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ABCDE DO TRAUMA (POR REBECA ZILLI)

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ABCDE DO TRAUMA 
 POR 
 
Rebeca Zilli 
A abordagem ao paciente politraumatizado é orientada por esse protocolo. Deve ser feito em 30 
segundos, e utilizado para reavaliar o paciente frequentemente. 
 
Proteção da via aérea e estabilização da coluna cervical. 
Devo avaliar se existe obstrução das vias aéreas que impedem ou dificulta a respiração do 
paciente, além de avaliar se há lesões da coluna cervical, fraturas de face, ruptura da traqueia 
e laringe, queda da língua, sangramentos, edemas e outros problemas que afetem as vias 
aéreas. Outra avaliação é se o paciente consegue falar, existe permeabilidade das vias aéreas. 
Após estas avaliações o paciente receberá o colar cervical. 
Se estiver disponível catéter com O2, já posso ofertar nessa primeira etapa. 
Quando devo intubar o paciente? 
Quando este apresenta-se em apneia e/ou Glasgow < 9 e/ou com comprometimento iminente de via aérea (fraturas 
múltiplas de face, convulsões reentrantes) e/ou como forma de proteger a via aérea. Esse acesso às vias aéreas pode 
ser feito de forma convencional (IOT) ou cirúrgica (mascará laríngea, cricotireoidostomia por punção, traqueostomia). 
Abro mão da via aérea cirúrgica quando: 
 Não visualizo via aérea; 
 Trauma maxilo-facial; 
 Distorção anatômica do pescoço; 
Escolhe-se por fazer a cricotireoidostomia preferencialmente, sendo um procedimento de urgência, temporário. Mas 
há duas indicações para realização pela traqueostomia direto no politrauma: 
1. Criança < 12 anos (a crico ainda está em formação, pode danificar o desenvolvimento) 
2. Fratura de laringe (suspeito quando há distorção anatômica do pescoço) 
 
Avaliação da respiração e ventilação. 
Devo confirmar se a vítima está respirando. O socorrista examina o tórax do paciente para 
verificar se há lesão torácica e os movimentos da caixa torácica (inspiração e expiração). 
Caso o paciente apresente dificuldade para respirar, a equipe deve providenciar, com urgência, 
a ventilação mecânica. 
 
Controle de sangramento e circulação. 
Devo verificar fatores relacionados à circulação, como FC, PA, coloração da pele, perfusão e 
sinais de choque hemorrágico (pele pegajosa, fria, comprometimento do nível de consciência). 
E nesta etapa que é feita pesquisa por hemorragias, sendo a maioria estancada pela compressão 
direta do foco. Devo investigar, sobretudo hemorragias internas, em pontos comuns como 
pelve, abdome e membros inferiores. 
Disfunção neurológica. 
Devo fazer uma avaliação do comprometimento neurológico, através da escala de Glasgow, 
tamanho e reatividade das pupilas, nível de consciência, além da verificação de lesões 
medulares ou herniações cerebrais. 
 
Nessa fase, o objetivo principal é minimizar as chances de lesão secundária pela 
manutenção da perfusão adequada do tecido cerebral. 
 
Exposição. 
Devo analisar a extensão das lesões e controlar o ambiente, de modo a prevenir hipotermia e 
revelar eventuais lesões não expostas inicialmente. Nessa etapa, devo despir o traumatizado 
em bloco e olhar seu corpo, investigando sinais de trauma, sangramento, manchas, etc.

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