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Resumo Microeconomia - Pindick e Rubinfeld cap. 3 e 4

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MICROECONOMIA - PINDICK E RUBINFELD
OBS.: Esse material é um resumo dos capítulos 3 e 4 do livro Microeconomia de Pindick e Rubinfeld, ele contem os pontos e observações próprias do que eu achei mais importante à luz do Concurso de Admissão à Carreira Diplomática e ele pode sofrer alterações com o passar do tempo. Cópias não são autorizadas.
CAP. 3 - COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
Teoria do comportamento do consumidor: descrição de como os consumidores alocam a renda, entre diferentes bens e serviços, procurando maximizar seu bem-estar.
· Pode ser examinado em três etapas distintas:
· Preferência do consumidor: a primeira etapa consiste em encontrar uma forma prática de descrever por que as pessoas poderiam preferir uma mercadoria a outra;
· Restrições orçamentárias: os consumidores têm uma renda limitada que restringe a quantidade de bens que podem adquirir. O que o consumidor faz nessa situação?
· Escolhas do consumidor: dadas suas preferências e a limitação da renda, os consumidores escolhem comprar as combinações de bens que maximizam sua satisfação. Assim, entender essas escolhas auxiliam a compreender a demanda;
 
3.1 - Preferências do consumidor:
· Cestas de mercado / pacote: listas com quantidades específicas de um ou mais bens;
· Premissas básicas para a preferência da maioria dos consumidores:
· Integralidade (plenitude): as preferências são completas. Os consumidores podem comparar e ordenar todas as cestas de mercado. Eles podem preferir uma à outra, ou ser indiferente e estar satisfeito com qualquer uma das duas. Nesse caso não se leva em consideração o preço;
· Transitividade: as preferências são transitivas. Ou seja, se um consumidor prefere A a B e B a C, então ele também prefere A a C. Isso é importante para a consistência das escolhas do consumidor;
· Mais é melhor do que menos: presumimos que todas as mercadorias são desejáveis/benéficas (mesmo tendo mercadorias indesejáveis como aquelas que causam poluição em que menos sempre vai ser mais). Em consequência, os consumidores sempre preferem quantidades maiores de qualquer mercadoria.
· Curvas de indiferença (curva de isoutilidade): representa todas as combinações de cestas de mercado que fornecem o mesmo nível de satisfação para um consumidor;
(Gráfico extraído do livro Microeconomia, 8ª ed. De Pindyck e Rubinfeld)
 
(Gráfico extraído do livro Microeconomia, 8ª ed. De Pindyck e Rubinfeld)
 
· Nos gráficos acima, E é preferível a A por conter mais quantidades de roupa e de vestiário, enquanto A, B e D são indiferentes aos consumidores, qualquer um estaria bom. Já H e G não são preferíveis pois estão abaixo da curva de indiferença. Qualquer elemento acima da linha de indiferença, é preferível.
 
· Mapas de indiferença: gráfico que contém um conjunto de curvas de indiferença mostrando os conjuntos de cestas de mercado entre as quais os consumidores são indiferentes; Ex: 
(Gráfico extraído do livro Microeconomia, 8ª ed. De Pindyck e Rubinfeld)
· 
· As curvas de indiferença não podem se interceptar, pois isso vai contra a premissa de que mais é preferível a menos e a premissa de transitividade;
 
· A forma das curvas de indiferença são sempre inclinadas para baixo;
 
· Taxa marginal de substituição (TMS): quantidade máxima de um bem que um consumidor está disposto a deixar de consumir para obter uma unidade adicional de um outro bem, ou seja, o valor que um indivíduo atribui a uma unidade extra de um bem em termos de outro;
· Formula: -∆V/∆A (∆V sendo o produto em que está disposto a desistir para conseguir mais ∆A, lembrando que ∆V é sempre negativo já que a pessoa está se desfazendo de unidades dele em função do outro)
· A TMS em qualquer ponto tem seu valor absoluto igual à inclinação da curva de indiferença naquele ponto;
· Convexidade: às três apresentadas anteriormente para explicar o porquê do TMS cair conforme nos movemos para baixo na curva de indiferença;
· Taxa marginal de substituição decrescente: premissa adicional relativa às preferências do consumidor, em geral, as curvas de indiferença são convexas (arqueadas para dentro). Isto significa que a inclinação da curva de indiferença aumenta (torna-se menos negativa) à medida que nos movemos para baixo ao longo da curva. Em outras palavras, uma curva de indiferença é convexa quando o TMS diminui ao longo dessa curva;
· Substitutos perfeitos e complementos perfeitos:
· (Gráfico extraído do livro Microeconomia, 8ª ed. De Pindyck e Rubinfeld)
 
