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Semiologia Nutricional Ana Beatriz S. de Lemos 21.07.21 Exame físico: Avaliação objetiva dos sinais e sintomas; consiste em 4 etapas: Utilizado pelo nutricionista Faz parte da avaliação nutricional Estuda os sinais e sintomas das doenças É um instrumento obrigatório na Avaliação Nutricional É importante para o acompanhamento nutricional É preciso ter um objetivo durante a avaliação. Faz parte do exame físico É um indicador subjetivo pois sua avaliação não resulta em nenhum valor. Uma limitação da semiologia nutricional é o fato de que os sinais físicos só aparecem quando o excesso ou carência nutricional já está em um estado avançado Sinal Sintoma Aquilo que pode ser percebido pelo profissional de saúde. É a queixa dada pelo paciente. O profissional de saúde não consegue ver. Contempla duas etapas: Anamnese nutricional: avaliação subjetiva para identificar os sintomas clínicos Inspeção Palpação Ausculta Percussão OBS: Pa ra algum as situaçõe s específ icas, esse exa me torna -se específic o. A avaliação deve ser do tipo sistemática e progressiva – realizada da cabeça aos pés, sendo observadas as características de cada parte do corpo; e a interpretação dos resultados não deve ser feita de forma isolada. O diagnóstico deve acontecer de forma conjugada para poder ter uma precisão. Geralmente as avaliações precisam ser confrontadas com os exames bioquímicos para poder ser comprovada. Ana Beatriz S. de Lemos 21.07.21 Sinais fáceis Fáceis Aguda: apresenta uma expressão cansada, exausta, não consegue manter os olhos abertos por muito tempo; os primeiros sinais de uma intervenção nutricional adequada são a mudança em alguns aspectos faciais. Fáceis crônica: o paciente se apresenta triste, deprimido, sem querer muito diálogo e não gosta de muito contato. Rosto Musculatura temporal: atrofia temporal; bilateral; está relacionada com a diminuição da mastigação; é muito comum em pacientes com anorexia ou disfagia; Bola gordurosa de Bichat: atrofia; bilateral; está relacionada com a redução prolongada da reserva calórica; a atrofia da bola gordurosa é a mais tardia; Sinal de asa quebrada: atrofia da musculatura da têpora atrelado a atrofia da bola gordurosa de bichat; é preciso avaliar o perfil do paciente Cavidade oral Língua magenta e glossite – pode indicar deficiência de vitaminas do complexo B Língua saburrosa – pode indicar falta de mastigação e falta de higiene; Queilite angular – pode indicar deficiência de vitamina C, riboflavina, ferro e folato. Pescoço e tronco Regiões supra e intraclaviculares: a observação pode ser feita com o paciente em pé ou sentado; indica que houve uma perda muscular há muito tempo; Atrofia da musculatura paravertebral: impacta na redução da força e sustentação corporal; o paciente fica muito tempo em decúbito dorsal (deitado de barriga para cima); e apresenta diminuição na expansão ventilatória pulmonar. Abdômen Abdômen escavado: indica privação crônica de alimento Abdômen distendido: hepatomegalia ou parasitoses Abdômen em forma de avental: obesidade Semiologia por partes do corpo Ana Beatriz S. de Lemos 21.07.21 Membros superiores e inferiores Atrofia da musculatura MMSS (superiores) e MMII (inferiores); Edema (inchaço) Cabelo Opaco, fino, quebradiço, com queda ou facilmente arrancável – pode indicar deficiência de biotina, ferro e vitamina A; Seco e despigmentado – pode indicar deficiência de zinco, cobre e biotina; Descamação do couro cabeludo – pode indicar deficiência de biotina; Cabelos crespos em locais que antes eram lisos – pode indicar deficiência de vitamina C. Unhas Unhas fracas e quebradiças – pode indicar deficiência de biotina, ferro e Vit A; Coiloníquia (unha côncava) – pode indicar deficiência de ferro Linhas esbranquiçadas ou ausência de brilho – pode indicar deficiência de niacina e zinco Descolamento da parte distal da unha – pode indicar deficiência de niacina Linhas escuras – pode indicar deficiência de B12 Sinais relacionados à problemas nutricionais Anemia por deficiência de ferro: causa apatia, astenia (perda ou diminuição da força física), palidez cutânea, maior susceptibilidade à infecções; Desidratação: ingestão de água menor que a quantidade necessária ou perda excessiva de água; Como investigar? Pedir para o paciente produzir saliva; verificar o brilho nos olhos, os olhos tendem a ficar mais fundos, observar a umidade das mucosas, examinar o turgor da pele (puxa a pele e ela demora a voltar). Hipovitaminose A: provoca alterações oculares (a principal dela é a cegueira noturna onde a pessoa apresenta dificuldade para enxergar em ambientes que tem pouca luz). Xerose Mancha de Bichot Ulceração da córnea Ceratomalácia Alterações cutâneas: xerose (pele seca e com aspecto escamoso); hiperceratose folicular (pele áspera). Ana Beatriz S. de Lemos 21.07.21 Beribéri: deficiência de B1 (causa fadiga, fraqueza, irritabilidade etc.). os sinais dermatológicos são glossite e edema. Pelagra: deficiência de B3 ou pode ocorrer diante da deficiência de triptofano; Conhecida como a doença dos 3D: dermatite, diarreia, demência. Dislipidemia: xanteplasma palpebral e tendinoso (depósito de gordura na pele que é causada pelo excesso de LDL e TGL). Excesso de peso e obesidade: assadura, acantose nigrans (manchas escuras devido o aumento da produção de melanina pela resistência a insulina); abdômen em formato de avental; Diabetes: neuropatia diabética; Desnutrição Marasmo: desnutrição proteíco- energética; apresenta magreza acentuada; perda marcante de tecido muscular e adiposo; NÃO apresenta edemas; cabelo quebradiço ou escasso; pele seca e enrugada; apatia e irritabilidade; diarreia; perda no crescimento; é predominante em crianças menores de 2 anos. Kwashiokor: desnutrição predominantemente proteica (a ingestão energética apresenta-se relativamente normal); hepatomegalia; anasarca (edema generalizado); hipoalbuminemia; esteatose hepática; lesões na pele; apatia ou redução no apetite; despigmentação dos cabelos; diarreia; é predominante em crianças maiores de 2 anos.
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