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Fármacos usados na Insuficiência Renal Conceito Os distúrbios eletrolíticos são particularmente importantes na insuficiência renal, destacando-se hiperfosfatemia e hiperpotassemia, os quais podem requerer tratamento farmacológico. Hiperfosfatemia O metabolismo do fosfato está estreitamente ligado ao do cálcio. O antiácido hidróxido de alumínio liga-se ao fosfato no trato gastrintestinal, reduzindo sua absorção, mas pode aumentar o alumínio no plasma em pacientes submetidos à diálise. Os agentes ligantes de fosfato à base de cálcio (p. ex., carbonato de cálcio) são amplamente usados para tratar a hiperfosfatemia. Estão contraindicados na hipercalcemia ou na hipercalciúria, mas, até recentemente, acreditava-se que fossem em geral seguros. No entanto, os sais de cálcio podem predispor à calcificação tecidual (inclusive das paredes arteriais), e os ligantes de fosfato contendo cálcio podem realmente contribuir para as taxas de morte muito altas por doença cardiovascular em pacientes submetidos à diálise. Uma resina trocadora de ânions, o sevelâmer, reduz o fosfato plasmático e apresenta menos possibilidade de causar calcificação arterial do que o carbonato de cálcio. O sevelâmer não é absorvido e tem o efeito adicional de reduzir o colesterol de lipoproteínas de baixa densidade. É administrado em doses de 1,6 a 2,4 g VO 3 vezes/dia com as refeições. Seus efeitos adversos são perturbações gastrintestinais e está contraindicado em obstrução intestinal. Hiperpotassemia A hiperpotassemia profunda coloca a vida em risco. A toxicidade cardíaca é neutralizada pela administração de gliconato de cálcio intravenoso e por medidas que desloquem o K + para o compartimento intracelular, por exemplo, glicose mais insulina. O salbutamol administrado intravenosamente ou por inalação também causa captação celular de K + e é usado para essa indicação, atua de maneira sinérgica com a insulina. O bicarbonato de sódio intravenoso também costuma ser recomendado e movimenta potássio para dentro das células na troca por prótons intracelulares que emergem para tamponar o líquido extracelular. A remoção do potássio em excesso do organismo pode ser obtida por resinas trocadoras de cátions como o poliestirenossulfonato de sódio ou de cálcio administrado por via oral (em combinação com sorbitol para prevenir constipação intestinal) ou como enema. Em geral, a diálise faz-se necessária.
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