Prévia do material em texto
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA AULA 4 Profª Marcella Gomes de Oliveira 2 CONVERSA INICIAL Olá! Para continuarmos nossos estudos, veremos as causas de exclusão do crédito tributário. Importante mencionar que já vimos como se constitui o crédito tributário, também as causas de suspensão de sua exigibilidade e de extinção. Nesta aula, trabalharemos os seguintes temas: Exclusão do crédito tributário: isenção Exclusão do crédito tributário: anistia Garantias e privilégios do crédito tributário Administração tributária Restituição e compensação Já estudamos a imunidade tributária, em aulas anteriores, como um princípio constitucional tributário que está disposto no art. 150, inciso VI da Constituição Federal (CF) (Brasil, 1988b). Também estudamos o fato gerador. Esses dois tópicos são importantes para aprofundarmos nosso conhecimento, nesta aula. A importância do fato gerador como um elemento nuclear do direito tributário carrega os efeitos decorrentes de sua realização, dentre eles, os conceitos de incidência, não incidência, imunidade e isenção; e, também, a distinção dos tributos em gênero e espécie. O fato gerador marca o nascimento da obrigação tributária e o seu efeito é o de concretizar a incidência, assim como vimos no tema sobre a regra-matriz de incidência tributária. A noção de fato gerador não está ligada com a não incidência, a imunidade ou a isenção. Destaca-se aqui que o fato que possa ocorrer não é gerador de obrigação tributária. O que aprendemos, até então, é que é necessária a identificação temporal e espacial do fato gerador e, a partir do momento em que ele se concretiza, nasce a obrigação tributária, irradiando direitos e deveres conferidos às partes que figuram nos polos ativo e passivo da obrigação tributária. CONTEXTUALIZANDO Foi sancionada, em São Paulo, a Lei de Regularização de Edificações, com objetivo de aprimorar o planejamento urbano. A lei, sancionada pelo prefeito, ficou popularmente conhecida como Lei de Anistia e se refere aos 3 munícipes que apresentem algum tipo de irregularidade em seus imóveis construídos até julho de 2014 e se enquadrem nas regras da lei, que poderão se regularizar e se adequar às normas da prefeitura (São Paulo, 2019a). Apesar do nome popular, a prefeitura não está perdoando as irregularidades das edificações construídas até julho de 2014, mas apresentando uma alternativa de ajuste aos que estiverem em desacordo com a legislação municipal de ordenamento do território. Saiba mais Para melhor análise, acessem: <http://www.capital.sp.gov.br/noticia/prefeito-sanciona-lei-de-regularizacao-de- edificacoes-na-capital-paulista> (São Paulo, 2019c); <https://meuimovelregular.prefeitura.sp.gov.br/> (São Paulo, 2019b); <http://legislacao.prefeitura.sp.gov.br/leis/lei-17202-de-16-de-outubro-de-2019> (São Paulo, 2019a). Acesso em: 20 fev. 2020. Existem dois pontos, referentes à Lei de Regularização de Edificações e aos temas desta aula, que merecem consideração, sendo que o primeiro está no art. 5º da referida lei: CAPÍTULO IV DA REGULARIZAÇÃO AUTOMÁTICA Art. 5º Independentemente da solicitação ou de protocolamento de requerimento serão consideradas regulares as edificações residenciais das categorias de uso R, R1 e R2h de padrões baixo e médio e que conste com isenção total na notificação de Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU referente ao ano de 2014. (São Paulo, 2019a, grifo nosso) O segundo está no seu art. 26: “ficam remidos os créditos tributários do Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU pretéritos decorrentes dos procedimentos de regularizações previstas nesta Lei” (São Paulo, 2019a, grifo nosso). A reflexão quanto à legislação mencionada tem por base a isenção, conforme art. 5º, que é uma das causas de exclusão de crédito tributário, como iremos analisar. O art. 26 refere-se à remissão, sendo que a remissão é uma das modalidades de extinção do crédito tributário, que vimos anteriormente e está prevista no art. 156, inciso IV, do Código Tributário Nacional (CTN) (São Paulo, 2019a; Brasil, 1966). 4 TEMA 1 – EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO: ISENÇÃO A isenção está prevista nos art. 175, inciso I, 176 a 179 do CTN: Art. 175. Excluem o crédito tributário: I - a isenção; II - a anistia. Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela consequente. Art. 176. A isenção, ainda quando prevista em contrato, é sempre decorrente de lei que especifique as condições e requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a que se aplica e, sendo caso, o prazo de sua duração. Parágrafo único. A isenção pode ser restrita a determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares. Art. 177. Salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva: I - às taxas e às contribuições de melhoria; II - aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão. Art. 178 - A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de determinadas condições, pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, observado o disposto no inciso III do art. 104. Art. 179. A isenção, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com o qual o interessado