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Praticas Pedagogicas e Estagio Pedagogico

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Índice Pág 
Introdução ...................................................................................................................................................... 6 
 
Capítulo 1 – As Práticas e Estágio Pedagógico na Universidade Pedagógica ........................................ 13 
1.1. Objectivos, princípios e fases da Prática e Estágio Pedagógico ........................................................ 13 
1. Objectivos gerais ............................................................................................................................... 13 
1.1.2. Princípios orientadores gerais ...................................................................................................... 15 
1.1.3. Fases da Prática e Estágio Pedagógico ........................................................................................ 15 
1.2. A noção e o lugar da Prática e Estágio Pedagógico no currículo ..................................................... 19 
1.3. Actividades das Práticas Pedagógicas ......................................................................................... 23 
1.3.1. Trabalho de Campo .............................................................................................................. 23 
1.3.1.1. Trabalho de Campo real ........................................................................................................... 25 
1.3.1.2. Trabalho de Campo virtual ....................................................................................................... 27 
1.3.2. Seminários ................................................................................................................................... 33 
1.3.2.1. Orientações gerais, temas e actividades dos seminários ........................................................... 34 
1.3.2.2. Orientação de Seminários Pedagógicos .................................................................................... 36 
1.3.2.2.1. Definição ............................................................................................................................... 36 
1.3.2.2.2. Objectivos .............................................................................................................................. 36 
1.3.2.2.3. Preparação do seminário ........................................................................................................ 37 
1.3.2.2.4. Material a ser apresentado no seminário................................................................................ 40 
1.3.2.2.5. Gestão do tempo .................................................................................................................... 40 
1.3.2.2.6. Função dos membros do grupo .............................................................................................. 40 
1.3.2.2.7. Aspectos organizativos .......................................................................................................... 41 
1.4. As atribuições do praticante, do supervisor e do tutor ..................................................................... 41 
1.4.1. Atribuições do praticante ............................................................................................................. 41 
1.4.2. Atribuições do supervisor ............................................................................................................ 43 
1.4.3. Atribuições do tutor ..................................................................................................................... 43 
 
Capítulo 2 – Métodos, técnicas e estratégias de formação nas Práticas e Estágio Pedagógico ............. 45 
2.1. Aprendizagem Cooperativa ................................................................................................................. 47 
2.2. Narrativas ............................................................................................................................................. 49 
2.3. Narrativa Autobiográfica .................................................................................................................... 52 
2.4. Análise de Casos ................................................................................................................................... 55 
2.5. Resolução de problemas ....................................................................................................................... 58 
2.6. Trabalho de Projecto ............................................................................................................................ 60 
2.7. Investigação-acção ................................................................................................................................ 62 
2.8. Oficinas Pedagógicas ............................................................................................................................ 64 
2.8.1. Oficina Pedagógica de produção de material didáctico ............................................................... 64 
2.8.2. Oficina Pedagógica como espaço de aprendizagem .................................................................... 68 
2.9. Micro-ensino ........................................................................................................................................ 70 
2.9.1 As micro-aulas .............................................................................................................................. 71 
2.9.1.1. Noção de micro-aulas ............................................................................................................... 71 
2.9.1.2. Planificação e execução ............................................................................................................ 72 
2.9.1.3. Um exemplo de micro-aulas ..................................................................................................... 73 
2.9.2. Ensino reflexivo e video formação .............................................................................................. 81 
2.10. Uso de Tecnologia Educativa nas Práticas e Estágio Pedagógico ................................................... 85 
 
Capítulo 3. Técnicas de recolha e análise de dados nas Práticas Pedagógicas ..................................... 101 
3.1.1. Noção de observação ................................................................................................................. 102 
3.1.1.1. Aspectos a ter em conta na observação .................................................................................. 104 
3.1.2. Observação directa .................................................................................................................... 106 
3.1.2.1. Formas e meios de observação ............................................................................................... 106 
 2
3.1.2.2. Tipos de observação ............................................................................................................... 106 
3.1.2.3. Conteúdos da observação ....................................................................................................... 111 
3.1.3. A observação indirecta .............................................................................................................. 113 
3.1.3.1. Entrevista ................................................................................................................................ 113 
3.1.3.1.1. Tipos de entrevista ............................................................................................................... 113 
3.1.3.1. Questionários .......................................................................................................................... 114 
3.1.3.1. Análise de dados documentais ................................................................................................ 118 
3.1. Métodos para análise de dados ..........................................................................................................120 
3.2.1. Operações de análise de dados .................................................................................................. 121 
3.2.2. Métodos de análise de dados ..................................................................................................... 121 
3.2.2.1. Descrição ................................................................................................................................ 121 
3.2.2.2. Análise Estatística .................................................................................................................. 123 
3.2.2.3. Análise de Conteúdo ............................................................................................................... 124 
3.2.2.4. Análise de vídeos e leitura de imagens ................................................................................... 126 
3.2. Observação da Prática Pedagógica Geral e Específica ................................................................. 133 
 
Capítulo 4 - Planificação e leccionação de aulas ..................................................................................... 135 
4.1. A concepção de um plano de aula ..................................................................................................... 136 
4.1.1. Os elementos de um plano de aula ............................................................................................ 137 
4.1.1.1. Os objectivos .......................................................................................................................... 137 
4.1.1.1.1 Os objectivos gerais e específicos ........................................................................................ 138 
4.1.1.2. Competências ......................................................................................................................... 141 
4.1.1.2. Conteúdos ............................................................................................................................... 153 
4.1.1.4. Os métodos ............................................................................................................................. 156 
4.1.1.4.1. Classificação dos método .................................................................................................... 157 
4.1.1.5. Os meios ................................................................................................................................. 165 
4.1.1.6. A organização das actividades de ensino e aprendizagem ...................................................... 167 
4.1.1.7. A avaliação ............................................................................................................................. 169 
4.2. A execução das aulas .......................................................................................................................... 174 
4.2.1. O domínio dos nervos ............................................................................................................... 175 
4.2.2. O controlo da voz ..................................................................................................................... 177 
4.2.3. Rituais de início, transição e fecho da aula .......................................................................... 177 
4.2.4. Gestão dos comportamentos dos alunos .................................................................................... 178 
 
Capítulo 5 - Avaliação das Práticas e Estágio Pedagógico ..................................................................... 182 
5.1. Noções Gerais de Avaliação nas Práticas e Estágio Pedagógico ..................................................... 182 
5.2. Princípios Norteadores da Avaliação nas Práticas e Estágio Pedagógico ...................................... 186 
5.3. Os intervenientes no processo de avaliação ...................................................................................... 187 
5.3.1. Auto – avaliação. ....................................................................................................................... 188 
5.3.2. A avaliação do colega ................................................................................................................ 189 
5.4. Áreas e instrumentos de Avaliação nas Práticas Pedagógicas ........................................................ 193 
5.4.1. Os Seminários ............................................................................................................................ 195 
5.4.2. O Trabalho de Campo ............................................................................................................... 196 
5.4.3. Os Relatórios ............................................................................................................................. 198 
5.4.3.1. Os Relatórios Anuais .............................................................................................................. 198 
 
Capítulo 6 - Elaboração dos Relatórios das Práticas e Estágio Pedagógico ......................................... 199 
6.1. Definição de Relatório de Práticas e Estágio Pedagógico ............................................................... 199 
6.2. Objectivos dos Relatórios de Práticas e Estágio Pedagógico .......................................................... 200 
6. 2.1 Objectivos Gerais ...................................................................................................................... 200 
6. 2.2 . Objectivos Específicos ............................................................................................................ 200 
6.3. Estrutura dos Relatórios de Práticas e Estágio Pedagógico........................................................... 200 
6.3.1. Elementos da estrutura básica dos Relatórios das Práticas Pedagógicas ................................... 201 
 3
6.4. Apresentação Gráfica dos Relatórios de Práticas e Estágio Pedagógico ....................................... 204 
6.5. A Redacção dos Relatórios de Práticas Pedagógicas ....................................................................... 205 
6.5.1 Etapas da Redacção do Relatório ............................................................................................... 206 
6.5.2 Planificação/pré-escrita .............................................................................................................. 206 
6.5.3 Textualização .............................................................................................................................. 208 
6.5.3.1 Estilo ........................................................................................................................................ 213 
6.5.3.2 A Construção do Parágrafo ..................................................................................................... 213 
6.5.3.3. Formas de tratamento ............................................................................................................. 214 
6.5.4. Revisão ...................................................................................................................................... 214 
 
Conclusão ................................................................................................................................................... 217 
 
