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PROBLEMA 13 E 14- TROMBOSE VENOSA PROFUNDA

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Gabriel Freitas- ITPAC Palmas P3- Sistemas Orgânicos Integrados III 
OBJETIVOS: ENTENDER A FISIOPATOLOGIA DA 
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA E 
CORRELACIONAR OS SINAIS E SINTOMAS DA 
DOENÇA COM OS FATORES DE RISCO E 
TRATAMENTO. 
A trombose venosa profunda (TVP), conhecida 
como flebite ou tromboflebite profunda, 
caracteriza-se pela formação de trombos dentro 
de veias profundas, com obstrução parcial ou 
oclusão, sendo mais comum nos membros 
inferiores. 
As principais complicações decorrentes dessa 
doença são: insuficiência venosa crônica e 
síndrome pós-trombótica (edema e/ou dor em 
membros inferiores, mudança na pigmentação, 
ulcerações na pele) e embolia pulmonar (EP). 
Os principais fatores ligados à trombose venosa 
profunda são: estase sanguínea, lesão endotelial e 
estados de hipercoagulabilidade. 
1. Idade Avançada, Reposição hormonal, 
Eclampsia, varizes, IAM, diabetes. 
2. Câncer, septicemias, AVC, procedimentos 
cirúrgicos, imobilização, paralisia. 
3. Uso de estrogênio, gravidez e distúrbios de 
hipercoagulabilidade hereditários ou 
adquiridos, disfunção cardíaca. 
Hereditários/Idiopáticos: Mutação no gene da 
protrombina G20210A, Deficiência de antitrombina, 
hiperhomocisteinemia, aumento do fator VIII e 
aumento do fibrinogênio. 
Adquiridos/Provocados: Hemoglobinúria 
paroxística noturna, idade >65 anos, obesidade, 
gravidez, etc. 
* FATORES DE RISCO MUITO ALTO: GRANDES 
CIRURGIAS ORTOPÉDICAS, CÂNCER, 
TRAUMATISMOS RAQUIMEDULARES, 
TROMBOFILIA, TVP/EP A MENOS DE 2 ANOS. 
A TVP nos MMII é dividida quanto à sua 
localização: em proximais e distais. 
Proximal- Acomete as veias ilíacas, femoral e/ou 
poplítea; Mais riscos de Embolização Pulmonar; 
Distal- Acomete as veias abaixo da veia poplítea. 
- Quadro clínico do paciente: Dor, Edema, 
Eritematose, dilatação das veias superficiais, Sinal 
de Homans, Cianose, aumento de temperatura, 
empastamento muscular e dor à palpação. 
- Composição do trombo: Fibrina, hemácias, 
plaquetas e leucócitos; 
- Fatores desencadeantes para formação do 
coágulo: Tríade de Virchow 
1- Trauma edotelial que desencadeia a ativação 
das reações de cascata de coagulação. 
2- Hipercoagulabilidade (Estados Metabólicos 
fisiológicos ou patológicos). 
3- Estase Venosa (Sangue estagnado). 
- Varizes: São veias com tortuosidades, dilatadas e 
insuficientes. Podem causar uma TVP ou ser 
devido a uma TVP, porém é mais comum ser 
lesões em vasos superficiais. 
1. Escore de Wells 
- Modelo baseado em sinais, sintomas, fatores de 
risco e diagnósticos alternativos que estima a 
probabilidade de um paciente ter TVP. 
- Categoriza pacientes com probabilidades baixa, 
moderada ou alta de TVP. 
 
- Deve ser combinado sempre com exames de 
imagem como o Eco Doppler Colorido e a 
mensuração do D-dímero, além dos fatores de 
risco e sinais clínicos; 
2. Teste D-dímero (DD) 
Os D-dímero, são fragmentos de proteínas 
resultantes do processo de coagulação, derivados 
da degradação da fibrina, ele é um valor preditivo 
negativa e está presente em qualquer situação na 
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qual haja formação e degradação de um trombo, 
não sendo, portanto, um marcador específico de 
TVP. 
* Quando seu valor é normal a possibilidade de 
uma TVP ou um TEP é pequena. 
* Apresenta alta sensibilidade e pouca 
especificidade. 
* A dosagem do DD deve ser utilizada apenas em 
pacientes de baixa probabilidade clínica para TVP, 
uma vez que não apresentam 100% de 
sensibilidade. 
* Além da TVP e do TEP, outras condições podem 
elevar o DD, tais como: Insuficiência renal e 
cardíaca, pós operatório, traumas extensos e uso 
de anticoagulantes. 
3. Diagnóstico de imagem 
-> Eco Doppler Colorido (EDC) 
- o método diagnóstico mais frequentemente 
utilizado para o diagnóstico de TVP em pacientes 
sintomáticos. 
- Ultrassonografia em tempo real para avaliar a 
ausência ou presença de compressibilidade das 
veias e a ecogenicidade intraluminal. 
- O EDC avalia a anatomia, a fisiologia e as 
características do fluxo venoso, combinando 
imagem em tempo real e a análise espectral. 
-> Venografia 
- exame considerado padrão-ouro para o 
diagnóstico de TVP, reservado, atualmente, apenas 
quando os outros testes são incapazes de definir o 
diagnóstico; 
- Custo caro, reação adversa à contraste, 
desconfortável ao paciente; 
- Contraindicado à pacientes com insuficiência 
renal; 
1. Farmacológico 
- Objetivos: prevenir a recorrência de TVP e 
dissolver o coágulo; 
- Anticoagulantes com menores riscos de 
hemorragias; 
- Drogas trombolíticas ou antiplaquetárias; 
- Antagonistas da Vitamina K, Varfarina, Heparina. 
 
