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Avaliação Nutricional II - Exame físico

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Exame físico
Gabriela Pereira da Silva
Nutrição-UFGD
Avaliação nutricional
· Antropometria – medidas antropométricas;
· Bioquímica – exames laboratoriais;
· Clínica – exame físico e investigação se sintomas;
· Dietética – consumo alimentar.
Um parâmetro isolado não caracteriza a condição nutricional geral do indivíduo, é necessário empregar uma associação de vários indicadores para melhorar a precisão e a acurácia do diagnóstico nutricional.
Exame físico
Prática que agrega conceitos e métodos específicos da semiologia, tais como inspeção, palpação, percussão, ausculta, e o uso de alguns instrumentos e aparelhos simples, integrando-se a estes conhecimentos teóricos de anatomia, histologia, fisiologia, patologia, entre outros.
Tem por finalidade avaliar características inerentes ao corpo humano, que vêm a servir como dados subsidiadores ao cuidado oferecido.
Semiologia
Semeyologia – se origina do grego – significa estudo dos sinais.
· semeyion: sinal;
· logos: discurso.
Capítulo da patologia geral que se ocupa do estudo dos sinais e sintomas das enfermidades; é o ramo da ciência médica que ensina a técnica correta para obter siais ou sintomas de determinado estado patológico.Um pouco da história da semiologia médica – Leitura opcional: http://semiologiamedica.ufop.br/historia
Sinais:
· Podem ser percebidos por outras pessoas, podem ser medidos pelo examinador.
· Exemplo: febre, PA;
· Exame físico.
Sintomas:
· Os sintomas são sensações subjetivas, sentidas pelo indivíduo e não visualizada pelo examinador.
· Exemplo: dor;
· Anamnese.
Exame físico
Vantagens:
· Prático;
· Baixo custo;
· Não invasivo.
Desvantagens:
· Treinamento (olhar clínico);
· Carência/distúrbio já estabelecido quando surgem sinais.
Semiologia nutricional
Consiste em avaliar as alterações orgânicas expressas nos tecidos externos do indivíduo, ou mesmo a evolução de patologias já existentes no organismo.
Associação à inadequação alimentar, seja por deficiência ou excesso na ingestão.
Objetivo: determinar as condições nutricionais do paciente, identificar os sinais e sintomas de carência ou excesso de nutrientes e correlaciona-los com os hábitos alimentares.
Está entre os parâmetros subjetivos de avaliação nutricional – não resulta em um valor, e sim nas impressões individuais do avaliador e do avaliado.
A semiologia nutricional permite:
· Verificar se o paciente está acima ou abaixo do peso;
· Se apresenta perda de gordura e/ou músculo – especialmente nas têmporas e face;
· Se o indivíduo é capaz de se alimentar sozinho ou se necessita de ajuda;
· Avaliar a atrofia muscular – demonstra menor força – desuso muscular – imobilização;
· Avaliar a presença de anemia pela coloração da pele e das mucosas;
· Avaliar a presença de edema.Complementa a história clínica, alimentar e nutricional e proporciona elementos capazes de apoiar hipóteses sobre o diagnóstico nutricional.
Sampaio, 2012
Exemplo: deficiência de ferro.
Importante:
· Antes de iniciar o exame físico;
· Cuidado com a higiene pessoal e do ambiente;
· Preparo prévio do indivíduo a ser avaliado (explicação);
· Evitar exposição desnecessária (traje);
· Realização do exame em local adequado;
· Cuidados especiais (exemplo: avaliação abdominal – bexiga vazia, aferição de peso – e jejum ou antes das refeições);
· Humanização no atendimento;
· Neutralidade no atendimento.
Técnicas
Realizado de forma sistemática e progressiva, iniciando a partir da cabeça até a região plantar.
Iniciar pelo registro do estado geral do paciente.
Ânimo.
Depressão.
Fraqueza.
Estado de consciência.
Movimentos corporais.
Cabeça
Face:
· Estado geral, presença de edema ou depleção, palidez, atrofia unilateral ou bitemporal.
Musculatura temporal:
· Atrofia temporal bilateral: paciente parou de mastigar ou deixou de usar mastigação na ingestão alimentar (indícios de dieta hipercalórica) nas últimas 3 a 4 semanas. Associada também à imunodeficiência.
· Atrofia unilateral: causa neurológica ou ausência de dentição.
· Perda da bola de Bichart: perda em fase tardia, posterior a atrofia temporal. Sinal de “asa quebrada”.
Cabelos:
· Avaliar o aspecto, a ausência de brilho e se está quebradiço;
· Observar áreas de alopecia;
· Questionar sobre queda;
· Perda do brilho, seco, quebradiço, fácil de arrancar, despigmentação – comum deficiência proteína e zinco.
Olhos:
· Observar o aspecto, cor das mucosas e membranas.
Boca:
· Lábios: observe a coloração e umidade, a existência de nódulos, ulcerações e rachaduras nos cantos da boca.
· Gengiva: inspecionar quanto a presença de edema, ulceração ou sangramento.
· Língua: coloração, integridade papilar, edema, espessamento;
· Salivação: questionar sobe a presença de xerostomia (boca seca) ou sialorreia (salivação abundante);
· Dentes: presença de cáries, ausência de peças dentárias, uso de prótese (bem adaptada ou não), alterações em função de excesso ou escassez de nutrientes.
Região do pescoço
Devem ser analisadas perdas musculares.
Músculos intercostais
Reduz a sustentação corporal: cifose.
Atrofia muscular: maior tempo em ventilação mecânica.
Membros superiores
Atrofia da musculatura interóssea dorsal das mãos.
Atrofia do músculo adutor do polegar → menor força de apreensão → menor competência em ingerir os alimentos.
Perda de gordura: prega tricipital e bicipital.