Apêndice 1 – Observação da Escola ......................................................................................................... 218 
Apêndice 2 – Observação de aulas ........................................................................................................... 222 
Apêndice 3 – Inquérito ao Delegado de Disciplina ................................................................................. 226 
Apêndice 4 – Mapa de Avaliação Semestral .......................................................................................... 228 
Apêndice 5 – Verbos para definir Objectivos .........................................................................................230 
Apêndice 6 – Registo de episódios problemáticos ................................................................................... 233 
Apêndice 7 – Elementos essenciais de um Plano de aula....................................................................... 234 
Apêndice 8 – Questionário relativo ao funcionamento de Sector Pedagógico ..................................... 236 
Apêndice 9 – Roteiro de Entrevista com o Director Adjunto Pedagógico .......................................... 239 
Apêndice 10 – Roteiro de Entrevista com o Director Adjunto Pedagógico ........................................ 241 
Apêndice 11 – Roteiro de Entrevista com o Director da Escola .......................................................... 243 
Apêndice 13 – Ficha de Avaliação das tarefas do Tutor ....................................................................... 246 
Apêndice 14 – Ficha de Avaliação das tarefas do Praticante ............................................................... 248 
Apêndice 15 – Exemplo de um Guia de Correcção de testes ............................................................... 250 
Apêndice 16 – Roteiro de entrevista aos alunos ..................................................................................... 251 
Anexo 1. Modelo de Capa (ocupa uma folha A4). .................................................................................. 253 
Anexo 3- Exemplo de Índice de um Relatório de Prática Pedagógica do Curso de Português ........... 255 
Anexo 4 – Estrutura do Relatório de PPG .............................................................................................. 256 
Anexo 5 – Estrutura dos Relatórios de Práticas Pedagógicas de ... ....................................................... 260 
Anexo 6 – Estrutura do Relatório do Estágio Pedagógico ..................................................................... 263 
Referências Bibliográficas ........................................................................................................................ 266 
 
 4
 
 
 
 
 
 
 
FICHA TÉCNICA 
 
 
Título: Manual de Práticas e Estágio Pedagógico 
Autores: Hildizina Norberto Dias, Nobre Roque dos Santos, Paula Cruz, 
 Orlanda Gomane, Ernesto Júnior, Jerónimo Simão 
Edição: Editora Educar 
No. de Registo: 5240/RLINLD/2007 ?? 
 Arranjo Gráfico: Editora Educar 
Tiragem: 1000 exemplares 
Impressão: .Toner Graphic 
Ano: 2010 - 2ª edição 
 
 5
Lista de Siglas e Abreviaturas 
 
 
 
BD - Banda Desenhada 
DG - Didáctica Geral 
Dlit - Didáctica da Literatura 
DP - Didáctica do Português 
EP - Estágio Pedagógico 
LP - Língua Portuguesa 
MIC - Metodologia de Investigação Científica 
OP - Oficina Pedagógica 
P - Pergunta 
PEA - Processo de Ensino e Aprendizagem 
PEP – Práticas e Estágio Pedagógico 
PP - Prática Pedagógica 
PPdI - Prática Pedagógica de... I 
PPdII - Prática Pedagógica de ... II 
PPG - Prática Pedagógica Geral 
R - Resposta 
RPP - Relatório de Prática Pedagógica 
TPC - Trabalho para Casa 
UP - Universidade Pedagógica 
 6
Introdução 
Este Manual foi construído por um grupo de docentes que, habitualmente, 
trabalham na supervisão das Práticas e Estágio Pedagógico (PEP). A motivação surgiu 
da necessidade que sentíamos de haver um instrumento orientador que respondesse às 
principais preocupações que os estudantes praticantes nos colocavam, respectivamente: 
- Quais são os objectivos das Práticas e do Estágio Pedagógico? 
- Que princípios orientam as Práticas e o Estágio Pedagógico? 
- Por que é que eu tenho de ir à escola logo no 1º ano, se ainda tenho muita 
coisa para aprender nas disciplinas teóricas? 
- Como é que vou conseguir relacionar os conhecimentos que estou a aprender 
nas disciplinas teóricas com o que vou observar na escola? 
- Por que é que tenho de observar uma escola se eu a frequento desde a 1ª 
classe? 
- Sabendo que muitos professores das Escolas Primárias têm cursos de 6ª classe 
mais um ano de formação, será que eu vou aprender alguma coisa com 
pessoas menos habilitadas que eu? 
- Eu já sou professor há muitos anos, por que razão tenho de fazer Práticas e 
Estágio Pedagógico? 
- Qual é o meu papel como “estudante praticante”? Como me devo comportar 
na escola? 
- Como é que vou conhecer a realidade escolar? 
- Como vou ser avaliado nas Práticas e no Estágio Pedagógico? 
 
O objectivo do presente Manual é fornecer subsídios teóricos e práticos 
imprescindíveis para a compreensão e realização das Práticas e Estágio Pedagógico 
(PEP), ao longo da Licenciatura. 
 
A elaboração do presente Manual justifica-se pela escassez de bibliografia 
relevante, disponível na UP, sobre a realização de Práticas e Estágio Pedagógico. Durante 
 7
os primeiros anos de implementação das Práticas Pedagógicas (PP´s) em 2004 e 2005, 
íamos fornecendo aos estudantes fotocópias de extractos de livros, apontamentos ou 
fichas sobre os várias conteúdos, mas notávamos as dificuldades dos estudantes em 
sistematizarem e usarem, de forma relevante, a informação diversificada que iam 
recebendo, por isso resolvemos sistematizar tal informação e elaborar este Manual. Em 
2008 e 2009 realizámos a Reforma Curricular e alterámos alguns aspectos das PP´s, por 
essa razão tivemos de rever e efectuar uma 2ª edição do Manual. 
A metodologia usada para a elaboração do Manual foi a pesquisa bibliográfica. 
A bibliografia usada centrou-se em temas como, supervisão, práticas pedagógicas, 
estágios pedagógicos, métodos de ensino e aprendizagem, planificação e execução de 
aulas, técnicas de recolha de dados, avaliação de práticas e estágios pedagógicos e 
elaboração de relatórios científicos. 
O quadro teórico para a construção do Manual foi multidisciplinar, tendo-se 
usado fundamentos teóricos das áreas da Didáctica Geral, Didáctica do Português, 
Supervisão, Educação/Currículo, Pedagogia e Metodologia de Investigação Científica. 
A elaboração deste Manual tem a relevância teórica de trazer conhecimento 
agregado sobre a realização de Práticas e Estágio Pedagógico num Sistema Curricular 
Integrado de Formação de Professores. Tal sistema tenta romper com a lógica positivista 
da dissociação entre a teoria e a prática e do reducionismo que considera a Prática e o 
Estágio Pedagógico como um apêndice que é colocado no fim do curso. A nova proposta 
de PEP da UP pretende fundar-se numa Epistemologia da Prática, em que os 
conhecimentos dos futuros professores brotem da prática vivida e experimentada. 
A relevância prática deste trabalho é o facto de ele se constituir como um 
instrumento útil e auxiliador para a realização mais compreensiva e organizada das PEP. 
O Manual é constituído por uma introdução, seis capítulos, apêndices e anexos. 
O primeiro capítulo explica os objectivos, a noção, as actividades da PEP e as atribuições 
dos intervenientes nas PEP’s; o segundo capítulo apresenta os métodos, as técnicas e as 
estratégias usadas nas PP’s; o terceiro capítulo trata das técnicas de recolha e análise de 
dados; o quarto capítulo aborda os principais fundamentos da planificação e execução de 
 8
aulas; o quinto capítulo apresenta algumas indicações sobre a avaliação durante as PEP’s; 
o sexto capítulo explica como devem ser elaborados os Relatórios de Práticas e Estágio 
Pedagógico (RPEP). Em apêndice, colocamos vários instrumentos de recolha de dados. 
Em anexo foram colocadas propostas de formas de estruturação dos Relatórios de 
Práticas e Estágio Pedagógico para que o estudante consiga orientar melhor o seu 
trabalho. 
Vejamos de seguida algumas reflexões sobre a profissão docente que nos 
serviram de inspiração e estímulo para prosseguirmos na nossa missão de ensinar e 
educar. 
 De acordo com Demos (2005), “ser Professor é cuidar que o aluno aprenda.” O 
fazer com que alguém aprenda alguma coisa parte do acto de ensinar, que prevê a 
transmissão de conhecimentos variados de um indivíduo parao outro. Mas já o cuidar 
apela a uma atitude por parte de quem ensina, virada para a dedicação e para o empenho 
deste professor. 
Entre ensinar e educar existem aspectos comuns e aspectos distintos, e nós 
pensamos que a valorização da tarefa do professor reside exactamente nesta distinção. Se 
pensarmos que um dos principais agentes do processo educativo é o professor, seria 
interessante reflectirmos sobre as principais características que nos ajudam a construir um 
possível perfil do professor, do educador. Vejamos o seguinte poema de Zuleide 
Rodrigues (pós-graduada em Educação, PUC-SP). 
 
Professor e os muitos codinomes 
Professor, codinome 
Educador, 
Preceptor, 
Mestre, 
Orientador, 
Mediador, 
Disciplinador, 
"tio" "tia", 
não importa. 
O que conta é que, 
No contato com seu aluno, 
 9
Desprende-se de si próprio, 
De sua individualidade, 
De sua vida, 
De seus problemas, 
De seus anseios. 
Em cada um desses momentos, 
Professor é o que 
Vive a vida de seu discípulo, 
Que o educa, 
Que administra, 
Que gerencia 
Seus desejos, sonhos, 
O futuro, 
A leitura, 
A escrita, 
O entendimento dos números, 
Aquele que orienta um outro ser 
A elaborar o seu 
PROJETO DE VIDA! 
 
