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MONUMENTO DA TERRA MINEIRA E OS FALSOS INCONFIDENTES

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Monumento da Terra Mineira e os falsos 
inconfidentes. 
 
Aluno: Amanda Martins Ferreira 
Profa. Dra. Érika Oliveira Amorim Tannus Cheim 
Atividade de Prática de Formação Docente – Arquivos e Museus 
Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) – Unidade Carangola 
Licenciatura em História – 4º Período 2020/2 
 
RESUMO 
 
O presente trabalho foi elaborado tendo como base o periódico, uma nota escrita por Hélio 
Gravatá. Utilizou-se como fonte de pesquisa o documento Minas Gerais extraído do site do 
Arquivo Público Mineiro, plataforma Hélio Gravatá. Constatou-se que o monumento Terra 
Mineira inaugurado em 1930 traz três nomes que não são de inconfidentes, o trabalho 
ressalta a importância de historiadores na criação de lugares de memória. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Monumentos, Minas Gerais, Patrimônio, Memória. 
 
 
1 INTRODUÇÃO: 
A presente pesquisa refere se a criação do monumento da Terra Mineira, localizado na 
Praça da Estação em Belo Horizonte, Minas Gerais. Ao realizar a busca no Arquivo Mineiro 
encontramos um periódico que narra a cerimônia de inauguração do monumento localizado na 
praça da Estação em Belo Horizonte, no dia 15 de julho de 1930. Ao realizar uma pesquisa sobre 
o monumento, a vida do artista e o simbolismo disso tudo fomos apresentados a um problema 
envolta desse lugar de memória, depois de anos quando historiadores descobriram erros nas placas 
de bronze que trazem nomes dos inconfidentes mineiros. 
O periódico usado nessa pesquisa se trata de uma nota, pequeno comentário feito por Hélio 
Gravatá, sobre a inauguração do monumento da Terra Mineira ele basicamente conta quem foram 
as pessoas que discursaram na inauguração, como por exemplo: Giulio Starace, Antônio Carlos 
Andrada e Newton Paiva Ferreira. Além de dar a localização do monumento. 
 
 
 
 
Giulio Starace foi um escultor e arquiteto italiano nascido em Napóles em 1887. Ele se 
transferiu para o Brasil em 1912 e viveu em São Paulo. Starace, foi convidado pelo então 
governador do estado de Minas Gerais, Antônio Carlos Andrada para criar uma escultura que 
pudesse homenagear o domínio do estado pelos bandeirantes e a conquista do estado pelos 
martírios mineiros. 
O monumento que foi esculpido em granito, é formado basicamente por uma figura de 
Apolo com o braço estirado segurando a bandeira, que remete a força e bravura daqueles que 
lutaram pela liberdade do estado de Minas. Em cada um dos seus quatro lados o monumento conta 
com a figura de algum dos mártires mineiros, e são eles: Tiradentes, Felipe dos Santos, Fernão 
Dias Paes e na parte da frente Bruzza Spinosa. Abaixo em uma das placas é possível ver a 
descrição ‘’Montani Semper Liberti’’ que significa a montanha sempre está livre. Além disso, o 
monumento conta com placas que trazem em bronze o nome dos mineiros que estavam 
relacionados ao processo instalado pela coroa Portuguesa contra os mineiros. Entre esses nomes 
três não são de inconfidentes, são eles: Alexandre, Fernando José Ribeiro e José Martins Borges. 
2 DESENVOLVIMENTO: 
Segundo Arévalo (2004, p.5) o monumento se constitui como um lugar de memória em 
que se torna possível reavivar a lembrança e constitui-se como um meio de contato com ela. Os 
monumentos contam histórias e eternizam heróis de uma sociedade. A principal motivação da 
construção do monumento da terra mineira como já dito, foi homenagear os martírios mineiros, 
como uma forma de eternizar a luta dessas pessoas. 
 Ao realizar uma pesquisa sobre o monumento que pudesse trazer mais informações que 
não temos acesso na fonte, nos deparamos com uma entrevista de 2017 onde o professor da 
UFMG, Luiz Carlos Villalta fala sobre três nomes que estão gravados nas placas de bronze do 
monumento que não são de inconfidentes, isso tem gerado uma grande discussão sobre alguns 
fatores como por exemplo, o fato do monumento ser tombado o que dificulta a retirada dos três 
nomes que segundo historiadores não são de inconfidentes, como afirma Villalta: 
‘’Esses três nomes não constam em lugar nenhum. Em nenhum registro. São 24 
pessoas que foram condenadas no processo intitulado contra os inconfidentes e eles, 
Alexandre, Ribeiro e Borges não estão relacionados. (...) O que eles fizeram, eu não sei, 
mas não foram inconfidentes.’’ (VILLALTA, 2017. Entrevista 
Na entrevista também pudemos entender o lado do diretor do Instituto Estadual Histórico 
e Geográfico, Adalberto Guimarães Menezes que se preocupa com o fato de que são anos 
passando uma informação falsa, ele afirma que coordenou uma pesquisa sobre os nomes que estão 
na placa e que ela foi mandada ao IEPHA, para que o erro histórico possa ser consertado. 
Não se sabe ao certo quem deu a lista com os nomes para Giulio Starace, ou por que os 
 
