a sensibilidade. Bandas 
oligoclonais. 
ROTINA AVANÇADA 
-> Esclerose Múltipla: aumentodiscreto da 
proteinorraquia (até 70mg/dL); bandas oligoclonais – é 
ume excelente método de diagnóstico e 
acompanhamento, estando presente em 98% dos casos. 
A presença de 2 ou mais bandas no líquor em relação ao 
soro determina o diagnóstico, sempre associado a clínica. 
Na maioria há uma resposta inflamatória, com aumento 
de proteínas. 
• Protocolo de Exames: eletroforese de proteínas, 
pesquisa de bandas oligoclonais – isoeletrofocalização; 
proteína básica da mielina, índice de quebra de barreira, 
análise do reibergrama; índice de IgG, aquaporina A4 – 
NMO IgG. 
 
• ALZHEIMER: Diagnóstico clínico – proteína B amiloide 
42, proteína TAU, proteína fosfo-TAU. É importante 
fazer um diagnóstico precoce. 
• DOENÇA PRIÔNICA: encefalopatias espongiformes 
transmissíveis. Grupo de doenças caracterizada por 
progressiva vacuolização do córtex cerebral, morte 
neuronal e proliferação glial. Presença do SNC de uma 
proteína anormal resistente a proteases denominadas 
príon. Kuru, Creutzfeldt-Jakob, Gerstmann-Straussler-
Scheinker e insônia família fatal. Classificação: 
esporádica, hereditária e adquirida. 
Acadêmica: Maria Beatriz @biawtiful 
 
NEUROPATIAS INFECCIOSAS 
Doença de Lyme Síndrome Infecto-reacional Lyme-Símile. 
LCR – meningite linfomonocitária proteinorraquia. 
 
SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ 
Resposta inflamatória associada a um agente – 
Campylobacter jejuni, Mycoplasma pneumoniae. 
Déficit motor, lesão na BM e axônio, LCR com dissociação 
proteíno-citológica. HIV; quebra BHL e BHE. Anti-
gangliosídeos. 
 
MARCADORES TUMORAIS 
• Alfa feto proteína: tumores de células germinativas 
e tumores da pineal; 
• B2 microglobulina: linfomas; 
• CEA: vários carcinomas não específico para TU do 
cólon; 
• Gonadotrofina coriônica: carcinomas de testículos ou 
tumores germinativos extra-gonadais, teratomas. 
 
 
 
CITOLOGIA ONCÓTICA 
Citomorfologia liquórica: aumento nítido tamanho celular; 
acentuado grau de anaplasia; aumento relação núcleo-
citoplasma; nucléolos múltiplos e proeminentes; basofilia e 
expansões citoplasmáticas; cromatina nuclear com 
hipercromasia e/ou fragmentação; agrupamento 
celulares-mitoses atípicas. 
Células neoplásicas: leucemia 70%, metástases 20-70%, 
punções repetidas 90%. 
 
LEUCEMIA LINFOIDE AGUDA (LLA): confirmação 
diagnóstica no sangue periférico, medula óssea e LCR. 
>25% de linfoblastos na medula óssea. 
 
Agrupamentos celulares no LCR. 
LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA (LMA): infiltração no SNC – 
LCR de 5 a 14%. Principalmente na LMA M5 e M4. LMA 
M3 – ATRA tem havido uma maior incidência de recidiva 
extramedular 5%. 
 
LCR – LMA M3. 
Acadêmica: Maria Beatriz @biawtiful 
 
LINFOMAS: linfoma de Burkitt, associação com HIV, 
neoplasia de célula T ou B precursora. 
 
LCR – linfoma. 
Linfomas T: PCR + para HTLV presente na maioria dos 
casos. 
Linfomas B: PCR + para Epstein barr presente na maioria 
dos casos. 
TUMORES PRIMÁRIOS SNC 
 
Células neoplásicas com alteração do núcleo.

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