Estamos, sem dúvida, perante um espelho do que é SER PROFESSOR. 
Este poema ilustra toda a responsabilidade da actividade do professor. E não é 
pequena se pensarmos que em várias situações da vida recorremos ao professor, quer seja 
para aprendermos uma matéria nova, quer para pedirmos um conselho, até mesmo para 
desabafarmos um problema pessoal. Em suma, o professor é um indivíduo multifacetado, 
no sentido de que desempenha vários papéis na comunidade em que está inserido. Talvez 
por isso seja realmente imperioso reflectirmos sobre as várias funções que o professor 
pode assumir, para que possamos ter consciência da importância da imagem que ele 
apresenta. 
Clebsch (2006) afirma mesmo que a profissão de professor é única. Segundo o 
mesmo autor, o professor não é apenas professor, ele exerce várias profissões ao mesmo 
tempo: ele é médico, porque diagnostica cada aluno que tem à sua frente; ele é 
arquitecto porque constrói as suas aulas antes de as aplicar; ele é desportista porque se 
treina regularmente para o exercício da sua tarefa; é ainda um advogado porque defende 
os conteúdos que vai leccionar; é também um psicólogo porque está sempre pronto a 
 10
ouvir e apoiar os seus alunos no que eles precisem; ele é jornalista porque baseia os seus 
conhecimentos em factos concretos e relevantes que permitam a compreensão por parte 
dos alunos e finalmente, é um bombeiro pois está sempre pronto a socorrer os alunos 
quando apresentam dúvidas. Por tudo isto, é realmente uma profissão única. E ela vai 
englobar três áreas principais de actuação: a científica, a pedagógica e a afectiva. Neste 
texto vamos falar um pouco de cada uma delas. 
De acordo com Mialaret (1991), o professor deve ter uma formação científico-
académica, que diz respeito ao conjunto de disciplinas teóricas de carácter científico que 
vão fornecer ao futuro professor a competência de que ele necessita para gerir os 
conteúdos dos programas de ensino do nível com que irá trabalhar. A formação 
pedagógica diz respeito aos saberes necessários a uma prática competente de leccionação 
por parte do professor, pois não lhe basta conhecer todo o material científico que lhe é 
fornecido para dizer que é um profissional competente. A competência, segundo Rios 
(2002), equivale a uma boa qualidade. Silva (1999:60) considera que as competências 
têm uma natureza não só cognitiva como também sócio-afectiva e psico-motora que se 
reflectem num ensino de qualidade. Na mesma óptica, Fazenda (1998:14-16), defende a 
existência de 4 tipos diferentes de competências: a intuitiva, a intelectiva, a prática e a 
emocional. 
 A componente pedagógica, por sua vez, é indispensável a qualquer professor, 
uma vez que ele tem de conhecer a escola e o seu papel na sociedade, os diferentes 
métodos e técnicas de ensino, um conjunto de questões psicológicas que irão afectar 
positiva ou negativamente as suas aulas bem como a didáctica das diferentes disciplinas 
que os professores irão leccionar. 
No desempenho das suas funções, o professor necessita de garantir uma prática 
pedagógica eficaz. Isso só é possível se criar nele o hábito de pensar sobre os seus actos, 
sobre a sua acção pedagógica, desenvolvendo nele um pensamento reflexivo sobre a 
acção que ele desenvolve. Um dos maiores defensores do paradigma reflexivo foi Schon 
(1983). Tal paradigma consiste em partir de uma determinada situação (problema ou 
não), e criar atitudes de questionar, problematizar, sugerir, elaborar e finalmente construir 
 11
conhecimento. É algo que exige tempo mas só assim se pode problematizar a prática 
pedagógica. 
O pensamento reflexivo pode transformar ideias em atitudes indispensáveis à 
acção docente. A reflexão sobre a acção é sempre a melhoria da qualidade do ensino pois 
provoca, sempre que necessário, algumas mudanças de metodologia e estratégias de 
ensino e aprendizagem. 
Gomez (1992) referindo-se ao pensamento prático do professor, considera-o de 
importância vital para compreender os processos de ensino-aprendizagem, para 
desencadear uma mudança radical dos programas de formação de professores e para 
promover a qualidade do ensino na escola numa perspectiva inovadora. Defende ainda 
que a consideração do pensamento prático do professor obriga-nos a repensar sobre o 
papel do professor como profissional e sobre os princípios, os conteúdos e os métodos da 
sua formação. 
É nessa prática reflexiva que o professor se tem de abrir à crítica dos que o 
rodeiam. Para além das competências teóricas e práticas existe a parte emocional e 
afectiva que tem uma implicação enorme na tarefa do professor. A afectividade ou a 
emotividade na tarefa docente é largamente defendida por Freire (2003), apud Ferreira e 
Oliveira (2006:1), ao afirmar que “…ensinar é uma tarefa profissional que além de exigir 
amorosidade e criatividade, exige competência científica…” A amorosidade e a 
afectividade fazem também parte das competências do professor, pois são muito 
importantes para a construção da identidade docente. 
 Lück (2006:2) defende que o professor precisa de dar a sua “aula com alma e não 
apenas com a cabeça (...) amar o ato de lecionar, amar o que fazemos representa, em 
última instância, amar a vida e aproveitá-la ao máximo”. O entusiasmo que o professor 
mostra à frente dos seus alunos já é uma demonstração de amor para com o trabalho e 
para com os alunos também. Sabemos que qualquer pessoa gosta de saber que é 
importante, que gostem dela e sobretudo que faz parte da vida das outras pessoas, 
sobretudo do professor. 
 12
A visão actual da formação de professores na UP permite-nos verificar que já se 
tem em conta a maior parte destes aspectos que aqui fomos apresentando. Os currículos 
de formação de professores guiavam-se, até há largos anos, por um interesse técnico em 
que se privilegiava um conhecimento fortemente marcado pelo paradigma positivista, no 
qual o professor devia resolver os problemas da prática por meio da aplicação de teorias e 
técnicas científicas. A componente prática dos cursos era relegada para segundo plano e 
colocada, normalmente, no fim do curso. Assistia-se, nas instituições de formação de 
professores, a muita recusa em participar nos Estágios Pedagógicos e a diferenciação 
entre os professores de cadeiras teóricas e de orientadores de estágios. 
Com a evolução constante da ciência e da técnica, a sociedade e o mercado de 
trabalho exigem que as Universidades tenham também a tarefa de proporcionar ao 
estudante uma formação profissionalizante que permita a articulação entre o “saber”, o 
“saber fazer” e o “saber ser e estar”. 
Importa reafirmar a necessidade de uma articulação efectiva entre a teoria e a 
prática em todas asactividades docentes. Temos consciência de que a PEP não é uma 
parte meramente prática do curso, mas apenas uma primeira aproximação a ela e que 
deve sempre ser acompanhada de um suporte teórico adequado. O professor precisa de 
construir diariamente “saberes teóricos e práticos” que lhe permitam desenvolver a 
autonomia para gerir as várias situações de ensino e aprendizagem. O professor que 
pretendemos formar na UP deve ser um profissional com qualidade em todos os aspectos, 
por isso, investimos na construção de competências, habilidades e atitudes necessárias 
para a profissão docente, tentando articular adequadamente a teoria adquirida na UP com 
a prática de ensino nas escolas. 
 
 13
Capítulo 1 – As Práticas e Estágio Pedagógico na Universidade Pedagógica 
 
1.1. Objectivos, princípios e fases da Prática e Estágio Pedagógico 
 
1. Objectivos gerais 
 
A Prática e o Estágio Pedagógico visam: 
 integrar, progressivamente, o estudante em contextos reais de ensino e 
aprendizagem de uma certa disciplina; 
 contribuir para a formação de um professor que possua saberes teóricos e 
práticos, um professor que saiba fazer a gestão de um currículo, que saiba 
diferenciar as aprendizagens e orientar a sua auto-formação; 
 proporcionar a aquisição de habilidades e competências que possibilitem a 
intervenção, a investigação e a prática de projectos pedagógicos; 
 contribuir com as suas variadas actividades para a formação de um 
professor que saiba ser autónomo, que saiba diferenciar o ensino da 
aprendizagem, gerindo de forma adequada as várias situações de ensino e 
aprendizagem. 
 
O estudante praticante deve revelar as seguintes competências, capacidades e 
habilidades no âmbito do “saber ensinar e aprender”: 
 conhecer conceitos fundamentais da respectiva área científica e dos 
métodos de trabalho apropriados; 
 saber estruturar o raciocínio de forma lógica e coerente; 
 saber utilizar a sua criatividade de forma autónoma, tentando alcançar 
novas soluções no contexto em que cada problema se insere, sabendo 
recorrer às fontes de informação disponíveis para a resolução dos 
problemas encontrados; 
 14
 usar os instrumentos psicopedagógicos e didácticos para o exercício da sua 
função de docente; 
 ser capaz de desenvolver a autonomia dos alunos e a sua plena inclusão na 
sociedade, tendo em conta o carácter complexo e diferenciado das 
aprendizagens escolares; 
 ser capaz de utilizar de forma integrada, os saberes próprios da sua 
especialidade e os saberes transversais e multidisciplinares adequados ao 
respectivo nível e ciclo de ensino; 
 saber utilizar correctamente as técnicas de comunicação e a língua de 
ensino na sua vertente oral e escrita; 
 ter capacidade de apresentar, de forma oral ou escrita, os seus estudos, 
conclusões ou propostas; 
 ser capaz de desenvolver estratégias pedagógicas diferenciadas, 
conducentes ao sucesso e realização de cada aluno no quadro da 
diversidade cultural e da heterogeneidade dos sujeitos, mobilizando 
valores, saberes, experiências culturais e sociais dos alunos. 
 
