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Projeto de Pesquisa - Radioatividade numa pespectiva CTSA para o ensino de Química

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS 
FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA 
CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
Valéria da Silva Cavania 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR 
SUPERVISIONADO EM ENSINO III 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dourados/MS 
Maio/2021 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS 
FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA 
CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR 
SUPERVISIONADO EM ENSINO III 
 
 
Relatório de Estágio Curricular 
Supervisionado em Ensino III, 
desenvolvido na Escola Estadual Ramona 
da Silva Pedroso, como requisito parcial, 
para aprovação no referente componente 
curricular. 
 
 
Professor de Estágio: 
Prof. Dr. Ademir de Souza Pereira 
 
 
 
 
 
 
Dourados/MS 
Maio/2021 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 3 
2. DIÁRIOS DE SALA DE AULA DA UNIVERSIDADE ....................................................... 8 
3. RELATO DE EXPERIÊNCIA DAS AULAS REMOTAS NA ESCOLA ......................... 22 
3.1 Relato das aulas de acompanhamento docente .................................................... 22 
3.2 Projeto de Integração escola universidade ............................................................. 28 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 43 
5. REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 46 
 
 
 
 
3 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Este trabalho é um relatório das atividades desenvolvidas na disciplina de 
Estágio Curricular e Supervisionado III, a qual faz parte do curso de Licenciatura Plena 
em Química da UFGD. 
As atividades realizadas em estágio I foi o de observação, na Escola Estadual 
Ramona da Silva Pedroso, onde acompanhei a professora Izamara Casadia, em suas 
aulas para o 1º, 2º e 3º ano do ensino médio. Em estágio II as atividades foram de 
coparticipação, além da observação, na mesma escola e com a mesma professora do 
estágio I. Durante as aulas auxiliava a professora na correção de listas e a passar 
exercícios no quadro. 
Nessa componente de Estágio III a professora que acompanho se chama 
Taiane Gonçalves Leite, ela é graduada em Química Licenciatura pela Universidade 
Estadual de Mato Grosso do Sul, e é professora da Escola Estadual Ramona da Silva 
Pedroso, leciona a disciplina de Química na escola a menos de um ano. Na 
universidade quem acompanhou e orientou e desenvolveu as atividades de estagio 
foi o professor Ademir Pereira de Souza. 
O objetivo do estágio I foi conhecer a realidade vivenciada no contexto escolar 
da professora e dos alunos em sala de aula. O estágio de observação proporciona um 
primeiro contato prático com alunos do ensino médio. Já no estágio II é incluir o aluno 
de licenciatura na sala de aula de modo que ele não fique apenas na observação, mas 
que desenvolva alguma atividade com alunos e viva experiências reais dentro da sala 
de aula. O estágio de coparticipação proporciona um segundo contato prático com 
alunos do ensino médio, já que o primeiro contato com uma sala de aula foi em estágio 
I. Agora em estágio III, o objetivo é proporcionar uma experiência completamente 
diferente, tirar o graduando que se encontrava apenas na posição de observador e 
coparticipativo em atividades dentro da sala de aula, para a regência, que irá preparar 
experimentos, aulas e atividades, pela primeira vez, estar na frente de uma sala de 
aula com alunos e estar no papel de professor. 
 
 
4 
 
 
O estágio de regência e coparticipação foi realizado na Escola Estadual Ramona 
da Silva Pedroso, situada à Rua Adroaldo Pizzini n. 2.750, no Jardim Santo André, 
município de Dourados, Estado de Mato Grosso do Sul, tem o nome em homenagem 
a uma das pioneiras da cidade, senhora Ramona da Silva Pedroso. 
Na época da construção, em 1987, o Estado precisava do espaço físico para 
edificação da escola. A ter conhecimento desse fato, a família de Dona Ramona 
prontificou-se imediatamente a doar o terreno; o Estado e a comunidade 
homenagearam-na, intitulando a Unidade Escolar como Escola Estadual Ramona da 
Silva Pedroso. 
Em 2002, com a implantação da Educação de Jovens e Adultos – EJA 
reconquistou-se parte da clientela; desenvolveram-se projetos articulados com as 
famílias, recuperou-se a parcialmente estrutura física dos muros com releitura de 
obras de arte pintadas na face externa destes. Com o apoio da comunidade, algumas 
ruas de acesso foram calçadas e fez-se a recuperação da pintura das salas de aula. 
A escola, entretanto, nunca passou por reforma completa em sua estrutura física, 
desde a sua criação e início de funcionamento. 
A Unidade Escolar, no ano de 2018, de caráter estritamente público, atende 
uma clientela heterogênea, formada por 652 (seiscentos e cinquenta e dois) alunos, 
todos regularmente matriculados. Fica situada em uma região em que a condição 
socioeconômica dos habitantes é bastante diversificada; além disso, recebe alunos 
das sitiocas, das fazendas e de outros bairros da região periférica de Dourados, 
realidade que produz muitos e grandes desafios que somente um trabalho 
colaborativo que integre toda a comunidade escolar e conte com o suporte da 
Secretaria Estadual de Educação poderão ser superados. 
 Ao longo da sua trajetória, desde o início de seu funcionamento, a escola 
oferece as etapas da Educação Básica: Ensino Fundamental (Anos iniciais e finais) e 
Ensino Médio (1º ao 3° ano). A partir do ano de 2012, a escola passou a oferecer a 
Educação Profissional Técnica em Nível Médio – Curso Técnico em Agronegócio – 
Eixo Tecnológico: Recursos Naturais. 
 
 
5 
 
 
Totalizam vinte e três turmas. Destas doze são no período matutino, quatro do 
Fundamental I, quatro do Fundamental II e quatro do Ensino Médio; no vespertino 
funcionam dez turmas, sendo cinco Fundamental I e cinco Fundamental II. 
A importância do estágio para a formação do docente é que ele possibilita ao 
aluno de licenciatura uma vivencia em uma situação real de ensino, onde ocorre o 
contato com a realidade da escola nos preparando para a futura profissão. Sabendo-
se da demasiada importância no processo de formação desse futuro professor, 
concordo com as palavras de Maziero e Carvalho (2012) que diz: 
 
Nesse momento, o professor orientador (Universidade) e o 
professor supervisor da unidade escolar terão condições de 
observar os efeitos no processo de ensino-aprendizagem das 
inovações pedagógicas implementadas por seus estagiários no 
cotidiano da sala de aula ou da escola (p. 65). 
 
Com ênfase na importância de se trabalhar metodologias diferenciadas no 
ensino de ciências (Química), destaco que, o mundo científico tecnológico em que 
vivemos, exige do cidadão conhecimentos mais apurados na área, e a disciplina de 
Ciências é a que mais oportuniza o enfrentamento dessa exigência. Vale ressaltar, 
que é preciso estimular os alunos para esse campo do saber, pois o domínio do 
conhecimento científico é a alavanca para o desenvolvimento de um país. Além disso, 
possibilita também, o conhecimento de sua própria vida, construindo argumentações, 
reflexões e opiniões críticas do mundo que o cerca. 
 
A formação deve estimular uma perspectiva crítico-
reflexiva, que forneça aos professores os meios de um 
pensamento autónomo e que facilite as dinâmicas de auto 
formação participada. Estar em formação implica um 
investimento pessoal, um trabalho livre e criativo sobre os 
percursos e os projetos próprios, com vista à construção de uma 
 
 
6 
 
 
identidade, que é também uma identidade profissional. O 
professor é a pessoa (p. 19). (Nóvoa, 1992). 
 
Em concordância com Nóvoa, ressalto quea atividade exercida durante os 
estágios supervisionados, proporcionam esse livre pensamento, entretanto, existe a 
insegurança, pouca confiabilidade na execução de suas próprias tarefas, ou seja, 
aplicar algo que é totalmente desenvolvido por você. 
Mas, pensando por outra vertente, essa insegurança é comum entre os futuros 
docentes, visto que, a profissão, seja ela qual for, produz em nós, uma ansiedade e 
carga excessiva de responsabilidade, porém, com a prática, e utilizando as 
metodologias crítico-reflexiva, teremos auto formação com nossas características. 
Sobre a aprendizagem educacional e articulando com a atividade de reflexão, 
Ausubel, Novak e Hanesian (1980) descrevem, 
 
Se tivéssemos que reduzir toda a psicologia educacional a um 
único princípio diríamos que o fator singular mais importante que 
influencia a aprendizagem é aquilo que o aprendiz já sabe, 
descubra isso e baseie se nisso seus ensinamentos (p. 137). 
 
