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Profa. Dra. Rachel B. Maccheronio Dalmaso @EquipeMySete @JessicaJulioti Prevenção e Tratamento de Cáries @DraRachelBMD 1 AULA 3 – MÉTODOS DE PREVENÇÃO 2 EDUCAÇÃO EM SAÚDE BUCAL • Importância da Saúde Bucal (Palestras, atendimento clínico, etc...); • Instrução de higiene Oral – Escovação supervisionada; • Conscientização sobre dieta – Atendimento individual; • Informações complementares; • Adequação na linguagem. 3 PROTOCOLO DE PREVENÇÃO DA DOENÇA CÁRIE PREVENÇÃO PRIMÁRIA: Inclui a orientação de saúde bucal à gestante, assim como o esclarecimento das formas para se evitar a transmissão vertical. Por exemplo: não soprar alimentos, não beijar boca e mãos do bebê, não compartilhar os fômites. PREVENÇÃO SECUNDÁRIA: Consiste em evitar a atividade da doença sem a formação do biofilme e em nível patogênico, atuando até 24horas após a escovação. Inclui a orientação de hábitos alimentares e de controle do biofilme por meios mecânicos e químicos com agentes antimicrobianos. PREVENÇÃO TERCIÁRIA: Possui o objetivo de evitar a atividade da doença com o biofilme em nível patogênico já formado. Deve- se realizar os mesmos procedimentos da prevenção secundária, associada ao uso de flúor para a reposição da perda mineral. 4 DIETA X SAÚDE BUCAL ✓ CARDIOVASCULARES; ✓ CÂNCER; DOENÇAS ✓ HIPERTENSÃO; ✓ DIABETE MELLITUS. ACONSELHAMENTO DIETÉTICO 5Fonte: google.com.br ORIENTAÇÕES CORRETAS • Escova Dental: 6 Fonte: google.com.br ORIENTAÇÕES CORRETAS • Dentifrício ( Creme Dental) 7 Fonte: google.com.br ORIENTAÇÕES CORRETAS • Dentifrício ( Creme Dental) 8 Fonte: google.com.br ORIENTAÇÕES CORRETAS ✓PEQUENA ✓MACIA ✓CERDAS IGUAIS NÃO SUBSTITUEM A ESCOVAÇÃO!!!! 9 Fonte: google.com.br QUANTAS VEZES É NECESSÁRIO ESCOVAR OS DENTES ? POR QUANTO TEMPO? 10 Fonte: google.com.br HIGIENE ORAL 11 The effect of toothbrushing and flossing sequence on interdental plaque reduction and fluoride retention: A randomized controlled clinical trial Fonte: google.com.br HIGIENE ORAL 12 The effect of toothbrushing and flossing sequence on interdental plaque reduction and fluoride retention: A randomized controlled clinical trial Pesquisa revela que 43% dos brasileiros não usam fio dental durante higienização bucal (CFO) De acordo com o OMS 40% da população mundial não escova a língua. Fonte: google.com.br TÉCNICAS DE ESCOVAÇÃO E USO DO FIO DENTAL Os requisitos ideais para a técnica de escovação indicada são: • Evitar ou eliminar maior parte de biofilme dental; • Estender- se à maioria da população como medida de Saúde Pública; • Apresentar ausência de efeitos colaterais, tais como retração gengival e abrasão do colo, devido à técnica incorreta ou uso de dentifrícios abrasivos; • Resultar na prevenção e cura das doenças atuais. 13 TÉCNICA DE FONES A técnica de Fones é indicada para crianças, por ser simples e de fácil aprendizado. A criança empunha a escova com os dentes cerrados e realiza movimentos circulares na face vestibular de todos os dentes superiores e inferiores. Nas faces palatais e linguais os movimentos também são circulares, porém com a boca aberta. Nas faces oclusais, os movimentos são no sentido anteroposterior. O número de movimentos para grupo de dentes é de 15 movimentos em média. 14 Fonte: google.com.br TÉCNICA DE STILLMAN MODIFICADA A escova é colocada com o longo eixo das cerdas lateralmente contra gengiva e as cerdas são deslizadas de gengival para oclusal. Quando as cerdas estiverem junto ao ponto de contato dos dentes, são realizados movimentos vibratórios. Esse movimento é repetido de 20 a 25 vezes para cada grupo de dentes escovados e é o mesmo para arcos superior e inferior e para as faces vestibular e lingual. Essa técnica é eficaz tanto na remoção de biofilme quanto no massageamento gengival. 