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Acidente com animais peçonhentos - ARANEÍSMO

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1 
MEDICINA DE EMERGÊNCIA 
Laura Borges 
ACIDENTE COM ANIMAIS PEÇONHENTOS 
ARANEÍSMO 
O diagnóstico de picada de aranha é usualmente clínico, baseado na história do paciente. A identificação do animal é 
feita pelo próprio paciente ou através da captura do mesmo. 
Lesões locais geralmente cursam com hiperemia e nodulação no local da picada após alguns minutos, em alguns 
casos pode ter evolução para lesão necrótica. 
Todas as aranhas produzem veneno em suas quelíceras mas nem todas têm relevância para o ser humano. No Brasil 
três gêneros de aranhas têm relevância médica: Phoneutria, Loxosceles e Latrodectus. 
Definições: 
 As aranhas são corpos formados por articulações móveis e exoesqueleto de quitina 
 O corpo é dividido em: 
o Cefalotórax e abdome 
o Ocelos (olhos) 
o Quelíceras 
 As características do corpo são importantes para a diferenciação com outros animais peçonhentos e para a 
diferenciação entre as espécies. A identificação do animal agressor é importante, mas deve ser feita apenas 
se for seguro, para definição da terapia. 
 Grande porte: 
o Mygalomorphae: Caranguejeiras – sem importância para o ser humano 
 Têm pelos grossos e longos 
 Quelíceras longitudinais 
 Distribuição dos olhos: 4 – 4 
 Não constroem teias, movimentos lentos 
 Esfregam o corpo com as patas traseiras liberando pelos  pode 
causar urticária e broncoespasmo 
 Dor local de leve a moderada por ação traumática 
 O tratamento vai ser cuidados com o local da ferida e limpeza com antisséptico, 
sintomáticos 
 Avaliar reforço antitetânico 
o Phoneutria – Armadeira 
 Lycosa – Aranha de jardim, aranha lobo, Tarantula - sem 
importância para o Acinzentada, pelos curtos 
 Desenho negro em ponta de seta no dorso do abdome 
Distribuição dos olhos: 4 – 2 – 2 
 Não constroi teia 
 Diagnóstico diferencial com Phoneutria 
 Dor imediata leve a moderada, não causam manifestações sistêmicas 
 O tratamento vai ser cuidados com o local da ferida e limpeza com 
antisséptico 
 Avaliar reforço antitetânico 
 Pequeno porte: 
o Loxosceles – Aranha marrom 
o Latrodectus – Viúva negra, Viúva marrom 
 Soroterapia: não é necessário diluir 
o SAAr – soro antiaracnídico: tem ação contra Foneutrias, Loxosceles e escorpião Tytius 
o SALat – soro antilatrodectus: ação contra Lactrodectus  é o único que é IM e não é produzido no 
Brasil 
o SALox – soro antiloxosceles: ação contra Loxosceles 
 
