Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Síndromes diarreicas na infância Alice bartelotti Giovanna de Freitas Matheus Barcelos Matheus Henryque Núbia marília Rodovalho jÚnior UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDONÓPOLIS CURSO DE MEDICINA Diarreia DEFINIÇÃO Diarreia é o termo que define a perda excessiva de água e eletrólitos através das fezes, resultando em aumento do volume e frequência das evacuações, e diminuição na consistência das fezes, de forma diferente do padrão habitual. CRIANÇAS SMLD Tendem a ter evacuações mais numerosas e pastosas, observação da mudança do padrão habitual é a informação mais importante para o diagnóstico de diarreia. EM TERMOS PRÁTICOS Ocorrência de 3 ou mais evacuações amolecidas dentro de 24 hrs classificação Diarreia Aguda: Diarreia Persistente Diarreia crônica Disenteria Diarreia aguda EPIDEMIOLOGIA Uma das principais causas de mortalidade e morbidade nos países em desenvolvimento, especialmente entre as crianças menores de seis meses e que não estão em aleitamento materno. Mata por desidratação e causa morbidade por desnutrição. Segunda causa mais prevalente de morte entre crianças abaixo de 5 anos no mundo (1,5 milhão de mortes/ano). Brasil: nas áreas mais carente, já no 1º ano de vida, estima-se que crianças sofram com até 8 episódios. Representa um dos principais agravos à nutrição. Contribuem para este fenômeno: baixa ingestão calórica, má absorção de nutrientes e aumento da necessidade energética durante o processo infeccioso. Etiopatogenia É possível classificar a diarreia, quanto a etiopatogenia em três tipos: osmótica, secretora e invasiva. Causas infecciosas são, na maioria das vezes, as principais causas de quadros diarreicos., mas ainda cita-se Sd do intestino irritável e hipertioreoidismo como outras possíveis causas. A doença diarreica ocorrerá sempre que houver um desbalanço entre absorção e secreção de solutos no TGI. Alterações na motilidade intestinal pode ser causa de diarreia em crianças. Nota-se, ainda, outras classificações que, além de considerarem os 3 tipos já citados, ainda citam: aumento ou diminuição da motilidade e diminuição da área de superfície. Mecanismos Etiopatogênicos SECREÇÃO ABSORÇÃO Etiologia da diarreia aguda infecciosa Quando usado o termo Gastroenterite Aguda, denota-se causa infecciosa para a diarreia. Pode ser causada vírus, bactérias ou protozoários. Transmissão ocorre por via fecal-oral, ingestão de água ou alimentos contaminados. Rotavírus EPIDEMIOLOGIA Causa mais comum de diarreia em crianças < 2 anos. É RNA-vírus com 7 subgrupos identificados (Grupos A, B e C causam doenças em humanos), sendo o grupo A relacionado a gastroenterite aguda. Proteínas VP4 e VP7 do capsídeo externo são responsáveis pela indução da imunidade. É excretado antes e após a doença clínica, com surtos comuns em creches e hospitais infantis. CLÍNICA Período de incbação: 1-3 dias. Febre baixa e vômitos seguidos de diarreia aquosa com duração de 4-8 dias. Vômitos e febre, normalmente, cessam no 2º dia da doença Fezes sem sangue ou leucócitos. Desidratação se instala rapidamente. Crianaçs desnutridas e co doenças intestinais são mais propensas. Acredita-se que há destruição das células epiteliais do topo das vilosidades do TGI. Rotavírus DIAGNÓSTICO Confirmado com ensaio imunoenzimático de amostras fecais, com identificação de Rotavírus do grupo A. ELISA: sensibilidade e especificidade de 90%. Outras técnicas: aglutinação em látex (menor sensibilidade que o ELISA) TRATAMENTO Objetivos: prevenção e tratamento da desidratação e, secundariamente, manutenção do estado nutricional. Reidratação: via oral por 4- horas e, em seguida, assim que a criança estiver hidratada, alomentação. Rotavírus MECANISMO ETIOPATOGÊNICO Osmótico e secretor (via toxina NSP4) OUTROS VÍRUS Calicivírus (Norovirus e Sapovírus). Adenovírus entérico. Astrovírus Vírus da Hepatite A bactérias E. Coli Enteropatogênica Causa diarreia por mecanismo osmótico e secretor; Ocorre adesão e destruição das microvilosidades e inflamação da lâmina própria. Comum em áreas com más condições de higiene e é patógeno importante em lactentes (menos de 2 anos). Pode determinar diarreia persistente em lactentes com menos de 6 meses sem aleitamento materno. Pode causar vômito, mal—estar, febre e, eventualmente, muco nas fezes E. Coli Enterotoxigênica Mecanismo etiopatogênico: secretor através