Atrofia muscular.
Unhas:
· Forma, ângulo, coloração, contorno, rigidez e presença de micoses. 
Abdome
Observar a presença de cicatrizes, estrias, erupções, veias dilatadas e circulação colateral (típico em pacientes com hepatopatias.
Avaliação do abdome:
Exemplos de registro de enfermagem:
A) Abdome semigloboso às custas de líquido, com teste macicez móvel positivo, sem dor à palpação ou visceromegalias;
B) Abdome flácido com ruídos hidroaéreos (RHA);
C) Abdome normotenso, ruído com hidroaéreos presentes (RHA+), timpanismo presente, ausência de visceromegalias.
https://www.youtube.com/watch?v=HCGD7NnUlMs
Membros ineriores
Atrofia da musculatura das coxas (fossa de quadríceps).
Atrofia da musculatura das panturrilhas.Presença de edema: podem ser procurados na região subpalpebral (inspeção), membros inferiores e superiores (palpação) e região sacra (palpação).
Edema:
Pele:
· Cor, pigmentação, contusões, lesões e edema;
· Temperatura, presença de lesão por pressão e turgor;
· Por meio de pinçamento, utilizando sinal de prega, avaliar o turgor – elasticidade da pele.
Outros sinais de desidratação:
· Solicitar que o paciente produza salivação;
· Observar o brilho dos olhos;
· Observara umidade das mucosas (gengival e conjuntival);
· Urina amarelo escuro;
· Sede;
· Fadiga;
· Tonturas;
· Dor de cabeça.
Lesão por pressão
Definição
“Dano localizado na pele e/ou tecidos moles subjacentes, geralmente sobre uma proeminência óssea ou relacionada ao uso de dispositivo médico ou outro artefato. 
A lesão pode se apresentar em pele íntegra ou como úlcera aberta e pode ser dolorosa.
· A lesão ocorre como resultado da pressão interna e/ou prolongada em cominação com cisalhamento.
· A tolerância do tecido mole à pressão e ao cisalhamento pode também ser afetada pelo microclima, nutrição, perfusão, comorbidades e pela sua condição.”
Classificação das lesões por pressão (LP)
As LP são classificadas para indicar a extensão do dano tecidual.
LP estágio 1: 
· Pele íntegra com eritema que não embranquece;
LP estágio 2: 
· Perda em sua espessura parcial com exposição da derme;
· Leito da ferida viável (rosa ou vermelho).
LP estágio 3:
· Perda da pele em sua espessura total;
· Presença de tecido de granulação e epíbole (bordas enroladas);
· Gordura é visível;
· Não exposição da fáscia, tendão, ligamento, cartilagem e/ou osso.
LP estágio 4:
· Perda de pele em sua espessura total e perda tissular;
· Exposição ou palpação de fáscia, músculo, tendão, ligamento, cartilagem ou osso.
LP não classificável:
· Perda da pele em sua espessura total e perda tissular não viável;
· Ao ser removido (esfacelo/escara), a LP 3 ou 4 ficará aparente.
LP tissular profunda:
· Descoloração vermelho-escura, marrom ou púrpura persistente eque não embranquece;
· Pele intacta ou não.
LP em membrana mucosa:
· Encontrada quando há história de uso de dispositivos médicos no local do dano;
· Em virtude do tecido, essas lesões não podem categorizadas.
LP relacionada a um dispositivo médico:
· Resulta do uso de dispositivos criados a aplicados para fins diagnóstico e terapêuticos;
· Apresenta o padrão ou a forma do dispositivo.
Avaliação do risco de LP
Escala de Braden: analisa seis fatores principais no paciente.
Cada fator é testado e pontuado de 1 a 4.
Soma total de todos os fatores: 6 e 23 – indicará o estado da lesão e quais práticas devem se seguir a essa avaliação.
· Risco baixo (15 a 18 pontos);
· Risco moderado (13 a 14 pontos);
· Risco alto (10 a 12 pontos);
· Risco muito alto (≤ 9 pontos).
Desnutrição hospitalar
Sistematização do Cuidado Nutricional:
· Triagem de Risco Nutricional;
· Níveis de Assistência;
· Avaliação Nutricional;
· Diagnóstico Nutricional;
· Conduta Dietoterápica;
· Orientação Nutricional.
Avaliação Subjetiva Global (ASG)
Percentual de perda de peso nos últimos 6 meses.
Modificação na consistência dos alimentos ingeridos.
Sintomas gastrointestinais persistente por amis de 2 semanas.
Perda de gordura subcutânea e de edema – exame físico.
Classifica o paciente em:
· (A) bem nutrido;
· (B) moderadamente desnutrido;
· (C) gravemente desnutrido.Limitação: dependência da experiência do observador, visto que trata-se de um método subjetivo.
Avaliação Muscular Subjetiva
Visa identificar a atrofia de determinados grupamentos musculares correlacionando com a sua atividade:
1. Músculo temporal superficial e masseter, relacionados com a mastigação;
2. Músculo adutor do polegar, relacionando com a vida laborativa e déficit muscular;
3. Músculos interósseos da mão, relacionados com a vida laborativa e déficit muscular;
4. Músculos da panturrilha, relacionados com a deambulação e déficit muscular.
Referências
Kamimurama, et al. Avaliação nutricional. In: Cuppari, L. Nutrição Clínicano Adulto. 4ª edição. Barueri, SP: Manole, 2019. 
Sampaio EL, et al. Semiologia Nutricional. In: Sampaio RL. Avaliação Nutricional. Salvador: EDUFBA, 2012. 158 p. 
Piovacari, S.M.F.; Toledo, D.O.; Figueiredo, E.J.A. Equipe multiprofissional de terapia nutricional. 1ª ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2017.

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