2 
MEDICINA DE EMERGÊNCIA 
Laura Borges 
 
1. FONEUTRISMO – Acidente por Phoneutria: 
 São as conhecidas aranhas Armadeiras 
 Características físicas: 
o Aranha robusta (corpo de 4-6cm, envergadura de até 15cm) 
o Pelos marrons acinzentados curtos 
o Cefalotórax: faixa escura 
o Dorso do abdome: faixa longitudinal de manchas pares mais claras e faixas 
laterais oblíquas 
o Manchas claras nas patas 
o Quelíceras marrom avermelhadas (cor de tijolo) 
o Ocelos: 2 – 4 – 2 (sinal do Jeep) 
 Comportamento: 
o Não constroem teias 
o Postura típica, agressiva 
o Filhotes são pequenos e mais escuros, andarilhos e constroem teias 
uniformes 
 Diagnóstico diferencial com a Lycosa pela aparência física, diferenciação pela 
faixa escura no cefalotórax, pelos ocelos. A clínica faz diagnóstico diferencial com o Lactrodectus (Viúva 
negra) por causar uma dor imediata intensa ou muito intensa. 
 Ação do veneno: Neurotóxica  liberação de Catecolaminas e Bradicinina 
o Catecolaminas: taquicardia, hipertensão, sudorese, náusea, vômitos, dor abdominal 
 Bradicinina: aumento da permeabilidade capilar  Edema agudo de pulmão 
 Manifestação local: 
o Sinais discretos quando presentes de edema, eritema, pontos de inoculação 
o DOR IMEDIATA VARÍAVEL GERALMENTE DE INTENSA A MUITO INTENSA E IRRADIANDO PARA A RAIZ 
DO MEMBRO ACOMETIDO 
 A dor pode causar sintomas como náuseas, vômitos, dor abdominal, sudorese  importante 
identificar se esses sintomas melhoram com analgesia para fazer a classificação correta do 
acidente. 
 Se forem refratários ao tratamento da dor os sintomas vão ser considerados como causados 
pelo veneno da aranha e vai ser necessária a soroterapia 
 Manifestações sistêmicas: 
o Agitação psicomotora, ansiedade 
o Náuseas, vômitos, dor abdominal 
o Sudorese, sialorreia 
o Taquicardia, elevação tensional 
o Hipertensão, choque, edema pulmonar, arritmias, IC 
o Priaprismo 
o Complicações e coma 
 Os casos mais graves acontecem em crianças, idosos e pacientes com comorbidade cardiopulmonar 
 Classificação: 
o Leve: sinais locais discretos quando presentes, dor local imediata intensa podendo irradiar, 
sudorese, sem alterações sistêmicas  não realiza SAAr 
 Sintomáticos, avaliação de vacina antitetânica 
o Moderado:  SAAr 5 ampolas 
 Sinais locais discretos, quando presentes, dor local intensa refratária a analgesia, podendo 
irradiar 
 Sudorese mais intensa, agitação psicomotora e ansiedade 
 Náuseas, vômitos, dor abdominal, sialorreia 
 Taquicardia, elevação tensional 
 
3 
MEDICINA DE EMERGÊNCIA 
Laura Borges 
o Grave: SAAr 10 ampolas 
 Sintomatologia = moderado + 
 Hipotensão, choque, edema pulmonar, arritmias, IC 
 Priaprismo 
 Complicações e coma 
 Manejo: 
o Repouso, assepsia local, profilaxia antitetânica, suporte clínico (ex: arritmia, oxigenioterapia, 
tratamento do edema agudo de pulmão) 
o Analgesia: 
 Analgésicos simples  AINES  Opióides 
 Bloqueio anestésico local ou troncular: Lidocaína 2% sem vasoconstritor 1 – 4ml (pode 
repetir mais 1x após 1 hora) 
o SAAr: 
 5 ampolas nos casos moderados – IV, 10 – 20 minutos (1 ampola = 5ml) 
 10 ampolas nos casos graves – IV, 10 – 20 minutos 
o Observação nos casos leves por pelo menos 3 horas e nos casos moderados e graves por 24 horas 
(risco de reação ao soro) 
 Exames complementares: não são necessários mas podem ser usados para acompanhamento clínico: 
hemograma, ionograma, glicemia, ECG seriado, RX de tórax 
 
2. LACTRODECTISMO – Acidente com Lactrodectus: 
 São as conhecidas aranhas Viúva negra ou Viúva marrom 
 Características físicas: 
o Pequenas (corpo 1 – 1,5cm/ envergadura de até 3cm) 
o Dimorfismo sexual (macho menor que a fêmea) 
o Corpo preto e vermelho ou marrom 
o Abdome globular 
 Preto com faixas vermelhas disformes 
 Preta com formas geométricas vermelhas centrais abdominais 
 Marrom com desenhos geométricos claros – poderão apresentar 
pequenos pontos escuros no abdome superior e mancha laranja 
avermelhrada em formato de ampulheta na face ventral do 
abdome 
o Quelíceras transversais 
o Ocelos: 4 – 4 
 Comportamento: 
o Teias irregulares de aspecto cotonoso 
o Dócil 
o Característica de recolher as patas – enrolando-se como defesa 
 Ação neurotóxica potente do veneno, de efeito central e periférico 
o Dor importante por ação nas terminações nervosas sensitivas – dor imediata intensa ou muito 
intensa 
o Peptídeos, hialuronidade, fosfodiesterase, alfa-latrotoxina 
o A fração neurotóxica do veneno é a Alfa-Latrotoxina: 
 Ação pré-sináptica no SNA 
 Libera neurotransmissores catecolinérgicos e colinérgicos 
 Altera os canais de sódio e potássio 
 Despolariza neurônios (aumento de cálcio intracelular e estímulo da exocitose) 
 Dor local intensa, sudorese, mialgia, eritema escleral, câimbras, dor abdominal, arritmias, 
fasciculações, espasmos, convulsões 
 Fácies latrodectísmica: contratura facial + trismo (contração da mandíbula) 
 Manifestações locais: 
 