15 Fonte: google.com.br TÉCNICA DE BASS Essa técnica possui maior complexidade de execução, sendo indicada para pacientes adultos ou portadores de aparelho ortodôntico fixo. Preconiza- se que as cerdas da escova sejam posicionadas diretamente sobre o sulco gengival, num ângulo de 45º com o longo eixo do dente e que com a escova nessa região, sejam executados movimentos vibratórios anteroposteriores e de pequena amplitude. Esses movimentos devem ser repetidos cerca de 15 vezes para cada região escovada, e de maneiras criteriosa para não causar danos aos tecidos gengivais. O posicionamento das cerdas deve ser horizontal nas faces vestibulares de todos os dentes e linguais nos posteriores, vertical nas faces linguais e palatais de incisivos. Nessa técnica realiza-se o movimento anteroposterior nas faces oclusais e incisais de todos os dentes. 16 Fonte: google.com.br QUAL É A MELHOR TÉCNICA DE ESCOVAÇÃO? 17 Fonte: google.com.br ORIENTAÇÕES CORRETAS FLÚOR importante é aquele presente constantemente na cavidade bucal, participando do processo de cárie e agindo diretamente nos fenômenos de desmineralização e remineralização. 18 Fluorose - Período de formação do esmalte Do quarto mês intra uterino até 8 anos. Fonte: google.com.br FLÚOR TÓPICO • Evidências demonstram que o efeito tópico do flúor, participando ativamente dos processos de Desmineralização x Remineralização, é superior aos efeitos do flúor adquiridos na fase pré- eruptiva. • Os dentifrícios são capazes de diminuir a perda mineral dos dentes quando estes são submetidos a desafio cariogênico, além de serem capazes de ativar a rede posição dos minerais já perdidos. • Fica sugerido o sinergismo entre higiene oral e flúor. 19 GEL DE FLÚOR • Os géis de flúor têm demonstrado ser agentes preventivos e terapêuticos da cárie dentária, devido à alta concentração que favorece a formação de grandes quantidades de fluoreto de cálcio. • São utilizados em moldeiras para garantir o contato dentário e sem contato com a saliva, tomando os cuidados pertinentes para se evitar a ingestão do produto. 20 Fonte: google.com.br VERNIZES FLUORETADOS Os vernizes fluoretados prolongam o contato do flúor com o dente, à medida que, depois de aplicados em fina camada sobre a superfície dentária limpa e seca, tomam presa imediatamente em contato com saliva e mantêm-se aderido por várias horas. 21 Fonte: google.com.br FLÚOR SISTÊMICO ÁGUA FLUORETADA • A fluoretação das águas de abastecimento é um método barato, eficaz e democrático de administrar flúor a um grupo de pessoas. • A regulamentação da água de abastecimento público deu-se apenas em 1975, através da lei no. 6.050 de 24 de maio de 1974. • Em 1989, através da portaria no. 613/GM (13/06/1989) expedida pelo Ministério da Saúde, ficou estabelecida a fluoretação da água de abastecimento como método de escolha para a prevenção em massa da cárie dentária, sendo biologicamente seguro, com custos compatíveis com o país, de tradição e com domínio de tecnologia. 22 • espinafre, • agrião, • beterraba, • tomate, • alho, • chá preto, • cebola, • laranja, • feijão, • maçã, • gema de ovo, • couve, • frutos do mar, • fígado bovino ALIMENTOS COM FLÚOR 23 Fonte: google.com.br SELANTES 24 Selantes de fossas e fissuras estão indicados para indivíduos com alto risco de cárie. Selantes de fossas e fissuras têm efetividade comprovada na redução da incidência de lesões nas superfícies oclusais, reduzindo a necessidade de futuro tratamento restaurador e representam custos mais baixos. Fonte: google.com.br PROTOCOLO DE ATENDIMENTO AMBULATORIAL 25 Após a realização da anamnese do paciente, aplica-se a evidenciação do biofilme, orientação de escovação e dieta, seguida da profilaxia profissional para a realização do diagnóstico. Quando apresentar lesão ativa de cárie há dois caminhos a serem seguidos: • Intervenção Restauradora, quando a lesão estiver francamente em dentina, realizando procedimento restaurador minimamente invasivo associado à técnica adesiva. • Controle da doença: Promoção da Saúde Bucal,intervindo na dieta, realizando aplicações de Flúor tópico e orientando a higiene bucal, com o objetivo do selamento biológico. • Lesão Inativa: não há intervenção operatória, pois o selamento biológico já ocorreu devido à hipermineralização da lesão. OBRIGADA! 