· Substitutos perfeitos: quando a taxa marginal de substituição de um pelo outro é uma constante; TMS=1
· Complementos perfeitos: quando a taxa marginal de substituição entre eles for infinita; nesse caso, a curva de indiferença são ângulos retos; (um só cresce se o outro tb crescer) TMS=0
· Bens nocivos: mercadorias que os consumidores preferem em menor quantidade em vez de maior quantidade. Ex: medicamentos;
· Para considerar as mercadorias nocivas na análise de preferências do consumidor, é necessário redefinir a mercadoria em questão de tal modo que os gostos do consumidor sejam representados como preferências por quantidades menores desses bens;
· Utilidade: índice numérico que representa a satisfação que um consumidor obtém com dada cesta de mercado;
· Funções utilidade: fórmula que atribui níveis de utilidade a cestas de mercado individual, para cada caso, gera uma formula;
· Utilidade ordinal vs cardinal:
· Função utilidade ordinal: função utilidade que gera uma ordenação de cestas de mercado da maior para a menor;
· Não indica o quanto uma determinada cesta é preferível a outra;
· Comparações interpessoais de utilidade são impossíveis;
· Função utilidade cardinal: função utilidade que informa quanto uma cesta de mercado é preferível a outra;
 
3.2 - Restrições orçamentárias:
· Restrições orçamentárias: restrições que os consumidores enfrentam como resultado de suas rendas serem limitadas;
 
· Linha de orçamento: todas as combinações de bens para as quais o total de dinheiro gasto é igual à renda;
· Ex: PaA + PvV = I
· I = renda total
· PaA = Preço do bem 1 X quantidade do bem 1
· PvV = Preço do bem 2 X quantidade do bem 2
· A inclinação da linha de orçamento é igual a razão dos preços das duas mercadorias com o sinal negativo;
· O grau de inclinação informa a proporção pela qual as duas mercadorias poder ser trocadas sem alterar a quantidade total de dinheiro gasto;
 
· Efeitos das modificações na renda e nos preços:
· Modificações na renda: uma modificação na renda altera o ponto de interseção da reta com o eixo vertical, mas não muda a inclinação da linha de orçamento;
· Caso a renda aumente a linda de orçamento vai para fora (L2), mas caso a renda diminua, a linha desloca-se para dentro (L3);
· (Gráfico extraído do livro Microeconomia, 8ª ed. De Pindyck e Rubinfeld)
· Modificações nos preços: uma mudança no preço de um dos bens (com a renda inalterada) provoca uma rotação na linha de orçamento em torno de um intercepto; Quando o preço de um bem cai, a linha do orçamento gira para fora (L2), mas se o preço aumenta, ela gira para dentro (L3);
· (Gráfico extraído do livro Microeconomia, 8ª ed. De Pindyck e Rubinfeld)
 
· Caso ocorresse uma modificação nos preços de ambas as mercadorias, mas a razão entre os dois preços permanecesse inalterada, a inclinação permaneceria a mesma, pois a inclinação da linha de orçamento é igual a razão entre os dois preços;
 