Segundo ele, a aprendizagem para tornar-se significativa, só é possível quando 
um novo conhecimento se relaciona de forma substantiva e não arbitrária a outro já 
existente. Para que essa relação ocorra, é preciso que exista uma predisposição para 
aprender. Ao mesmo tempo, é necessária uma situação de ensino potencialmente 
significativa, planejada pelo professor, que leve em conta o contexto no qual o 
estudante está inserido e o uso social do objeto a ser estudado Lemos (2011). Assim, 
acredita-se na melhoria dos métodos de ensino-aprendizagem, poder utilizar a relação 
professor-aluno como uma das metodologias diferenciadas de ensino. 
O Estágio Curricular Supervisionado, indispensável na formação de docentes 
nos cursos de licenciatura é um processo de aprendizagem necessário a um 
profissional que deseja realmente estar preparado para enfrentar os desafios de uma 
carreira e deve acontecer durante todo o curso de formação acadêmica, no qual os 
 
 
7 
 
 
estudantes são incentivados a conhecerem espaços educativos entrando em contato 
com a realidade sociocultural da população e da instituição. Como preparação à 
realização da prática em sala de aula, o estágio se configura como uma possibilidade 
de fazer uma relação entre teoria e prática, conhecer a realidade da profissão que 
optou para desempenhar, pois, quando o acadêmico tem contato com as atividades 
que o estágio lhe oportuniza, inicia a compreensão aquilo que tem estudado e começa 
a fazer a relação com o cotidiano do seu trabalho. (SCALABRIN; MOLINARI, 2013). 
O Estágio Supervisionado é uma exigência da LDB – Lei de Diretrizes e Bases 
da Educação nacional nº 9394/96 nos cursos de formação de professores, por ser um 
momento de fundamental importância no processo de formação dos docentes. 
Constitui-se espaço que possibilita aos estudantes vivenciar o que foi aprendido no 
curso de graduação, tendo como função integrar as inúmeras disciplinas que 
compõem o currículo acadêmico, contribuindo assim para uma inter-relação entre os 
componentes curriculares e a prática. Sendo assim, o Estágio Supervisionado tem um 
papel fundamental no processo de formação inicial, pois, o mesmo caracteriza-se 
como a prática em meio à aprendizagem na graduação. (GUTIERREZ; BRITO, [s.d.]). 
Dessa forma, a relação de indissociabilidade teoria-prática ocorre de forma 
mais intensa nos componentes de Estágio, visto que, os licenciandos são orientados 
a observar e coletar dados sobre os diversos espaços da escola, bem como dos 
responsáveis por cargos e espaços, de maneira a caracterizar a escola desde sua 
fundação, seus objetivos, sua situação atual e suas perspectivas futuras. (Pérez; 
Carvalho, 2012). 
 No contexto escolar, os estagiários observam os diferentes papéis 
desempenhados por professores em exercício, procurando identificar possibilidades 
de funções relevantes no sistema escolar. Além das observações na escola, 
acompanham os professores de Química em sala de aula para conhecer os alunos e 
o ofício do profissional do ensinar. 
 
 
 
8 
 
 
2. DIÁRIOS DE SALA DE AULA DA UNIVERSIDADE 
Os diários de sala de aula são produções textuais realizadas a partir dos textos, 
seminários, aulas, apresentações e discussões ocorridas nas atividades on-line. 
 
2.1 Relato 1: Como foi o primeiro contato com a direção e com a professora? 
 O contanto que tive com a escola e a diretora foram feitos de forma remota. 
Como vou fazer o componente de Estágio III na escola Ramona, não houve grandes 
dificuldades, vista que, foi a instituição onde realizei anteriormente os Estágios I e II. 
Desse modo, entrei em contato com a direta da escola e expliquei a minha situação a 
ela, dizendo que precisava fazer o estágio com alguma professora da disciplina de 
Química, e precisava dos dados da escola e os dela para preencher o termo de 
compromisso. 
Primeiramente foi realizado a organização da documentação e enviado a escola, 
que posteriormente me enviou de volta. Assim, enviei os documentos ao Professor 
Ademir no prazo estabelecido por ele. O contanto feito entre mim e a escola foi feito 
dessa maneira, porque nas semanas em questão estava doente por conta da corona 
vírus. 
Depois de organizar os documentos, a diretora enviou o número da professora 
que ministra as aulas de Química na escola, para eu entrar em contanto com ela e 
estabelecer as atividades que seriam feitas nesse modelo de aulas a distância. 
 
2.2 Relato 2: Mini aula de 10 minutos – considerações do Professor Ademir 
Fomos desafiados pelo Professor Ademir a fazer uma aula de 10 minutos sobre o 
conteúdo de Soluções ou Tabela Periódica e apresentar com a câmera ligada para 
todos os colegas presente na sala da reunião. 
O tema que escolhi foi Tabela periódica – propriedades periódicas, mas por ser 
apenas 10 minutos de aula, não seria possível explicar todos os itens dentro desse 
conteúdo, então a minha mini aula foi sobre raio atômico e eletronegatividade. Fiz a 
explicação do conteúdo por meio de uma apresentação em slides feitos no power 
 
 
9 
 
 
paint. Ficou combinado de o professor mandar na aula seguinte uma aula gravada na 
qual ele descreve pontos que seriam necessários melhorar, mas de uma forma geral, 
para todos os outros alunos que explicaram e deram suas mini aulas, sem apontar 
nomes. 
Assistir a aula do professor foi muito esclarecedor, além de podermos ter um 
feedback, foi muito relevante, no sentido de quais pontos pecamos e no que podemos 
melhorar e no que fomos bem. Apesar do professor não citar nomes, é possível saber 
a partir da fala dele o que é para você ou não, porque é possível notar as nossas 
falhas, principalmente quando alguém nos avalia e diz no que dá para melhorar. 
Dar aula no modelo remoto é uma tarefa árdua, ainda mais sendo avaliado, porque 
mesmo sendo a distância, o nervosismo não muda. Um dos principais apontamentos 
feitos pelo Professor Ademir a respeito das nossas apresentações, foi em relação a 
nossa postura em frente a câmera, e isso me fez recordar que durante a minha 
apresentação não conferi se a câmera estava bem posicionada, se a iluminação 
estava boa e se me mantive de maneira formal na cadeira. Outra observação do 
Professor estava relacionada ao fato de não demonstrarmos exatamente com o cursor 
do mouse o que queríamos sinalizar, e isso é um item muito importante a se levar em 
consideração, porque se não mostramos exatamente o que queremos fazer e 
expressar na nossa apresentação, o aluno pode não entender exatamente o que 
queremos passar. 
Em relação a erro conceitual, penso que não cometi nenhum, mas é importante 
estar atento e estudar bem antes de dar uma aula ou mini aula, pois acredito que erros 
como iluminação, posição da câmera são itens importante, mas saber explicar o 
conceito é mais importante ainda. 
 
2.3 Relato 3: Auto avaliação da experimentação que apresentamos ao professor 
na aula de Estágio. 
O objetivo das aulas dos dias 29 de março e 19de abril seria de apresentar 
uma mini aula de 15 minutos de forma síncrona e assíncrona para a turma. 
 
 
10 
 
 
No dia 29 de março apresentei uma mini aula envolvendo uma experimentação 
para desfazer o mito de que a combustão da vela pode ser usada para medir o teor 
de oxigênio presente no ar. Acredito que a mini aula que ministrei foi extremamente 
relevante para a minha formação, principalmente por esse momento que nos 
encontramos atualmente, no qual não é possível ir as escolas e executar essas 
propostas de forma presencial. 
Em relação ao conteúdo científico, acredito que não houve conceitos errôneos 
na minha sala, e um ponto positivo, eu diria que seria a dinâmica que utilizei para 
expor o experimento, apresentando inicialmente o experimento e questionando os 
meus colegas com perguntas acerca do que eles visualizavam no experimento, assim, 
sendo possível saber qual os conhecimentos prévios que eles possuíam sobre aquela 
prática. Em seguida, com a explicação teórica utilizando como recurso didático uma 
apresentação em Power paint, na qual expliquei o motivo de não ser possível medir o 
teor de oxigênio presente no ar atmosférico utilizando a experiencia da combustão da 
vela, além de explanar o que de fato é possível obter de resultados a partir dessa 
experiência. 
O principal desafio dessa atividade foi ser sábia para escolher e preparar um 
local na minha casa para fazer o experimento, como moro em apartamento, realizei o 
experimento num quarto onde atualmente trabalho com tatuagem, e sendo um 
ambiente bem iluminado, isso foi um fator que ajudou muito na visualização do 
fenômeno que discuti na minha mini aula. 
A minha principal dificuldade foi em relação ao nervosismo, apesar da atividade 
ser executada de maneira remota o nervosismo é o mesmo, mas percebi que quanto 
mais domino daquilo que preciso explicar, menos nervosa fico. Então uma percepção 
a respeito dessa atividade proposta pelo professor é de que a escolha do tema que 
irei apresentar, tem que ser muito bem entendido por mim, assim, o nervosismo acaba 
sendo um fator que não irá me prejudicar. 
Penso que a dificuldade de ensinar Química nesse formato esteja relacionado 
a escolha do que apresentar, enquanto no modo presencial temos mais liberdade para 
escolher o experimento e por estamos na escola, possuímos maior disponibilidade de 
materiais, realizar esse tipo de atividade em casa nos limita muito, no sentido de, é 
 
 
11 
 
 
necessário escolher uma experimentação que de fato tenha uma mudança visual para 
que seja percebido por quem assiste e os materiais que por vezes, não encontramos 
todos em casa. Entretanto, esse formato não presencial é possível fazer uma aula 
para que os alunos possam entender a experimentação e o conceito químico que 
ocorre. 
A atividade solicitada pelo professor é necessária, e digo isso com propriedade, 
pois nas disciplinas especificas do curso, somos submetidos a avaliações que por 
vezes só decoramos para sermos aprovados, uma Química que não é vista no ensino 
médio e completamente decorada. Aprendemos para passar, ajudamos nossos 
colegas a passar nessas disciplinas utilizando esse método, e por vezes, sabemos o 
conteúdo da disciplina X porque de tanto decorar aquilo, acaba-se tornando 
significativo para nós. As disciplinas do ensino focam numa aprendizagem mais 
dinâmica e contextualizada com diferentes metodologias, entretanto só mostram isso 
na teoria, pouco aplicamos na prática, as avaliações nos desafiam a propor aulas 
utilizando conteúdos de Química do ensino médio, mas é nos Estágios que 
observamos na prática se é possível aplicar tal proposta elaborada nas disciplinas de 
ensino, é nesse momento que somos desafiados a ser professor ou professora de 
Química. 
De maneira geral, acredito que a atividade acrescentou muito para minha 
formação, penso que é necessário continuar estudando para melhorar, mas me sinto 
muito orgulhosa e motivada a continuar, principalmente pelo feedback do professor. 
No dia 19 de abril entreguei a segunda mini aula solicitada pelo professor, 
diferente da primeira mini aula que foi apresentada ao vivo no meet, essa atividade 
deveria ser executada e gravada, e posteriormente publicado no youtube (não listado) 
e encaminhado o link para o professor nos avaliar. 
Nessa mini aula o conteúdo que discuti foi pH, iniciei a apresentação mostrando 
um folder que recentemente estava sendo compartilhado nos grupos de WhatsApp 
sobre alguns alimentos com valores de pH básicos, e era sugerido que as pessoas 
consumissem esses alimentos, pois um organismo com pH alcalino seria 
supostamente resistente ao vírus da Covid-19. Entretanto, os valores de pH de certos 
alimentos que era relatado estavam completamente errôneos, como por exemplo, o 
 