faça prova do preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei ou contrato para sua concessão. § 1º Tratando-se de tributo lançado por período certo de tempo, o despacho referido neste artigo será renovado antes da expiração de cada período, cessando automaticamente os seus efeitos a partir do primeiro dia do período para o qual o interessado deixar de promover a continuidade do reconhecimento da isenção. § 2º O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo 155. (Brasil, 1966, grifos nossos) A isenção é a possibilidade de a hipótese de incidência tributária não alcançar determinadas pessoas físicas ou jurídicas por alterar parcialmente um ou mais de seus aspectos, de que são exemplos: a. isenção de Imposto de Renda de Pessoa Física no caso de doenças graves (Lei n. 7.713/1988) (Brasil, 1988a); b. isenção de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) na aquisição de automóvel, para taxista (IPI – Lei n. 8.989/1995; IOF – Lei n. 8.383/1991) (Brasil, 1991, 1995); c. isenção de IPI/IOF na aquisição de automóvel, para pessoas com deficiência e autistas (IPI – Lei n. 8.989/1995; IOF – Lei n. 8.383, de 1991) (Brasil, 1991, 1995); 5 d. isenção de impostos para compra de produtos da linha branca (geladeiras, fogões etc. – Decreto n. 7.567/2011, revogado pelo Decreto n. 7.819/2012) (Brasil, 2011, 2012); e. isenção pelo Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores (Inovar- Auto) (Decreto n. 7.819/2012, aplicado até 31 de dezembro de 2017) (Brasil, 2012). Assim, os principais pontos que devemos observar em relação à isenção são: 1. Isenção significa a não incidência da norma jurídica tributária (NJT) sobre determinada situação. 2. O legislador pode dispensar alguns contribuintes do pagamento de determinado tributo. 3. Ela pode excluir os seguintes aspectos: a. espacial: afastar a possibilidade de uma lei tributária incidir em determinada região ou território; b. temporal: eliminar a possibilidade de uma lei tributária incidir, durante certo período, sobre uma região ou grupo de contribuintes ou todas as regiões ou grupos que anteriormente ela alcançava; c. pessoal: afastar o alcance da lei de um grupo de pessoas físicas ou jurídicas; d. material: diminuir o alcance do fato gerador oureduzir a base de cálculo ou a alíquota aplicável ao cálculo do montante do tributo devido (observação: isenção total de alíquota é o que se denomina alíquota zero). 4. A isenção pode excluir vários aspectos da hipótese de incidência tributária. 5. Exemplo: alíquota zero do IPI para operações de importação relativas a remédios (aspecto material como fato gerador) realizadas por hospitais públicos (aspecto pessoal) da Região Norte do país (aspecto espacial), por dois anos (aspecto temporal). 6. Isenção decorre sempre de lei. Antes de terminarmos este tema, é importante distinguirmos a diferença entre incidência e não incidência, assim: 6 Diz-se que há incidência de tributo quando determinado fato, por enquadrar-se no modelo abstratamente previsto pela lei, se juridiciza e irradia o efeito, também legalmente previsto, de dar nascimento a uma obrigação de recolher tributo. A par do fato gerador de tributo, outros fatos há que podem ser matizados por normas da legislação tributária, sem que haja incidência (de tributos) sobre eles. É o que se dá com as normas de imunidade ou de isenção, que juridicizam certos fatos, para o efeito não de dar a eles a aptidão de gerar tributos, mas, ao contrário, negar-lhes expressamente essa aptidão, ou excluí-los da aplicação de outras normas (de incidência de tributos). Quando se fala de incidência (ou melhor, de incidência de tributo), deve-se ter em conta, portanto, o campo ocupado pelos fatos que, por refletirem a hipótese de incidência do tributo legalmente definida, geram obrigações de recolher tributos. Fora desse campo, não se pode falar de incidência de tributo, mas apenas da incidência de normas de imunidade, da incidência de normas de isenção etc. Todos os fatos que não têm a aptidão de gerar tributos compõem o campo da não incidência (de tributo). (Amaro, 2011, p. 305, grifos nossos) Assim, pode-se dizer que há incidência quando um fato está previsto em lei e que seria tributável. Utilizando um dos exemplos antes mencionados, há incidência de Imposto de Renda sobre quem auferir renda. Sobre o fato descrito, há incidência de um tributo, porém, estando essa pessoa (contribuinte) com uma doença grave, é oportunizada a ela a isenção, ou seja, há a dispensa do pagamento de referido tributo mediante sua condição, não há incidência de tributo em razão da lei que lhe ofereceu a dispensa do pagamento, não sendo aquele um fato tributável em razão da condição do contribuinte. Dessa forma, os fatos que não geram tributos estão no âmbito da não incidência, conforme é o caso da isenção e da imunidade. No caso da imunidade tributária, esta configura um princípio constitucional. Nesse caso, não há reconhecimento de competência para criação de tributos. O art. 150, inciso VI, da CF dispõe que é vedado à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios instituir tributos do patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros, instituir tributos sobre templos de qualquer culto etc. (Brasil, 1988b). Se, no caso da isenção, existe o tributo e dispensa-se o pagamento por algum critério, no caso da imunidade nem é possível a criação de tributos. Dessa forma, por meio da isenção podem ser excepcionadas situações em que, pela natureza dos fatos, bens, pessoas, região, enfim, o legislador não deseje onerar com o tributo, seja em atenção à condição da pessoa, seja por razões de política fiscal (extrafiscalidade), de modo a harmonizar uma dada situação com o preceito constitucional da isonomia. 