 
3.3 - A escolha do consumidor:
· O consumidor decide a quantidade de cada bem que vão adquirir, visando a maximizar o grau de satisfação que podem obter, considerando o orçamento limitado de que dispõem. A cesta de mercado maximizadora deverá satisfazer duas condições:
· Deverá estar sobre a linha de orçamento;
· Deverá dar ao consumidor sua combinação preferida de bens e serviços; (lembrar que a curva de indiferença mais à direita representa o maior grau de satisfação)
· A satisfação é maximizada quando a taxa marginal de substituição (de A por V) é igual à razão entre os preços (de A sobre V); TMS = Razão entre os preços;
· Benefício marginal: benefício propiciado pelo consumode uma unidade adicional de determinado bem. Medido pela TMS;
· Custo marginal: custo de uma unidade adicional de determinado bem. Medido pelo grau de inclinação da linha de orçamento;
· Somente quando ocorre TMS = Pa/Pv é que o consumidor está maximizando a satisfação;
· Solução de canto: situação na qual a taxa marginal de substituição de um bem por outro, em uma cesta de mercado escolhida, não é igual à inclinação da linha de orçamento (ou seja, uma das mercadorias não é consumida);
· As análises das curvas de indiferença pode ser utilizada para revelar em que condições os consumidores optam por não consumir determinada mercadoria;
· Quando ocorre uma solução de canto, a TMS do consumo não se iguala necessariamente à razão entre os preços; TMS ≥ Ps/Pic
· (Gráfico extraído do livro Microeconomia, 8ª ed. De Pindyck e Rubinfeld)
 
· O maximiza sua satisfação adquirindo apenas um dos bens. Dada a linha de orçamento AB, o maior nível de satisfação é alcançado no ponto B na curva de indiferença U1, em que a TMS (de sorvete por iogurte congelado é maior do que a razão entre os preços do sorvete(Ps) de iogurte congelado(Pic);
 
3.4 - Preferência revelada:
· Se um consumidor optar por determinada cesta de mercado em vez de outra, sendo a cesta escolhida mais cara do que a outra, conclui-se, então, que o consumidor tem realmente preferência pela cesta de mercado escolhida;
 
3.5 - Utilidade marginal e escolha do consumidor:
· Utilidade marginal (UM): satisfação adicional obtida pelo consumo de uma unidade adicional de determinado bem;
· Utilidade marginal decrescente: princípio segundo o qual, à medida que se consome mais de determinado bem, quantidades adicionais que forem consumidas vão gerar cada vez menores acréscimos à utilidade;
· Equação em relação a alimentos e vestimentas:
· 0=UMa(∆A)+UMv(∆V) ---> -(∆V/∆A)=UMa/UMv ---> -(∆V/∆A) = TMS
· TMS=UMa/UMv
· A taxa marginal de substituição é igual à razão entre a utilidade marginal de A e a utilidade marginal de V. À medida que o consumidor desistir de quantidades maiores de V para obter quantidades adicionais de A, a utilidade marginal de A cairá e a de V aumentará. A TMS, por sua vez, diminuirá;
· TMS = Pa/Pv sendo assim -----> UMa/UMv= Pa/Pv ou seja, UMa/Pa=UMv/Pv
· Princípio de igualdade marginal: princípio segundo o qual a utilidade maximizada quando os consumidores igualam a utilidade marginal por unidade monetária gasta em cada um dos bens;
 
· Racionamento: todos os consumidores têm oportunidades iguais de adquirir a mercadoria racionada, é uma forma de controlar os preços em tempos de escassez e de não permitir que apenas os que podem pagar mais tenham acesso aos produtos escassos;
· A insatisfação dos consumidores pode ser menor e ainda assim, algumas pessoas podem não ter acesso ao produto, por não quererem enfrentar filas, por exemplo;
· Então o racionamento faz com que algumas pessoas possam ser prejudicadas, mas outros podem se beneficiar;
 
3.6 - Índices de custo de vida:
· Índices de custo de vida: razão do custo atual de uma cesta típica de bens e serviços em comparação com o custo dessa mesma cesta em período-base.
 
· Índice de custo de vida ideal: custo de obtenção de determinado nível de utilidade a preços correntes dividido pelo custo de obtenção do mesmo nível de utilidade a preços do ano-base;
· Ex cálculo: despesa x = quantidade alimentos x preço alimentos + quant. livros x preço livros
· Despesa do ano-base/despesa do ano-corrente = índice de custo de vida ideal
 
· Índice de preços de Laspeyres: valor monetário que um indivíduo necessita para adquirir, a preços concorrentes, uma cesta de bens e serviços escolhida no ano-base dividido pelo valor necessário para comprá-la a preços de ano-base;
· Custo de vida do ano-base X despesa do ano corrente/despesa do ano-base = índice de preços de Laspeyres;
 
