Buscar

ESTEATOSE HEPATICA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
DEPARTAMENTO DE PATOLOGIA / CCBS
CURSO DE FARMÁCIA
PROFESSORA: RAIMUNDA RIBEIRO DA SILVA
ALUNO: LUIS FERNANDO LIRA LIMA 
TRABALHO DE PATOLOGIA
ESTEATOSE HÉPATICA 
SÃO LUIS – MA
21/06/2021
	 ESTEATOSE HEPÁTICA
DEFINIÇÃO
 A palavra “hepático” tem origem grega e significa fígado. “Esteato”, por sua vez, é o termo que indica relação com gordura. Portanto, esteatose hepática significa, literalmente, fígado gorduroso ou fígado gordo.
 A esteatose hepática é a doença crônica do fígado mais comum no mundo, acometendo cerca de 25 a 35% da população. Entre os pacientes obesos, a prevalência chega a ser de 80% e entre os consumidores pesados de álcool a taxa beira os 100%.
 Ter gordura no fígado é normal. Ter muita gordura é que é o problema. Até 5% do peso do fígado é composto por diversos tipos de gordura, incluindo triglicerídeos, ácidos graxos e colesterol. Quando o percentual excede os 5%, estamos diante de um fígado esteatótico, ou seja, um fígado com teor de gordura acima do desejável.
 Até algumas décadas atrás acreditávamos que o acúmulo de gordura no fígado era causado apenas pelo consumo exagerado de bebidas alcoólicas e que a esteatose hepática era necessariamente algo danoso à saúde. Atualmente, sabemos que a esteatose hepática é muito comum e pode ser causada por diversas outras condições que não a ingestão crônica de álcool, conforme veremos mais à frente.
 A esteatose hepática leve (esteatose hepática grau 1) habitualmente não provoca sintomas ou complicações. Nesses casos, o acúmulo de gordura é pequeno e não leva à inflamação do fígado
 Ao contrário da esteatose leve, a esteatose hepática moderada a grave pode causar inflamação e lesão do fígado. Quanto maior e mais prolongado for o acúmulo de gordura, maiores serão os riscos de lesão hepática. Quando há gordura em excesso de forma crônica, as células do fígado podem inflamar e sofrer danos.
  Resumindo, a esteatose hepática é uma doença geralmente benigna, mas que pode, em certos casos, evoluir para esteato-hepatite, uma forma de hepatite provocada pela deposição de gordura no fígado. A esteato-hepatite é uma forma de acumulação de gordura mais grave que esteatose hepática, pois pode levar, a longo prazo, à destruição do tecido hepático, à formação de cicatrizes no fígado e ao desenvolvimento de cirrose.
CAUSAS, CLASSIFICAÇÃO E FATORES DE RISCO
 As esteatoses hepáticas podem ser classificadas em alcoólicas (provocadas pelo consumo excessivo de álcool) e não alcoólicas. Sobrepeso, diabetes, má nutrição, perda brusca de peso, gravidez, cirurgias e sedentarismo são fatores de risco para o aparecimento da esteatose hepática gordurosa não alcoólica. Há evidências de que a síndrome metabólica (pressão alta, resistência à insulina, níveis elevados de colesterol e triglicérides) e a obesidade abdominal estão diretamente associadas ao excesso de células gordurosas no fígado.
 Num número bem menor de casos, pessoas magras, abstêmias, sem alterações de colesterol e glicemia, podem desenvolver quadros de esteatose hepática gordurosa. 
 Em crianças nos primeiros anos de vida, a esteatose hepática é causada principalmente por algumas doenças metabólicas (causam alteração no funcionamento geral do organismo). Já nas crianças maiores e adolescentes, as causas são semelhantes às dos adultos. O tratamento na infância é de fundamental importância para prevenir danos irreversíveis nos adultos, além da conscientização da criança para hábitos de vida saudáveis.
 O consumo frequente de bebidas alcoólicas é uma das principais causas de esteatose e esteato-hepatite. Estima-se que sejam necessários cerca de 40 gramas de álcool por dia (3-4 copos de cerveja ou 3-4 taças de vinho), por pelo menos 10 anos, para que o paciente esteja sob elevado risco de desenvolver esteato-hepatite alcoólica. 
SINTOMAS
 Nos quadros leves de esteatose hepática, a doença não provoca sintomas, estes são percebidos quando aparecem as complicações da doença. Inicialmente, as queixas são dor, cansaço, fraqueza, perda de apetite e aumento do fígado.
 Nos estágios mais avançados de esteato-hepatite, caracterizados por inflamação e fibrose que resultam em insuficiência hepática, os sintomas mais frequentes são ascite (acúmulo anormal de líquido dentro do abdome), encefalopatia (doenças no encéfalo) e confusão mental, hemorragias, queda no número de plaquetas do sangue, icterícia (pele e olhos amarelados).
ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS
O fígado encontra-se aumentado de volume, com cápsula discretamente rugosa e transparente deixando ver superfície parda-amarelada, e com consistência amolecida. O mesmo exibe aspecto untuoso, e possui bordas rombas podendo chegar a pesar de 4.000 a 6.000 gramas (peso normal variando de 1.300 a 1.800 gramas).
 A ilustração abaixo mostra as diferenças entre um fígado com pouca gordura e um fígado esteatótico. Reparem no tamanho e na coloração amarelada do fígado gorduroso.
COMPLICAÇÕES E FATORES PROTETORES
 Se não tratada corretamente, a Esteatose hepática pode provocar, a médio e longo prazo, uma inflamação capaz de evoluir para quadros mais graves de hepatite gordurosa, cirrose hepática e até câncer no fígado. Nesses casos, o fígado não só aumenta de tamanho, como também adquire um aspecto amarelado. O transplante, muitas vezes, pode ser a única indicação para situações mais críticas.
 O quadro é reversível com mudanças de estilo e hábitos de vida, que devem ser mais saudáveis e com as devidas orientações médicas. Cuide de sua saúde, a Esteatose Hepática é um problema sério que pode levar à morte. Lembrando que, não existe um tratamento específico para o fígado com excesso de gordura. Ele é determinado de acordo com as causas da doença, que tem cura, e baseia-se em três pilares: estilo de vida saudável, alimentação equilibrada e prática regular de exercícios físicos. São raros os casos em que se torna necessário introduzir medicação.

Continue navegando