 
 
 
três nomes foram gravados no monumento. O que podemos pensar agora é no papel de 
historiadores na construção de lugares de memória, para que situações como essa não se repitam. 
Pierre Nora (1993, p. 21) o historiador é aquele que impede a história de ser só história, ou seja, 
o historiador é aquele que ajuda na construção de uma história que seja transformada em memória. 
Cabe aqui citar o conceito de história e natureza que Hanah Arendt (2005) nos apresenta, 
onde os gregos usavam da história e memória para imortalizar pessoas e atos grandiosos, acredito 
que um monumento possa ter a mesma função, o que podemos notar neste monumento é que por 
muito tempo ele estava imortalizando pessoas que não estavam presentes na luta dos inconfidentes 
mineiros. 
Quando um monumento é tombado uma série de coisas não podem ser feitas nele ou em 
torno dele, reformas, reparações ou pinturas só podem ser feitas com autorização dos órgãos 
responsáveis. O fato de retirar o nome dessas pessoas do monumento não estaria danificando o 
monumento, mas sim contribuindo para a valorização do mesmo e também do que ele representa 
dentro da sociedade mineira. 
3 CONCLUSÃO: 
Portanto podemos concluir que a construção de um lugar de memória deve ser 
acompanhada por historiadores, que realizem uma pesquisa acerca do assunto e que ele e artista 
possam trabalhar juntos para que esse monumento possa ser conhecido por outras gerações de 
uma maneira que a história contada por ele seja uma história baseada em fatos e detalhes verídicos. 
Os monumentos são lugares de pertencimento, em uma sociedade que muitas vezes está 
acostumada com seres idênticos. A partir dele podemos contar uma história que pode ser sobre 
um movimento, uma pessoa, uma luta e a manutenção e construção desses lugares históricos e 
adicionados ao patrimônio histórico contribui para a sua validação dentro da sociedade já que 
muitas vezes nós não reparamos nos lugares históricos que estão em nossa volta. 
Com isso podemos concluir a partir da nossa pesquisa que a fonte nos informou sobre um 
monumento inaugurado em 1930 e uma pesquisa sobre esse monumento nos demonstrou os erros 
presentes no mesmo. Ao ler as entrelinhas das fontes podemos entender que a no dia da 
inauguração do monumento muitas expectativas estavam sendo postas sobre ele, sobre a sua 
representatividade e simbolismo, o que por muito tempo estava passando informações erradas. 
Não tivemos acessos a informações sobre o lixamento do nome dos três falsos inconfidentes do 
monumento, mas reforçamos que é muito importante que o lixamento aconteça para que a 
memória construída nesse monumento esteja de acordo com a história de Minas Gerais. 
 