· Comparando o índice de custo de vida ideal e o índice de Laspeyres:
· O índice de Laspeyres sempre é maior que o índice de preço de vida ideal, porque o índice de preços de Laspeyres baseia-se na premissa de que os consumidores não alteram seus padrões de consumo após uma mudança nos preços;
 
· Índice de Paasche: valor monetário de que um indivíduo precisa para comprar, a preços correntes, uma cesta de bens e serviços no próprio ano corrente, dividido pelo custo de comprá-la a preços do ano-base;
 
· Comparando os índices de Laspeyres e de Paasche:
· Índice de Laspeyres (IL): o valor monetário, a preços correntes, necessário para comprar uma cesta de bens e serviços que foi escolhido no ano-base, dividido pelo montante de dinheiro necessário para comprar a mesma cesta a preços do ano-base;
· Índice de Paasche (IP): o valor monetário, a preços correntes, necessário para comprar uma cesta de bens e serviços que foi escolhida no ano corrente, dividido pelo montante de dinheiro necessário para comprar a mesma cesta a preços do ano-base;
· Ambos são Índices com Pesos Constantes que são índices de custo de vida no qual as quantidades de bens e serviços permanecem inalteradas;
· 
 
· 
· O índice de Paasche subestima o custo de vida ideal, pois se baseia na premissa de que os indivíduos comprariam a cesta do ano corrente no período-base;
 
· Índice de preços com pesos encadeados: índice de custo de vida que leva em consideração as mudanças nas quantidades consumidas de bens e serviços;
 
 
CAP. 4 - DEMANDA INDIVIDUAL E DEMANDA DE MERCADO
 
4.1 - Demanda individual:
Modificações no preço: 
· Se o preço aumentar, o poder aquisitivo do consumidor - e assim, o nível máximo de utilidade atingível - tornou-se mais baixo e alinha de orçamento sobre um movimento de rotação para a esquerda;
· Se o preço cair, a linha de orçamento sofre um movimento de rotação para a direita, o consumidor pode atingir um nível mais alto de utilidade associado à curva de indiferença mais externa.
· Curva de preço-consumo: curva que apresenta as combinações de dois bens que são maximizadoras de utilidade conforme o preço de um deles se modifica;
· O consumo do produto A, quando cai o preço do produto B, pode sofrer um aumento ou uma diminuição. Tanto o consumo de A como o de B podem aumentar pelo fato de uma redução no preço de um dos produtos resultar em um aumento na capacidade do consumidor de adquirir ambas as mercadorias;
· A curva de demanda individual: relaciona a quantidade de um bem que um consumidor comprará com o preço desse bem. Ela apresenta duas propriedades importantes:
2. O nível de utilidade que pode ser obtido varia à medida que nos movemos ao longo da curva. Quanto mais baixo o preço do produto, maior o nível de utilidade;
2. Em cada ponto da curva de demanda, o consumidor estará maximizando a utilidade ao satisfazer a condição de que a taxa marginal de substituição (TMS) do vestuário por alimento seja igual à razão entre os preços desses dois bens. A medida que cai o preço do alimento, a razão entre os preços e a TMS também cai. Isso faz sentido, pois nos diz que o valor relativo do alimento vai caindo à medida que o consumidor adquire mais desse bem;
 
Modificações na renda:
· Se a renda aumentar, mas o preço se mantiver, sua linha de orçamento seria deslocada para a direita, paralela à linha de orçamento original, permitindo ao consumidor obter o nível de utilidade associado à curva de indiferença mais à direita;
· Curva de renda-consumo: curva que apresenta as combinações maximizadoras de utilidade de dois bens, conforme muda a renda do consumidor. Ela tem inclinação ascendente pelo fato de tanto a cesta A e a B apresentam elevação conforme a renda aumenta; Como cada curva de demanda implica determinado nível de renda, qualquer variação da renda deve causar um deslocamento da própria curva de demanda. A inclinação para cima da curva de renda-consumo implica que um aumento da renda ocasionará um deslocamento da curva de demanda para a direita;
 