2. Não farmacológico 
- Meias elásticas medicinais de compressão 
gradual, elas melhoram a função de bomba da 
panturrilha, reduzindo o edema e otimizando a 
microcirculação cutânea; 
 
- Remoção cirúrgica do trombo + anticoagulantes; 
- Após a trombólise por cateter deve ser utilizada a 
angioplastia e stents para correção de lesões 
venosas subjacentes; 
 
!!! SINAL DE HOMANS 
 
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É um sinal médico de dor/desconforto na 
panturrilha após fazer dorsiflexão do pé. 
- É um tipo de púrpura hipostática, caracterizada 
por petéquias e equimoses que ocorrem nas 
pernas e região perimaleolar, que confluem 
deixando áreas de pigmentação acastanhada e 
hemosiderótica, apresentando distribuição “em 
bota”; 
- Se dá pelo aumento da pressão hidrostática 
intracapilar, seguida do extravasamento de 
hemácias, com depósito de hemossiderina; 
- Também pode ser chamada de Angiodermite 
pigmentar e purpúrica; 
- Observada em adultos e idosos que ficam em pé 
por muito tempo e condições que causam estase 
sanguínea como varizes, obesidade, atrofias 
musculares, artrites, deformidades ósseas, etc; 
- Para evitar a progressão, além da correção da 
causa de estase deve ser indicada elevação 
membros inferiores, e sempre que possível e o uso 
de meia elástica com o grau de compressão 
adequado; 
 
Exemplo 1 
 
Exemplo 2 
 
- A úlcera de estase, úlcera hipostática ou varicosa 
é a forma mais comum de úlcera da perna. Ela 
acomete de forma mais comum o sexo feminino e 
pacientes acima de 40 anos, não havendo 
distinção entre as raças; 
- A estase venosa crônica das veias superficiais 
propicia o aparecimento de edema, eczematização, 
pigmentação, ulceração e dermatoesclerose; 
-A úlcera geralmente é única, os contornos podem 
ser ovais ou irregulares, as bordas são 
eritematosas ou violáceas em declive suave, 
posteriormente tornam-se pálidas e endurecidas e 
hipertróficas. Sua base pode ser recoberta por 
crostas e/ou exsudado purulento, mas ao se 
debridar observa-se tecido de granulação 
vermelho vivo; 
- Normalmente indolores; 
- São chamadas úlceras de Marjolin quando são 
degenerações malignas, especialmente 
carcinomas espinocelulares, que ocorrem sobre 
úlceras cro ̂nicas, fístulas e cicatrizes de várias 
etiologias, sendo as cicatrizes de queimaduras as 
causas mais comuns; 
- Os achados clínicos que sugerem a 
transformação maligna compreendem úlceras que 
não cicatrizam, aumento da consiste ̂ncia da 
lesão, vegetac ̧ão, odor desagradável, bordas 
elevadas e formac ̧ão de nódulos sobre a cicatriz, 
particularmente na borda; 
- O diagnóstico da úlcera de estase deve ser 
baseado na história clínica e no exame físico. O 
exame de doppler para estudo vascular auxilia no 
diagnóstico; 
Gabriel Freitas- ITPAC Palmas P3- Sistemas Orgânicos Integrados III 
- Diagnósticos diferenciais: leishmaniose, 
esporotricose, neoplasias, sífilis, tuberculose, etc... 
- No tratamento, é essencial repouso no leito com 
o membro elevado pois melhora o edema, o 
tratamento das insuficiências vasculares 
periféricas se torna uma medida preventiva para o 
seguimento das úlceras. 
- A limpeza da úlcera deve ser feitacom soluções 
anti-sépticas ou soro fisiológico; antibiótico tópico 
ou sistêmico pode ser indicado; Outras terapias 
podem ser necessárias, como: corticoides tópicos 
em áreas eczematizadas, debridamento do leito ou 
curativos hidrocolóides para promover a 
cicatrização. A intervenção cirúrgica deve ser 
considerada, sobretudo nos casos recentes e 
malignos;

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