 
12 
 
 
limão com um pH de quase 9, caracterizando assim, uma feeknews. Dessa forma, o 
intuito da aula seria explicar cientificamente o que é pH e verificar o valor do pH de 
alguns produtos que tenho em casa utilizando o repolho roxo que é um indicador de 
acidez e basicidade. 
A maior dificuldade em relação a essa atividade não foi relacionada a conceitos 
químicos e nem com a experimentação executada, mas na edição e na gravação do 
vídeo, tanto do experimento de testar o pH do vinagre, limão, água sanitária, entre 
outros, e na gravação da aula onde explico o conceito utilizando como recurso didático 
o power paint. O principal desafio dessa atividade é a parte de juntar as gravações e 
editar o vídeo, que foi executada graças à ajuda da minha noiva, além da necessidade 
de possui um celular que grave a imagem com boa qualidade. 
Para essa atividade proposta pelo professor, acredito que tenha sido mais fácil 
que a primeira, porque nessa se ocorre algum erro na hora da explicação, é só gravar 
novamente e corrigir o erro, caso isso ocorra numa apresentação ao vivo, dá pra 
perceber o erro e se corrigir, mas as vezes, por estarmos nervosos, acabamos nem 
percebendo. Dessa forma, acredito que não tenha nenhum conceito errôneo na minha 
apresentação, sendo um ponto positivo. 
Essa atividade proposta pelo professor se difere apenas no formato como ela 
é entregue a ele, a primeira atividade sendo ao vivo pelo Meet e essa gravada, e 
acredito que as duas foram relevantes, pois precisamos experienciar a elaboração de 
atividades a distância e sermos capazes de produzir uma mini aula com 
experimentação no formato de vídeo. 
 
Relatos referente ao ano de 2020 antes do cancelamento das aulas devido a 
pandemia da corona vírus. 
2.4 Relato 4: Aspecto Gerais de uma aula 
A aula teve o objetivo de mostrar como um professor deve se comportar dentro 
de uma sala de aula, desde na organização do quadro, o planejamento de uma aula 
e explicação de conteúdos envolvendo gráficos. 
 
 
13 
 
 
 Para promover uma aula é necessário seguir algumas orientações, a primeira 
delas está no planejamento, como identificar a aula, o conteúdo a ser ministrado e a 
data. É importante planejar para saber como desenvolver a aula, que abordagem 
metodológica utilizar, como avaliar os alunos, com a finalidade de atingir o objetivo 
geral. Quais os pontos críticos naquele conteúdo? ou o nível dos alunos é suficiente 
para a compreensão do conteúdo? será necessário utilizar algum recurso audiovisual? 
Perguntas como essas se fazem necessárias, visto que, é importante conhecer os 
alunos daquela sala e estar sempre atento as reações deles durante a aula. 
 Outro item muito enfatizado durante a aula é sobre a realização da chamada, 
então para não perder tempo assim que chegar na sala, o correto é já iniciar com o 
conteúdo no quadro, escrevendo a data, o nome da disciplina, nome do professor e 
conteúdo a ser estudado, para que nesse mesmo tempo o professor faça a chamada 
enquanto os alunos copiem o que está no quadro, isso é uma forma de ganhar tempo, 
e sempre incentivar os alunos acopiarem o mais rápido possível. 
 Durante as aulas o professor pode optar em utilizar o quadro, e isso foi deixado 
muito claro durante a aula de Estágio III a importância de se o utilizar, pois se o 
professor fizer o uso do data show, é necessário colocar em tópicos os principais itens 
do conteúdo com letra legível, para que os alunos registrem no caderno, assim como 
também, colocar a data, nome da disciplina, conteúdo a ser estudado e dividir o 
quadro em três partes iguais. 
 O Exemplo de gráfico que o professor apresentou na aula foi de Coeficiente de 
Solubilidade do KNO3, onde nesse tipo de gráfico é possível se observar a quantidade 
máxima de soluto que nesse caso é o KNO3 podem ser dissolvidas em 100 gramas 
de águas numa determinada temperatura sem que forme corpo de fundo. O gráfico 
apresentado na aula é mostrado a baixo: 
 
 
14 
 
 
Figura 1: Curva de Solubilidade do KNO3. 
 
Fonte: DUTRA. N. L. Solubilidade. 2012. 
 
 A figura 1 foi explicada pelo professor Ademir no quadro para nós graduandos, 
mas ele sempre questionava os principais aspectos, esperando uma resposta da 
turma para prosseguir com a explicação. Ele marcou pontos acima da curva, sobre a 
curva e a abaixo da curva e perguntou quais seriam os tipos de soluções encontradas 
em tais casos. E então respondemos que soluções saturadas são encontradas em 
pontos sobre a curva de solubilidade, por exemplo em 140 g de KNO3/100 g de água 
a 70 ºC, ou seja, nessas condições 140 gramas do sal seria a quantidade máxima que 
poderia ser dissolvido no solvente nessa temperatura para que não houvesse 
formação de corpo de fundo, sendo assim, esse seria o coeficiente de solubilidade do 
sal. Em soluções em que os pontos marcados no gráfico são acima da curva, elas 
são ditas soluções supersaturadas, ou seja, essas soluções já dissolveram mais 
soluto do que o limite máximo para não se ter corpo de fundo em determinada 
temperatura em exatos 100 gramas de água, e então assim que a temperatura 
baixasse a solução seria supersatura com corpo de fundo. Em pontos marcados 
abaixo da curva, essas soluções são ditas insaturadas, ou seja, é possível dissolver 
mais do sal KNO3 em 100 gramas de água naquela temperatura. Após esses 
comentários feitos por nós na sala, o professor enfatizou tais conceitos de soluções 
saturadas, supersaturadas e insaturadas em esquemas de soluções desenhado por 
 
 
15 
 
 
ele no quadro da sala, para mostrar de uma maneira mais didática as explicações, 
porque numa sala no ensino médio os alunos não conhecem esses termos e só pela 
explicação como fizemos para o Professor Ademir ficaria difícil para eles entenderem, 
sendo assim, a importância de desenhar os esquemas, questionar os alunos, explicar 
o gráfico promoveria uma melhor apresentação dos conceitos. 
 Durante a aula o Professor enfatizou a importância em uma aula expositiva 
para que nos professores em formação estimule os alunos a desenhar para lembrar, 
transformar frases ou conceitos em esquemas mentais ou anotar em tópicos, e 
quando for resolver os exercícios chamar os alunos para participar do raciocínio para 
que aconteça a construção do conhecimento. 
 Foi discutido também na aula a utilização dos termos corretos, ou seja, os 
símbolos de massa, concentração molar e massa molar, e a questão da letra legível 
com relação a escrita do elemento Cobalto (Co) e substância composta Monóxido de 
carbono (CO) no quadro, para que o aluno não precise interromper a aula só para 
perguntar o que está escrito no quadro. E nunca escrever no quadro de costas para a 
turma e falar, pois caso tenha algum aluno com deficiência auditiva, irá prejudica-lo 
no entendimento do assunto da aula, pois existem alunos que apesar da deficiência, 
consegue entender o conteúdo por meio do movimento da boca do professor, e 
também numa sala com muitos alunos, falar e escrever ao mesmo tempo de costas 
pode prejudicar também quem está sentado ao fundo da sala, pois a voz do professor 
chega muito baixa. 
 A aprendizagem que tive durante essa aula foi de que trabalhar com os alunos 
o raciocínio para resolver o exercício é muito importante, para que a compreensão se 
de uma maneira melhor, ou seja, explicar e chamar o aluno para o raciocínio, como 
resolver o problema em conjunto, fazer perguntas durante, prender ao máximo a 
atenção do aluno, além de incentiva-los a desenhar e esquematizar os conceitos para 
auxiliar na hora do estudo. Outra aprendizagem também foi com relação a voz, em 
um momento da aula o professor disse a maneira correta que devemos projetar a 
nossa voz para que não prejudique tanto a nossa garganta, e também sempre estar 
acompanhado de uma garrafa de água. 
 
 
16 
 
 
 Eu me considero uma pessoa tímida, então de todas as aprendizagens nessa 
aula, a principal foi de que olhar para o fundo da sala, ou para a testa dos alunos nas 
primeiras aulas de regência é uma forma de não ficar tão nervosa e claro, dominar do 
conteúdo, pois acredito que não tem nada pior do que explicar e não saber tirar a 
dúvida de algum estudante. 
 