O estudante praticante deve revelar as seguintes capacidades e atitudes no âmbito 
do “saber ser e conviver profissionalmente”: 
 ser assíduo, pontual e ter responsabilidade profissional; 
 integrar-se nos grupos de trabalho da escola de práticas; 
 praticar relações de respeito mútuo entre alunos e professores da escola 
integrada, bem como entre colegas e supervisores da UP; 
 identificar-se de forma ponderada e respeitar as diferenças culturais e 
pessoais dos alunos e demais membros da comunidade educativa, 
valorizando os diferentes saberes e culturas e combatendo os processos 
de exclusão e de discriminação; 
 valorizar a escola enquanto pólo de desenvolvimento sócio-cultural, 
participando nos seus projectos; 
 15
 integrar no “projecto educativo” saberes e práticas sociais da 
comunidade, conferindo-lhes a necessária relevância educativa; 
 comportar-se de forma a respeitar os aspectos éticos e deontológicos 
inerentes à profissão docente. 
1.1.2. Princípios orientadores gerais 
 
A análise teórica da prática escolar deve ser o impulsionador das actividades da 
PEP. Deve ser iniciado o exercício da interdisciplinaridade e o trabalho de reflexão sobre 
o ensino de uma disciplina a partir de um modelo sistémico, em que as reflexões sobre a 
disciplina sejam feitas a partir da complexidade que a caracteriza. 
Os estudantes devem começar a tomar consciência das relações e interpenetrações 
multidimensionais existentes entre as várias áreas de estudo, de ensino e de aprendizagem 
das disciplinas para as quais se estão a formar. 
Os estudantes praticantes devem ser capazes de “mobilizar”, para a observação e 
reflexão sobre a realidade escolar, conhecimentos adquiridos nas várias disciplinas do 
curso. A unidade entre a teoria e a prática é imperiosa e deve ser, permanentemente, 
praticada. 
As actividades exercidas durante as PEP devem desenvolver a competência de 
trabalhar na complexidade, na dúvida, no incerto, o treino de agir rapidamente e de 
associar conhecimentos. A PEP tem de ser um momento de treino do trabalho na 
totalidade e na complexidade que permita caminhar para a superação de algumas 
dicotomias que se mantêm na formação inicial de professores como, por exemplo, entre a 
teoria e a prática e entre o ensino e a pesquisa. 
 
1.1.3. Fases da Prática e Estágio Pedagógico 
 
As Práticas Profissionalizantes (Prática e Estágio Pedagógico), na formação de 
professores, estão organizadas em quatro fases e acompanham todo o percurso da 
formação inicial de professores na UP, respectivamente: 
 16
1. Prática Pedagógica Geral (com 80 horas, sendo 48 horas de contacto e 32 
horas de estudo); 
2. Prática Pedagógica de (uma certa disciplina) I (com 80 horas, sendo 48 horas 
de contacto e 32 horas de estudo); 
3. Prática Pedagógica de (uma certa disciplina) II (com 100 horas, sendo 48 
horas de contacto e 52 horas de estudo); 
4. Estágio Pedagógico (com 150 horas, sendo 48 de contacto e 102 horas de 
estudo). 
 
No 1º ano, a Prática Pedagógica Geral (PPG) visa preparar os estudantes para 
observar e analisar criticamente situações escolares nos aspectos organizacionais, 
pedagógicos e administrativos. Esta disciplina possibilita ainda uma vivência (real ou 
virtual) no meio escolar em contacto com os alunos, professores e funcionários de modo 
a criar no estudante da UP hábitos de trabalho, de colaboração e de convivência próprios 
desse meio. 
 A PPG visa desenvolver as seguintes competências: 
 
a. saber viver no meio escolar através do contacto com alunos, professores, pais e 
encarregados de educação, funcionários e colegas, criando assim, hábitos de colaboração 
e de convivência próprios desse meio; 
b. integrar os saberes teóricos das disciplinas com os da prática de ensino observada; 
c. trabalhar em equipe desenvolvendo o principio de interdisciplinaridade; 
d. questionar a realidade educativa para nela saber intervir; 
e. utilizar adequadamente as técnicas e os instrumentos de observação. 
f. recolher, processar e analisar dados; 
 
 
Os objectivos gerais da PPG são: 
 
a. dominar o conceito de escola, suas características, actividades que se desenvolvem e 
seus intervenientes; 
 17
b. conhecer a instituição escolar e a comunidade envolvente; 
c. desenvolver capacidades de análise crítica e criativa, para uma melhoria da qualidade 
do ensino e da aprendizagem; 
d. realizar trabalho de campo na instituição escolar nos aspectos organizacionais, 
pedagógicos e administrativos. 
 
No 2º ano, o estudante tem uma Prática Pedagógica relacionada com a disciplina 
que irá leccionar no futuro (por ex: PP de Português, de Química, de Geografia, etc.). O 
praticante acompanha os professores da escola nas reuniões pedagógicas e participa na 
dinâmica da escola e da sala de aula (prepara algum material didáctico, ajuda o professor-orientador a corrigir exercícios de aplicação, observa e pode fazer o acompanhamento da 
aprendizagem de alguns alunos). Na ausência de condições de trabalho real nas escolas, a 
PPd pode ser feita por meio do uso de videos com gravações de aulas. Durante a Prática 
Pedagógica de ... (PPd), o estudante pode trabalhar em Oficinas Pedagógicas, 
Laboratórios de Ensino, Estações ou espaços de aprendizagem que poderão ser criados na 
UP ou na própria Escola Integrada. 
As competências da PPd são: 
1. mobilizar saberes e conhecimentos relacionados com os fundamentos teóricos 
da Didáctica Específica e do processo de ensino-aprendizagem dessa 
disciplina; 
2. reflectir, criticamente, sobre os Programas de uma certa disciplina nos 
diferentes níveis de ensino; 
3. produzir materiais didácticos para o ensino da disciplina em que se está a 
formar; 
4. saber trabalhar em equipe, respeitando a individualidade de cada um. 
 
Os objectivos da PPd podem ser, de entre vários, os seguintes: 
1. observar aspectos gerais de uma aula, em contexto real ou virtual; 
 18
2. compreender as transformações e as inovações curriculares introduzidas numa 
certa disciplina; 
3. desenvolver capacidades de análise crítica do ensino de uma disciplina; 
4. propor e usar materiais didácticos para apoio às aulas. 
 
 No 3º ano, o estudante começa a planificar e a leccionar micro-aulas e 
actividades interdisciplinares e transversais. Sob tutoria do professor orientador da escola 
e do supervisor da UP. 
As competências a desenvolver são: 
1 integrar saberes e conhecimentos relacionados com o processo de ensino-
aprendizagem de uma disciplina; 
2 organizar o ensino com base em simulações; 
3 reflectir, auto-avaliar e reformular o processo de ensino e aprendizagem. 
 
Os objectivos da PPd II são: 
1. planificar actividades de ensino e aprendizagem considerando as perspectivas 
interdisciplinares e transversais; 
2. realizar situações de ensino, recorrendo a simulações em micro-aulas; 
3. utilizar de forma adequada os métodos e procedimentos de ensino; 
4. usar várias técnicas e instrumentos de avaliação. 
 
No 4º ano, no Estágio Pedagógico (EP), o estudante continua, sob supervisão, a 
fazer regência e intervenção na escola através da orientação de pequenos Projectos 
Pedagógicos. Com o Estágio Pedagógico pretende-se que o estudante, desenvolva as 
seguintes competências: 
a) planificar e organizar as complexas situações do ensino aprendizagem; 
b) trabalhar em equipa desenvolvendo o princípio da interdisciplinaridade e 
construindo projectos educativos comuns; 
 19
c) desenvolver acções de pesquisa, usando meios tecnológicos actualizados em 
busca de respostas às questões problemáticas constatadas ao longo do processo 
de ensino e aprendizagem; 
d) colaborar na formulação do projecto da escola, nas adaptações curriculares e 
administração de recursos da escola; 
e) ser um agente de transmissão de valores cívicos e morais a partir das suas 
próprias atitudes. 
O Estágio Pedagógico tem como objectivos gerais: 
a) desenvolver conhecimentos, habilidades, competências organizacionais, 
pedagógicas e profissionais gerais bem como atitudes no estudante, futuro professor, no 
domínio do processo de ensino e aprendizagem da disciplina específica; 
b) conhecer, para determinada disciplina, os conteúdos a serem ensinados e 
traduzi-los em objectivos de aprendizagem; 
c) implementar o processo de ensino-aprendizagem de forma criativa e 
interessante de acordo com as condições reais da escola; 
d) trabalhar a partir dos erros e dos obstáculos à aprendizagem; 
e) trabalhar a partir das representações dos alunos; 
f) utilizar de forma adequada as técnicas e instrumentos de observação e 
avaliação; 
 g) reflectir, auto-avaliar e reformular o processo desenvolvido, sempre que 
necessário; 
 