7 O período de duração da isenção pode estar previsto na legislação que a instituiu; ou, se no caso não houver um prazo fixado, ela continuará vigendo por prazo indeterminado. Vimos, no caso dos produtos da linha branca, que foi revogada a isenção com a criação de outra norma (Brasil, 2011, 2012). Já no caso da isenção do Inovar-Auto, havia prazo determinado (31 de dezembro de 2017) (Brasil, 2017). Sobre as outras isenções, elas estão vigentes até o momento, como a isenção de Imposto de Renda de Pessoa Física no caso de doenças graves, instituída em 1988 e ainda vigendo (Brasil, 1988a). TEMA 2 – EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO: ANISTIA A anistia está prevista nos art. 180 a 182 do CTN: Art. 180. A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede, não se aplicando: I - aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele; II - salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas. Art. 181. A anistia pode ser concedida: I - em caráter geral; II - limitadamente: a) às infrações da legislação relativa a determinado tributo; b) às infrações punidas com penalidades pecuniárias até determinado montante, conjugadas ou não com penalidades de outra natureza; c) a determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares; d) sob condição do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei que a conceder, ou cuja fixação seja atribuída pela mesma lei à autoridade administrativa. Art. 182. A anistia, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com a qual o interessado faça prova do preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei para sua concessão. Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo 155. (Brasil, 1966, grifos nossos) A anistia é o perdão, estipulado em lei, que dispensa o contribuinte de pagar as penalidades pecuniárias devidas por irregularidades no pagamento da sua obrigação tributária e que significa a não incidência de penalidade sobre a ausência de recolhimento de tributo. Com a concessão da anistia, o tributo continua sendo devido pelo contribuinte e deve ser pago, porém será excluída a aplicação das penalidades aplicáveis à ausência total ou parcial do recolhimento. Se formos pensar sobre a diferença entre a anistia e a isenção, podemos dizer que a isenção se encontra no campo da não incidência, ou seja, há a 8 dispensa de pagamento de determinado tributo. No caso da anistia, o fato é tributável, tanto o é que ocorreu a obrigação tributária, o lançamento, a constituição de crédito tributário, porém, esse tributo não foi pago, o contribuinte encontra-se inadimplente e essa falta de pagamento irá gerar juros e multas. Nesse momento aparece a figura da anistia, que é o perdão das penalidades (juros e multas), ou seja, o contribuinte não precisará pagar os juros e as multas, mas continuará devendo realizar o pagamento do tributo. No caso da isenção, há a não incidência de um tributo e, na anistia, há a não incidência de uma penalidade sobre a ausência de recolhimento do tributo. Dentre as principais características da anistia, devemos verificar que: a. Ela deve ser concedida por lei. b. Somente a entidade tributante pode conceder, por meio de seu próprio legislativo, a anistia referente aos tributos que regula, arrecada e administra. c. Ela não abrange os atos qualificados pela legislação tributária como crimes ou contravenções – Lei n. 8.137/1990, sobre crimes contra a ordem tributária (Brasil, 1990), por exemplo: fraude; sonegação; apropriação indébita. Assim, temos que a anistia: “[...] está prevista nos arts. 180 a 182, do CTN. Corresponde a um benefício, estipulado em lei, que exclui a possibilidade de o contribuinte ter que pagar as penalidades pecuniárias devidas por irregularidades no pagamento de sua obrigação tributária” (Fabretti; Fabretti, 2014, p. 130). Portanto, entendemos que a anistia significa a dispensa de penalidade sobre a ausência de recolhimentodo tributo, destacando que, mesmo com a concessão de anistia, o tributo continua sendo devido, porém, será excluída a aplicação das penalidades. Como a anistia é o perdão das penalidades pecuniárias (multas e juros), é importante lembrar que essas penalidades só ocorrem depois da infração, sendo essa infração o não pagamento de um tributo. Dessa forma, o contribuinte não pagou um tributo, o que é uma infração, essa infração gerou penalidades (multas e juros), de modo que somente a entidade tributante (União, 9 estados, Distrito Federal e municípios) poderá conceder a anistia (perdão) mediante lei, depois do cometimento da infração, desde que essa infração não seja um crime contra a ordem tributária (exemplo: fraude, sonegação, apropriação indébita). Para uma visualização prática, digamos que um estado resolva aumentar a sua arrecadação e por isso conceda anistia em relação aos devedores do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Dessa forma, por lei estadual, concede-se a anistia, que irá se referir às multas e juros pelo atraso no pagamento do IPVA, ou seja, o IPVA continuará sendo devido e será cobrado esse crédito tributário; o que não irá ser cobrado será o valor referente às penalidades pecuniárias (multas e juros) decorrentes do inadimplemento do IPVA. Outras multas que tiverem ocorrido em decorrência de descumprimento do Código de Trânsito Brasileiro (Brasil, 1997) continuarão sendo cobradas, pois não são de natureza tributária. TEMA 3 – GARANTIAS E PRIVILÉGIOS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO O direito do Estado de exigir o tributo corresponde ao crédito tributário, sendo este o objeto da obrigação tributária principal. Assim, temos que: O CTN, ao mencionar expressamente que o crédito tributário se constitui mediante lançamento, gerou uma discussão na doutrina para definir se, afinal, o crédito tributário nasce com a hipótese de incidência, ou com o lançamento do tributo, ou seja, se o lançamento teria efeitos constitutivos do crédito ou meramente declaratórios. Diante da dificuldade de admitir-se o nascimento de obrigação pecuniária sem o respectivo crédito, alguns defenderam a adoção dos níveis de eficácia da relação jurídica, entendendo que antes do lançamento há o crédito, mas a eficácia da relação é mínima, pois o Estado tem direito ao crédito, mas não tem a pretensão quanto à exigibilidade do mesmo, que depende da sua própria apuração. (Macei, 2013, p. 101, grifos nossos) Esse direito decorre da ocorrência do fato gerador, concretizando a hipótese de incidência, instaurando-se a relação jurídica tributária, estabelecendo o sujeito ativo (quem tem o direito de receber) e o sujeito passivo (quem tem o dever de pagar). Para Luciano Amaro (2011, p. 497-498): Refere-se o Código Tributário Nacional a “garantias e privilégios”, no título do capítulo que dedica ao tema, mas, ao regular os privilégios, na Seção II, opta por falar em “preferências”. A preocupação do Código, tendo em vista que o crédito tributário decorre de imposição legal, foi guarnece-lo de normas protetoras que permitam, na eventualidade de o Fisco ter de recorrer à execução, evitar certos obstáculos que poderiam frustrar a realização de seu direito. Com esse objetivo, o Código afasta ou excepciona, para fins 10 fiscais, os efeitos legais que normalmente decorreriam de certos institutos do direito privado (impenhorabilidade, por exemplo), define situações de presunção de fraude em certos negócios operador, em dadas situações, pelo devedor tributário, e outorga vantagens ao credor fiscal, na medida em que ele não se subordina às regras que comandam a realização de créditos de outra natureza. O Código, por conseguinte, outorga ao crédito tributário uma série de vantagens, no cotejo com os créditos de outra natureza. Dessa forma, não se requer que a legislação específica deste ou daquele tributo regule a matéria. Faculta-se-lhe fazê-lo, porém, à vista da natureza ou das características do tributo a que se refira (CTN, art. 183). As garantias e privilégios previstos no CTN traduzem formas protetoras para assegurar o pagamento do crédito tributário em caso de execução (processo judicial). Dispostos no CTN temos os art. 183 a 193. Assim, em um primeiro momento, acerca das disposições gerais (art. 183-185-A), as garantias atribuídas ao crédito tributário não excluem outras garantias previstas em lei, por exemplo, o crédito trabalhista, créditos de natureza alimentar etc. (Brasil, 1966). O art. 184 do CTN dispõe sobre quais bens podem servir para garantir o crédito tributário, de modo que, excetuando os privilégios especiais sobre determinados bens (por exemplo, bem de família, salário, aposentadoria), a totalidade dos bens e das rendas do sujeito passivo, seu espólio ou massa falida responderão pelo pagamento do crédito tributário, reiterando-se que os únicos bens e rendas que não respondem pelo pagamento são os que a lei declare absolutamente impenhoráveis (art. 184 do CTN) (Brasil, 1966). Já o art. 185 do CTN dispõe sobre a presunção de fraude quanto à venda de bens realizada por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa. Se o sujeito passivo não tiver bens, poderá ser determinada a indisponibilidade de seus bens e direitos. Destaca-se que a indisponibilidade irá se limitar ao valor total exigível (art. 185-A do CTN) (Brasil, 1966). As preferências estão estabelecidas nos art. 186 a 193, como a ordem de pagamento que deverá ser seguida. O concurso de preferência somente se verifica entre pessoas jurídicas de direito público, na seguinte ordem: União; estados, Distrito Federal e municípios (Brasil, 1966). As garantias do crédito tributário não são transferíveis ao terceiro que pague a dívida tributária, na condição de responsável. Além disso, a natureza das garantias atribuídas ao crédito tributário não altera a natureza do crédito e nem a da obrigação tributária a que corresponda, significando que o crédito de natureza tributária não passa a ser comercial, civil ou de qualquer outra natureza. 