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RESUMO IDH E GINI EDUCAÇÃO CONECTIVA – PROFESSORMARCELO.COM O que é Índice IDH O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) foi desenvolvido pelo economista paquistanês Mahbub ul Haq com a colaboração do economista indiano Amartya Sen em 1990 e desde 1993, que tem por incumbência promover a eliminação da pobreza e o desenvolvimento em substituição ao Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que avalia apenas a dimensão econômica do desenvolvimento. O índice varia de zero (nenhum desenvolvimento humano) até 1 (desenvolvimento humano total), sendo os países classificados deste modo: Quando o IDH de um país está entre 0 e 0,499, é considerado baixo. Quando o IDH de um país está entre 0,500 e 0,799, é considerado médio. Quando o IDH de um país está entre 0,800 e 1, é considerado alto. Em 2010, o IDH brasileiro foi de 0,699, numa escala de 0 a 1. O relatório do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) divulgado em 2010 apresenta o Brasil na 73ª posição entre 169 países, indicando "tendência de crescimento sustentado ao longo dos anos". O IDH foi criado para contrapor a lógica puramente econômica do PIB, leva em consideração 3 fatores: O próprio PIB per capita, que é toda riqueza produzida pelo país, dividida por habitante e mensurado em dólar; a EDUCAÇÃO em todos os níveis, através do índice de analfabetismo e taxa de matrícula e LONGEVIDADE, a expectativa de vida e taxa de mortalidade infantil. O Índice de Gini – também conhecido como Coeficiente de Gini – é um instrumento matemático utilizado para medir a desigualdade social de um determinado país, unidade federativa ou município. Sua importância efetiva-se diante das limitações que outros índices – como o PIB e a renda per capita – possuem para medir a distribuição de riquezas. O coeficiente de Gini recebe esse nome em referência ao seu desenvolvedor, o matemático italiano Conrado Gini, que criou esse cálculo no ano de 1912 sob a preocupação de mensurar o quanto um determinado local pode ser igualitário ou desigual social e economicamente. A medição do índice de Gini obedece a uma escala que vai de 0 (quando não há desigualdade) a 1 (com desigualdade máxima), que são dois números cujos valores jamais serão alcançados por nenhum lugar, pois representam extremos ideais. Nesse sentido, quanto menor é o valor numérico do coeficiente de Gini, menos desigual é um país ou localidade. Graficamente, a representação do Índice de Gini é realizada a partir da chamada curva de Lorenz, que mostra a proporção acumulada de renda em função da proporção acumulada da população. Observando o gráfico a seguir, considera-se que uma reta https://brasilescola.uol.com.br/economia/pib.htm RESUMO IDH E GINI EDUCAÇÃO CONECTIVA – PROFESSORMARCELO.COM representaria a perfeita igualdade e que qualquer ponto de suas ordenadas corresponde a um igual valor no eixo das abscissas. O gráfico do índice de Gini revela, portanto, o índice de desigualdade de renda de uma determinada localidade a partir da curva de Lorenz, de modo que, quanto mais próxima de uma reta a curvatura estiver, menos desigual será o local representado. Nesse sentido, o coeficiente de Gini representa a relação entre o valor da área de concentração indicada e a área total do triângulo retângulo formado. A principal vantagem do índice de Gini é a sua capacidade de mensurar a distribuição de renda, não cedendo às limitações de outros dados, como a renda per capita, que nada mais é do que a média aritmética entre o Produto Nacional Bruto e o número de habitantes. Além disso, esse dado é positivo no sentido de ser facilmente interpretado e, assim, fornecer uma noção maior da realidade em questão, permitindo até a comparação entre diferentes períodos e localidades. Já entre as desvantagens do índice de Gini, podemos destacar o fato de ele mensurar a desigualdade de renda em termos estáticos, sem dar ênfase na oportunidade ou no potencial que um local possui em se tornar mais ou menos desigual a curto e longo prazo. Além disso, uma boa distribuição de renda em um país, por exemplo, não corresponde necessariamente a uma justiça social, pois esse índice não leva em conta o poder de compra que uma renda X pode apresentar nas diferentes partes de um mesmo território. Considerando que o Brasil possui a quinta maior população do mundo com 190 milhões de habitantes e 8,5% desta população vivem em situação de extrema pobreza, temos 16 milhões de brasileiros que sofrem muito com a falta de saúde, educação e renda e o quesito educação é o que mais pesa na pobreza. E o Brasil onde está neste quadro do GINI? Entre 2006 e 2008, a queda do GINI no Brasil foi de 2,4%, de 0,5623 para 0,5486, uma RESUMO IDH E GINI EDUCAÇÃO CONECTIVA – PROFESSORMARCELO.COM redução muito expressiva para um período de apenas dois anos. A desigualdade de renda no Brasil caiu fortemente nos últimos anos, e no final de 2008 o índice já estava em 0,515, atingindo a mínima histórica do Brasil da década de 60. Considerando que o período da Ditadura foi de 1964 à 1985, vinte e um anos se passaram para que voltássemos a respirar democracia e o muito que se avançou em políticas sociais nos oito anos do Governo LULA é pouco para o acúmulo de desigualdades num país que ainda não completou 200 anos de independência. Os estudiosos da ONU utilizando dados extraídos do GINI dizem que a concentração de renda no Brasil e America Latina é influenciada pela falta de acesso aos serviços básicos e de infraestrutura, baixa renda, além da estrutura fiscal injusta e da falta de mobilidade educacional entre as gerações. O que podemos extrair desta engenharia numérica toda é que devemos manter e ampliar o gasto social por habitante, provendo serviços para manter a mobilidade educacional entre a população e a as futuras gerações. Em se tratando de projeto político é evidente que a melhora nos índices econômicos e sociais no Brasil no último período, só se deu por conta do papel do Estado como provedor e indutor das políticas necessárias para melhora da vida do povo brasileiro. Entre 2001 e 2008, a renda dos 10% mais pobres no Brasil cresceu seis vezes mais rápido do que a dos 10% mais ricos, dando um bom início à redistribuição de renda no país. As políticas de valorização do salário mínimo, ampliação do credito, obras de infraestrura, PAC 1 e 2, geração recorde de empregos com carteira assinada, contribuíram para isto. A mobilidade social foi grande neste período, 21 milhões de brasileiros migraram da Classes De E para Classe C.
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