1.2. A noção e o lugar da Prática e Estágio Pedagógico no currículo 
 
Profissões e vocações são como plantas. Vicejam e florescem em nichos 
ecológicos, naquele conjunto precário de situações que as tornam 
possíveis e – quem sabe? - necessárias. Destruído esse habitat, a vida vai 
 20
se encolhendo, murchando, fica triste, mirra, entra para o fundo da terra, 
até sumir” (Alves - 1981) 
 
Como diz o texto em epígrafe, “profissões e vocações são como plantas. Vicejam 
e florescem em nichos ecológicos…”. Na UP, temos de saber criar “nichos ecológicos” 
favoráveis para que a profissão e a vocação de professor “vicejem e floresçam”. Uma das 
formas que definimos como florescimento dos conhecimentos, saberes e gosto pela 
profissão docente foi introduzindo ao longo dos cursos actividades de Práticas e Estágio 
Pedagógico. Por meio delas, o estudante entra em contacto com a realidade escolar e 
pode logo no início do curso repensar sobre a vocação que julga ter. 
Os cursos de formação de professores da UP têm dois eixos fundamentais de 
formação: as Práticas e Estágio Pedagógico e o desenvolvimento de Pesquisas 
Educacionais. As PEP devem ser desenvolvidos como experiências verdadeiras de 
ensino, pesquisa, gestão e avaliação da aprendizagem e avaliação institucional. 
A Prática e Estágio Pedagógico são actividades que fazem parte da componente 
educacional dos cursos de formação de professores da UP. Por exemplo, no curso de 
formação de professores de Português esta actividade está incluída na área científica da 
Didáctica e é leccionada paralelamente a outras disciplinas da mesma área como, a 
Didáctica Geral (DG) a Didáctica do Português (DP) e a Metodologia de Investigação 
(MIC). 
Muitos estudantes querem saber as razões das PEP não serem desenvolvidas no 
último ano do curso, depois de terem adquirido todos os conhecimentos teóricos. A UP já 
teve um sistema curricular sequencial em que o Estágio Pedagógico (hoje denominado 
Prática Pedagógica) era feito apenas no fim do Bacharelato ou da Licenciatura. O que nos 
motivou a mudar foi que era grande a separação entre a reflexão teórica e o contacto com 
a realidade das escolas. Tal facto provocava dissonância e desarticulação entre a teoria e 
a prática. O tempo de Estágio era muito reduzido (apenas 1 semestre) e não era suficiente 
para reflectir e relacionar os conhecimentos teóricos com os saberes da prática. 
 21
Ao colocarmos a Prática Pedagógica no 1º ano, pretendemos que o estudante 
tenha um contacto directo com a escola logo neste ano. A extensão da PP ao longo do 
curso visa integrar melhor os conhecimentos teóricos (preceitos, leis, princípios, teorias, 
modelos e abordagens) com as práticas de ensino desenvolvidas nas escolas pelos 
professores. No sistema curricular da UP, o aluno deve aprender a desenvolver pesquisas 
educacionais desde o 1º ano do curso. O seu supervisor irá, progressivamente, iniciá-lo na 
pesquisa educacional. 
Vejamos a representação esquemática do sistema integrado entre teoria e prática 
adoptado pela UP a partir de 2003: 
 
 
Curso 
 
 
 
 
Teoria-Prática Ensino-Pesquisa 
 
 
O Sistema Integrado de formação de professores, ao colocar em paralelo as 
disciplinas teóricas e as actividades práticas, visa formar um profissional que seja capaz 
 22
de perceber a escola como um sistema de organização complexo, composto por várias 
redes de relações e estruturas internas e externas. 
Consideramos que a integração entre as disciplinas teóricas e as actividades 
práticas vai permitir formar um professor melhor capacitado para trabalhar na 
complexidade e na incerteza, formando-o também para situações imprevistas ao longo da 
vida. A reflexão que os estudantes vão começar a fazer, ao observarem a escola na PPG, 
irá desenvolver neles capacidades de reflexão que lhes permitirão compreender a 
pertinência do que estão a aprender ao nível teórico bem como, ao se confrontarem com a 
realidade escolar, poderão pensar em alternativas factíveis para os problemasque estão a 
observar na escola. 
A integração entre a teoria e a prática pretende contribuir para a formação de um 
professor reflexivo que aprende a exercer a sua autonomia, a sua criatividade e que 
aprende a pesquisar e a gerir as várias situações de ensino e aprendizagem visto que estas 
situações de ensino e aprendizagem são imprevisíveis e a formação de professores não se 
pode contentar em formar professores meramente técnicos, capazes apenas de 
implementar um certo currículo. 
Defendemos, na UP, que não chega o professor possuir um saber técnico, ele deve 
durante a sua formação e desde o 1º ano, possuir um saber prático, um saber empírico, 
um saber procedimental. Tal saber prático implica, em primeiro lugar, um auto-
conhecimento por parte do próprio praticante. Ele deve ter consciência das suas 
competências, capacidades, habilidades e atitudes para que saiba lidar com os outros 
(professores da escola-tutores, alunos, direcção da escola e funcionários). O saber prático 
implica também um conhecimento da escola, dos conteúdos escolares; das formas de 
planificação e desenvolvimento curricular. 
A formação de professores na UP visa desenvolver em simultâneo conhecimentos 
racionais, práticos, instrumentais e formalizados. Pretendemos com o sistema integrado 
de PEP que os conhecimentos não sejam adquiridos apenas por intermédio das 
disciplinas, mas que brotem também da acção prática vivida e experimentada. Desejamos 
que os futuros professores percebam que no processo de ensino e aprendizagem (PEA) 
 23
não se deve trabalhar apenas ao nível cognitivo (do saber e conhecimento), mas que a 
construção dos “saberes docentes” deve englobar também saberes ligados ao “saber 
fazer” e ao “saber ser” que ele aprende na vivência escolar quotidiana. 
É necessário ter a consciência de que as PEP não são constituídas por actividades 
meramente práticas (do fazer), elas implicam sobretudo actividades teórico-práticas de 
reflexão e compreensão dos fenómenos escolares, a fim de formar um professor 
autónomo e preparado para os desafios do futuro. 
 
1.3. Actividades das Práticas Pedagógicas 
 
Durante as PEP serão desenvolvidas duas actividades principais: Trabalho de 
Campo e Seminários. Regra geral, o Trabalho de Campo será desenvolvido na/s Escola/s 
Integrada/s e os Seminários serão realizados na UP, mas também poderão, de vez em 
quando, ser realizados na Escola Integrada, contando com a participação dos respectivos 
professores. 
 Sempre que as condições não permitirem, ou quando o supervisor quiser fazer uso 
de outros meios, o Trabalho de Campo será realizado de forma virtual ou indirecta por 
meio do trabalho de vídeos de ambientes escolares. 
Em todas as actividades das PP´s, os estudantes devem trabalhar em grupo (de 
dois, três, quatro, etc.) e devem ser sempre orientados, quer seja nos seminários, tal como 
no trabalho de campo, pelo supervisor da UP. A supervisão e o trabalho entre os 
praticantes devem ser marcados por relações de diálogo, de colaboração, de cooperação e 
de respeito mútuo. 
 
1.3.1. Trabalho de Campo 
 
O Trabalho de Campo nas Práticas Pedagógicas pode ser realizado de forma real 
ou virtual (simulada). Na forma real, o praticante desloca-se a Escola Integrada e trabalha 
em ambiente escolar verdadeiro. Na forma virtual ou simulada, o praticante permanece na 
 24
UP e trabalha com vídeos de escolas, de aulas, com entrevistas aos vários actores 
intervenientes no ambiente escolar. 
As actividades de Campo estão distribuídas da seguinte forma pelos 4 anos da 
Licenciatura em Ensino de: 
 
 
Ano 
Actividades do Trabalho de Campo 
1º Ano Actividades da área organizacional (organização da escola; documentação básica da escola: 
planos, regulamentos, instruções e despachos; circulares, estatutos, livro de turma). 
Actividades da área pedagógica (documentos pedagógicos: planos de estudo dos ciclos e 
classes mapas estatísticos de aproveitamentos e de efectivos escolares e docentes; horários, 
organização das turmas; registo de notas (pautas, livros de exame, cadernetas, etc.); exames; 
biblioteca). 
Actividades da área administrativa (documentos da secretaria: processos de funcionários; dos 
alunos e dos professores; organização do arquivo (pastas de entrada e saída de expediente); 
inventário de bens móveis e imóveis; organização do processo de contas; organização dos 
processos de matrículas. 
Outras actividades (produção escolar; cantina; clube escolar, centro de saúde; núcleos de 
interesse: HIV/SIDA, Meio ambiente; ligação escola-comunidade. 
2º Ano Observação de aulas. 
Participação em reuniões de planificação. 
Trabalho em Oficinas Pedagógicas ou Laboratórios de Ensino. 
Análise e correcção dos cadernos diários. 
Análise e correcção dos TPC’s. 
Assistência de reuniões de turma e de encarregados de educação. 
3º Ano Observação de aulas dos tutores e de colegas praticantes. 
Leccionação de micro-aulas 
Análise de programas e manuais escolares. 
Acompanhamento e auxílio ao Director de Turma. 
Planificação de actividades criativas: interdisciplinares e transversais. 
Concepção e elaboração de recursos didácticos 
Recolha, classificação e elaboração de instrumentos de avaliação 
4º Ano Observação de aulas dos tutores e de colegas praticantes. 
Leccionação de aulas. 
Participação em reuniões pedagógicas. 
Acompanhamento e auxílio ao Director de Turma. 
Participação em actividades não lectivas (reuniões com encarregados de educação, núcleos de 
interesse, programas de ligação escola-comunidade) 
Execução de projectos pedagógicos. 
 