Bens normais versus bens inferiores:
· Bens normais: os consumidores desejam adquirir mais desses bens à medida que sua renda aumenta. Quando a curva de renda-consumo apresenta uma inclinação positiva,a quantidade demandada aumenta com a renda e, por conseguinte, a elasticidade renda da demanda torna-se positiva. Quanto maiores forem os deslocamentos da curva de demanda para a direita, maior será a elasticidade da demanda;
· Bens inferiores: o bem que o consumo apresenta redução quando a renda aumenta. A elasticidade renda da demanda é, assim, negativa;
 
Curvas de Engel:
· Curvas que relacionam a quantidade consumida de um bem com a renda; Para bens normais, ela é ascendente; e para bens inferiores ela pode apresentar inclinações de acordo com a disposição do bem na renda;
 
Substitutos e complementares:
· Uma forma de saber se dois bens são complementares ou substitutos é analisando a curva de preço-consumo. Na parte descendente da curva de preço-consumo, os bens são substitutos e na parte ascendente dessa curva, os bens são complementares;
· Duas mercadorias são independentes se uma variação do preço de uma delas não tem efeito algum sobre a quantidade demandada da outra.
 
4.2 - Efeito renda e efeito substituição:
Uma redução no preço de uma mercadoria tem dois efeitos:
1. Os consumidores tenderão a comprar mais do bem que se tornou mais barato e menos das mercadorias que se tornaram relativamente mais caras. Isso é chamado de efeito substituição;
1. Como um dos bens se torna mais barato, há um aumento no poder de compra dos consumidores. A mudança na demanda resultante da alteração desse poder de compra é chamada de efeito renda;
 
Efeito substituição: 
· É a modificação no consumo de alimento associada a uma variação em seu preço, mantendo-se constante o nível de utilidade;
· Essa substituição é caracterizada por um movimento ao longo da curva de indiferença;
· Quando o preço do alimento diminui, o efeito substituição sempre conduz a um aumento na quantidade demandada desse bem;
 
Efeito renda:
· A variação no consumo de alimentos ocasionada pelo aumento do poder aquisitivo, mantendo-se constantes os preços relativos; 
· Mede a variação de seu poder aquisitivo;
· Efeito total (A1A2) = Efeito substituição (A1E) + Efeito renda (EA2)
· Mesmo no caso dos bens inferiores (efeito de renda negativo), o efeito renda raramente é grande o suficiente para superar o efeito substituição. Consequentemente, quando o preço de um bem inferior cai, seu consumo quase sempre apresenta elevação;
· Efeito de renda e efeito substituição para um bem inferior:
· (Gráfico extraído do livro Microeconomia, 8ª ed. De Pindyck e Rubinfeld)
Um caso especial: os bens de Giffen:
· Bens cuja curva de demanda tem inclinação ascendente pelo fato de que o efeito renda (negativo/bem inferior) é maior do que o efeito substituição;
· Embora intrigante, a ocorrência de bens de Giffen raramente é de interesse público, pois requer um efeito renda negativo de grande magnitude. Mas o efeito renda em geral é pequeno: individualmente, a maioria dos bens requer apenas uma pequena parte do orçamento do consumidor. Efeitos renda mais significativos com frequência estão associados a bens normais (ex: total de gastos com alimentação ou moradia) e não a bens inferiores;
 
 
4.3 - Demanda de Mercado:
 
Da demanda individual à demanda de mercado:
· Curva de mercado:
· No gráfico, a curva de demanda de mercado corresponde à soma horizontal das demandas de cada consumidor;
· Pelo fato de todas as curvas de demanda apresentarem inclinação descendente, a curva de demanda de mercado também apresentará inclinação descendente;
· Embora cada uma das curvas de demanda individual seja uma linha reta, a curva de demanda de mercado não precisa ser assim;
· Dois aspectos precisam ser destacados:
· A curva de demanda de mercado será deslocada para a direita à medida que os consumidores entrarem no mercado;
· Os fatores que influenciam a demanda de muitos consumidores também afetarão a demanda de mercado
 
Elasticidade da demanda:
· Elástica: é muito afetada pelo preço; (melhor abordado no cap. 2)
· Inelástica: é pouco (ou quase nada) afetada pelo preço; (melhor abordado no cap. 2)
· Isoelástica: curva de demanda com elasticidade preço constante;
· Elasticidade unitária (caso especial da curva isoelástica): quando essa elasticidade é igual a -1, nesse caso o gatos total permanece o mesmo após a variação do preço;
· 
 