2.5 Relato 5: David P. Ausubel 
A aula teve o objetivo de mostrar os enfoques teóricos a aprendizagem da 
Teoria de Ausubel e nossas experiências enquanto professor. 
Ao iniciar a aula, o professor fez uma discussão geral em todas as teorias que 
aprendemos ao longo do curso, como o comportamentalismo que estuda o 
comportamento como fruto da necessidade e impulsos específicos, ênfase em 
comportamentos observáveis. O professor fez uma explicação de modo que 
mostrasse exemplos de como se dá cada tipo de aprendizagem; na 
comportamentalista seria algo num contexto em que se o aluno não obteve a 
aprovação por nota, então o aluno irá reprovar, dado que esse professor nessa teoria 
não considera outros fatores para que tenha acarretado a reprovação de seu aluno. 
Isso é diferente na teoria do humanismo, a ênfase é na pessoa, no qual é levado em 
conta o seu esforço, onde o ensino é centrado no aluno. Por fim, o cognitivismo em 
que Ausubel é um representante dessa teoria, no qual a ênfase é na mente da pessoa. 
Nessa teoria de cognitivismo é trazido o termo subsunçor, que é o 
conhecimento presente na estrutura cognitiva que irá servir de apoio para que novos 
conhecimentos sejam aprendidos, assim, ocorre a aprendizagem significativa, e não 
a aprendizagem mecanizada. Ausubel chama de subsunçor os conhecimentos prévios 
que os alunos possuem na estrutura cognitiva, desse modo, o professor deve procurar 
saber o que o aluno já sabe, e se ele não sabe, é dever do professor inserir nele 
conceitos básicos, ou seja, o professor pode usar de algum meio para verificar quais 
conhecimentos iniciais os alunos tem, e se caso não possuam nenhum subsunçor, 
então Ausubel propõe o Organizador Prévio, que são uma série de atividades que 
devem ser feitas para incluir conhecimentos/subsunçores na estrutura cognitiva do 
 
 
17 
 
 
aluno, sendo por questionário, discussões, revisão, vídeo, experimento, jogo didático 
ou texto e paródia. 
Ausubel diz que a estrutura cognitiva do aluno funciona como um grande 
emaranhado de ideias, todos os conceitos estão conectados como numa rede em que 
os subsunçores estão relacionados uns com os outros. Com isso, se o aluno já possui 
subsunçor para um novo conteúdo que ele irá aprender, os novos conceitos irão se 
inserir nessa rede dentro da cabeça do aluno, de modo a se relacionar com os que já 
estavam, é aqui que ocorre a aprendizagem significativa. Contudo, se o aluno não 
possui nenhum subsunçor sobre um determinado conteúdo, a aprendizagem poderá 
acontecer de maneira mecanizada, pois o aluno irá absorver a informação, mas não 
irá se conectar na estrutura cognitiva com os outros conceitos já existentes, é a 
aprendizagem decorada, em que o aluno estuda para a prova e em seguida se 
esquece, a informação entra de forma momentânea. Entretanto, se o conceitofor 
utilizado, constantemente, ele acaba se relacionando com os outros conceitos que o 
cognitivo já tem, ou seja, pelo seu uso constante, ela se torna uma aprendizagem 
significativa. 
Sendo assim, é função do professor: identificar subsunçores relevantes a 
aprendizagem; diagnosticar aquilo que o aluno já sabe; organizar a apresentação das 
ideias básicas antes das mais especificas. Desse modo, os fatores determinantes da 
aprendizagem significativa são os conhecimentos prévios e a pré-disposição em 
aprender, ou seja, o aluno tem que ter motivação em se interessar pelo aprendizado. 
Uma abordagem da teoria de Ausubel são os mapas conceituais, na qual 
procura representar como o conhecimento é armazenado na estrutura cognitiva de 
um estudante. Para isso o aluno deve ser capaz de organizar em etapas e, 
hierarquicamente, esse conjunto de informações dos conceitos mais gerais para os 
mais específicos, e foi isso que o professor Ademir passou ao final da aula, para que 
organizássemos um mapa conceitual a partir de palavras chaves do conteúdo de 
misturas, e assim fizemos. O mapa conceitual pode ser utilizado como um método de 
avaliação. 
A minha experiência em ensinar, fui adquirindo ao longo dos anos, ajudando 
colegas na faculdade ou em meu estágio, sou monitora, dessa forma os alunos me 
 
 
18 
 
 
procuram para resolver exercícios e tirarem dúvidas pertinente a disciplina de 
Química, mas as vezes alguns estudantes tiram algumas dúvidas nas quais eles não 
entenderam o conceito inicial, e por tal motivo não conseguem resolver os problemas, 
e é ai que eu vejo, que durante a explicação do professor, o aluno achou que 
entendeu, mas na verdade ele decorou momentaneamente, e depois que foi resolver 
os exercícios, mas não conseguiu mais entender, porque esse novo conceito não se 
relacionou em sua estrutura cognitiva, acontecendo assim a aprendizagem mecânica, 
que mesmo “decorando” a matéria, não garante que o aluno consiga fazer a aplicação 
dos conceitos. 
Um fato que aconteceu comigo e que envolve a teoria de Ausubel é com as 
disciplinas da faculdade. É óbvio que, tem matérias que possuímos mais facilidade, e 
outras nem tanto. As disciplinas de Físico-química ou Orgânica quando fiz, 
simplesmente decorei tudo para a prova, se me pego hoje tentando resolver algum 
exercício de alguma dessas duas disciplinas, tenho muita dificuldade. Parece que eu 
apenas entendia durante a aula, mas na verdade estava acontecendo a aprendizagem 
mecanizada. 
Essas experiências de ensinar ou de estar na posição de aluna, influenciará a 
minha ação como futura professora, visto que, como aluna, as matérias que mais tive 
dificuldade foram as que decorei, por não possuir subsunçores sobre tal conteúdo. 
Sendo assim, a principal importância da teoria de Ausubel é inserir os conhecimentos 
prévios, caso meus alunos não o possuam, para que, sirvam de apoio para 
aprenderem novos conteúdo, para garantir a aprendizagem significativa. 
 
2.6 Relato 6: Autoavaliação da explicação de um exercício 
A aula teve o objetivo de apresentar um exercício para a turma, na qual foi 
gravada pelo nosso professor e que posteriormente deveríamos assistir em casa e 
escrever sobre nossas perspectivas. 
O exercício escolhido por mim foi um do conteúdo de Relações numéricas: 
Quantificação de massas, em que diz que a massa atômica de um elemento químico 
é calculada por meio de uma média ponderada das massas atômicas dos isótopos 
 
 
19 
 
 
desse elemento, de acordo com a suas respectivas abundancias na terra. E é esse 
valor médio de massa atômica que aparece na tabela periódica. 
Comecei apresentando a turma o conteúdo que escolhi o problema para 
explicar, e que antes de começar a escrever no quadro o exercício em si, iria escrever 
uma breve definição junto com a expressão matemática que é usada para calcular o 
valor médio de massa atômica de um elemento químico. Acredito que antes de se 
iniciar o problema no quadro, é importante situar quem está assistindo a nossa aula 
sobre qual conteúdo e por qual motivo iremos estudar aquilo, sem chegar só jogando 
no quadro um monte de informação que de primeiro momento o aluno não vai 
compreender nada. Sendo assim, eu explique que, os valores de massas atômicas 
que temos na tabela periódica, ninguém colocou lá porque achou que tinha que ser 
aqueles valores, mas que na verdade se tem uma massa correta para cada elemento, 
e que eu iria mostrar um exemplo daquilo por meio de um problema. 
Depois da minha explicação e passar no quadro o exercício sobre a 
porcentagem dos isótopos de cloro, o resolvi, de modo que fazia uma parte da 
expressão e explicava o porquê de tais valores estarem ali, apenas no final do vídeo 
dá pra ver que eu fiquei um pouco confusa, porque esqueci de falar que um dos 
valores na conta deveria ter multiplicado por 100, e só depois de uns 15 segundos fui 
me dar conta de que eu deveria ter dito aquilo, afim de se ficar mais claro de onde 
saiu cada valor, e só quase no final da resolução do exercício, voltei e disse que 
aquela multiplicação deve ser feita, pois matematicamente falando, é uma regra. 
Acredito que essa falha se deve ao nervosismo, e que estar na frente do quadro 
escrevendo é um pouco confuso quando se começa a utilizá-lo, entretanto, foi uma 
experiência diferente, ver como eu falo e gesticulo na frente de uma sala. 
A partir do conteúdo que apresentei, acredito que as dificuldades que os alunos 
poderiam ter, seria em relação a matemática utilizada para resolver o exercício, 
porque não é simplesmente uma aplicação de fórmula, apesar de tê-la, é preciso 
rearranjar de modo a colocar em função do resultado que se deseja encontrar. E isso, 
eu percebi durante a explicação do exercício para os meus colegas na sala, porque 
quando eu terminei a leitura do problema, deu pra notar o ponto de interrogação em 
seus rostos. 
 
 
20 
 
 
As minhas dificuldades foram na fala, pois quando estou nervosa, começo a 
falar muito rápido e acaba ficando confuso, e ficar de frente para uma sala de aula, 
mesmo que seja com colegas de curso, da um nervosismo, mas escrever no quadro 
me ajudava a aliviar um pouco essa tensão, e principalmente, saber o exercício, ter 
segurança no que falar. Sendo assim, até mesmo para a explicação de um exercício 
se planejar é muito importante, saber o que deve falar e estudar o conteúdo, para que 
na hora da explicação, quem te assiste, entenda o que você quer passar. 
 
2.7 Relato 7: Gaston Bachelard 
Esse relato de experiência faz parte da disciplina de Estágio III que é ministrada 
pelo Professor Ademir Pereira, na Universidade Federal da Grande Dourados, a aula 
foi sobre a teoria de Bachelard, que se trata dos obstáculos epistemológicos, que 
atrapalham o aluno a compreender a Ciência e impedem de construir o conhecimento 
científico. Ao todo são 5 obstáculos epistemológicos que o professor não deve 
produzir em sala de aula. 
O primeiro é o obstáculo da experiência primeira está relacionado com o que o 
aluno já sabe acerca dos temas estudados, ou seja, como as ideias e explicações 
populares entendem os fenômenos. O conhecimento cientifico só é criado quando 
contraposto ao conhecimento prévio. Isso acontece quando o aluno conhece algum 
fenômeno a partir do conhecimento popular, e quando aprende o conhecimento 
científico de tal ainda possui uma cerca limitação em acreditar. 
O segundo obstáculo é o animista, e isso acontece quando é atribuída 
característica própria de seres vivos a objetos de estudo, não vivos. Isso pode causar 
demasiada confusão na cabeça dos alunos. O professor levou vários exemplos na 
aula mostrando algumas imagens que possuía esse obstáculo animista e o relato dos 
alunos sobre o que eles haviam aprendido não tinha nada a ver com o que realmente 
queria se passar, o conhecimento cientifico. Um exemplo disso é representar átomos 
com bocas, nariz epossuir fala, sendo que átomos não fazem nada disso. 
O terceiro obstáculo é o realista, e isso se dá quando o aluno se contenta com 
uma explicação concreta, não consegue observar uma abstração necessária para 
 