 
 
 
 25
1.3.1.1. Trabalho de Campo real 
 
O Trabalho de Campo, a ser realizado na Escola Integrada, é orientado pelos 
supervisores (docentes da UP) auxiliados pelos tutores (professores da Escola). Durante o 
Trabalho de Campo o estudante-praticante observará a escola e as aulas e participará nas 
actividades lectivas e não-lectivas (planificação e leccionação das aulas, trabalho dos 
núcleos de interesse (HIV/SIDA, preservação do meio ambiente), actividades com a 
comunidade, etc.). 
A observação da escola contribuirá para o estudante conhecer e compreender a 
organização administrativa e pedagógica de uma escola. A observação das aulas vai 
permitir ao praticante conhecer situações concretas de ensino e aprendizagem, 
verificando, por exemplo, como é que os professores fazem a gestão do tempo de aula, 
como se controla a disciplina na sala de aula, como se usa o material didáctico, etc.. 
Ao observar a escola e as aulas, é tarefa do praticante, com o auxílio do 
supervisor, não só limitar-se a preencher fichas de observação, formulários, diários, etc; 
ele deve reflectir, questionar, compreender e interpretar a informação sobre o quotidiano 
escolar. Esse é o momento privilegiado para aplicar os princípios norteadores definidos 
no programa de PEP como, por exemplo, articular a teoria e à prática; exercer a 
interdisciplinaridade; associar o ensino à pesquisa, criar projectos pedagógicos e formar 
professores reflexivos e profissionais. 
Durante a observação das aulas, o praticante não se pode limitar a observar os 
professores e a imitar os modelos observados, ele deve também, para além de toda a 
dimensão técnica necessária para a preparação para o magistério que se efectua através da 
aprendizagem e uso de métodos e técnicas de ensino (como fazer) a serem usadas na sala 
de aula, do desenvolvimento de habilidades de manejo da classe, do preenchimento de 
fichas de observação, da elaboração de questionários e entrevistas, da participação em 
Oficinas Pedagógicas, Laboratórios de Ensino e em actividades de micro-ensino, o 
estudante praticante, auxiliado pelo supervisor, deve avançar para a análise crítica e 
reflexiva da realidade escolar. 
 26
É necessário alertar que a análise crítica não visa procurar problemas, desvios e 
falhas da escola, optando por um “criticismo” enorme pois esta atitude pode gerar 
conflitos edistanciamentos entre a Escola Integrada e a Universidade. 
A análise crítica visa compreender e interpretar os fenómenos educacionais 
observados, focalizando a atenção nos factores externos (sócio-culturais, políticos, 
ideológicos) que rodeiam o currículo, bem como nos elementos internos da organização 
da própria escola. Tal análise crítica visa também verificar a adequabilidade e o sentido 
de teorias e preceitos aprendidos nas disciplinas teóricas (Linguística, Literatura, 
Didáctica e Língua) de forma a articular melhor a teoria com a prática de ensino real. 
Para além de observar e reflectir sobre a escola e as aulas, o praticante participará 
em reuniões de planificação de aulas, planificará e leccionará aulas; ajudará o professor-
tutor em todas as tarefas práticas por ele desenvolvidas como, por exemplo, correcção de 
cadernos diários, de TPC’s, de exercícios de aplicação, de composições, etc. O praticante 
participará também em reuniões de turma e em reuniões com os encarregados de 
educação. O praticante será também integrado nas actividades de ligação escola-
comunidade. 
Durante o trabalho de campo, os praticantes e os supervisores da UP devem 
respeitar as normas vigentes na Escola Integrada. No primeiro contacto com a escola, o 
supervisor deve tomar conhecimento dos Regulamentos e Normas da escola para que os 
praticantes tenham uma melhor integração na escola. Por exemplo, os praticantes e os 
supervisores devem: (i) respeitar os horários da escola; (ii) participar nos rituais da escola 
como, por exemplo, cantar o hino e respeitar o içar da bandeira; (iii) usar a bata dentro da 
escola; (iv) seguir a dosificação feita pelo grupo de disciplina, etc. 
Em síntese, poderíamos dizer que ao realizar o Trabalho de Campo o praticante 
deve ser capaz de conhecer o “mundo concreto” da escola e deve saber valorizar e 
perceber o sentido das actividades escolares. A apreensão e percepção da realidade 
escolar acontecerão através da observação, leccionação e participação nas actividades 
lectivas e não-lectivas. A PEP pretende que o praticante, futuro professor, “aprenda a 
fazer, fazendo”. Ao contactar com a realidade e o mundo concreto da escola, o praticante 
 27
vai também aprender que, para ensinar, ele tem de ter em consideração as várias 
dimensões do ser humano. Tem de considerar a dimensão cognitiva, tão valorizada entre 
os docentes, mas também tem de perceber que os estudantes devem ser considerados no 
seu todo, i.e., mente, corpo, espírito, inteligência, emoções, desejos, sentimentos, etc. 
 
