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Resistividade Elétrica Introdução A deformação de um corpo se trata da mudança de suas características estruturais por ação externa; em uma deformação inelástica, o corpo em questão é deformado de forma permante. Quando este tipo de deformação ocorre, o trabalho realizado no sistema além de mudar a estrutura também pode gerar reações químicas, transformações moleculares, dentre outros. Se examinamos isso graficamente, é possível observar uma falta de linearidade ao relacionar a força aplicada e o alongamento produzido. Neste experimento, visamos estudar a deformação produzida por gominhas de borracha, analisando tal não-linearização. Procedimento Experimental Foi pendurada uma gominha na haste, em seguida foi pendurado o suporte para os objetos na gominha como mostra a figura 1: Foi colocado dez discos com massa de aproximadamente 50 gramas cada, foi registrado a posição inicial y0 , em seguida foram registradas as posições do suporte para os segundos seguintes, a posição em relação ao tempo se encontram na tabela 1. Tabela 1: Posição do suporte em função do tempo. Posição (mm) Tempo (s) 0 65 21 69 50 72 88 74 110 75 140 75 240 76 300 76 Foi então feito o gráfico 1. Gráfico 1: Posição do suporte com dez objetos de massa 50 g cada, em função do tempo. Foi trocada a gominha, e dessa vez foi registrado o alongamento em função de uma força crescente na gominha, ou seja, foi colocado um objeto, registrado a posição, depois foi colocado mais um objeto, e registrado a posição novamente, esse procedimento foi feito para os quatorze objetos de 50 gramas cada, depois foi feito o processo oposto, foi descarregando o suporte, tirando um por um e registrando a posição do suporte para cada descarga. Na descarga, diferentemente do que ocorre na carga, não é preciso esperar para que o sistema entre em equilíbrio. Os valores da posição em função do tempo se encontram na tabela 2. Tabela 2: Posição do suporte para cada disco adicionado ou retirado. Número de discos Posição (mm)(CARGA) Posição (mm) (DESCARGA) 0 170 180 1 178 185 2 183 192 3 188 198 4 194 206 5 201 217 6 209 227 7 218 237 8 228 247 9 239 258 10 247 264 11 255 272 12 265 278 13 275 282 14 285 285 Foi feito o gráfico 2, a força em função dos deslocamentos. Grafico 2: Força em função do deslocamento, para carga e descarga dos objetos. É possível observar que o gráfico não é linear, ou seja, o processo não é um processo reversível, mas algo interessante é que na carga, o gráfico se aproxima mais da linearidade do que na descarga, na carga o processo até certo ponto pode ser reversível. O trabalho que uma força realiza ao longo de um deslocamento é 𝑊 = ∫ 𝐹𝑑𝑥 , (1) Onde W é o trabalho, F é a força e dx é o deslocamento infinitesimal. Usando o Scidavis foi calculado a integral da curva utilizando uma interpolação cúbica. O trabalho realizado na carga WC e na descarga WD são: WD = (0,38 0,01) J± WC = (0,42 0,01) J± O trabalho líquido, ou seja, total do ciclo de carga e descarga é: WT = (0,047 0,01) J± Como o processo é irreversível, o trabalho é positivo no ciclo. Parte da energia mecânica total do sistema é convertida em trabalho, ou seja, o sistema realiza trabalho em algo externo a ele, e assim, perde parte de sua energia mecânica total, por isso o processo é irreversível. Esse trabalho é usado na quebra de ligações químicas da gominha. A temperatura de fusão da gominha é aproximadamente 400 k, a energia cinética média das moléculas é da mesma ordem de grandeza da energia necessária para quebrar as ligações. A energia cinética média é dada pela equação: Em = 1 2 𝐾𝑇 , (2) onde Em é a energia cinética média, k é a constante de boltzmann e T é a temperatura absoluta. Para calcular quantas ligações químicas foram possivelmente quebradas foi utilizada a equação: Qligações = 𝑊 𝐸𝑚 , (3) onde Q é a quebra de ligações, W o trabalho líquido e Em a energia cinética média. Usando a equação 2 e 3, o número de quebra de ligações é: Qligações = 1,7 x 1019 Conclusão Analisando os dados obtidos e comparando com o número de Avogrado (constante que indica o número de elementos existentes em𝑁 𝐴 = 6, 02 · 1023/𝑚𝑜𝑙 determinado gás), sabendo que , conclui-se que as quebras de ligações𝑄 𝑙𝑖𝑔𝑎çõ𝑒𝑠 = 1, 7 · 1019 são 3 x 10-5 o número de Avogadro, ou seja, essa é a quantidade de ligações químicas rompidas após os processos listados. Ademais, o experimento foi satisfatório, tendo em vista que foi possível observar a procedência do fenômeno físico que se trata da tensão inelástica, entender melhor sua irreversibilidade e o trabalho líquido associado a realização de um ciclo de carga e descarga.
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