26 BIBLIOGRAFIA: CARIOLOGIA: CONCEITOS BÁSICOS, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO NÃO RESTAURADOR. Serie Abeno. Marisa Maltz, Livia Maria Andaló Tenuta, Sonia Groisman, Jaime A. Cury. ODONTO PEDIATRIA: PRÁTICA DE SAÚDE BASEADA EM EVIDÊNCIAS, Capítulo 3: Prevenção da Cárie Dentária em Fóssulas e Fissuras: Selantes ou Vernizes Fluoretados| Pettorossi, José Carlos; Antonio, Danilo; Grings, Aline Rosler. STURDEVANT – ARTE E CIÊNCIA DA DENTÍSTICA OPERATÓRIA, Capítulo 2: Cárie Dentária: Etiologia, Características Clínicas, Avaliação do Risco e Tratamento| Harald O. Heymann, DDS, MEd, Edward J. Swift, Jr., DMD, MS and André V. Ritter, DDS, MS. TRATAMENTO RESTAURADOR ATRAUMÁTICO – ABORDAGEM CLÍNICA EM SAÚDE PÚBLICA, Capítulo 5: A Educação e o Tratamento Restaurador Atraumático| Antônio Fernando Monnerat. O conteúdo desse curso foi oferecido pelo Centro Educacional Sete de Setembro em parceria com a Profa. Dra. Rachel B. Maccheronio Dalmaso 27 Profa. Dra. Rachel B. Maccheronio Dalmaso @EquipeMySete @JessicaJulioti Prevenção e tratamento de cáries @DraRachelBMD 1 AULA 4 - TRATAMENTO DE CÁRIES 2 3 Fonte: Colgate PROTOCOLO DE ATENDIMENTO Após a realização da anamnese do paciente, aplica-se a evidenciação do biofilme, orientação de escovação e dieta, seguida da profilaxia profissional para a realização do diagnóstico. Quando apresentar lesão ativa de cárie há dois caminhos a serem seguidos: • Intervenção Restauradora, quando a lesão estiver francamente em dentina, realizando procedimento restaurador minimamente invasivo associado à técnica adesiva. • Controle da doença: Promoção da Saúde Bucal, intervindo na dieta, realizando aplicações de Flúor tópico e orientando a higiene bucal, com o objetivo do selamento biológico. Lesão Inativa: não há intervenção operatória, pois o selamento biológico já ocorreu devido à hipermineralização da lesão. 4 TRATAMENTO OPERATÓRIO: QUANDO RESTAURAR É PRECISO? Não necessitam de intervenção operatória as seguintes condições clínicas (Kidd, 2010): 1. Lesões cariosas ativas restritas ao esmalte, cavitadas ou não (mancha branca ativa e microcavidade em esmalte) 5 Fonte: google.com.br TRATAMENTO OPERATÓRIO: QUANDO RESTAURAR É PRECISO? 2. Lesões cariosas ativas em dentina radicular, desde que a superfície seja acessível à higiene bucal. 6 Fonte: google.com.br TRATAMENTO OPERATÓRIO: QUANDO RESTAURAR É PRECISO? 3. Lesões cariosas inativas, no esmalte ou na dentina 7 Fonte: google.com.br A REMOÇÃO DO TECIDO CARIADO O conceito operatório atual na prática clínica é o de realizar o tratamento imediatamente para: • remover a dentina cariada infectada amolecida, pois de acordo com os princípios atuais, o tecido infectado deveria ser eliminado até que a dentina fique rígida ao toque; • estender a remoção do esmalte e dentina para se ter uma cavidade adequada para a inserção do material restaurador; • realizar a aplicação de algum agente para a proteção do complexo dentinopulpar, o mais utilizado por nós é o hidróxido de cálcio, que protegerá a polpa de: *efeitos tóxicos dos materiais restauradores; *microrganismos invasores em função da infiltração da restauração; *alteração na variação térmica; 8 Fonte: google.com.br A lesão de cárie em dentina pode possuir diferentes camadas, fundamentais para o clínico, pois essas camadas, direcionam até que ponto o profissional deve promover a remoção do tecido cariado durante o ato operatório. Clinicamente essas camadas são diferenciadas e classificadas em dois tipos: • dentina infectada: que compreende a zona necrótica, a zona desmineralizada avançada e a de invasão bacteriana; • dentina afetada: que compreende a zona desmineralizada inicial, a zona de esclerose dentinária e a dentina reacional. LESÃO DE CÁRIE EM DENTINA 9 Fonte: google.com.br CRITÉRIOS PARA A REMOÇÃO DA DENTINA CARIADA Consistência da dentina • Amolecida - removida facilmente por escavadores (curetas) sem pressão. A dentina infectada apresenta essa consistência e deve ser removida sempre em qualquer modalidade de tratamento operatório, é indicada essa remoção. Apesar de alguns autores não concordarem que a dentina infectada deva ser removida. • Firme - apresenta consistência de couro, normalmente é removida em pedaços ou lascas por escavadores (curetas) utilizados sob pressão. Em lesões crônicas as lascas são finas e em lesões agudas as lascas são espessas. Essas são características da camada afetada, que deve ser mantida durante o tratamento operatório. • Endurecida - essa dentina não é removível por instrumento manual (curetas), ao remover ela sai em raspas ("pó"). Essa dentina não precisa ser removida. 