11 Os artigos do CTN correspondentes às garantias e privilégios do crédito tributário referem-se a meios assecuratórios com a finalidade de ver o crédito tributário pago, ou seja, visam diminuir o inadimplemento das obrigações tributárias após a constituição do crédito tributário exigível (Brasil, 1966). Dessa forma, constituído o crédito tributário, ele se torna exigível e, caso não seja realizado o pagamento, há a inscrição do sujeito passivo (devedor/contribuinte) em certidão de dívida ativa. Essa dívida ativa pode ser executada por via judicial e, sendo um processo de execução, deverá observar as regras de garantias e privilégios, para que, assim, o sujeito ativo (credor/fisco) consiga ter seu crédito tributário adimplido pelo devedor. TEMA 4 – ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA A Administração Pública, em um sentido mais amplo, aparece como todo aparelhamento do Estado preordenado à realização dos seus serviços e visa à satisfação das necessidades da coletividade. Dessa forma, ela não pratica atos de governo, mas sim atos de execução com maior ou menor autonomia funcional conforme definido pela competência do órgão ou de seus agentes, sendo tais atos denominados atos administrativos. Por ser uma atividade neutra normalmente vinculada à lei ou à norma técnica, a Administração Pública mostra-se como uma conduta hierarquizada. Ela executa suas tarefas sem responsabilidade constitucional ou política, mas com responsabilidade técnica e legal por essa execução. Conclui-se, então, que ela é o instrumento disposto pelo Estado para colocar em prática as opções políticas de governo, este sim age como uma conduta independente, política e discricionária, com responsabilidade constitucional e política (Meirelles,1993, p. 61). Desse modo, a AdministraçãoPública detém o poder de decisão somente no âmbito de suas atribuições e nos limites legais de sua competência executiva, podendo apenas opinar e decidir sobre assuntos técnicos, financeiros, jurídicos ou de conveniência e oportunidade administrativas, sem ser facultada a ela a opção política da matéria. A Administração Pública tributária encontra respaldo legal no art. 194 do CTN, que assim dispõe: Art. 194 - A legislação tributária, observado o disposto nesta Lei, regulará, em caráter geral, ou especificamente em função da natureza 12 do tributo de que se tratar, a competência e os poderes das autoridades administrativas em matéria de fiscalização da sua aplicação. Parágrafo único - A legislação a que se refere este artigo aplica-se às pessoas naturais ou jurídicas, contribuintes ou não, inclusive às que gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal. (Brasil, 1966) Tal disposição liga-se ao art. 96 do CTN, acerca do significado de legislação tributária, pois é certo que a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios detenham competência para legislar e fixar o poder de fiscalização sobre seus tributos sob a regência do CTN (Coêlho, 2010, p. 781). Os poderes da Administração Pública tributária mostram-se extensos e tentaculares, colocando à sua disposição a sociedade, ou seja, o sujeito ativo da obrigação tributária, além de credor, será também sujeito da investigação de seu direito de crédito, inclusive em relação a terceiros. Assim sendo, a competência e os poderes das autoridades administrativas no âmbito tributário regulam-se por legislação pertinente, estabelecendo disciplina geral para diferentes tributos ou impondo regramento específico sobre a natureza de determinado tributo. O recolhimento de tributos mostra-se dependente da atuação da administração fiscal, principalmente se levarmos em consideração que determinadas exações tornam-se efetivas após um ato específico da autoridade fiscal, ou seja, o lançamento. A fim de prevenir ou combater a sonegação, utiliza-se um trabalho de fiscalização, de modo que várias outras tarefas abarcam também a atuação burocrática das autoridades fiscais, seja de controle, seja de orientação, relacionamento com o sujeito passivo, com outros órgãos públicos, com a rede arrecadadora etc. Os agentes da administração tributária são os destinatários das normas, recebendo poderes e devendo exercê-los sob o princípio da legalidade. Deve haver, portanto, pertinência entre o trabalho da fiscalização e a situação da pessoa fiscalizada. TEMA 5 – RESTITUIÇÃO E COMPENSAÇÃO Existem alguns casos em que o pagamento de tributo é realizado a maior ou existe a possibilidade de ele ter sido pago mais de uma vez ou, então, que haja o pagamento de um tributo de que o contribuinte tinha isenção. Nesses casos, os valores pagos poderão ser restituídos, ou seja, deverão voltar para quem realizou o pagamento (sujeito passivo). Assim, a restituição de tributos 13 encontra fundamento legal nos art. 165 e seguintes do CTN (Brasil, 1966). Dispõe o art. 165: Art. 165 - O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, à restituição total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu pagamento, ressalvado o disposto no § 4º do artigo 162, nos seguintes casos: I - cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido em face da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido; II - erro na edificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou conferência de qualquer documento relativo ao pagamento; III - reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória. (Brasil, 1966) Assim, o sujeito passivo (quem pagou o tributo – contribuinte/responsável) terá direito de reaver o valor pago total ou parcialmente, dependendo de qual hipótese em que se enquadra o caso. Dessa forma, ele terá direito à restituição parcial quando houver sido realizado pagamento a maior de um tributo e à restituição total nos casos de pagamento de tributo indevido. Em relação ao pagamento indevido do tributo por erro no preenchimento dos critérios da obrigação tributária principal, por exemplo, com preenchimento do percentual da alíquota maior do que o que consta na legislação, indicação do nome do sujeito ativo ou passivo errado, de modo que o pagamento seja realizado pela pessoa errada ou para a pessoa errada, tais erros são considerados erros materiais. Sendo assim, quando for esse o caso, o contribuinte terá o prazo de cinco anos para requerer a restituição do valor pago – quando atingido esse prazo, considera-se ocorrida a prescrição da possibilidade de restituição. Conta-se a prescrição a partir da data do pagamento indevido. Quando uma lei tributária for considerada inconstitucional, ou seja, não estiver de acordo com a CF, e essa lei tiver instituído ou aumentado um tributo, o contribuinte terá direito à restituição, respeitando-se o prazo de cinco anos (prazo prescricional). Nesse caso, para considerar que a lei não está em conformidade com a redação da CF, haverá uma decisão judicial que será publicada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no Diário Oficial da União e o prazo prescricional de cinco anos para pedir a restituição começará a contar a partir dessa publicação, pois, pelo princípio da presunção de constitucionalidade das leis, se existe uma lei presume-se que ela deva ser respeitada e que esteja em conformidade com a CF (Brasil, 1988b). Assim, o contribuinte que pagar o 14 tributo em face de lei existente passará a ter o direito subjetivo somente no momento da publicação do acórdão que declarar a inconstitucionalidade da exigência tributária (Cassone; Cassone, 2006, p. 41). O contribuinte tem ainda o direito de ser restituído quando o fato gerador previsto não for constituído, encontrando respaldo legal para tanto no parágrafo 7º do art. 150 do CTN. Por exemplo, em caso de pagamento de Imposto sobre Serviços (ISS) quando não houve prestação de serviço, ou seja, quando o fato gerador (verbo mais complemento – prestar serviço) não foi constituído. Nesse caso, quando não ocorrer o fato gerador e ocorrer o pagamento, o contribuinte terá direito à restituição dos valores. Quando existir uma relação em que ambas as partes sejam credoras e devedoras uma da outra, será possível realizar uma compensação. Por exemplo, supondo que o Fisco deva ao contribuinte 5 mil reais e o contribuinte deva ao Fisco 5 mil reais, nesse caso compensam-se os valores devidos e extingue-se a dívida que um tinha para com o outro, e o contribuinte não deverá mais nada ao Fisco e o Fisco não deverá mais nada ao contribuinte, pois terá sido realizada uma compensação, que é uma modalidade de extinção da obrigação tributária. No caso descrito, o contribuinte que devia ao Fisco, depois da compensação não lhe deve mais nada, ou seja, extinguiu sua dívida, extinguindo a obrigação tributária mediante a sua compensação, pois se guarda como pressuposto a existência de duas relações jurídicas inversas, nas quais o credor, na primeira relação, apresenta-se como devedor na segunda e assim por diante. Essa compensação encontra-se prevista no art. 156 do CTN, que é o encontro de débitos e créditos com as mesmas partes no âmbito tributário. A compensação ocorre somente mediante lei que a autorize e, de acordo com suas particularidades, como forma de extinção opera efeitos não somente sobre o crédito tributário, mas também sobre o dever jurídico disposto pelo contribuinte, o que encontra, ainda, disposição legal nos art. 170 e 170-A da mesma legislação (Brasil, 1966). De modo que a lei pode autorizar a compensação de créditos tributários com créditos líquidos, certos, vencidos ou vincendos dosujeito passivo contra a Fazenda Pública, porém, destaca-se que é vedada a realização da compensação de tributos que estejam sendo discutidos judicialmente (usualmente, a discussão é se o tributo é ou não devido e se a quantia cobrada 15 está correta). Nesses casos, a matéria só poderá ser objeto de compensação após o término do processo. Sobre os tributos em que o próprio contribuinte faça o lançamento por homologação, em que ele preencha os dados e realize o pagamento do tributo – por exemplo, Imposto de Renda –, ao se falar em compensação por tributos sujeitos a lançamento por homologação, cabe ressaltar que tais tributos são aqueles aos quais a legislação atribui ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa. O lançamento se opera pelo ato no qual a referida autoridade toma conhecimento da atividade exercida pelo