 
21 
 
 
promover uma explicação completa, se contentando com uma explicação muito 
simples e fora do real, um exemplo disso, é a imagem que o professor passou em que 
possui dois “átomos” conectados por uma corrente e um deles possui ainda uma fala. 
Além de ser um obstáculo animista, é realista também, porque isso é completamente 
fora do real, pois ninguém consegue ver dois átomos e ainda mais amarrados por uma 
corrente, dando a intender que é assim que se ocorre as ligações químicas. 
O quarto obstáculo substancialista está relacionada com uma explicação muito 
superficial, o professor não desenvolve uma explicação aprofundada, dando a 
entender de que o que ele passou foi tudo, mas na verdade foi só a ponta do iceberg. 
E o último obstáculo é o verbal e ele aprece quando são utilizados termos do 
senso comum, do cotidiano ou analogias para tentar facilitar a compreensão de um 
fenômeno. O professor quando faz mal-uso dessas analogias ao tentar auxiliar no 
entendimento de algum assunto, acaba por confundir o aluno ou fazer com que ele 
crie um entendimento completamente diferente do que precisa. 
Durante o meu ensino médio não me recordo de nenhum desses obstáculos 
epistemológicos vindos de meus professores, talvez o obstáculo verbal tenha 
acontecido, mas não iria me recordar. O obstáculo animista e realista apareceram em 
muitas imagens que o professor apresentou, e ele disse que aquelas imagens foram 
retiradas de livros didáticos, sendo assim, mais um motivo para eu acreditar que eu 
não tenha visto nenhum obstáculo, pois raramente usávamos livros. 
É importante ressaltar que esses obstáculos atrapalha a construção do 
conhecimento científico, porque o aluno cria um entendimento errôneo do conteúdo e 
não consegue obter uma aprendizagem significativa, até porque o que ele acha que 
entendeu está errado. 
 
 
 
 
22 
 
 
3. RELATO DE EXPERIÊNCIA DAS AULAS REMOTAS NA 
ESCOLA 
3.1 Relato das aulas de acompanhamento docente 
 
A professora supervisora da escola me indicou a data do dia 20 de abril de 2021 
as 8h para ministrar uma aula de 50 minutos por meio do google meet, o conteúdo foi 
Modelos Atômicos. Tendo a data marcada da aula de regência, comecei no dia 15 de 
abril a elaborar minha aula por meio do Power paint, como mostra a figura 2 abaixo: 
 
Figura 2: Aula de Modelos Atômicos. 
 
Fonte: Própria do autor. 
 
 Para a elaboração da aula, recorri a livros do ensino médio (Ser protagonista, 
volume 1) além de apostilas sobre o conteúdo que tenho em casa, figuras e artigos 
da internet. O meu intuito era propor uma aula dinâmica, com slides organizados em 
tópicos, sem muitos textos e com imagens e esquemas para representar alguns 
conceitos. Como meu tempo foi relativamente curto para discutir um conteúdo tão 
complexo, fiz apenas um apanhado em cada modelo atômico, desde os filósofos 
 
 
23 
 
 
gregos, Dalton, Thomson, Rutherford, Bohr, e o modelo da atual da Mecânica 
Quântica. 
 No dia da aula, após a professora dar alguns recados aos alunos presentes, 
iniciei minha aula para as turmas do 1° ano do ensino médio, turma A e B. Me 
apresentei, dizendo meu nome e idade e que sou acadêmica do ultimo ano do curso 
de Licenciatura em Química, em seguida comecei a aula questionado os alunos sobre 
quais suas concepções sobre o que seja átomo, poucos alunos responderam sobre 
ser uma pequena parte que compõem a matéria, tendo em vista que a maior parte 
dos alunos acreditavam nesse postulado, iniciei a aula mencionando sobre o que os 
filósofos gregos tinham pensando a respeito de uma partícula a qual denominaram de 
átomo. Expliquei aos alunos, que diferentes dos cientistas que deram explicações 
acerca da matéria por meio de experimentações, os filósofos gregos não fizeram isso, 
porque para eles o raciocínio humano era superior a experimentação. 
 Após explicar sobre o conceito que os filósofos gregos propuseram para o 
átomo, iniciei a explicação sobre o modelo atômico de Dalton e dos outros cientistas, 
sempre dizendo que depois de um certo tempo, um determinado modelo não era 
capaz de explicar certas características da matéria, surgindo assim a necessidade de 
se propor um novo modelo. 
 Explicar os modelos atômicos até o modelo de Bohr foi um desafio, mesmo 
conhecendo o conteúdo, passar esse conhecimento por meio de uma tela foi a parte 
mais difícil, porque não tem como saber as expressões dos alunos, eu simplesmente 
deduzo que eles seguem compreendendo toda a minha fala a respeito desse assunto, 
e mesmo quando eu os questionava, nunca havia dúvida. Assim, pude concluir duas 
coisas, ou eles realmente estavam entendendo toda a minha explicação, o que é 
ótimo, ou eles não estavam entendendo absolutamente nada ao ponto de serem 
capazes de formular uma pergunta. Entretanto, ao final, a atividade que propus a eles 
esclareceu essa minha dúvida. 
 A parte mais desafiante do conteúdo foi explicar o modelo atômico atual, porque 
durante os séculos XVIII e XIX, os cientistas tentaram desenvolver um modelo atômico 
com base nos fundamentos da Física clássica que conseguisse justificar todos os 
fenômenos observados na natureza. Nenhum deles, entretanto, conseguiu atingir 
 
 
24 
 
 
esse objetivo por completo, pois sempre havia outro fenômeno não previsto. Foi Niels 
Bohr quem mais se aproximou do sucesso, uma vez que foi o primeiro pesquisador a 
embasar seu modelo em ideias que iam além da Física clássica, como a quantização 
da energia proposta primeiramente por Planck em 1900. Então, precisei explicar aos 
alunos que diferente dos modelos anteriores que era explicados por meio da Física 
clássica, o modelo atômico atual está calcado em princípios da Física quântica e 
consegue explicar a maior parte dos fenômenos naturais. 
 Após concluir minha aula expositiva e dialogada com os alunos, elaborei uma 
atividade com eles, com a minha câmera do meet aberto, mostrei algumas 
representações de experimentos e modelos que os cientistas fizeram propuseram. O 
primeiro modelo que mostrei aos alunos foi uma esfera pintada de verde feita de 
isopor, e questionei se aquele objeto poderia ser utilizado para representar algum 
modelo atômico, a maioria respondeu no chat e apenas dois alunos responderam pelo 
microfone que aquela esfera representa o modelo de Dalton, o que está correto, nesse 
momento rememorei com os alunos as principais caraterísticas do modelo de Dalton. 
 Em seguida as representações que mostrei aos alunos foram do experimento 
de Thomson sobre os raios catódicos e o de Rutherford sobre a folha fina de ouro 
sendo bombardeada por uma fonte emissora de partículas alfa, uma pequena parte 
dos alunos responderam e acertaram em dizer de qual modelo atômico aquelas 
representações estariam relacionadas, após eles responderam, relembrei com eles o 
que essas representações dos experimentos feitos por Thomson e Rutherford 
proporcionaram para uma melhor investigação sobre a estrutura do átomo. Na figura 
3 abaixo mostra um dos momentos relatados. 
 
 
25 
 
 
Figura 3: Atividade com os alunos sobre os modelos atômicos na plataforma do meet. 
 
Fonte: Própria do autor. 
 
 Ao final da atividade, questionei os estudantes se eles possuíam alguma 
dúvida, e todos disseram que não, então mencionei sobre a lista de exercícios 
contendo quinze atividades, desde de questões optativas a questões discursivas que 
deveria ser feita e entregue a professora, e eu estaria à disposição de ajuda-los no 
período da tarde, caso tivessem dúvidas. Essa lista de exercícios elaborei no dia 18 
de abril de 2021 utilizando o livro didático e uma apostila contendo exercícios 
conceituais e contextualizados do grupo Eleva educação,ou seja, minha proposta foi 
elaborar exercícios de interpretação de texto até exercícios de raciocínio lógico, no 
qual o aluno teria que pensar nos conceitos que aprendeu para responder as 
perguntas. 
 Sobre as representações utilizadas na atividade ao final da aula, foram modelos 
feitos a partir de materiais alternativos, durante o ano de 2020 estava desenvolvendo 
um projeto de teatro cientifico sobre modelos atômicos e uma das propostas era 
desenvolver esses modelos, então eu os guardei, podendo utilizar esses materiais 
novamente. 
 Foi extremamente desafiador propor essa atividade de forma remota, apesar 
de não estar presencialmente na sala de aula com todo o cenário, alunos e o professor 
 
 
26 
 
 
da sala, fiquei extremamente nervosa, principalmente no começo da aula, momento 
no qual precisei dialogar com os estudantes. 
 Durante os dias 20, 21, e 23 de abril, desenvolvi a atividade de monitoria com 
os alunos no período da tarde, foi feito um grupo no WhatsApp para que eles 
pudessem enviar suas dúvidas da lista de exercícios, alguns alunos começaram a me 
procurar no privado para questionar algo sobre o conteúdo, então eu direcionava as 
perguntas deles para o grupo e respondia apenas lá, para que todos os outros colegas 
pudessem visualizar a explicação, a figura 4 e 5 é um print feito do grupo mencionado. 
 
Figura 4: Monitoria realizada por meio do WhatsApp. 
 
Fonte: Própria do autor. 
 
 
 
 
27 
 
 
 
Figura 5: Monitoria realizada por meio do WhatsApp. 
 
Fonte: Própria do autor. 
 