10 Fonte: google.com.br CRITÉRIOS PARA A REMOÇÃO DA DENTINA CARIADA Localização da dentina cariada • Paredes Laterais do preparo e junção amelodentinária (JAD) - As paredes circundantes do preparo e a JAD são regiões que o profissional deve ter cuidado na remoção do tecido cariado. Devemos alcançar nessas regiões a dentina endurecida. A cor da dentina não deve guiar a remoção da dentina e sim a consistência do tecido. • Parede pulpar - A remoção do tecido cariado deve ser muito cuidadosa na parede pulpar, até alcançar a dentina firme com consistência de couro e com aspecto seco. • Cavidades profundas em dentes vitais - Dentes com lesões de cárie profundas e com risco de exposição pulpar, devemos realizar a remoção parcial do tecido cariado e realizar o tratamento expectante. O tratamento expectante é uma alternativa convencional para o tratamento de lesões profundas no qual a dentina cariada é totalmente removida em duas etapas. Na primeira, remove-se a dentina infectada, sela- se com cimento provisório e acompanha por 45 a 60 dias. Na segunda etapa, remove-se toda a dentina cariada remanescente, protege-se e restaura-se. 11 TRATAMENTO RESTAURADOR ATRAUMÁTICO (ART) Os seguintes princípios devem ser considerados antes de realizarmos a remoção do tecido cariado com instrumento rotatório (brocas) e começar o procedimento operatório: • diagnóstico prévio da condição pulpar; • proteção da estrutura dentária sadia remanescente; • capacidade de limpeza da restauração; • restaurações realizadas preferencialmente com materiais restauradores que: *selem a cavidade - assim a polpa ficará protegida e a microbiota remanescente será inativada; *sirvam como sustentação e reforço do remanescente sem suporte e enfraquecido; *auxiliem na retenção, de preferencia que tenham adesividade; *tenham boas propriedades como: baixa toxicidade, fácil manuseio, resistência e radiopacidade. 12 Fonte: google.com.br MATERIAS DENTÁRIOS DIRETOS USADOS NAS PROPOSTAS RESTAURADORAS • Amálgama Dental • Compósito Resinoso • Cimento de Ionômero de Vidro Ionômero de vidro convencional Ionômero de vidro modificado por resina 13 Fonte: google.com.br • As propostas restauradoras podem ser classificadas em técnica restauradora convencional e técnica restauradora atraumática: • A técnica restauradora convencional é aquela que emprega instrumentos rotatórios e manuais para a remoção do tecido cariado. • A técnica restauradora atraumática não utiliza instrumento cortante para remoção do tecido cariado. PROPOSTAS RESTAURADORAS 14 DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTO DO ART A literatura descreve que para obter bons resultados com o ART, é fundamental que todos os passos abaixo sejam seguidos: 1 - Realizar o isolamento relativo do dente; 2 - Promover a limpeza superficial do dente para permitir o exame da lesão; 3 - Acessar a lesão com machado ou outro instrumento adequado; 4 - Remover o tecido cariada com curetas (escavadores de dentina); 5 - A cavidade, cicatrículas e fissuras devem ser limpas comum condicionador, normalmente utiliza-se o liquido do ionômero de vidro, pois apresenta ácido na composição; 6 - Ionômero de vidro deve ser manipulado de acordo com as instruções do fabricante; 7 - A cavidade, cicatrículas e fissuras devem ser preenchidas com excesso de material; 8 - Como dedo enluvado, coberto com uma fina camada de vaselina sólida sobre o topo do material restaurador é realizada a pressão digital para levar o material para o interior