 
 
 
 
4 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO: 
VILLALTA, Luiz Carlos. Historiadores pedem que nomes de ‘’falsos inconfidentes’’ sejam 
lixados de estátua de BH. UOL, Carlos Eduardo Cherem. Cotidiano, 2017. Disponível em: 
https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2017/01/15/historiadores-criticam-
homenagem-a-falsos-herois-da-inconfidencia-em-mg.htm 
ARENDT, Hannah. A quebra entre o conceito antigo e moderno de história. In:________. 
Entreo passado e o futuro. Tradução Mauro W. Barbosa. São Paulo: Perspectiva, 2005. 
ARÉVALO, M. C, M. Lugares de memória ou a prática de preservar o invisivél através do 
concreto. In: Encontro Memorial do Instituto de Ciências Humanas e Sociais, 2004. Disponível 
em: www.anpuh.org/arquivo/dowland?ID_ARQUIVO=62>. 
NORA, Pierre. Entre memória e história: a problemática dos lugares. Tradução: Yara Aun 
Khoury, v 10, São Paulo, 1993. 
 
 
 
 
 
https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2017/01/15/historiadores-criticam-homenagem-a-falsos-herois-da-inconfidencia-em-mg.htm
https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2017/01/15/historiadores-criticam-homenagem-a-falsos-herois-da-inconfidencia-em-mg.htm
http://www.anpuh.org/arquivo/dowland?ID_ARQUIVO=62
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	RESUMO
	1 INTRODUÇÃO:
	2 DESENVOLVIMENTO:
	Segundo Arévalo (2004, p.5) o monumento se constitui como um lugar de memória em que se torna possível reavivar a lembrança e constitui-se como um meio de contato com ela. Os monumentos contam histórias e eternizam heróis de uma sociedade. A principal...
	Ao realizar uma pesquisa sobre o monumento que pudesse trazer mais informações que não temos acesso na fonte, nos deparamos com uma entrevista de 2017 onde o professor da UFMG, Luiz Carlos Villalta fala sobre três nomes que estão gravados nas placas ...
	‘’Esses três nomes não constam em lugar nenhum. Em nenhum registro. São 24 pessoas que foram condenadas no processo intitulado contra os inconfidentes e eles, Alexandre, Ribeiro e Borges não estão relacionados. (...) O que eles fizeram, eu não sei, ma...
	Na entrevista também pudemos entender o lado do diretor do Instituto Estadual Histórico e Geográfico, Adalberto Guimarães Menezes que se preocupa com o fato de que são anos passando uma informação falsa, ele afirma que coordenou uma pesquisa sobre os ...
	Não se sabe ao certo quem deu a lista com os nomes para Giulio Starace, ou por que os três nomes foram gravados no monumento. O que podemos pensar agora é no papel de historiadores na construção de lugares de memória, para que situações como essa não ...
	Cabe aqui citar o conceito de história e natureza que Hanah Arendt (2005) nos apresenta, onde os gregos usavam da história e memória para imortalizar pessoas e atos grandiosos, acredito que um monumento possa ter a mesma função, o que podemos notar ne...
	Quando um monumento é tombado uma série de coisas não podem ser feitas nele ou em torno dele, reformas, reparações ou pinturas só podem ser feitas com autorização dos órgãos responsáveis. O fato de retirar o nome dessas pessoas do monumento não estari...
	3 CONCLUSÃO:
	Portanto podemos concluir que a construção de um lugar de memória deve ser acompanhada por historiadores, que realizem uma pesquisa acerca do assunto e que ele e artista possam trabalhar juntos para que esse monumento possa ser conhecido por outras ge...
	Os monumentos são lugares de pertencimento, em uma sociedade que muitas vezes está acostumada com seres idênticos. A partir dele podemos contar uma história que pode ser sobre um movimento, uma pessoa, uma luta e a manutenção e construção desses lugar...
	Com isso podemos concluir a partir da nossa pesquisa que a fonte nos informou sobre um monumento inaugurado em 1930 e uma pesquisa sobre esse monumento nos demonstrou os erros presentes no mesmo. Ao ler as entrelinhas das fontes podemos entender que a...
	4 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO:
	VILLALTA, Luiz Carlos. Historiadores pedem que nomes de ‘’falsos inconfidentes’’ sejam lixados de estátua de BH. UOL, Carlos Eduardo Cherem. Cotidiano, 2017. Disponível em: https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2017/01/15/historiador...

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