Outra atividade desenvolvida foi uma aula gravada sobre o conteúdo de pH e 
um experimento envolvendo o uso do indicadores ácido-base de fácil acesso para 
propor um experimento utilizando materiais alternativos que temos em casa. O intuito 
foi gravar a aula e explicar sobre o conceito de pH e testar a acidez e basicidade de 
algumas substancias, como água sanitária, suco de limão, vinagre, glicerina, água e 
entre outros. O vídeo foi postado na plataforma do youtube em não listado e 
encaminhado o link, tanto para o professor da universidade como para a professora 
da escola, a figura 6 é uma imagem do experimento realizado para essa aula. 
 
 
 
 
28 
 
 
Figura 6: Experimento de acidez e basicidade utilizando como indicador o extrato do repolho roxo. 
 
Fonte: Própria do autor. 
 
3.2 Projeto de Integração escola universidade 
Mesa de abertura: “O entretecer do PIBID e do PRP na formação de 
professores. 
Noemia dos Santos Pereira Moura 
A palestrante inicia sua fala numa linha cronológica a partir de 2016, depois do 
golpe, como assim ela nomeia, sobre o impeachment da presidente Dilma, e 
posteriormente Michel Temer assumindo o governo, percebe-se a partir desse 
momento que o projeto de educação brasileira toma outros rumos, e hoje se nota os 
desmontes das políticas de valorização dos profissionais da educação básica e 
superior em nosso país no governo Bolsonaro. 
Os movimentos sociais para pedir que o programa do PIBID fosse retirado barrou 
uma portaria de 2016 que alterava substancialmente o PIBID e apresentava o PRP 
como substituto, foi feito um forte enfretamento ao programa, porque até então ele 
não possuía nenhuma característica relevante ao processo de formação do professor, 
 
 
29 
 
 
até que hoje ele criou uma característica muito relevante para formação dos 
acadêmicos. 
A palestrante explica que o curso do qual ela faz parte, Ciências Sociais n]ao 
conseguiu concorrer ao projeto do PIBID e para o PRP, o curso possui nove alunos 
bolsistas. 
A palestrante menciona que o grupo de pesquisa do PIBID produziu dois livros, 
sendo o primeiro de Reflexões acerca da gestão e Relatos de experiencias 
pedagógicas de 2014 a 2018, esses livros que trazem relatos de experiencia 
pedagógica de gestão e de ações pedagógicas que foram escritos por estudantes que 
faziam parte do PIBID, supervisores, além de coordenadores da área, no material 
contem experiências vividas dos professores da UFGD envolvidas com o PIBID com 
os professores da educação básica das escolas parceiras do PIBID. Todas essas 
pessoas envolvidas no processo de formação inicial e formação continuada refletiram 
sobre suas inserções nesse programa. 
O PIBID teceu projetos educativos refletindo sobre a realidade das escolas da 
educação básica, e da nossa universidade, produziu muitas afetações, e impactos 
positivos, além da troca de experiência e ideias, inserindo assim os acadêmicos da 
licenciatura na educação básica para que vivenciassem um espaço que pertenceria a 
eles no futuro muito próximo. Os bolsistas produziram diversos projetos com os 
professores nas escolas, desde monitorias, shows, apresentações teatrais, feiras, 
entre outros. 
Um dos projetos do PIBID mencionado foi o Show da Química, mencionado até 
uma das apresentações feita pelo grupo na época. A palestrante menciona a 
importância que esse projeto teve, envolvendo o lúdico no ensino de ciências, e toda 
a troca de conhecimento que a escola da educação básica, os acadêmicos e a 
universidade adquiriram, classificando assim, o PIBID como um projeto de Ensino, 
pesquisa e extensão. A palestrante menciona que a maior parte dos Pibidianos do 
curso que ela ministra aula foram para a pós graduação em algum programa da 
UFGD. 
 
 
 
 
30 
 
 
Adriana Bertoletto 
A fala da palestrante se baseia no processo de implantação da residência 
pedagógica na sua universidade de atuação. Foi estabelecido diversos objetivos, 
como avaliar o conjunto e constantemente a pertinência das propostas em relação a 
esses diagnósticos; propor atividades com os professores preceptores e licenciandos 
para serem realizadas com os alunos sempre se deem com a introdução de atividades 
problematizadora. 
Para desenvolver os objetivos, foi trabalhado com dois referencias teóricos: A 
teoria da ação comunicativa de Jurgen Habermas e a Investigação – ação de vertente 
emancipatória, sendo uma concepção crítica de formação de professores, pois existe 
a necessidade de articulação de teoria e prática no intuito de compreender nossas 
atividades de formação/ação por mais imperfeitas que sempre serão. 
A palestrante menciona que os acadêmicos podem chegar em sala de aula, e os 
alunos da educação básica podem não compreender aquilo que está sendo feito em 
sala de aula, e o residente acaba por ficar frustrado; A professora Adriana diz que 
desde os estágios obrigatórios até o programa do residência, é preciso minimizar a 
frustração que nós, acadêmicos, podemos ter e nos ensinar aprender a lidar com isso, 
diante das dificuldades que a escola pública enfrenta, e entender que a culpa não seja 
nossa, ou que não seremos bons professores, assim, precisamos estar em grupo para 
problematizar e debater esse assunto, e de uma teoria para que nós não se percam 
dentro de todo esse processo formativo. 
A palestrante define o que é um PGP, sendo a atividade de pequenos grupos 
estão apoiadas em três pontos, no desenvolvimento de atividades de estudo de textos, 
trabalho colaborativo, e busca pessoa de um caminho de pesquisa. Essa pesquisa 
não tinha as características da acadêmica, mas sim elementos que são de extrema 
importância para a formação de professores, como por exemplo: “clareza da pesquisa 
(articulação e sistematização das ideias do professor); subjetividade (aparecimento da 
voz do pesquisador e articulação com o contexto socioeconômico teórico e cultural); 
e a validade dialógica (reflexão promovida através do diálogo)” 
 
 
31 
 
 
É importante que o residente perceba e consiga entender o que está executando 
e desenvolvendo dentro da sala de aula. Foi notada a importância do acesso as 
produções teóricas na área do ensino de Física, e isso foi relevante aos alunos 
residentes, o que contribuiu para a inserção dos residentes nas práticas sociais do 
projeto pudesse revelar um “ir para além” da concepçãoprevalecente de “prática pela 
prática”. A professora pesquisadora e responsável pelo PRP conclui que é entendido 
que o projeto permitiu aos licenciados efetivamente avançassem na compreensão da 
necessária articulação entre teoria e prática para o exercício da docência. Ao final, por 
se tratar de um processo continuo de formação, revelou-se uma necessidade de se 
permitir aos licenciados oportunidades de ressignificação da ideia do planejamento, 
dentro de uma concepção de uma perspectiva crítica e mais abrangente. Assim, 
entende-se que, para possibilitar novo avanço na formação inicial é importante que o 
papel do planejamento na formação inicial de professores seja problematizado em 
comunhão com a escola. 
Essa parceria da universidade e escola, com foco no planejamento e seus 
desdobramentos na formação de professores terão como espaço de discussão: 
Pequeno grupo de pesquisa ( o PGP) que possui dimensões epistemológicas e 
metodológica para a construção e reconstrução das práticas de ensino e dos saberes 
pedagógicos dos residentes pautados na dialogicidade; o grande grupo de pesquisa 
(o GGP) é o espaço também fundamentado na investigação – ação, em que todos os 
PRPs se reúnem com os professores colaboradores da escola, da universidade. 
Orientador, preceptores e gestores das escolas parceiras, para problematização das 
práticas socioculturais desenvolvidas, sempre repensando coletivamente a proposta 
formativa. 
 Por hora no planejamento da professora palestrante é feito reuniões com o 
intuito de traçar os objetivos, mas não sobra espaço para execução, pois a escola está 
tentando salvar os alunos da evasão escolar, que recentemente tem aumentado 
consideravelmente. 
A professora Adriana tem uma fala muito relevante durante a mesa redonda de 
como o PIBID e o PRP podem estar relacionados por meio de um fio condutor, em 
que deveria haver a possibilidade do acadêmico que participa do PIBID pudesse 
 
 
32 
 
 
participar o PRP, assim quando esse aluno finalmente migrasse e fosse um residente, 
ele poderia dar um norte melhor a aquele aluno que recém ingressou na graduação e 
irá participar do PIBID, pois segundo ela, isso criaria uma rede de apoio muito forte, 
haja vista que, o universitário quando entra numa licenciatura, pouco compreende 
sobre a complexidade que é ser professor, entretanto, a capes deveria rever os editais 
de ambos os programas para permitir que um pibidiano que participa 18 meses do 
programa possa um dia se tornar um residente. 
A professora Noemia diz que para envolver PIBID e PRP, como o aluno que 
participa 18 meses do PIBID não poderia por lei participar como bolsista do PRP, um 
modo de traze-lo e envolver ao programa é convence-lo a participar de forma 
voluntária, o que em minha opinião dificilmente se aplicaria, porque a maior parte dos 
acadêmicos que são meus colegas e até mesmo eu, participa do projeto em função 
da bolsa que recebemos, para complementação da renda, a menos seja possível para 
esse aluno entrar no residência por meio de outra bolsa, como iniciação cientifica, 
caso contrário, vejo que é mais provável o acadêmico, e digo isso com propriedade 
pois pertenço a essa categoria, buscaria outro recurso financeiro. 
 
Mesa redonda 2: Ser professor em cenário pandêmico: com a palavra os 
professores supervisores/preceptores" com as professoras debatedoras: Profª 
Dra. Erica Cristina da Silva, Profª Ma. Keila Batista Dias, Profª Ma. Rita Machado 
Oliveira 
Nessa mesa redonda as professoras compartilham das experiencias nas suas 
funções dentro da escola nesse contexto de pandemia. A primeira a compartilhar foi 
a professora Keila que atua na Escola Floriana Lopes, mencionando o ano em que a 
escola foi fundada e passou a existir desde 1989, e atualmente a escola conta com 
um quadro de 87 professores e 24 funcionários administrativos. A escola atende 
durante os três períodos, totalizando 927 alunos. 
 
