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O mínimo para viver Síntese de Psicologia aplicada à saúde Docente: Fernanda Gomes Discente: Thaynah Derlland Damasceno Matrícula: 2010812024 Curso: Nutrição 1. O FILME O filme dirigido e escrito por Marti Noxon retrata a história de uma jovem chamada Ellen, de 20 anos, que vive uma constante luta contra a anorexia nervosa. Após entrar em um programa de internação e não obter nenhum progresso, Ellen resolve voltar para a casa do pai e da madrasta, Susan. Com o pai sempre ausente, Susan resolveu tomar a frente da situação e levou Ellen a um especialista Dr. Beckham que insiste em ter a presença de Ellen no programa. Mesmo relutante, Ellen aceita participar a pedido da sua irmã. Ao mudar-se para a casa a protagonista conhece outros seis participantes que incluem cinco mulheres jovens e Luke, um bailarino, que está perto da recuperação tanto de sua anorexia como também uma lesão no joelho. Luke é participante motivacional para outros pacientes, tentando ajudá-los a se recuperar da anorexia. Entre várias reuniões dentro do processo o Dr. Beckham chama a família de Ellen para uma terapia familiar, o pai da protagonista não aparece, e é colocado na roda o abandono da mãe que ja nao conseguia lidar com a doença da filha e também é citado a arte que Ellen fez e publicou no Tumblr (arte que influenciou outra jovem a cometer suicídio). Ellen promete tentar melhorar, mas continua perdendo peso. Após uma conversa com o Dr. Beckham, Ellen resolve mudar seu nome para Eli e começa a se integrar com os outros moradores da casa. Em um determinado momento, Eli descobre que Megan, outra participante do programa, estava grávida mas a mesma acaba perdendo o bebê assim que completar 12 semanas, por acreditar que já estava seguro para o bebê, Megan resolve retornar ao purga. Eli presenciou toda a cena do aborto, deixando ela totalmente abalada. Eli resolve fugir do programa e vai para Phoenix, no Arizona, em busca de sua mãe. Logo depois de uma longa conversa com sua mãe que expressou culpa pela depressão pós-parto, que teve após o nascimento de Eli, a mãe sugere que ela possa alimentar Eli com leite de arroz na mamadeira, Eli aceita a sugestão e chora no colo de sua mãe. Após perceber que sua mãe já havia ido dormir, Eli sai para dar uma volta e acaba desmaiando, ela começa a alucinar que está em uma árvore e encontra o seu par romântico, o Luke, que revela a ela a sua situação de extrema magreza e como ela está tão doente. Ele lhe dá um pedaço de carvão que é sua coragem, e ela o engole. Ao despertar, Eli decide voltar pra casa. Ela reencontra a sua madrasta e sua irma, abraça ambas e decide retornar ao programa de internação de Beckham. 2. TRANSTORNOS ABORDADOS NO FILME Durante todo o filme é possível perceber alguns transtornos além do principal, como de exemplo a depressão pós-parto que a mãe da protagonista teve e a compulsão alimentar que uma das participantes do programa tem. Mas o principal transtorno abordado no filme é a bulimia e a anorexia nervosa, que é um transtorno psiquiátrico, que tem um impacto psicológico e alimentar bastante grave. 3. CARACTERÍSTICAS DO TRANSTORNO ABORDADO NO FILME. A anorexia nervosa caracteriza-se pela distorção da autoimagem, pelo intenso medo de engordar e pela preocupação excessiva com o peso. São várias as características da Anorexia nervosa, transtorno abordado no filme, tanto fisicamente como comportamentalmente. Fisicamente pode notar-se a perda de peso rápida, magreza excessiva, a alteração/interrupção da menstruação ( amenorreia), o laguno (como forma de se proteger, o organismo de uma pessoa com anorexia desenvolve uma penugem pelo corpo, para tentar se esquentar, já que a taxa de gordura corporal é muito baixa), mudanças faciais (por exemplo, olhos pálidos, afundados e olheiras). Psicologicamente é possível perceber a preocupação excessiva com a alimentação e com o peso; irritabilidade em torno das refeições, medo exagerado de ganhar peso, imagem corporal distorcida ( se vê gorda quando na verdade está muito abaixo do peso), baixa autoestima, acha que tem total controle da situação, dificuldade ou indecisão em aceitar o tratamento, tem a absoluta certeza de que não está doente, depressão, pessimismo, se acha um problema, sente-se culpada por tudo, isolamento social… Já as características comportamentais são ainda mais aparentes como de exemplo: contagem de calorias, prática de exercício de forma compulsiva ou excessiva, roupas largas para disfarçar, nao comer, rejeição de medicamento por medo de engordar, uso de laxantes, mastigar o alimento e depois cuspir, cheirar embalagens ou a própria comida para passar a vontade de comer, segredos em torno dos hábitos de alimentação (dizer que comeu, mas não é verdade), comer muito devagar, cortar alimentos em pedaços muito pequenos… 4. TRATAMENTO ABORDADO NO FILME. Após o tratamento não ter dado certo, a jovem Eli aceita o tratamento do Dr. Beckham que tem como objetivo reduzir o risco de comprometimento da saúde, incentivar o aumento de peso, comportamentos normais de alimentação e exercício, com plena recuperação psicológica e física. O acolhimento, a humanização e a multidisciplinaridade são pilares fundamentais no tratamento desses casos. O tratamento é realizado em uma casa comandada pelo médico Dr. Beckham onde os pacientes de diferentes diagnósticos de transtornos alimentares convivem nessa casa, com sessões periódicas de terapia de grupo, familiar e também encontros individuais com ele. No filme não é relatado o tratamento com remédios (o que seria indicado também). É citado no filme o processo de pontuações e recompensas, ou seja, quando um paciente come e começa a ter progresso (engordar), ela recebe privilégios como sair sozinha, por exemplo. OBSERVAÇÕES: - No filme é retratado a desestrutura familiar que a jovem tem, porém isso não é causa para transtorno alimentar. Essa desorganização pode levar a uma piora de um componente psicológico. - Por conta do impacto psicológico e alimentar é fundamental que haja uma equipe multidisciplinar no atendimento deste paciente. O psiquiatra, psicólogo e o nutricionista compõem essa equipe. Porém, no filme o paciente é quem decide o que vai comer… nao tem esse acompanhamento multidisciplinar. - A terapia familia e bastante importante para que a paciente receba e perceba que tem o total apoio de seus parente.
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