· 
 
Demanda especulativa:
· Demanda orientada não por benefícios diretos obtidos por possuir ou consumir um bem, mas sim por uma expectativa de que o preço do bem aumentará; (Ex.: ações)
 
4.4 Excedente do consumidor:
· Diferença entre o que um consumidor está disposto a pagar por certo bem e o que efetivamente paga;
· Quando somamos os excedentes de todos os consumidores que adquirem determinada mercadoria, obtermos uma medida do excedente do consumidor agregado;
 
Excedente do consumidor e demanda:
· O excedente do consumidor corresponde ao benefício total obtido pelo consumo de determinado produto, menos o custo total de sua aquisição;
· Para calcularmos o excedente do consumidor agregado em um mercado, simplesmente calculamos a área situada abaixo da curva de demanda de mercado e acima da linha do preço;
 
Aplicação do excedente do consumidor:
· Quando o excedente de muitas pessoas é somado, o resultado indica o benefício agregado que os consumidores obtêm ao adquirir produtos em um determinado mercado;
· Quando combinado o excedente do consumidor com o lucro agregado obtido pelos produtores, podemos avaliar os custos e os benefícios de estruturas de mercado alternativas, bem como de políticas governamentais capazes de alterar o comportamento dos consumidores e empresas em tais mercados;
 
4.5 Externalidades de rede:
· Situação em que a demanda individual depende das aquisições feitas por outros indivíduos;
· Pode ser positiva ou negativa:
· Positiva significa que há um aumento na quantidade de uma mercadoria demandada por um consumidor típico, em decorrência do crescimento da quantidade adquirida por outros consumidores;
· Negativa: quando a quantidade demandada diminui;
 
Externalidade de rede positivas:
· Ex: redes sociais (quanto mais usuários, mais atrai novos usuários);
· Efeito cumulativo de consumo: externalidade de rede positiva em que os consumidores desejam possuir um bem em parte porque os outros possuem esse mesmo bem;
· Esse efeito conduz a uma curva de demanda mais elástica porque a externalidade de rede positiva aumenta a reação da demanda às variações ocorridas no preço - isto é, torna a demanda mais elástica.
 
Externalidade de rede negativas:
· Quanto mais pessoas estão consumindo algo, menos atrativo aquilo é, um exemplo disso são lugares com fila para entrar;
· Efeito de diferenciação de consumo: externalidade de rede negativa que reflete o fato de os consumidores desejarem possuir bens exclusivos ou raros;
· Ela torna a demanda menos elástica, porque quando se trata de uma mercadoria com consumo diferenciado, seu valor apresentará uma significativa redução se um número maior de pessoas a tiver. As estratégias de marketing dessas mercadorias promove o efeito de diferenciação de consumo porque, assim, podem aumentar os preços;
 
4.6 Estimativa empírica da demanda:***
Abordagem estatística para a estimativa da demanda:
· Dados sobre preços e quantidades podem ser usados para determinar a forma da função demanda. Os mesmos dados podem fornecer uma única curva de demanda D ou três curvas de demanda d1, d2, e d3 que se deslocam ao longo do tempo;
 
Formato da curva de demanda:
· As curvas de demanda são linhas retas, quando o efeito de uma variação do preço sobre a quantidade demandada é constante;
· Entretanto, a elasticidade preço da demanda variará com o nível do preço;
· Quando a elasticidade preço cruzado for positiva, os dois bens serão substitutos; quando b2 for negativa, eles serão complementares um do outro;
 
· Outra forma de obter informações a respeito da demanda é através de entrevistas e abordagens experimentais.
· Porem as empresas só tem condições de arcar com uma quantidade limitada de experimentos e entrevistas diretas podem não ser tão positivas se os consumidores não tiverem tanta noção de suas preferências,por exemplo. Já em experimentos, o mais vantajoso seriam experimentos de marketing direto, com ofertas reais de venda feitas a clientes potenciais, ainda assim, o custo a empresa pode ser alto;

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