 
 
 
 
33 
 
 
Professora Me. Keila 
As questões discutidas pela professora Keila foi sobre como a escola tem se 
organizado para a continuação do ano letivo pandêmico de 2021, é mencionado que 
os diretores com a coordenadora passa a organização e orientações bimestrais, existe 
um calendário de publicação das APCs ou Planos de estudo dividido por áreas no 
classroom, ou seja, todo começo de mês os professores precisam entregar a nova 
APC que irá durar durante todo o decorrer do mês, além de ser passado um calendário 
de aulas síncronas por meio do Google meet para que os professores possam partilhar 
com os alunos e combinar um dia para realizar o encontro da disciplina por meio dessa 
plataforma e o atendimento presencial de alunos mediante agendamento prévio. A 
coordenação da escola também se responsabiliza pela impressão das atividades e 
APCs para os alunos sem acesso à internet. 
É por meio de um calendário divulgado para os pais e alunos que está 
agendado as atividades e encontros síncronos das disciplinas obrigatórias que os 
alunos precisam frequentar, e na última semana se tem uma avaliação mensal feita 
por meio do google forms e enviada aos alunos, após a avaliação mensal é feita a 
publicação dos planos de estudo do mês de junho. 
Outro questionamento feito para os professores é a respeito de qual avaliação 
que vocês fazem do ano escolar de 2020? Quais os desafios para a docência? 
A professora Keila relata que com a suspensão das aulas presenciais a 
organização inicial foi tumultuada e só houve melhoria depois da implantação do 
google classroom, pois logo no começo das aulas ead no ano de 2020, os professores 
viram suas casas sendo invadidas pelo próprio serviço, o atendimento aos alunos 
feitos de maneira remota não estava organizado, e os professores acabavam ficando 
cada vez mais sobrecarregados. O desinteresse dos alunos também foi um item 
mencionado pela professora, várias vezes ela relatou preparar as aulas e quando 
entrava no google meet havia dois ou nenhum aluno. 
Um dos desafios para a docência pontuados foi em relação a utilização das 
plataformas digitais nas aulas, muitos professores possuem dificuldade em utilizar as 
ferramentas digitais, fazer os alunos se interessarem nas aulas online, buscar 
 
 
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maneiras de motiva-los e atingir alunos sem acesso a internet e que não procuram a 
escola. 
Outro ponto questionado a professora é sobre desse contexto, como os 
pibidianos/residentes do PIBID/PRP Química, podem auxiliar no seu trabalho dentro 
do contexto remoto? 
A Prof Keila apresenta algumas sugestões de ações PIBID/PRP na escola para 
o período de pandemia, sendo a produção de vídeos, a elaboração de material de 
apoio para os alunos, produção de vídeos com experimentos relacionados aos 
conteúdos trabalhados em sala, monitoria no contraturno com os alunos do 3° ano 
voltado para enerm e vestibular, elaboração de sequencias didáticas que envolvam 
temas atuais e a Química, de acordo com a professora, esses pontos mencionados 
seriam algumas das ações que poderiam ser desenvolvidas para auxiliar os 
estudantes nesse momento. 
Até o momento as ações que estão sendo executadas pelos residentes de 
acordo com a Prof Keila foram a leitura e rosa de conversa das cartas pandêmicas, e 
foi extremamente relevante para expor pensamentos e desafios sobre os momentos 
e aprendizagens obtidas ao longo desse período. Além da escrita em grupo do artigo 
para o Ecodeq 2021 tendo como tema o livro didático, visto que a escola passa por 
uma mudança no currículo e será acrescentado outras disciplinas de projetos 
integradores. De acordo com a professora, atualmente quem escolhe os livros didático 
são as professoras e professores das escolas, mas após a inserção dos projetos 
integradores, quem passará a escolher os livros serão os alunos, e os residentes estão 
inseridos nesse processo de escolha do livro dentro da escola. 
 
Professora Dra. Érica Cristina 
A professoraÉrica atua na Escola Estadual Vilmar Vieira Matos, a escola 
atende nos três períodos e possui cursos técnicos de informática e recursos humanos, 
possuindo um total de 1450 alunos. 
De acordo com a professora da escola Vilmar, o ano de 2020 foi um ano de 
aprendizagens principalmente para os docentes, e os desafios para os alunos está 
relacionado com o acesso a internet limitado, falta de equipamentos eletrônicos, 
 
 
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computadores, tablets, smartfones, dificuldade de acesso a plataforma google sala de 
aula, manter rotina de estudo e falta de motivação. 
No ano de 2021 a escola, assim como a Floriana Lopes tem utilizado as APCs, 
a escola Vilmar também, mas evitar a enorme quantidade de materiais a ser entregue 
aos alunos, a escola optou em elaborar por meio de áreas, como por exemplo, a APCs 
de Ciências da Natureza e Matemática, que comtempla as disciplinas de matemática, 
física, química e biologia. Além disso, todos os dias tem três aulas online nos 
respectivos períodos de funcionamento da escola. 
A professora apresenta que no ano de 2020, momento em que a escola já se 
apresentava no modo ead, por meio das APCs interdisciplinares foi trabalhado o tema 
que discute sobre setembro amarelo, anabolizantes, ciências dos alimentos, bebidas 
alcóolicas e nesse ano foram os temas de covid-19, vacinas e aplicações da energia 
nuclear, temas esses que podem ser todos discutidos por meio do ensino 
contextualizado de Química. 
A respeito da indagação sobre como os residentes do PRP/PIBID de Química 
podem auxiliar no trabalho da professora dentro do contexto remoto, e de acordo com 
a professora, os alunos do PIBID auxiliam ela no preparo de materiais dos conteúdos 
numa linguagem de mais fácil compreensão, sem a utilização de termos muito 
específicos, além de propor outros meios de ajudar o aluno a entender o conteúdo, 
como a utilização de jogos e aplicativos. A professora Érica também deixa aberto a 
possibilidade do pibidiano ministrar uma aula de determinado conteúdo, ou 15 
minutos, explicar algum conceito para os alunos, caso eles se sintam confortáveis, 
porque para ela o intuito do programa do PIBID e o PRP é desafiar os alunos. 
 
Professora Me. Rita Machado Oliveira 
A professora Rita atua na Escola Estadual Presidente Vargas, ela menciona 
que as séries que ela ministrou aula no ano de 2020 foi o 1 e 2° ano. No momento 
que a escola aderiu o modelo ead, ela solicitou que os alunos criassem um e-mail para 
turma, pois de acordo com a professora, ela não gostaria de manter o contato pelo 
WhatsApp, preferia uma plataforma mais formal. 
 
 
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Ao passar das semanas, a organização da escola percebeu que as aulas não 
iriam voltar tão em breve, então decidiram propor as atividades pedagógica 
complementar (APC) que poderiam ser retiradas pelos alunos ou responsáveis na 
escola, e estariam disponíveis por meio do site da escola. 
A professora relata que durante seu percurso em 2020, fez um curso de 
formação do SEBRAE em parceria com a SED e em junho foi feita a criação do e-mail 
institucional e posterior ensalamento dos estudantes, readaptação à um outro 
ambiente e recebimento de atividades nesse momento. 
Os desafios pontuados pela professora são sobre o abandono dos estudantes 
em relação as atividades, propor atividades diferenciada para evitar cópias e a busca 
ativa, por meio de legação, Whats App e o e-mail para se comunicar com o aluno. 
Pensando em qualidade das atividades e coerência do trabalho, a equipe de 
professores e gestão escolar acordou que a recuperação seria oferecida apenas 
aqueles alunos que cumprissem no mínimo 50% das atividades durante o bimestre. 
Entretanto saiu um novo formativo de que a escola e os professores deveriam propor 
ao final uma recuperação, assim, se o aluno não obteve nenhuma nota ao longo do 
ano e fizesse a avaliação ao final, poderia tranquilamente obter a aprovação. 
 Para esse ano, é mencionado que o curso de formação do SEBRAE foi 
extremamente relevante e que o apoio da coordenação é necessário, assim, nesse 
ano a professora relata que está solicitando aos alunos redações, trabalhos que 
comtemplem temas nos quais a Química está presente no contexto do aluno. 
 
Mesa redonda 3: Ser professor em cenário pandêmico: com a palavra os 
professores supervisores/preceptores" com as professores debatedores: Profª 
Ma. Joice Menezes Lupinetti, Profº Dr. Haroldo Marques Gonçalves, Profª Ma. 
Camila Souza Brum 
A terceira mesa redonda do residência pedagógica do curso de Química da 
UFGD aconteceu no dia 07 de maio de 2021, sendo mediada pelo Professor Dr. 
Ademir de Souza Pereira. O tema a ser debatido nessa mesa redonda foi: Ser 
professor em cenário pandêmico: Com a palavra os professores 
supervisores/preceptores. 
 