1.3.1.2. Trabalho de Campo virtual 
 
Um dos maiores problemas, enfrentados durante os primeiros anos (2004 a 2009) 
em que se implementaram as Práticas Pedagógicas na UP, foi a presença massiva de 
estudantes-praticantes nas escolas. A referida concentração foi causada pelo aumento 
inesperado de estudantes na UP e devido a inexistência de um protocolo de cooperação 
com o Ministério da Educação. Os diferentes cursos da UP iam de forma individual 
contactando as escolas e colocando os seus estudantes a fazer Práticas sem haver um 
acordo oficial com essas escolas. O que acontecia é que algumas escolas registavam uma 
grande enchente e as Direcções das mesmas começaram a não autorizar a realização de 
PP´s nas suas escolas. 
De modo a resolver este problema, sugerimos que seria conveniente pensar em 
formas inovadoras de realizar as práticas sem haver necessidade de deslocação às escolas. 
Foi nesse âmbito que resolvemos usar novas tecnologias, respectivamente o uso de 
CDROM interactivo. 
Produzimos um CDROM em que colocamos filmagens de escolas, fotos de 
ambientes escolares, documentos escolares vários, manuais, fichas, relatórios, etc.. O CD 
pode ser usado tanto no Ensino Presencial, Semi-Presencial ou a Distância. Pretendemos 
com a produção do CD caminhar para uma flexibilização curricular maior em que seja 
possível usar novas tecnologias, novas metodologias em que professor e estudante 
assumam novos papéis e novas formas de ensinar e de aprender. O CD pode funcionar 
como um apoio ao Trabalho de Campo real, como também pode ser usado como o 
principal recurso didáctico em situações em que o estudante não tem possibilidade de 
viver no mundo escolar concreto. 
 28
Os meios de comunicação audiovisuais (video, TV e cinema) e as novas 
tecnologias de informação e comunicação (computador e internet) são meios muito 
importantes na educação e formação de professores. 
Normalmente os estudantes e os professores olham para os meios de comunicação 
de massas e para as novas tecnologias como meios acessórios nas suas aulas e não os 
exploram de forma eficaz como conteúdos de ensino. Pretendemos com a nova proposta 
de Práticas Pedagógicas usar tais recursos e tecnologias como recursos para o ensino e 
aprendizagem, mas também numa abordagem mais sistémica como conteúdos do ensino. 
Se os estudantes têm a possibilidade de fazer as PP´s numa Escola Integrada, o 
supervisor pode usar os CDs como um instrumento que irá complementar o trabalho de 
Campo e os seminários, modernizando e optimizando o que já vinha sendo realizado 
anteriormente. Por exemplo, perante a dificuldade de entrevistar os vários actores de uma 
escola (Directores, Delegado, Director de Classe, etc.) ou de recolher documentos 
escolares (regulamentos, circulares, livro de turma, etc.) o supervisor pode fazer uso do 
CD de PPG para ter acesso a tais depoimentos e documentos. No caso de os estudantes 
não terem possibilidades de se deslocarem a Escola Integrada, o supervisor pode usar o 
CD como instrumento de conhecimento dos conteúdos principais da PP. 
O vídeo tem sido usado na vertente de video-formação no micro-ensino como 
um recurso valioso na formação de professores. Tem sido prática em várias instituições 
pelo mundo fora o uso de videos para auxiliar na tarefa de supervisão dos estudantes 
estagiários. Registam-se em video as aulas dadas pelos estagiários e posteriormente 
fazem-se comentários e reflexões sobre tais aulas com vista a melhoria do ensino. O 
vídeo tem-se mostrado como uma grande auxiliar na correcção de atitudes e acções 
incorrectas, como também é útil no desenvolvimento de processos metacognitivos nos 
futuros professores. No capítulo 2 sobre os “métodos, técnicas e estratégias de formação 
das PEP” trataremos do uso do video no micro-ensino e no Capítulo 3 “Técnicas de 
recolha e análise de dados na PEP” trataremos da análise de videos e da leitura de 
imagens. 
 29
Para além do uso do vídeo em filmagens de aulas e no micro-ensino (nas Práticas 
Pedagógicas de...), pretendemos usá-lo também na observação e conhecimento da escola 
na Pática Pedagógica Geral (PPG). Pretendemos por meio dos videos, fotos e documentos 
que apresentamos no CD trabalhar de forma interactiva com esta nova tecnologia 
educativa. 
O Trabalho de Campo virtual por meio do uso do CD-ROM e de outras 
ferramentas tecnológicas, na PEP visa adicionar a linguagem digital à linguagem oral e 
escrita que são comuns até ao presente momento. O estudante vai realizar a observação 
da escola por meio da leitura de imagens, de fotos, de documentos e de depoimentos 
registados nos 3 tipos de linguagem, respectivamente oral, escrita e digital. 
Consideramos que o trabalho campo é virtual na medida em que a actividade 
decorre em espaços e tempos diferenciados em relação à realidade. É possível fazer 
actualizações constantes, trabalhar em rede e fora da realidade em que as acções ocorrem. 
O espaço virtual também se caracteriza pela cibercultura (imagens, iconicidade e sons), 
pela hipertextualidade do texto e por conter base de dados (documentos, fotos, etc.). Uma 
das características do espaço virtual é a virtualização dos sentidos (auditivo, táctil e 
visual); os estudantes não estão nas escolas, mas podem usar os seus sentidos de forma 
simulada para perceber a realidade que foi filmada. As imagens captadas permitemcriar 
ambientes e realismos de grande valor que serão trabalhadas de forma simulada e virtual. 
O CD-ROM é um recurso didáctico que devido ao seu carácter multi e 
hipermediático torna-se um facilitador da aprendizagem visto que ele integra, imagem, 
luz, som, textos escritos e orais e permite que o estudante faça buscas, pesquisas e 
estabeleça links quando estão ligados à internet. 
Apesar de toda a riqueza de informações presentes no CD ele não irá substituir o 
papel do professor. Este deve planificar actividades de ensino e aprendizagem que 
permitam o uso efectivo das informações. Conforme Kenski (2003), a linguagem digital 
provoca o aparecimento de “novos comportamentos de aprendizagem, novas 
racionalidades, novos estímulos perceptivos” (p.33). O mesmo autor afirma que “a 
tecnologia digital rompe com a narrativa contínua e sequenciada dos textos escritos e se 
 30
apresenta como um fenômeno descontínuo. Sua temporalidade e sua espacialidade, 
expressas em imagens e textos nas telas, estão directamente relacionadas ao momento da 
sua apresentação”. 
Com o uso do CD-ROM os docentes terão de mudar o seu papel e serem 
mediadores da aprendizagem. Segundo Laurillard (1995), apud Kenski (2003:46), as 
novas tecnologias fazem com o professor assuma 4 papéis diferentes: 
1. contador de histórias, podendo ser substituído por um video ou uma 
teleconferência; 
2. negociador, fazendo o ensino por meio da discussão, da leitura de textos, de 
livros ou assistir um filme; 
3. ordenador de conhecimentos dos estudantes que ficam a pesquisar e a 
aprender por descoberta por meio dos recursos mulmidiáticos; 
4. colaborador, trabalhando e interagindo com os estudantes na busca e troca de 
informações. 
 
Na aprendizagem interactiva não há desordem, apesar de se privilegiar um ensino 
que não é sequencial e fixo e em que o estudante pode buscar as informações por si 
próprio. A educação e a formação efectuam-se por meio da comunicação e interacção 
entre a Universidade e outras instituições escolares, convivendo com elas de forma 
integrada através do uso de novas tecnologias. A Universidade deve, assim, criar 
condições para que os docentes e estudantes aprendam a usar as novas tecnologias 
educativas e que para além do saber científico e pedagógico possa “ser agente, produtor, 
operador e crítico dessas novas educações mediadas pelas tecnologias electrônicas de 
comunicação e informação” (Kenski - 2003:49-50). 
Os novos recursos digitais obrigam-nos a mudar a nossa maneira de ensinar e 
abrem a possibilidade de trazer a escola integrada para a tela do computador e permitir 
que o professor e o estudante, mesmo estando longe um do outro, possam dialogar e 
desenvolver a sua autonomia. 
 31
Ao trabalharmos com registo de imagens (videos) trazemos para a escola um novo 
tipo de leitura a que não estávamos habituados: a leitura de imagens. O registo das 
imagens em video permite que o estudante observe a escola de vários ângulos, podendo 
ver a imagem quantas vezes forem necessárias para descrevê-la, interpretá-la e criticá-la. 
Como nos diz Kenski (2003: 62), as novas tecnologias modificam a leitura a que 
estavamos habituados. Em vez de textos de compêndios, usam-se “textos curtos, 
cartazes, intercalados com imagens, desenhos, filmes, literatura” depoimentos, 
entrevistas, fotografias e textos clássicos. A escola tem a missão de formar leitores para 
outras concepções de linguagem e de escrita em que há uma “mediação entre o oral, o 
escrito, o imagético e o digital, o hipertexto” (ibidem). 
O texto digital ou hipertexto é um caminho para se ter uma dada informação em 
que se usam vários recursos tais como: “animação, desenho, som, filmes, caminhos de 
navegação por uma página da internet, vídeo e teleconferência em tempo real, 
simulações, jogos, separados ou mixados ao mesmo tempo” (Kenski – 2003:62 e 63). 
Os estudantes ao realizarem o Trabalho de Campo com as informações dos CD´s 
podem associar as informações presentes em vários campos. Por exemplo, para descrever 
uma escola um estudante pode, em primeiro lugar, assistir a um video e depois ver as 
fotos e ler um relatório de PP´s; no entanto, um outro estudante pode seguir um caminho 
diferente, começando por ver as fotos, ouvir um depoimento, analisar uma ficha de 
observação, começar a escrever o relatório e depois ver um video de uma escola filmada; 
um terceiro estudante pode, em vez de descrever uma única escola, observar três escolas 
e compará-las. 
É do nosso interesse colocar o CD na rede da Internet e colocar Links com outros 
sites sobre Práticas Pedagógicas, dando assim a possibilidade do estudante buscar, 
pesquisar e criar outras ligações entre várias informações. Como diz Kenski (2003: 63), o 
“browser (programa por meio do qual se entra e navega nas páginas da 
Internet) interage com o texto e com o leitor. Torna possível relacionar o 
bloco de informações de um documento com outros textos que o 
navegador já leu e que estão arquivados na memória do computador. 
 32
Pode encaminhar também para novos textos nas redes, para outras 
explicações sobre o mesmo tema, ou para outros temas.” 
 
Os estudantes passam a ter maior autonomia e liberdade para aprender noutros 
ambientes. O estudante pode, com a ajuda do professor traçar os seus caminhos para o 
conhecimento da realidade escolar. Os estudantes podem buscar informações que 
ultrapassam os limites da sala de aulas convencional. 
Para que seja possível conhecer a realidade escolar na PEP, é necessário, para 
além da produção de videos, fotos, links, textos clássicos, entrevistas, etc., tal como 
afirma Kenski (2003:70-90), que se tenham em consideração os seguintes factores: 
1. criação de infra-estrutura tecnológica (computadores, softwares e redes); 
2. nova lógica para o ensino (alteração dos papéis dos professores e estudantes, 
análise crítca de informações, uso de manipulação táctil, intuição, emoção, 
abordagens inter e transdisciplinares); 
3. impactos na concretização do projecto pedagógico (novos princípios 
pedagógicos, nova organização escolar, novas práticas educativas); 
4. formação adequada de professores (conhecimento de novas tecnologias, 
aproveitamento criativo de recursos dos computadores e das redes); 
5. nova gestão das instituições educacionais (reorganização dos estudantes, 
turmas, reformulação do espaço físico de ensino e aprendizagem, i.e., criação 
de salas ambientes, laboratórios, mediatecas, etc.; novas formas mais rápidas 
de decisão pedagógica; nova administração do tempo docentes, contabilização 
do trabalho virtual). 
 
O Trabalho de Campo Virtual obriga-nos a pensar sobre as etapas necessárias 
para a implementação de novas tecnologias de informação e comunicação na educação. 
Souza (2002) sugere que o uso das TIC´s em educação deve passar por 6 fases: 
1. sensibilização para a informática educacional; 
2. capacitação técnica; 
 33
3. capacitação em recursos informáticos; 
4. workshops disciplinares e interdisciplinares; 
5. grupo de implementação; 
6. implementação institucional. 
 