da cavidade, cicatrículas e fissuras; 9 - O dedo deve ser removido cuidadosamente para o lado; 10 - Retirar o excesso de material; 11 - Verificar a oclusão após a presa final 15 Fonte: google.com.br REMOÇÃO QUÍMICA E MECÂNICA DO TECIDO CARIADO PROTOCOLO DE USO DO GEL PAPACÁRIE 1 - Radiografia inicial 2 - Profilaxia do dente; 3 - Isolamento relativo do dente ou região; 4 - Aplicação do gel na cavidade; 5 - Manutenção do gel na cavidade por 30s em lesões ativas e 60s em lesões crônicas; 6 - Raspagem da dentina cariada com curetas sem corte; 7 - Reaplicação do gel sempre que houver necessidade; 8 - Avaliação clínica da dentina remanescente; 9 - Lavagem abundante com água e limpeza da cavidade; 10 - Restauração, não há restrição do uso dos materiais restauradores, pode ser realizado com compósito resinoso, amálgama ou ionômero de vidro. Lembre-se de seguir as recomendações dos fabricantes; 11 - Proservação, acompanhamento clínico e radiográfico do dente e restauração. 16 Fonte: google.com.br TRATAMENTO MINIMAMENTE INVASIVO A abordagem minimamente invasiva, de forma geral, surgiu concomitantemente ao grande avanço tecnológico que houve no campo do diagnóstico (imaginologia), de novos instrumentais, de novos materiais (e melhora nas suas características) e de equipamentos eletrônicos avançados, que promovem até mesmo para as patologias mais complexas, soluções através de procedimentos cada vez menos agressivos em todas as áreas da saúde, como na medicina, fisioterapia e odontologia. Esse conjunto de procedimentos menos agressivos são denominados de tratamentos ou cirurgias minimamente invasivas, que consiste basicamente em se realizar procedimentos com mini e micro desgastes, mini incisões e técnicas prevencionistas 17 TRATAMENTO MINIMAMENTE INVASIVO O tratamento minimamente invasivo baseado no tratamento da doença cárie, é caracterizado pela remoção da menor quantidade possível de tecido dentário. Sendo que não se remove o tecido cariado e sim preserva-se o tecido original. A filosofia se baseia na detecção e diagnóstico precoces, acompanhamento e compreensão das opções de tratamento. Dessa forma, o profissional deve tentar identificar prematuramente a lesão e optar pela técnica mais conservadora possível do ponto de vista da mínima intervenção. 18 TRATAMENTO MINIMAMENTE INVASIVO NA CARIOLOGIA • O primeiro ponto importante no tratamento minimamente invasivo da cárie envolve a detecção e controle dos fatores de risco da doença. • O segundo ponto importante no tratamento minimamente invasivo da cárie envolve diagnóstico precoce de lesões iniciais, esse ponto deve ser cuidadosamente explorado, pois quanto mais precoce for diagnosticada a presença de uma lesão, ainda inicial, melhor será o prognóstico e a possibilidade de reversão do processo degradatório de desmineralização. A remineralização com flúor de lesões iniciais ativas de cárie (mancha branca ativa) é um exemplo clássico de abordagem minimamente invasiva. • O terceiro ponto importante no tratamento minimamente invasivo da cárie envolve as intervenções minimamente invasivas – que preservem a estrutura dentária sadia em lesões cavitadas. Com a compreensão de como o processo de cárie progride e difunde nos tecidos (esmalte e dentina), formando a cavidade pela degradação dos tecidos sadios, podemos entender que não é mais necessário remover toda estrutura dentária alterada pela cárie. 19 OBRIGADA! 20 BIBLIOGRAFIA: CARIOLOGIA: CONCEITOS BÁSICOS, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO NÃO RESTAURADOR. Serie Abeno. Marisa Maltz, Livia Maria Andaló Tenuta, Sonia Groisman, Jaime A. Cury. ODONTO PEDIATRIA: PRÁTICA DE SAÚDE BASEADA EM EVIDÊNCIAS, Capítulo 3: Prevenção da Cárie Dentária em Fóssulas e Fissuras: Selantes ou Vernizes Fluoretados| Pettorossi, José Carlos; Antonio, Danilo; Grings, Aline Rosler. STURDEVANT – ARTE E CIÊNCIA DA DENTÍSTICA OPERATÓRIA, Capítulo 2: Cárie Dentária: Etiologia, Características Clínicas, Avaliação do Risco e Tratamento| Harald O. Heymann, DDS, MEd, Edward J. Swift, Jr., DMD, MS and