da produção de enterotoxinas: Termolábel e Termoestável. Ocorre aumento do AMPc e GMPc. É a principal causa de diarreia bacteriana no Brasil. Acomete indivíduos de todas as idades. Causa a diarreia do Viajante. É transmitida principalmente através da água e alimentos contaminados Evacuação abundante, aquosa e explosiva, sem muco ou leucócitos, com náuseas e dor abdominal, Dura em média de 3-5 dias e não cursa com febre. bactérias Shigella spp Shigella flexneri é a mais comum nos países em desenvolvimento. Transmissão fecal-oral e interpessoal. Tem alta infectividade. Comum na faixa etária de 1-4 anos. Principal causa da disenteria. Período de incubação: 1-4 dias. Clínica: Diarreia aquosa leve que evolui para disenteria com tenesmo e cólicas abdominais por volta do 2º dia: fezes em pequena quantidade com elevada frequência + sangue, muco e pus. Há aumento dos leucócitos fecais e hemograma mostra leucocitose com desvio para esquerda. Remissão em 1-2 semanas se não tratada. 10% evolui como diarreia persistente. A S. dysenteriae produz uma toxina potente, a shigatoxina, envolvida também na síndrome hemolítico-urêmica. Manifestações extraintestinais: alterações neurológicas 40% (convulsões, rigidez de nuca) Bactérias Outras microrganismos Bactérias Bacilus anthracis; Bacilos cereus; Ataphylococcus aureus; E. coli Enteroinvasiva; E. coli Entero-hemorrágica; Samonella spp; Campylobacter jejuni; Clostridium botulinum; Vibrio cholereae; Protozoários Giardia lamblia; Entamoeba histolytiva; Cryptosporidium DIARREIA CRÔNICA DEFINIÇÃO Perda entérica fecal de pelo menos 10g/kg/dia em lactentes e 200g/dia para crianças maiores, pelo prazo superior a 14 dias de duração, na frequência evacuatória diária superior a 3 dejeções. Fisiopatologia MECANISMOS SECRETOR: Fluxo ativo de eletrólitos e água em direção ao lúmen intestinal, resultantes da inibição de absorção neutra de NaCl nos vilos dos enterócitos e aumento da secreção de cloreto nas células das criptas OSMÓTICO: Causado por nutrientes não absorvidos no lúmen intestinal por causa de dano intestinal (infecções entéricas), redução da superfície absortiva (doença celíaca), redução de enzima digestiva (lactase), aumento da velocidade do trânsito intestinal, e sobrecarga osmolar INFLAMATÓRIO: Liberação de citocinas que estimulam a secreção, aumentam a permeabilidade do epitélio com consequente adsorção de proteínas heterólogas, deflagração de mecanismos imunomediados, aumento da motilidade e extravasamento de proteínas para a luz intestinal Etiologia Depende da idade de início, estado nutricional, condições ambientais e doenças associadas Sua divisão varia de autor para autor ETIOLOGIA INFECCIOSA ETIOLOGIA NÃO INFECCIOSA Agentes bacterianos Diarreia associada a substâncias exógenas: excesso de laxativos Agentes virais Processo digestivo anormal: FIBROSE CÍSTICA Protozoários: ENTEROPARASITOSES Má absorção de nutrientes: CARBOIDRATOS, PROTEÍNAS, LIPÍDEOS, SD. DO INTESTINO CURTO Supercrescimento bacteriano do intestino Processos imunes/inflamatórios: DOENÇA CELÍACA, DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL CRÔNICA Síndrome pós-enterite Defeitos estruturais (enterócitos) Doença de Whipple Defeitos no transporte de eletrólitos e metabólicos Alterações da microbiota por antibióticos Doenças de motilidade: DOENÇA DE HIRSCHSPRUNG Diarreias não específicas: DIARREIA CRÔNICA FUNCIONAL, SD. DO INTESTINO IRRITÁVEL Doenças neoplásicas (gastrinoma) ESTADO NUTRICIONAL INALTERADO: Diarreia crônica inespecífica Diarreia Funcional Síndrome do Intestino Irritável ESTADO NUTRICIONAL ALTERADO = SÍNDROMESDISABSORTIVAS: Má absorção (carboidratos, proteínas, lipídios) Fibrose cística Doença celíaca Alergia à proteína do leite de vaca Síndrome do intestino curto Enteroparasitoses Doença inflamatória intestinal Quadro clínico das principais etiologias Infecciosas: ENTEROPARASITOSES Provocadas por helmintos e protozoários Constituem um importante problema de saúde pública, mais frequente entre populações menos favorecidas e faixas etárias mais baixas As manifestações clínicas provocadas pelos diferentes parasitas são muito semelhantes e a sua intensidade dependerá principalmente de fatores relacionados ao hospedeiro (ex.: imunidade, presença de desnutrição, idade) e ao agente (ex.: estágio de evolução, carga parasitária, capacidade de migração e complicações) Principais parasitas intestinais: Protozoários: Giardia duodenalis, Entamoeba histolytica, Balantidium coli, Isospora beli e Cryptosporidium Helmintos: Platelmintos: Taenia solium, Taenia saginata, Hymenolepis nana e Schistossoma mansoni Nematelmintos: Ascaris lumbricoides, Enterobius vermicularis, Strongyloides stercoralis, Ancylostoma duodenale, Necator americanus e Trichuris trichiura. Resposta imune anormal: DOENÇA CELÍACA As crianças de baixo grupo etário apresentam, com mais frequência, diarreia crônica e má-absorção, enquanto em outras faixas etárias predominam os casos oligossintomáticos ou atípicos DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL CRÔNICA (retocolite ulcerativa, doença de Crohn) Sintomas: dores abdominais de caráter intermitente, cólicas, diarreia crônica e evacuações mucossanguinolentas Até 15% dos casos começa antes dos 10 anos de idade, sendo de difícil reconhecimento pelos pediatras (retardo no diagnóstico e tratamento) ENTEROPATIA ALÉRGICA Resulta de resposta anormal à proteína alimentar, sendo o LEITE DE VACA o alérgeno predominante Diarreia (com ou sem sangue), anemia e inapetência estão presentes As reações IgE mediadas tendem a determinar igualmente sintomas cutâneos e/ou respiratórios, sendo confirmada pelos anticorpos IgE específicos ou teste cutâneo de puntura Distúrbios da má absorção: Estão associados a redução da absorção intestinal de um ou mais nutrientes dietéticos Podem resultar de um defeito na digestão de nutrientes na luz intestinal ou na absorção da mucosa Podem ser classificados em: Anormalidades generalizadas das mucosas que, geralmente, resultam em má absorção de vários nutrientes Distúrbios de má absorção de nutrientes específicos (carboidratos, gorduras, proteínas, vitaminas e minerais) SÍNDROME DO INSTESTINO CURTO MÁ ABSORÇÃO DE CARBOIDRATO (intolerância à lactose) MÁ ABSORÇÃO DE PROTEÍNA (doença celíaca, doença inflamatória crônica intestinal) MÁ ABSORÇÃO DE GORDURA (fibrose cística) MÁ ABSORÇÃO DE CARBOIDRATO A mais comum é a intolerância à lactose decorrente da redução da atividade lactásica nas microvilosidades do epitélio intestinal A redução enzimática inicia-se, geralmente, a partir da faixa etária escolar (mas 20% dos casos são em pré-escolares) O gene responsável pela hipolactasia encontra-se no cromossomo 2(2q 21-22), e as mutações são identificadas como C/T-13910 e G/A-22018 A intolerância à lactose pode ser adquirida, relacionada às lesões da mucosa do intestino delgado, secundárias às gastroenterites aguda e persistente, que determinam lesões ultraestruturais do epitélio intestinal, com redução significativa da concentração de lactase A lactose não completamente hidrolisada é fermentada pelas bactérias colónicas, resultando em produção de ácidos orgânicos, butirato e gases voláteis As fezes são ácidas e provocam em lactentes assaduras de difícil controle Há casos raros em que constata-se diarreia osmolar por déficit da enzima sacarase-isomaltase, após ingestão de sucos açucarados MÁ ABSORÇÃO PROTEICA INTESTINAL: sinais e sintomas associados à hipoalbuminemia e à redução das imunoglobulinas séricas DOENÇA CELÍACA Entre 1 e 3 anos de idade, a diarreia crônica, a distensão abdominal e a desnutrição exigem triagem para doença celíaca Enteropatia imunomediada causada por sensibilidade permanente ao glúten em indivíduos geneticamente suscetíveis Ela se desenvolve apenas após exposição dietética à proteína do glúten, encontrada no trigo, centeio e cevada A diarreia ainda é o sintoma mais comum e pode ser aguda ou insidiosa no início As fezes são caracteristicamente pálidas, moles e repulsivas; a criança também pode apresentar ataques recorrentes de diarreia mais grave, algumas vezes com as fezes aquosas Ganho de peso precário, pouco crescimento linear (devido à má absorção e diminuição do apetite) Sintomas neurológicos: muitas crianças são emocionalmente retraídas, irritáveis ou irriquietas Pode haver hipotonia e atraso nos marcos motores Triagem: testes de anticorpo IgA anti-endomísio e anticorpos IgA anti-transglutaminase tecidual O diagnóstico definitivo da doença celíaca necessita de biópsia do intestino delgado Tratamento: exclusão do glúten da alimentação pelo resto da vida – dieta sem trigo, cevada e centeio. MÁ ABSORÇÃO DE GORDURA: FIBROSE CÍSTICA Esteatorreia: fezes volumosas, de aspecto brilhante, odor pútrido e que boiam no vaso sanitário Decorre da insuficiência pancreática