Achamos que a UP encontra-se no caminho certo, pois tem envidado esforços 
para introduzir e implementar as TIC´s em todas as suas Delegações, apesar de ainda 
enfrentar problemas ao nível da capacitação técnica e em recursos informáticos. Esta 
fragilidade não nos pode impedir de implementar o uso das TIC´s nas PP´s e no EP. Para 
além da capacitação técnica temos de enfrentar o desafio de passar de um “ensino da 
informática para o ensino pela informática”1. 
 
Como se pode ver é um grande desafio para a UP realizar o Trabalho de Campo 
nas PP´s, usando Novas Tecnologias de Comunicação e Informação (TIC’s). Nos 
capítulos posteriores explicaremos com mais pormenores como trabalhar com os CD´s. 
 
1.3.2. Seminários 
 
Os seminários são encontros de reflexão, discussão e problematização de vários 
assuntos, com vista a estabeleceruma melhor articulação entre a teoria e a prática. Nas 
PP´s distinguimos dois tipos de seminários: Seminários Práticos e Seminários 
Pedagógicos. 
Os Seminários Práticos destinam-se a: 
1) planificar e organizar o Trabalho de Campo; 
2) promover a análise crítica e discussão do Trabalho de Campo em 
desenvolvimento na escola relativo à observação da escola, das aulas e de 
todas outras situações pedagógicas que exijam reflexão e intervenção. 
 
1 Expressão usada por Souza, Sérgio A. F.. “Educação e Informática: temas transversais e uma proposta de 
implementação” . Conect@. www.revistaconecta.com 2002, p.10, extraído em 3 de Junho de 2010. 
 
 34
 
Os Seminários Pedagógicos têm o objectivo de: 
1) aprofundar e consolidar conhecimentos adquiridos nas disciplinas 
psicopedagógicas e didácticas; 
2) reavivar e reflectir sobre alguns assuntos teóricos necessários para a 
compreensão e interpretação dos fenómenos, dos factos e das ocorrências da 
prática de ensino. 
 
 
 
1.3.2.1. Orientações gerais, temas e actividades dos seminários 
 
Durante os seminários, os estudantes devem trabalhar em grupo. Os supervisores 
devem apresentar no início do ano a programação dos seminários para todo o semestre 
e atribuir tarefas específicas para cada grupo. Os supervisores deverão, com a 
colaboração dos estudantes, indicar os temas básicos para cada PEP e fornecer aos 
estudantes a bibliografia básica necessária para a orientação de cada seminário. O 
Programa de PEP contém os temas principais que devem ser abordados em cada ano, 
nomeadamente: 
 
Ano 
Temas e actividades dos seminários 
1º Ano 1) Seminários Práticos 
- Planificação e análise crítica do Trabalho de Campo; 
 - Redacção de memórias descritivas/ narrativas autobiográficas sobre a organização e 
administração escolar (estudantes com experiência de ensino). 
2) Seminários Pedagógicos 
- Observação (métodos, técnicas, instrumentos); 
- Sistema Nacional de Educação; 
- Planificação do PEA; 
- Organização e administração de uma escola; 
- Funções das várias estruturas administrativas e pedagógicas da escola; 
- Actividades não-lectivas (extracurriculares). 
2º Ano 1) Seminários Práticos 
- Planificação e análise crítica do Trabalho de Campo; 
 35
- Concepção de pequenos Projectos pedagógicos; 
- Redacção de memórias descritivas/ narrativas autobiográficas sobre a planificação de aulas e 
o PEA em geral (estudantes com experiência de ensino); 
- Trabalho em Oficinas Pedagógicas e Laboratórios de Ensino. 
2) Seminários Pedagógicos 
- Estudo dos Programas e dos manuais escolares; 
- Análise do trabalho docente ; 
- Elaboração de material didáctico; 
- Métodos de ensino e aprendizagem; 
- Avaliação do PEA. 
3º Ano 
 
1) Seminários práticos 
- Planificação e análise crítica do Trabalho de Campo; 
- Estudo dos programas escolares; 
- Análise dos livros e manuais escolares; 
- Planificação de unidades didácticas e de aulas; 
- Discussão e análise de planos de lição; 
- Reflexão e análise crítica das micro-aulas leccionadas; 
- Elaboração de material didáctico para as aulas (textos de apoio, resumos, apontamentos, 
fichas, modelos, materiais audiovisuais, etc.). 
2) Seminários Pedagógicos 
- Planificação do PEA; 
- Planificação de micro-aulas; 
- Avaliação da aprendizagem; 
- Métodos de ensino; 
- Trabalho de Projecto. 
4º ano 1) Seminários Práticos 
- Planificação e análise crítica do Trabalho de Campo; 
- Estudo dos programas escolares; 
- Análise dos livros e manuais escolares; 
- Planificação de unidades didácticas e de aulas; 
- Discussão e análise de planos de lição; 
- Reflexão e análise crítica das aulas leccionadas; 
- Elaboração de material didáctico para as aulas (textos de apoio, resumos, apontamentos, 
fichas, modelos, materiais audiovisuais, etc.); 
- Concepção de Projectos Pedagógicos. 
2) Seminários Pedagógicos 
- Planificação do PEA; 
- Planificação de aulas; 
- Avaliação da aprendizagem; 
- Métodos de ensino de L2; 
- Trabalho de Projecto. 
 
 
 
 
 36
1.3.2.2. Orientação de Seminários Pedagógicos 
 
Uma das maiores preocupações, sobretudo dos estudantes do 1º ano é a realização 
de um seminário subordinado a temas científicos. Interrogam-nos amiúde: Como fazer 
um seminário? Qual é o meu papel? Como preparar e apresentar o seminário? Que 
material devo levar para o seminário? Como organizar o seminário? 
 Vejamos, de seguida, algumas normas que poderão auxiliar o estudante na 
orientação de um seminário de reflexão sobre um dado tema. 
 
 
 1.3.2.2.1. Definição 
 
• O seminário é um método de estudo e actividade didáctica específica de 
cursos universitários. Os seminários pedagógicos são actividades planificadas, 
de intercâmbio, nas quais o estudante praticante apresenta, individualmente ou 
em grupo, estudos efectuados sobre determinado tema, com carácter psico-
pedagógico e didáctico. 
• O seminário pedagógico é agendado pelo supervisor e decorre na UP ou na 
Escola Integrada. Podem participar nos seminários pedagógicos os 
intervenientes (supervisores, estudantes e tutores) das Práticas Pedagógicas de 
uma determinada disciplina. (U.P. Regulamento Académico, Artigo 57). 
 
 1.3.2.2.2. Objectivos 
 
O objectivo dos seminários pedagógicos é levar os participantes a uma reflexão 
aprofundada de determinado problema científico, do E-A de uma disciplina ou da 
Educação, a partir de textos e em equipa. 
Para se alcançar esse objectivo, o seminário deve levar todos os participantes: 
• a um contacto com o texto básico, criando condições para uma análise 
rigorosa e radical do seu conteúdo; 
 37
• a compreensão da mensagem central do texto, do seu conteúdo temático; 
• a interpretação desse conteúdo, ou seja, a uma compreensão da mensagem de 
uma perspectiva de situação de julgamento e de crítica da mensagem; 
• a discussão da problemática presente explícita ou implícita no texto. 
 
1.3.2.2.3. Preparação do seminário 
 
Em conformidade com Severino (2002:69), a preparação é feita em três 
abordagens que se complementam: 
(a) a leitura da documentação do texto básico e do texto complementar; 
(b) a leitura analítica do texto básico; 
(c) a leitura da documentação do texto-roteiro do seminário. 
 
 Para facilitar a participação de todos, o coordenador do seminário fornece, dias 
antes do seminário, um texto-roteiro que poderá assumir uma das seguintes formas: 
 
a) Texto-roteiro didáctico 
 
 Severino (2002:64) considera que o texto-roteiro tem o seguinte conteúdo: 
apresentação temática do seminário; breve visão de conjunto da unidade e esquema geral 
do texto. O mesmo autor afirma também o seguinte: 
• Quanto à apresentação temática do seminário, observe-se que não se trata da 
análise temática como um todo, mas tal qual é apresentado pelo texto, o 
responsável recorre à primeira etapa dessa análise; 
• A visão de conjunto refere-se às várias etapas do texto estudado. Não se trata 
de um resumo, uma síntese lógica do raciocínio, mas simplesmente são 
enunciados os vários assuntos abordados na unidade. 
• O esquema geral do texto, o seu plano arquitectónico, toma a forma de um 
índice dos vários tópicos abordados. Para isso, divide-se o texto como se 
 38
intitulassem os vários temas tratados, o que facilitará aos demais participantes a 
sua posição diante do mesmo quando da preparação da leitura. 
• Contextualização: situação da unidade estudada no texto de onde é retirada, na 
obra do autor, assim como no seu pensamento geral e no contexto histórico-
cultural em que o autor do texto se encontrava. O responsável pelo seminário 
recorre a técnicas de análise textual e à análise interpretativa (a compreensão do 
pensamento geral do autor favorece a compreensão do texto estudado). 
• Elaboração dos principais conceitos, ideias e doutrinas que tenham relevância no 
texto de acordo com a técnica de documentação. Note-se que a pesquisa

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