4 
MEDICINA DE EMERGÊNCIA 
Laura Borges 
o Dor local imediata e intensa 
o Edema local discreto 
o Lesões urticariformes 
o Linfonodomegalia satélite 
 Manifestações sistêmicas: 
o Sudorese, dor nos membros inferiores 
o Parestesias, tremores, contraturas, 
o Taquicardia ou bradicardia, hipertensão 
o Taquidispneia 
o Náuseas e vômitos 
o Retenção urinária 
o Priaprismo 
o Fácies latrodectísmica Exames complementares: pode apresentar alterações no ECG até o 21° dia 
 Classificação: 
o Leve: dor local, edema local discreto, sudorese, dor nos membros inferiores, parestesias, tremores e 
contraturas discretos 
 Não usa Soro e pode ser feito Gluconato de cálcio mas não é consenso 
o Moderados: dor local, edema local discreto, dor nos membros inferiores 
 Sudorese profusa generalizada 
 Parestesias, tremores e contraturas mais intensos 
 Usa SALat 1 ampola IM + tratamento clínico (Gluconato de cálcio, Benzodiazepínicos) 
o Grave: manifestações = moderado + 
 Manifestações sistêmicas como taqui/bradicardia, hipertensão, taquidispneia, náuseas e 
vômitos, retenção urinária 
 Priaprismo 
 Fácies latrodectísmica 
 Usa SALat 2 ampolas IM + tratamento clínico 
 Manejo: 
o Repouso, antissepsia local, profilaxia antitetânica 
o SALat IM – não é produzido no Brasil 
o Suporte clínico: 
 Sintomáticos: analgesia e sedativos (benzodiazepínicos) 
 Gluconato de cálcio 10% 10ml em 10 minutos diluído em 100ml de SF0,9% de 4 em 4 horas 
se necessário – casos de espasmos musculares importantes 
o Observação nos casos leves por pelo menos 3 horas e nos casos moderados e graves por 24 horas 
(risco de reação ao soro) 
 
3. LOXOCELISMO – Acidente por Loxosceles: 
 É conhecida como Aranha Marrom 
 Características físicas: 
o Pequenas (corpo de 1cm, envergadura até 3cm) com patas finas e 
alongadas, sendo o 2° par o maior de todos 
o Dimorfismo sexual e toxicológico 
 Macho: corpo mais delgado e patas mais finas 
 Fêmea: mais robusta, mais veneno e mais tóxico 
o Marrons amareladas a castanho 
o Pelos escassos 
o Violino no cefalotórax de algumas 
o Quelíceras transversais 
o Ocelos: 2 – 2 - 2 
 Comportamento: 
 