exócrina Ao nascimento, o íleo meconial pode ser uma manifestação Sintomas neurológicos podem estar presentes em virtude do déficit de vitamina E A doença de retenção de quilomícrons acarreta má absorção de gordura, desnutrição e diarreia crônica, além de alterações hematológicas nas hemácias, as quais assumem aspecto espiculado (acantose) Má absorção de gorduras, com ou sem quadro respiratório associado, indica possibilidade de fibrose cística Alterações de motilidade: DOENÇA DE HIRSCHSPRUNG: Distensão abdominal Extrema dificuldade evacuatória decorrente da ausência dos gânglios mioentéricos Crises de distensão abdominal seguidas de diarreias profusas, caracterizando o megacólon tóxico DIARREIAS CRÔNICAS INESPECÍFICAS: DIARREIA FUNCIONAL do pré-escolar (< 4 anos) SÍNDROME DO INTESTINO IRRITÁVEL (> ou igual a 5 anos) Distúrbios funcionais são aqueles em que não há qualquer anormalidade estrutural ou anatômica dos órgãos que sejam responsáveis pelos sinais/sintomas; geralmente as crianças são saudáveis e bem nutridas O distúrbio inicia-se na faixa etária de seis a trinta e seis meses com diarreia de três ou mais eliminações de fezes/dia, não dolorosas, volumosas, não formadas, contendo restos alimentares por um período mínimo de quatro semanas, geralmente concomitante com o período de desmame e introdução de novos alimentos Normalmente, as evacuações são pós-alimentares e cessam no período noturno. As crianças apresentam-se saudáveis com peso e estatura adequados para a idade. Comumente, na história alimentar, há excesso de líquidos e sucos e falta de gordura. O processo diarreico tende a desaparecer na idade escolar Tratamento: aumentar gordura na dieta, aumentar ingestão de fibras, reduzir ingesta de líquidos, substituir sucos por frutas em pedaços; fármacos em caso de exceção diagnóstico Idade em que os sintomas aparecem Características das evacuações: número, consistência e aspecto (se aquosas, com ou sem muco, presença de pus ou sangue e restos alimentares) Quando o acometimento é de intestino delgado, as fezes podem ser volumosas e de aspecto mais claro A presença de muco e sangue provém de afecções do colo, podendo ser decorrente de processos infecciosos, parasitários, alérgicos ou inflamatórios Fezes líquidas, volumosas e de odor ácido são frequentes nas diarreias osmolares, por má absorção de carboidratos Fezes oleosas, claras, volumosas e de odor pútrido são características de esteatorreia (fibrose cística, doença celíaca) Estado nutricional: parâmetros para avaliar cronicidade Peso/idade Altura/idade (peso é afetado antes da altura) Avaliar composição corporal: medir circunferências do braço e espessura das dobras cutâneas do tríceps; mensurar massas gorda e magra Sinais e sintomas associados: Vômitos: intolerância alimentar Distensão abdominal gasosa: intolerânciaà lactose Assadura perineal (fezes ácidas) Artralgias, febre e aftas de repetição: DIIC em crianças maiores Marcadores sorológicos não invasivos: orientação diagnóstica final Ultrassonografia: espessamento da parede intestinal – envolvimento inflamatório, fístulas entéricas, áreas de estenose ou subestenose Tratamento Os processos determinantes de diarreia crônica estão associados a grave comprometimento do estado geral e nutricional: instituir rapidamente medidas de suporte e recuperação nutricional Correção adicional do equilíbrio acidobásico e dos eletrólitos Instalação de dieta enteral que forneça pelo menos 50% das necessidades calóricas Nas crianças com algum grau de esteatorreia, a dieta enteral deve contemplar gordura composta de triglicérides de cadeia média Em relação ao carboidrato, a fórmula deve ser livre de lactose e sacarose, contendo maltodextrina e polímeros de glicose de fácil absorção Em casos mais graves, dietas semielementares com a proteína parcialmente ou extensamente hidrolisada facilitam o trabalho digestivo-absortivo Síndrome do intestino curto: dieta enteral à base de aminoácidos por SNG ou gastrostomia em gotejamento contínuo Se houver persistência do quadro diarreico e intolerâncias às fórmulas enterais propostas, deve ser suspensa a dieta enteral e empregada a nutrição parenteral Suplementação de vitaminas e oligoelementos Arsenal terapêutico: metronidazol, nitazoxanida, albendazol e sulfametoxazol-trimetoprima referências Nelson tratado de pediatria 18ªed capt 335 Tratado de Pediatria SBP 4ªed capt 5 vol 1
Compartilhar