 
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O primeiro supervisor/preceptor a iniciar sua fala foi o professor Dr. Haroldo 
Marques Gonçalves que ministra aulas de Química na Escola Estadual Presidente 
Vargas, que teve a sua criação no ano de 1958. A escola possui três modalidades, 
sendo o ensino fundamental, ensino médio e o AJA – avanço de jovem na 
aprendizagem, totalizando dois mil e duzentos alunos distribuídos nos três períodos 
de funcionamento. O professor menciona é possível concluir o ensino médio em dois 
anos por meio do AJA, mas mesmo assim, ocorre evasão dos estudantes, então os 
coordenadores e demais profissionais entram em contato com os alunos, a distância 
ou presencialmente para a realização das atividades. 
No mérito das atividades avaliativas nesse ano de 2021 a Escola Presidente 
Vargas, as atividades foram disponibilizadas por meio do google classroom e para os 
alunos que não possuem acesso a internet, eles poderiam ir na escola buscar as 
atividades impressas. Entretanto esse cenário organizado não ocorreu no ano de 
2020, visto que, logo com a chegada da pandemia, as atividades dos alunos 
chegavam até ao professor por meio do WhatsApp, e-mail ou o classroom, dificultando 
a organização do professor que até então tinha que buscar em diferentes mídias 
sociais as atividades dos alunos, dessa forma, para esse ano, ficou combinado de 
receber as APCs somente pelo classroom para ficar organizado. 
Uma novidade das APCs desse ano são as da modalidade interdisciplinar, ou 
seja, a partir de um tema gerador é elaborada as questões, como a disciplina de 
Química fica dentro das ciências da natureza, os outros professores, de Física e 
Biologia também elaboravam suas questões para elaborar as APCs. Um motivo 
apresentado pelo professor das APCs interdisciplinares é para cativar o aluno e 
reduzir a quantidade de questões, porque antes cada professor elaborava uma APC 
e eram muitas questões para os alunos responderem, e fazendo com que eles 
ficassem cada vez mais desestimulados. 
O professor diz que fez lives e encontros com os alunos por meio do Instagram, 
de acordo com ele, isso acaba fazendo o aluno se interessar, mas é necessário utilizar 
as ferramentas oficiais como o google meet. Dessa forma, atualmente, toda semana 
os alunos possuem encontros via google meet e lhes é encaminhado as APCs pelo 
 
 
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classroom, além disso, também é feita a publicação das atividades nos grupos da 
turma via WhatsApp. 
Segundo o professor, a principal vantagem desse modelo de ensino a distância 
é o uso das plataformas digitais, a utilização de ferramentas online que possibilitam o 
ensino e a aprendizagem dos alunos, até porque o ensino e a educação são coisas 
que não podem parar. O principal desafio é a respeito dos alunos que não possuem 
acesso a internet. 
Os residentes e pibidianos podem auxiliar por meio de monitoria online, para 
que os alunos possam tirar suas dúvidas sobre o conteúdo, ministrar aula 
experimental, apresentar um jogo e auxiliando na elaboração das APCs. 
O segundo supervisor/preceptor a iniciar sua fala foi a professora Ma. Camila 
Souza Brum que ministraaulas de Química na Escola Estadual João Paulo dos Reis 
Veloso, onde leciona para o ensino médio (1°, 2° e 3° anos) desde 2014. 
Segundo a professora Camila, ela só foi realmente entender e aprender a ser 
professora no momento em que teve que enfrentar uma sala de aula, mesmo com a 
bagagem da graduação, a realidade na sala de aula com alunos de verdade é outra, 
principalmente nesse contexto pandêmico, no qual a realidade de todos os 
professores do país é o ensino a distância, e a necessidade de aprenderem a utilizar 
as tecnologias educacionais. E a grande dificuldade é a falta do presencial e que por 
vezes acaba dificultando o ensino. 
Para a professora Camila a avaliação que ela faz de 2020 é que foi um ano 
desafiador, por passarmos por momentos difíceis, de medo, de aprendizado e 
adaptações. No ano de 2020 as atividades realizadas no ensino remoto foram as 
APCs por meio do google classroom e o envio de vídeos explicativos com resolução 
de exercícios. Os desafios para a docência nesse momento é conseguir convencer o 
aluno a se empenhar nos estudos. 
Em relação a organização da escola nesse ano de 2021, tem se buscado fazer 
um trabalho de qualidade sempre valorizando e incentivando os alunos e tentando 
buscar aqueles que desistem ou abandonam o ano letivo por meio de uma busca 
ativa. Em relação aos meios de comunicação, todos os professores utilizam a 
plataforma do google para enviar as atividades e os encontros feitos pelo google meet. 
 
 
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A escola Reis passou para a modalidade de ensino integral, e essa é uma das 
grandes críticas da professora, porque os docentes não passaram por nenhum tipo 
de treinamento, apenas tiveram que se organizar e assumir também o novo currículo 
do ensino médio. Outra mudança mencionada pela professora é as APCs 
integradas/interdisciplinares, sendo as mesmas desenvolvidas na escola Presidente 
Vargas. 
Para a professora, os residentes podem auxiliar no monitoramento dos alunos 
em projetos e atividades, ajudar a tirar dúvidas e dar atendimento de reforço quando 
possível e auxiliar na elaboração e correção de atividades. 
O terceiro supervisor/preceptor a iniciar sua fala foi a professora Ma. Joice 
Menezes Lupinetti que ministra aulas de Química na Escola Estadual Maria da Glória 
que possui 600 alunos matriculados nos dois turnos, e atende tanto o ensino 
fundamental como o ensino médio. 
A organização da escola nesse contexto pandêmico desde 2020 foi por meio 
das atividades pedagógicas complementares, no primeiro bimestre foi feita a 
organização de um calendário de envio das atividades. Uma crítica da palestrante é o 
excesso de atividades que foi mandado aos alunos e a quantidade exorbitante de 
atividades que teriam que ser corrigidas semanalmente, além do envio e recebimento 
que era feito por grupos de WhatsApp e e-mail, por não sei tinha na época a mesma 
organização que se tem hoje. No segundo bimestre o governo desenvolveu uma 
parceria com a Microsoft e a Google no desenvolvimento do e-mail institucional para 
os professores e alunos. Alguns alunos não possuíam acesso a plataforma, então 
teriam a possibilidade de pegar as atividades impressas na escola. 
De acordo com a professora, os alunos começaram a ser sobrecarregados com 
a quantidade de atividades semanais postada por cada professor, fazendo com que 
alguns alunos começassem a desistir do ano letivo. Então uma forma que os 
professores e coordenadores encontraram de resolver esse empasse foi reduzir a 
quantidade de atividades e realizar de forma quinzenal a postagem no ambiente virtual 
das APCs. 
Não somente na escola que a professora palestrante ministra aula, mas em 
todas da cidade de dourados teve um aumento no número de desistentes, então os 
 
 
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coordenadores iniciaram um projeto de busca ativa para que os alunos retornassem 
para o ambiente escolar, entretanto, coube aos professores entrar em contato com os 
alunos por mensagem ou ligações, e os alunos que não respondiam, eram 
encaminhados para o conselho tutelar. 
Durante o quarto bimestre, as atividades permaneceram de forma quinzenal, e 
foi iniciado o plantão de tirar dúvidas, ou seja, o aluno que não conseguia compreender 
as APCs poderia entrar em contato com o professor e combinar um horário para se 
encontrarem de forma presencial na escola para sanar suas dúvidas sobre o 
conteúdo. A professora menciona que durante esse último bimestre do ano, os alunos 
que conseguiram obter a aprovação não realizaram mais as atividades. 
Para o ano de 2021, no início do mês de fevereiro foi realizada a semana 
pedagógica com os professores na escola, pois até então estava sendo determinado 
que o ensino seria retornado de forma presencial, entretanto esse fato não ocorreu, 
mas os professores passaram por um treinamento de biossegurança. 
Atualmente as atividades são encaminhadas aos alunos de forma quinzenal, e 
iniciou-se uma organização para as aulas serem feitas pelo google meet, algo que não 
foi feito no ano passado. 
As alunas que fazem parte do programa de iniciação à docência foram 
separadas em duplas para realizar as APCs, onde os alunos da escola teriam que 
escrever um poema que descrevessem um pouco dos conceitos de cada ano, ou seja, 
Química na sociedade e História do carbono. Dessa forma, foi muito proveitoso para 
os pibidianos, pois os aproxima da escola e dos alunos da educação básica, 
contribuindo assim, com o processo formativo dos acadêmicos. 
 
Mesa redonda 4: As tecnologias da informação e comunicação em foco: da 
orientação à operacionalização" com os professores debatedores: Profª Drª. 
Elisangela Matias Miranda – UFGD e Profº Dr. Tiago Dziekaniak Figueiredo – 
UFGD 
A quarta mesa redonda do residência pedagógica do curso de Química da 
UFGD aconteceu no dia 25 de maio de 2021, sendo mediada pelo Professor Dr. Vivian 
 
 
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dos Santos Calixto. O tema a ser debatido nessa mesa redonda foi: As tecnologias da 
informação e comunicação em foco: da orientação à operacionalização. 
 O primeiro a iniciar sua fala foi o professor Dr. Tiago Dziekaniak Figueiredo 
mostrando um contexto histórico sobre a inserção da tecnologia na sociedade, 
iniciando por Skinner em 1950 com a máquina de ensinar, em seguida Papaert em 
1960 com a inteligência artificial, processos cognitivos e tecnologias educacionais 
mais direcionadas as crianças, seguido 1970 com retroprojetores, crescimento do 
rádio e o telecurso, em 1980 com os primeiros computadores pessoais, 1990 com a 
instalação de laboratórios nas escolas, no ano de 2000 com acesso a internet, 
celulares e acesso a informação, em 2010 com a proliferação das redes sociais e 
aplicativos de mensagens e atualmente no cenário que nos encontramos com o 
ensino remoto desde 2020. 
O que é formar professores no/para o século XXI, de acordo com o professor, 
se pensamos que a educação é como um processo em que a pessoa consegue 
aprender, precisa-se pensar na formação de futuros professores a partir dessa 
reflexão. E sobre os recursos disponíveis para o trabalho docente, é necessário que 
as escolas tenham estrutura e capacidade para formar alunos com conhecimento em 
tecnologia, uma escola precisa de no mínimo possuir uma sala de 
informática/tecnologia para atender seus alunos. 
 Para o planejamento de uma aula, é necessário pensar no que ensinar, como 
ensinar e para quem ensinar, baseado na realidade da escola/universidade, e essa 
organização estar de acordo com os recursos disponíveis. Se tem mutas tecnologias 
no mercado que poderiam ser utilizadas no ensino e na educação, mas a falta de 
investimento por parte do governo para a implantação. E a pandemia só acentuou 
mais essa desigualdade, nos quais alunos que tem acesso a computadores, televisão, 
internet consegue aprender e ter acesso a melhores recursos quando comparado aos 
alunos que não tem nenhum acesso a tecnologia. O papel do professor é olhar

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