obrigado e a homologa expressamente, conforme o art. 150 do CTN (Brasil, 1966). Por exemplo, no momento da realização do lançamento, lançam-se os créditos que foram compensados (exemplo: Imposto de Renda compensado). Portanto, a compensação nada mais é do que uma espécie da restituição, pois os dois institutos representam crédito do contribuinte em face do Fisco. E, para que se possa realizar seu exercício, devem estar previstos requisitos comuns e próprios, na legislação. Percebe-se, então, que tal instituto tem o efeito de realizar a justiça tributária, assegurando ao contribuinte um direito constitucionalmente previsto (Brasil, 1988b). TROCANDO IDEIAS A isenção ocorre em um ou mais critérios da regra-matriz de incidência tributária. Leia o texto: Responsáveis por deficientes poderão registrar veículo com isenção (2019), disponível em: <https://www.migalhas.com.br/Quentes/17,MI311060,21048- Responsaveis+por+deficientes+poderao+registrar+veiculo+com+isencao>, para continuarmos nossos estudos. Verificamos, pela leitura realizada, que os representantes de incapazes por deficiência podem registrar em seu próprio nome veículos adquiridos com isenção de IPI, nos casos em que a aquisição tenha sido financiada com recursos dos representantes. Essa isenção já era prevista para pessoas portadoras de deficiência física, conforme a Lei n. 8.989/1995, que dispõe sobre a isenção do IPI na aquisição de automóveis para utilização no transporte autônomo de passageiros, bem 16 como por pessoas portadoras de deficiência física e dá outras providências (Brasil, 1995). Além disso, a título exemplificativo, no site do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR, S.d.), é possível consultar informações sobre isenção de impostos para pessoas com deficiência, conforme matéria no link: <http://www.detran.pr.gov.br/servicos/Veiculo/Idosos-e-pessoas-com- deficiencia/Consultar-informacoes-sobre-isencao-de-impostos-para-pessoas- com-deficiencia-PlNa5JNO>. Discutam sobre a regra-matriz de incidência tributária e, analisando aquela lei (Brasil, 1995) e a notícia (Responsáveis, 2019), verifiquem a qual aspecto se refere a isenção (material, espacial, temporal e/ou pessoal). NA PRÁTICA Com base no que estudamos em relação à isenção, daremos atenção agora à Lei n. 10.559/2002. Essa lei dispõe sobre anistiados políticos e a isenção de que estamos falando é sobre o Imposto de Renda sobre Aposentadoria Excepcional do Anistiado (Brasil, 2002). O art. 9º da lei fixa a isenção: Art. 9o Os valores pagos por anistia não poderão ser objeto de contribuição ao INSS, a caixas de assistência ou fundos de pensão ou previdência, nem objeto de ressarcimento por estes de suas responsabilidades estatutárias. Parágrafo único. Os valores pagos a título de indenização a anistiados políticos são isentos do Imposto de Renda. (Brasil, 2002) Dessa forma, todas as pessoas que foram declaradas anistiadas políticas têm direito à isenção do Imposto de Renda, conforme matéria disponível em: <http://boletimjuridico.publicacoesonline.com.br/anistiado-politico-tem-direito-a- isencao-de-imposto-de-renda-sobre-proventos-de-aposentadoria-2/> (Anistiado, 2019). Assim, para a verificação da isenção, em observância da lei que a criou (Brasil, 2002), destaca-se a possibilidade de identificar quais critérios ela está abrangendo, ou seja, como será determinada a não incidência dessa forma de exclusão do crédito tributário. Portanto, a isenção pode excluir um ou vários aspectos da hipótese de incidência tributária. Pense qual(is) critério(s) é possível apontar que ocorreu(ram) nessa isenção, lembrando que os critérios podem ser: espacial (que afasta a possibilidade de uma lei tributária incidir em determinada região ou território); temporal (que exclui a possibilidade de a lei tributária incidir 17 durante certo período sobre uma região ou grupo de contribuintes ou todas as regiões ou grupos que anteriormente alcançava); pessoal (que afasta o alcance da lei de um grupo de pessoas físicas ou jurídicas); e material (que diminui o alcance do fato gerador ou reduz a base de cálculo ou a alíquota aplicável ao cálculo do montante do tributo devido). FINALIZANDO Nesta aula, verificamos as duas modalidades de exclusão do crédito tributário, sendo elas: isenção e anistia. A isenção é a possibilidade de a hipótese de incidência tributária não alcançar determinadas pessoas físicas ou jurídicas, por alterar parcialmente um ou mais de seus aspectos, ou seja, significa a não incidência da norma jurídica tributária, com a dispensa do pagamento de determinado tributo. A anistia refere-se à dispensa do pagamento das penalidades pecuniárias devidas por irregularidades no pagamento da obrigação tributária. Nesse caso, a não incidência abrange a penalidade devida pela ausência de recolhimento do tributo. Destaca-se que o tributo continua sendo devido; apenas a penalidade pecuniária que não. Além disso, essa dispensa de pagamento não engloba os atos qualificados como crimes ou contravenções. Vimos também sobre as garantias e privilégios do crédito tributário, que estão dispostas nos art. 183 a 193 do CTN (Brasil, 1966). Estudamos a administração tributária e suas funções, bem como