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Esquizofrenia Psicose primária (funcional): vem de problemas da psiquiatria mesmo; podem ser relacionadas a quadros afetivos (depressão psicótica, bipolar) e não afetivos (esquizofrenia). Psicose secundária: surgiu por causas orgânicas. É um transtorno mais comum em homens, nas mulheres ocorre um pico de incidência pós-menopausa (pico bimodal). Causada por influência genética e ambiental. Quando relatam que um membro próximo da família teve esquizofrenia, já é preciso fazer uma orientação familiar sobre o tema. Sobre influências ambientais podemos citar eventos pré-natais, como hipóxia, infecções maternas, estresse, má nutrição, complicações obstétricas e adversidades precoces, como negligências e abusos na infância. Na esquizofrenia pode ter predomínio de sintomas positivos, sintomas negativos, sintomas depressivos, maníacos, e de desorganização. Os sintomas positivos são marcados por delírios (falsos juízos de realidade, crença irredutível), pode ter sentimentos relacionados à grandeza, erotomania (convicção delirante que um paciente pode desenvolver de estar sendo amado por alguém de posição social muito proeminente), alucinação (auditiva é mais comum), Os sintomas de desorganização estão baseados em pensamentos e linguagem alterados, o paciente é prolixo, não consegue se comunicar bem, faz salada de palavras (fala palavras desconexa), pode fazer movimentos bizarros ou catatonia. Os sintomas negativos são aqueles voltados a afetividade, o paciente fala pouco, não quer fazer contato visual, fala sempre na mesma ênfase, uma fala monótona. Critérios diagnósticos de esquizofrenia: Se o paciente tem remissão em 1 mês, não chama de esquizofrenia, chama-se de transtorno psicótico breve. Se dura mais de 1 mês, mas não chega a durar mais de 6 meses, chamamos de transtorno esquizofreniforme. Passou de 6 meses é esquizofrenia. Nesses 6 meses considera-se também o período prodômico, que é quando a pessoa já inicia com um comportamento diferente, com sintomas negativos, para depois iniciar o quadro clássico da esquizofrenia. É preciso estar atento para as condições médicas que podem gerar um quadro clinico semelhante a transtornos psicóticos, como, por exemplo, meningoencefalites, neurossífilis, HIV, encefalopatia metabólica, doenças autoimunes, doenças desmielinizantes (ELA), epilepsia, tumores. Então é importante quando chega um paciente no primeiro surto psicótico pedir mais exames (líquor, imagem) para checar se realmente não existe nenhuma doença de base envolvida. Devemos solicitar de exames: exame de imagem do cérebro, hemograma, eletrólitos, glicemia, parâmetros metabólicos, função renal, função hepática, função tireoidiana, sorologias, B12, ácido fólico, urina tipo 1, urocultura, toxicológico de urina, beta hcg. A depender das suspeitas pede exame de líquor, eletroencefalograma, angiorresonância magnética, PET scan. O tratamento é realizado com antipsicóticos (neurolépticos). Primeira geração (típicos): incisivos (de alta potência) – Haloperidol (Haldol) sedativos (baixa potência) – Clorpromazina (Ampictil), Levomeprimazine (Neozine) – aqui precisa de doses altas para conseguir efeito Podem gerar como efeito adverso. Haldol causa muito embotamento emocional. Os típicos podem causar distonia aguda (paciente fica com o corpo travado, língua torta, mão entortando, falta de ar...), resolve aplicando Biperideno IM e espera 20 min, se não melhorar aplica outra dose de Biperideno IM; pode ter também parksonismo, acatisia (a pessoa não consegue ficar quieta) é tratada com benzodiazepínico ou propanolol; pode ocorrer também discinesia tardia, que pode ocorrer em qualquer período do tratamento com antipsicótico e a pessoa começa a fazer uns movimentos estranhos com o rosto, é possível que essa discinesia fique por tempo indefinido com a pessoa, pois mesmo diminuindo dose continua. Nesses casos de discinesia tardia primeiro reduz dose, para tentar controlar, e pode-se usar também clozapina. *só pode conter um paciente se for para aplicar medicação, e deve-se manter um profissional vigiando a pessoa que está contida Segunda geração (atípicos): Risperidona Olanzapina Quetiapina – usa mais em bipolaridade Ziprasidona – quase não usa na prática Aripiprazol O principal problema desses de segunda geração são as síndromes metabólicas, mesmo com doses baixas a pessoa pode apresentar dislipidemia, e chegar na obesidade. Outro efeito comum é sialorréia. Se trata de uma doença crônica. São fatores de bom prognóstico: tratamento precoce, boa funcionalidade prévia e poucos sintomas cognitivos. São fatores de prognóstico ruim: uso de substâncias, má aderência, baixo suporte social.
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