5 
MEDICINA DE EMERGÊNCIA 
Laura Borges 
o Produzem teia irregular com aspecto de algodão esfiapado 
 Ação do veneno: inúmeros componentes com mecanismos de ação complexos e multifatoriais 
o Fosfolipases D: 
 Toxina mais importante 
 Atividade sobre a esfingomielina da membrana celular desencadeando reações  
degeneração celular e dano tecidual 
 Lesão dermonecrótica e lise de eritrócitos (hemólise) 
 Efeito cardiotóxico e nefrotóxico: IRA por hemólise e por efeito direto 
o Hialuronidases: espalhamento gravitacional da lesão dermonecrótica 
 Distúrbios de coagulação sanguínea: trombocitopenia, fibrinogenemia, prolongamento do tempo de 
coagulação 
 IRA é a principal causa de óbito e acontece por ação hemolítica, ação nefrotóxica direta do veneno e por 
rabdomiólise 
 Hemólise intravascular: principal efeito sistêmico (paciente com deficiência de G6PD tem maior gravidade) 
 Formas clínicas: DOR PROGRESSIVA EM QUEIMAÇÃO 
o Forma cutânea: 
A. FORMA DERMONECRÓTICA: 
 Primeiras 6 horas: edema, eritema e vesícula + Dor progressiva em queimação, pode 
ter prurido  Lesão incaracterística 
 Nessa fase o diagnóstico vai ser feito se houver identificação do animal 
peçonhento ou se houver hemólise ou exantema e alteração do estado geral 
associados 
 Acompanhar 6-6, 12-12 horas 
 Primeiras 24 horas: aumento do edema, enduração, eritema, 
vesícula ou bolha serosanguínea/hemorrágica, equimose, 
necrose e palidez  Lesão sugestiva 
 24 – 48 horas: Placa marmórea (palidez mesclada com áreas 
equimóticas cercada por eritema instalado sobre um edema 
endurado)  Lesão característica 
 1 – 3 semanas: necrose seca, úlcera de profundidade e 
extensão variáveis, cicatriz 
Em qualquer uma das fases pesquisar HEMÓLISE e EXANTEMA + ALTERAÇÕES DO ESTADO 
GERAL (cefaleia, mialgia, hipertermia) 
Deve-se esperar de 2 – 3 semanas para delimitar a lesão e definir como vai ser feito o 
tratamento da lesão, se vai ser necessário um desbridamento, enxerto, plástica. 
B. FORMA EDEMATOSA: maior acometimento de tecido conjuntivo frouxo (lábios, pálpebra) 
 Edema local e pode ter necrose pontual + Dor progressiva em queimação 
 Avaliar se tem HEMÓLISE ou EXANTEMA + ALTERAÇÕES DO ESTADO GERAL 
Nas formas cutâneas podem ter manifestações sistêmicas inespecíficas: 
 Mal-estar geral, fraqueza, astenia, boca seca, sede, tontura, visão turva, cefaleia, mialgia 
 Febre, náuseas e vômitos, taquicardia, desconforto respiratório 
 Exantema mobiliforme ou escalatiforme (rash), prurido generalizado, petéquias e 
descamação da pele 
o Forma cutâneo-visceral ou cutâneo-hemolítica: 
 Forma mais grave 
 Lesão cutânea + Hemólise intravascular 
 Manifestações de instalação geral nas primeiras 24 horas: anemia, icterícia, hemoglobinúria, 
elevação Bb Indireta LDH, reticulócitos, queda da haptoglobina 
 Manejo: 
o Forma Leve: LESÃO INCARACTERÍSTICA  não faz Soro, apenas sintomáticos 
o Forma moderada: LESÃO SUGESTIVA OU LESÃO CARACTERÍSTICA (Placa Marmórea) < 3cm  
Prednisona 40-60mg 5 dias 
 
6 
MEDICINA DE EMERGÊNCIA 
Laura Borges 
o Forma grave: 
 LESÃO CARACTERÍSTICA > 3cm ou LESÃO EM FACE, SUBCUTÂNEO, ÁREAS DE GORDURA 
EXTENSA ou EXANTEMA DISSEMINADO + ALTERAÇÃO DO ESTADO GERAL  SALox ou SAAr 5 
ampolas + Prednisona 40 – 60g por 7 – 10 dias (o Soro vai ser feito em até 72 horas do 
acidente) 
 HEMÓLISE  SALox ou SAAR 10 ampolas + Prednisona 40 – 60g por 7 – 10 dias (criança: 0,1 
– 1mg/kg/dia) (o Soro pode ser feito quando o diagnóstico for fechado independentemente 
do tempo do acidente) 
 Exames complementares: 
o Hemograma: leucocitose com desvio 
o Lesão profunda: CK, TGO, LDH 
o Hemólise: queda de Hemoglobina, queda de plaquetas, aumento de reticulócitos, aumento de Bb 
indireta, aumento de LDH e diminuição de Haptoglobina 
o IRA (hematúria, proteinúria, aumento de cilindros), CIVD, Rabdomiólise 
 Tratamento: 
o Repouso, cuidados com a ferida (mais intensos), profilaxia antitetânica, tratar infecção secundária se 
houver (não profilaxia) 
o Analgesia: compressas frias, analgésicos comuns, AINES, opioides, analgésicos de ação central 
(tricíclicos) 
o Anti-histamínicos quando necessário 
o Hidratação vigorosa no caso da forma cutâneo-visceral  Débito urinário 1-2ml/kg/hora nas 
primeiras 24 horas para evitar IRA 
o Correção de distúrbios ácido-básicos, hidroeletrolíticos, diálise se necessário, hemoderivados nos 
casos de hemólise grave 
o Acompanhamento de 12-12 horas até 72 horas 
 Complicações: 
o Perda tecidual 
o Cicatriz desfigurante 
o Déficit funcional 
o Infecção cutânea 
o IRA 
o CIVD

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