que ela está vinculada à lei ou à norma técnica, já que a administração executa suas atividades com responsabilidade técnica e legal. A Administração Pública tributária, disposta no art. 194 do CTN, aparece para exprimir a competência da União, estados, Distrito Federal e municípios de legislar e fixar o poder de fiscalização sobre tributos regidos pelo CTN (Brasil, 1966). Dessa forma, a Administração Pública tributária possui poderes extensos e tentaculares sobre a sociedade, no sentido de que o Estado, além de poder exigir o pagamento da dívida, terá a possibilidade de investigação do direito de crédito. Em nosso último tema desta aula, vimos sobre a restituição e a compensação tributária, que se referem à restituição de tributos, conforme disposição legal nos art. 165 e seguintes do CTN (Brasil, 1966). Nas aulas futuras, daremos continuidade aos nossos estudos. Até lá! 18 REFERÊNCIAS AMARO, L. Direito tributário brasileiro. 17. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. ANISTIADO político tem direito à isenção de imposto de renda sobre proventos de aposentadoria. Boletim Jurídico, Florianópolis, 26 nov. 2019. Disponível em: <http://boletimjuridico.publicacoesonline.com.br/anistiado-politico-tem-direito-a- isencao-de-imposto-de-renda-sobre-proventos-de-aposentadoria-2/>. Acesso em: 8 fev. 2020. BRASIL. Decreto n. 7.567, de 15 de setembro de 2011. Diário Oficial da União, Brasília, p. 8, 16 set. 2011. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011- 2014/2011/Decreto/D7567.htm>. Acesso em: 8 fev. 2020. _____. Decreto n. 7.819, de 3 de outubro de 2012. Diário Oficial da União, Brasília, p. 1, 3 out. 2012. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011- 2014/2012/Decreto/D7819.htm>.Acesso em: 8 fev. 2020. _____. Lei n. 5.172, de 25 de outubro de 1966. Diário Oficial da União, Brasília, p. 12.452, 27 out. 1966. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172.htm>. Acesso em: 8 fev. 2020. _____. Lei n. 7.713, de 22 de dezembro de 1988. Diário Oficial da União, Brasília, p. 25.283, 23 dez. 1988a. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7713.htm>. Acesso em: 8 fev. 2020. _____. Lei n. 8.137, de 27 de dezembro de 1990. Diário Oficial da União, Brasília, p. 25.534, 28 dez. 1990. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8137.htm>. Acesso em: 8 fev. 2020. _____. Lei n. 8.383, de 30 de dezembro de 1991. Diário Oficial da União, Brasília, p. 31.138, 31 dez. 1991. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8383.htm>. Acesso em: 8 fev. 2020. _____. Lei n. 8.989, de 24 de fevereiro de 1995. Diário Oficial da União, Brasília, p. 2.653, 25 fev. 1995. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8989.htm>. Acesso em: 8 fev. 2020. 19 _____. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997. Diário Oficial da União, Brasília, p. 21.201, 24 set. 1997. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503.htm>. Acesso em: 8 fev. 2020. _____. Lei n. 10.559, de 13 de novembro de 2002. Diário Oficial da União, Brasília, p. 6, 14 nov. 2002. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10559.htm>. Acesso em: 8 fev. 2020. BRASIL. Senado Federal. Centro Gráfico. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 1988b. CASSONE, V.; CASSONE, M. E. T. Processo tributário: teoria e prática. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2006. COÊLHO, S. C. N. Curso de direito tributário brasileiro. 11. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2010. DETRAN-PR – Departamento de Trânsito do Paraná. Consultar informações sobre isenção de impostos para pessoas com deficiência. Curitiba, [S.d.]. Disponível em: <http://www.detran.pr.gov.br/servicos/Veiculo/Idosos-e-pessoas- com-deficiencia/Consultar-informacoes-sobre-isencao-de-impostos-para- pessoas-com-deficiencia-PlNa5JNO>. Acesso em: 8 fev. 2020. FABRETTI, L. C.; FABRETTI, D. R. Direito tributário para os cursos de Administração e Ciências Contábeis. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2014. MACEI, D. N. A verdade material no direito tributário: a cidadania fiscal administrativa e judicial. São Paulo: Malheiros Editores, 2013. MEIRELLES, H. L. Direito administrativo brasileiro. 18. ed. São Paulo: Malheiros Editores, 1993. RESPONSÁVEIS por deficientes poderão registrar veículo com isenção. Migalhas, 16 set. 2019. Disponível em: <https://www.migalhas.com.br/quentes/311060/responsaveis-por-deficientes- poderao-registrar-veiculo-com-isencao>. Acesso em: 8 fev. 2020. SÃO PAULO (Município). Lei n. 17.202, de 16 de outubro de 2019. Diário Oficial da Cidade, São Paulo, p. 1, 17 out. 2019a. Disponível em: <http://legislacao.prefeitura.sp.gov.br/leis/lei-17202-de-16-de-outubro-de- 2019>. Acesso em: 8 fev. 2020. 20 SÃO PAULO (Município). Meu Imóvel Regular. São Paulo, 2019b. Disponível em: <https://meuimovelregular.prefeitura.sp.gov.br/>. Acesso em: 8 fev. 2020. SÃO PAULO (Município). Secretaria Especial de Comunicação. Prefeito sanciona Lei de Regularização de Edificações na capital paulista. São Paulo, 16 out. 2019c. Disponível em: <http://www.capital.sp.gov.br/noticia/prefeito-sanciona-lei-de-regularizacao-de- edificacoes-na-capital-paulista>. Acesso em: 8 fev. 2020.