André V. Ritter, DDS, MS. TRATAMENTO RESTAURADOR ATRAUMÁTICO – ABORDAGEM CLÍNICA EM SAÚDE PÚBLICA, Capítulo 5: A Educação e o Tratamento Restaurador Atraumático| Antônio Fernando Monnerat. O conteúdo desse curso foi oferecido pelo Centro Educacional Sete de Setembro em parceria com a Profa. Dra. Rachel B. Maccheronio Dalmaso 21 Profa. Dra. Rachel B. Maccheronio Dalmaso @EquipeMySete @JessicaJulioti Prevenção e Tratamento de Cáries @DraRachelBMD 1 AULA 1 – FATORES ETIOLOGICOS DA CÁRIE 2 CRONOLOGIA DENTÁRIA 5152535455 85 84 83 82 81 61 62 63 64 65 7574737271 SUPERIOR INFERIOR ESQUERDODIREITO Permanentes Decíduos 3837363534333231 48 47 46 45 44 43 42 41 1112131415161718 21 22 23 24 25 26 27 28 SUPERIOR INFERIOR ESQUERDODIREITO CRONOLOGIA DENTÁRIA 3 CRONOLOGIA DENTÁRIA 4 DENTE DECÍDUO IDADE DE IRROMPIMENTO Incisivos Centrais Decíduos 5 a 7 meses Incisivos Laterais Decíduos 8 a 11 meses 1os Molares Decíduos 12 a 16 meses Caninos Decíduos 16 a 20 meses 2os Molares Decíduos 19 a 24 meses CRONOLOGIA DENTÁRIA 5Fonte: google.com.br É uma disbiose desencadeada pelo consumo de açúcar, onde não há um microrganismo específico envolvido no processo. Em condições normais, a relação dos humanos com os microrganismos envolvidos no processo de cárie é de simbiose. É um processo onde há perda localizada, dos tecidos dos dentes, causado por microrganismos, através da dissolução da fase mineral, principalmente de cristais de hidroxiapatita, por ácidos orgânicos produzidos pela fermentação bacteriana. O QUE É CÁRIE DENTÁRIA? 6 Fonte: google.com.br • Doença infecto- contagiosa; multifatorial • Difícil de controlar • Ocorre em função dos ácidos da bactérias • Sacarose dependente • Considerada uma epidemia • Perda de minerais CÁRIE DENTÁRIA 7 Fonte: google.com.br • Nem a dieta nem os microrganismos, atuando como fatores individuais podem provocar o aparecimento da cárie. • É necessária a presença desses fatores, simultaneamente, na superfície dentária, para que ocorra a doença. (THYLSTRUP;FEJERSKOV, 1988) CÁRIE DENTÁRIA 8 • A cárie é considerada um desequilíbrio no processo Des- Re (desmineralização e remineralização) dos tecidos duros do dente. • Este processo ocorre constantemente na cavidade bucal. • A velocidade na progressão das perdas de mineral decorrentes desse desequilíbrio é que determinará o surgimento ou não de cavidades cariosas. (GONÇALVES; PEREIRA, 2003) CÁRIE DENTÁRIA 9 TEORIA DA RELAÇÃO CÁRIE E BACTÉRIAS 1683 - Antony Van Leeuwenhoek “animálculos” 1890 - Miller que verificou a participação microbiana na cárie, doença periodontal e infecção pulpar. microrganismos atuando sobre os carboidratos da dieta produziam ácidos que promoviam a desmineralização do esmalte dentário (Teoria químico-parasitária). 1924 - Clarke isolou um tipo específico de estreptococos das lesões, o qual denominou Streptococcus mutans. 1954 - Orlando e al. O papel decisivo na indispensabilidade das bactérias no processo da cárie. Em um trabalho com ratos “livres de germe” e ratos convencionais (grupo controle), sob uma dieta cariogênica por certo tempo, notaram que os ratos livres de germe não desenvolviam a doença, enquanto que o grupo controle resultou em alta atividade de cárie. 1989- Black chamou o acúmulo de substância do tipo gelatinosa de “placa microbiana” e isolou estreptococos desta placa, quando o açúcar estava presenteno meio de crescimento. 10 Arte e Ciência da Dentística Operatória, Capítulo 2: Cárie Dentária: Etiologia, Características Clínicas, Avaliação do Risco e Tratamento| DIAGRAMA MODIFICADO DE KEYES-JORDAN 11 • Consistência • Frequência de ingestões de carboidratos • Sacarose Microrganismos sacarose-dependentes produtores de ácidos DIETA 12 Streptococcus do grupo mutans • Fermentação de carboidratos, pH < 4,5 • Adesão através da produção de polissacarídeos extra celulares • Produção de ácido lático MICRORGANISMOS 13 • Diversos tipos de bactérias. • Microbiota em equilíbrio. • O tratamento mais eficiente é a prevenção. MICRORGANISMOS 14 • Streptococus mutans (início do desenvolvimento). • Lactobacillus (desenvolvimento tardio). • Actinomyces (cárie radicular). MICRORGANISMOS 15 FATORES SECUNDÁRIOS • Higiene Oral- remoção mecânica de microrganismos do biofilme • Flúor- presença no biofilme e disponibilidade nos fluidos orais • Morfologia- sulcos, fóssulas e fissuras pronunciadas • Saliva: limpeza da cavidade bucal, remineralização 16 SALIVA CAPACIDADE TAMPÃO • pH SALIVA – 6,8 A 7,2 ESTABILIDADE • A capacidade tampão da saliva preserva o equilíbrio da microbiota bucal, neutralizando os ácidos produzidos pelos microrganismos que se fixam no biofilme dental 17 SALIVA: Fluxo salivar Fluxo salivar normal: 1 a 2 mL/minuto • Auxilia na remoção de restos alimentares e microrganismos não aderidos ao dente • Redução do fluxo (xerostomia) aumento do risco de cárie, erosão, infecções oportunistas, doença periodontal. 18 SALIVA: FLUXO SALIVAR • Presença das IgG, IgM e IgA (interfere na aderência microbiana) • Substâncias antimicrobianas: • Lactoferrina (inibe metabolização de substrato) • lisozima (destrói parede celular) • Lactoperoxidase (inibe produção de ácidos) 19 OBRIGADA! 20 BIBLIOGRAFIA: CARIOLOGIA: CONCEITOS BÁSICOS, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO NÃO RESTAURADOR. Serie Abeno. Marisa Maltz, Livia Maria Andaló Tenuta, Sonia Groisman, Jaime A. Cury. ODONTO PEDIATRIA: PRÁTICA DE SAÚDE BASEADA EM EVIDÊNCIAS, Capítulo 3: Prevenção da Cárie Dentária em Fóssulas e Fissuras: Selantes ou Vernizes Fluoretados| Pettorossi, José Carlos; Antonio, Danilo; Grings, Aline Rosler. STURDEVANT – ARTE E CIÊNCIA DA DENTÍSTICA OPERATÓRIA, Capítulo 2: Cárie Dentária: Etiologia, Características Clínicas, Avaliação do Risco e Tratamento| Harald O. Heymann, DDS, MEd, Edward J. Swift, Jr., DMD, MS and André V. Ritter, DDS, MS. TRATAMENTO RESTAURADOR ATRAUMÁTICO – ABORDAGEM CLÍNICA EM SAÚDE PÚBLICA, Capítulo 5: A Educação e o Tratamento Restaurador Atraumático| Antônio Fernando Monnerat. O conteúdo desse curso foi oferecido pelo Centro Educacional Sete de Setembro em parceria com a Profa. Dra. Rachel B. Maccheronio Dalmaso 21 Profa. Dra. Rachel B. Maccheronio Dalmaso @EquipeMySete @JessicaJulioti Prevenção e Tratamento de Cáries @DraRachelBMD 1 AULA 2 - EVOLUÇÃO DA CÁRIE 2 EVOLUÇÃO DA CÁRIE • Película Adquirida. • Biofilme Dental. • “Amadurecimento” do Biofilme. • Cárie dentária. 3 PELÍCULA ADQUIRIDA DO ESMALTE (PAE) • Filme orgânico derivado principalmente da saliva e aderido ao esmalte dentário. • Camada membranosa amorfa • Espessura 0,1 a 0,3 m 4 Fonte: autor CARACTERÍSTICAS DA PELÍCULA ADQUIRIDA Proteção do esmalte Reservatório de flúor Aderência de MO Lado positivo Lado positivo Lado negativo 5 • É formado quando as bactérias são capazes de colonizar e crescer na superfície do dente. • Agregados bacterianos que estão aderidos aos dentes (PAE) ou outras estruturas orais sólidas. • Possui quantidade maior de microrganismos do que de restos alimentares BIOFILME DENTAL 6 Fonte: autor • Primariamente constituído por microrganismos (70 a 80%) em crescimento associados a células epiteliais descamadas, leucócitos e macrófagos em uma matriz intermicrobiana aderente. • Formada após 8 horas. BIOFILME DENTAL 7 Fonte: autor “AMADURECIMENTO” DO BIOFILME • Adsorção contínua de bactérias específicas da saliva ao biofilme. • Após 7 dias ocorre a dissolução do esmalte superficial. • Se não removido evolui para a cárie. 8 MATRIZ INTERMICROBIANA • Material entre as bactérias do biofilme dental Constitui 25% do volume do biofilme • Arcabouço que liga os microrganismos em uma massa coesa e que proporciona estoque de nutrientes bacterianos • Contém substâncias tóxicas e indutoras da inflamação (enzimas proteolíticas, substâncias antigênicas e metabólitos de baixo peso molecular) 9 MATÉRIA ALBA: Agregados bacterianos, restos alimentares, leucócitos e células epiteliais descamadas que se acumulam na superfície do biofilme dental. 10 Fonte: autor PROCESSO DES-RE 11 pH crítico Início da desmineralização • Necessário a presença de sacarose. • pH < 5,5; Perda de Cálcio e Potássio. pH Neutro Remineralização • Capacidade Tampão e ausência da sacarose. • Ganho de Cálcio e Potássio. • Flúor ajuda na remineralização. pH bucal INFERIOR a 5,5: •Saliva :composição SUBSATURANTE de Cálcio e Fosfato em relação à solubilidade da Hidroxiapatita •Tendência físico- química : Hidroxiapatita do dente PERDE Cálcio e Fosfato para o meio bucal 12 CÁLCIO FOSFATO DESMINERALIZAÇÃO Fonte: autor pH bucal SUPERIOR a 5,5: •Saliva :composição SUPERSATURANTE de Cálcio e Fosfato •Tendência físico- química : Hidroxiapatita do dente GANHA Cálcio e Fosfato do meio bucal 13 CÁLCIO FOSFATO REMINERALIZAÇÃO Fonte: autor 14 Fonte: google.com.br 15 LESÃO DE CÁRIE Dependente do tempo. • Perda de mineral inicial. • Aparecimento da manha branca. • Cavitação 16 LESÃO DE CÁRIE Tratamento Restaurador Atraumático – Abordagem Clínica em Saúde Pública, Capítulo 7: Decisões Clínicas sobre Remoção do Tecido Cariado| Antônio Fernando Monnerat 17 MANCHA BRANCA • Não é cárie ainda. Não há cavidade. • É uma desmineralização superficial do esmalte. • Higienização e aplicação de flúor. Fonte: google.com.br 18 • Segue um curso clínico de desenvolvimento rápido, e, muitas vezes resulta em comprometimento precoce da polpa dental. • Ocorre mais frequentemente em crianças e adultos jovens, porque os canalículos dentinários possuem maior diâmetro, sem esclerose, tornando a dentina altamente permeável aos ácidos. CÁRIE AGUDA 19 • Em razão da rápida evolução do processo carioso, não há formação de dentina de reação por parte da polpa dental. • Frequentemente promove dor. • Possui coloração clara. • Consistência macia, friável. CÁRIE AGUDA Fonte: google.com.br 20 CÁRIE CRÔNICA • É de evolução lenta, permitindo a esclerose dos canalículos dentinários, com consequente menor permeabilidade dentinária. • Promove formação de dentina de reação (dentina reacionária). 21 CÁRIE CRÔNICA • Possui coloração castanho-escuro. • A dor não é característica comum da cárie crônica, ao contrário da cárie aguda. • Consistência dura à remoção. Fonte: google.com.br 22 CÁRIE AGUDA E CRÔNICA CÁRIE ASPECTO SINTOMATOLOGIA AGUDA LESÃO ÚMIDA E AMOLECIDA HÁ DOR CRÔNICA LESÃO SECA AMARELADA E ENDURECIDA NÃO HÁ DOR 23 • Cárie de fóssulas e fissuras. Localizadas nas superfícies oclusais de molares e pré- molares e nos sulcos das superfícies linguais dos dentes anteriores. • Cárie de superfícies lisas Localizados no terço cervical das superfícies vestibulares e lingual de todos os dentes. CÁRIE E SUA LOCALIZAÇÃO Fonte: google.com.br 24 • Primária Que têm seu início nas cicatrículas, fissuras e superfícies lisas do dente hígido. • Secundária As cáries secundárias (recidivantes ou recorrentes), detectadas ao redor das margens das restaurações. CÁRIE TIPO DE PROCESSO Fonte: google.com.br 25 DEFINIÇÕES DE LESÕES DE CÁRIE DENTÁRIA Arte e Ciência da Dentística Operatória, Capítulo 2: Cárie Dentária: Etiologia, Características Clínicas, Avaliação do Riscoe Tratamento| Harald O. Heymann, DDS, MEd, Edward J. Swift, Jr., DMD, MS and André V. Ritter, OBRIGADA! 26 BIBLIOGRAFIA: CARIOLOGIA: CONCEITOS BÁSICOS, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO NÃO RESTAURADOR. Serie Abeno. Marisa Maltz, Livia Maria Andaló Tenuta, Sonia Groisman, Jaime A. Cury. ODONTO PEDIATRIA: PRÁTICA DE SAÚDE BASEADA EM EVIDÊNCIAS, Capítulo 3: Prevenção da Cárie Dentária em Fóssulas e Fissuras: Selantes ou Vernizes Fluoretados| Pettorossi, José Carlos; Antonio, Danilo; Grings, Aline Rosler. STURDEVANT – ARTE E CIÊNCIA DA DENTÍSTICA OPERATÓRIA, Capítulo 2: Cárie Dentária: Etiologia, Características Clínicas, Avaliação do Risco e Tratamento| Harald O. Heymann, DDS, MEd, Edward J. Swift, Jr., DMD, MS and André V. Ritter, DDS, MS. TRATAMENTO RESTAURADOR ATRAUMÁTICO – ABORDAGEM CLÍNICA EM SAÚDE PÚBLICA, Capítulo 5: A Educação e o Tratamento Restaurador Atraumático| Antônio Fernando Monnerat. O conteúdo desse curso foi oferecido pelo Centro Educacional Sete de Setembro em parceria com a Profa. Dra. Rachel B. Maccheronio Dalmaso 27
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